VIRADA EM NY E RISCOS DOMÉSTICOS FAZEM DI SUBIR, ENQUANTO BOLSA E REAL PERDEM FÔLEGO

Blog, Cenário

A piora dos mercados americanos, à tarde, acabou contaminando os ativos brasileiros, sobretudo os juros futuros, ainda que Bolsa e real tenham perdido fôlego. Tudo porque, em Wall Street, os investidores passaram a colocar nos preços a volta do teto de gastos nos EUA e a necessidade de operações emergenciais do Tesouro, o que derrubou os yields dos Treasuries, em um movimento de busca por segurança. Ao mesmo tempo, mais um dirigente do Fed sugeriu que o aperto de juros por lá pode começar já em 2022. Com todos esses ingredientes, as bolsas abandonaram o avanço visto mais cedo, ainda que o Nasdaq tenha se segurado no azul. E sem o otimismo emanado do exterior, o mercado de juros foi o que mais sofreu ao se voltar para as questões domésticas, como inflação elevada, risco fiscal e ruídos políticos, que ainda determinam cautela antes da decisão do Copom, na quarta-feira. Assim, as taxas dos DIs, que chegaram a cair pela manhã, terminaram entre estabilidade e alta, com destaque para os vencimentos longos, o que conferiu inclinação à curva a termo. Até porque, o câmbio também deixou de ajudar tanto quanto pela manhã. Ainda que o dólar tenha recuado em nível global, inclusive em relação à moeda brasileira, terminou longe das mínimas por aqui, ao ceder 0,86%, a R$ 5,1653 no mercado à vista. Mais cedo, corrigindo uma parte da escalada de 2,57% anotada na sexta-feira e influenciado pela entrada de recursos com destino a IPOs, por exemplo, a divisa americana chegou a retroceder para R$ 5,11. No entanto, assim como no caso dos juros, o clima local segue pesado, diante dos temores de deterioração do quadro fiscal e dos ruídos políticos, com a retomada dos trabalhos da CPI da Covid e os novos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral. Essa conjunção de fatores também explica o comportamento da Bolsa neste pregão. Depois de superar os 124 mil pontos na primeira etapa de negócios, também se recuperando das fortes perdas de cerca de 3% na sexta-feira e embalada pelos pares americanos e europeus, foi perdendo fôlego junto com Nova York e restou apenas uma pequena parte da correção, uma vez que o Ibovespa subiu 0,59%, aos 122.515,74 pontos. Até porque, Petrobras não resistiu ao tombo do petróleo e ajudou na desaceleração do índice.

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MERCADOS INTERNACIONAIS

De olho nas “medidas emergenciais”, do Tesouro dos Estados Unidos, após o teto da dívida voltar a vigorar no país, os investidores levaram os juros dos Treasuries para baixo nesta tarde, moderando os negócios nas bolsas de Nova York, que não sustentaram os ganhos de mais cedo e encerraram o pregão sem direção única. O dólar se enfraqueceu ante rivais, mas não fixou movimento frente às moedas de países emergentes. Em entrevista à CNBC, já no fim da sessão, o diretor do Federal Reserve Christopher Waller deixou aberta a possibilidade de o banco central americano anunciar sua agenda de aperto monetário em setembro e elevar os juros já em 2022. No mercado de commodities, o petróleo fechou em queda de mais de 3%, pressionado por ajustes técnicos e com foco no aumento previsto da oferta da Organização dos Países Exportadores de petróleo (Opep+).

Ao voltar a vigorar neste último fim de semana, o teto da dívida americana limita a capacidade do Departamento do Tesouro dos EUA de tomar dinheiro emprestado e impõe ao órgão a necessidade de medidas para ajustar as contas do governo. Segundo a Oxford Economics, o Tesouro ainda pode fazer empréstimos de cerca de US$ 350 bilhões, quantia que seria usada até o fim de setembro. A partir daí, diz a consultoria, o órgão teria que reduzir drasticamente o volume dos leilões de Treasuries, em medida que seria “disruptiva aos mercados”.

Neste cenário, o juro da T-note de 2 anos recuou a 0,172%, enquanto o da T-note de 10 anos teve baixa a 1,173% e o da T-bond de 30 anos, a 1,850%.

Já em relação à política monetária nos EUA, o dirigente e membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed, Christopher Waller, defendeu que o aperto nas condições financeiras deveria iniciar em breve. Segundo ele, o “tapering”, como é chamado o processo de retirada gradual dos estímulos, pode começar em outubro, caso os dois próximos relatórios de emprego dos EUA, conhecido como payroll, venham fortes. Na próxima sexta-feira (06), será divulgado o payroll de julho. Waller também disse que o Fed tem de se preparar para elevar os juros nos EUA já no ano que vem, caso o mercado de trabalho evolua em direção à meta de pleno emprego da entidade.

Os comentários contribuíram para fraqueza das bolsas em Nova York. Entre as ações de destaque, Visa e Pay Pal recuaram 2,68% e 1,65%, respectivamente, com a perspectiva de mais concorrência no ramo de pagamentos digitais, após a Square anunciar a compra da australiana Afterpay. Com a notícia, o papel da Square subiu 10,17% hoje, enquanto o índice Dow Jones fechou em baixa de 0,28%, aos 34.838,16 pontos, e o S&P 500 recuou 0,18%, aos 4.387,16 pontos. Já o Nasdaq ganhou 0,06%, aos 14.681,07 pontos, apoiado pela queda nos juros dos Treasuries, que costuma beneficiar ações do setor de tecnologia.

No câmbio, o dólar se manteve fraco ante rivais ao longo de toda a sessão, mesmo com o euro e a libra perdendo fôlego ao fim da sessão. Segundo o analista Joe Manimbo, do Western Union, a divisa americana deve se mostrar bastante sensível ao dado de emprego no fim desta semana, já que uma melhora acentuada do mercado de trabalho fortalece a ideia de retirar os estímulos monetários mais cedo. O DXY, que mede a variação do dólar ante seis pares, recuou 0,145, aos 92,048 pontos. Perto do fim da sessão em Nova York, o euro se mantinha estável a US$ 1,1870, a libra recuava a US$ 1,3885, e o dólar cedia a 109,35 ienes.

Entre commodities, o petróleo foi pressionado pelo aumento da oferta da Opep+ em 400 mil barris por dia em agosto, e o barril do WTI com entrega para setembro recuou 3,64%, a US$ 71,26, na Nymex, enquanto na ICE o do Brent para o mês seguinte cedeu 3,34%, a US$ 72,89. De acordo com o Commerzbank, a produção adicional dos países do cartel neste mês deve ultrapassar o acordado, já que o mercado de petróleo segue com um déficit da oferta em

JUROS

Os juros futuros terminaram a sessão regular com viés de alta nesta primeira sessão de agosto. A queda firme das taxas pela manhã foi paulatinamente perdendo força à tarde, na medida em que o apetite ao risco no exterior que sustentava a devolução inicial de prêmios arrefeceu, levando o mercado de juros a deslocar-se novamente para a difícil realidade local. A tentativa de recuperação, após o estresse da sexta-feira, vista na primeira etapa não teve fôlego para se estender, com os investidores voltando a pesar as incertezas fiscais, os ruídos políticos e a expectativa para a decisão do Copom na quarta-feira.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 6,30%, de 6,341% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 7,82% para 7,845%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 8,77% (8,705% na sexta) e a taxa do DI para janeiro de 2027 terminou em 9,08%, de 9,044%.

O mercado de juros começou o dia embalado pelo clima positivo no exterior, por sua vez atribuído ao otimismo com o avanço do pacote de infraestrutura nos Estados Unidos que pode ser votado ainda esta semana. As taxas recuavam por toda a extensão da curva, que perdia inclinação com a ponta longa em baixa mais consistente. O economista-chefe da Greenbay Investimentos, Flávio Serrano, diz que o noticiário do fim de semana em torno de alternativas para financiar o aumento do Bolsa Família deu algum conforto para a curva ensaiar recuperação. Mas o movimento, já pela manhã, era visto como frágil, na medida em que as incertezas persistem e tem um Copom daqui a dois dias.

“O cenário fiscal ainda é negativo, com muita incerteza, e há também receios de que o Copom possa endurecer ainda mais o discurso”, disse. Os eventos recentes, como o IPCA-15, deixaram o mercado muito sensível ao risco de uma mudança brusca na comunicação do colegiado na tentativa de reconquistar a confiança dos agentes de que o Banco Central conseguirá resgatar a meta de inflação. No Boletim Focus desta segunda-feira, a mediana de IPCA para o ano que vem voltou a piorar, ainda que marginalmente, passando de 3,80% para 3,81%.

De acordo com ele, a curva precifcava nesta tarde entre 90% e 95% de chance de alta de 1 ponto porcentual para a Selic na quarta-feira e entre 10% e 5% de chance de elevação de 1,25 ponto. Já o Copom de setembro, a probabilidade de aumento de 1,25 ponto sobe para 40%, contra 60% de chance de 1 ponto.

Para a área de renda fixa da XP Investimentos, a ratificação do consenso de alta de 1 ponto “levaria potencialmente a uma perda de inclinação na curva, na medida que o mercado tende a elevar as apostas para o encontro seguinte”. Nesse caso, dizem, “os investimentos prefixados e indexados à inflação de prazos mais longos apresentariam valorização neste primeiro momento, com redução nas taxas dos títulos”.

O quadro para as contas públicas continua no foco dos agentes, na medida em que, lembra Serrano, também é visto como fator importante no balanço de riscos do Copom. A possibilidade de alteração na regra do teto dos gastos para ampliar o Bolsa Família não agrada aos agentes, na medida em que pode resultar em descontrole das despesas, ainda mais diante da proximidade da corrida eleitoral. “A abertura dos trabalhos legislativos deve intensificar os riscos para esse cenário fiscal mais tranquilo diante do baixo poder de agenda do governo e da falta de incentivos da maioria legislativa em tratar da responsabilidade fiscal como objetivo central das decisões de políticas públicas”, avalia o analista da Tendências, Rafael Cortez. (Denise Abarca – [email protected])

17:33

Operação   Último

CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 5.03

Capital de Giro (%a.a) 6.76

Hot Money (%a.m) 0.63

CDI Over (%a.a) 4.15

Over Selic (%a.a) 4.15

CÂMBIO

O ambiente externo benigno para ativos de risco na maior parte da sessão desta segunda-feira abriu espaço para o real recuperar parte das perdas expressivas da semana passada, embora ainda pairem sobre o mercado temores de deterioração do quadro fiscal e recrudescimento de ruídos políticos, com a retomada dos trabalhos da CPI da Covid e os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral.

Depois de disparar na sexta-feira e fechar em alta 2,57%, acumulando valorização de 4,76% em julho, o dólar à vista trabalhou em queda durante todo o dia e chegou a tocar na casa de R$ 5,11 no início da tarde, ao descer até mínima de R$ 5,1147, em meio à realização de lucros e ajustes de posições.

Com uma leve recuperação nas últimas horas de negócios, em linha com o ambiente externo e a perda de fôlego da Bolsa brasileira, a moeda americana encerrou o dia negociada a R$ 5,1653, em queda de 0,86%.

Lá fora, o DXY – que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes – recuava 0,11%, aos 92,069 pontos. A moeda americana tinha um desempenho misto em relação a divisas emergentes, com leve alta ante o peso mexicano e forte queda na comparação com o rand sul-africano, ambos pares do real.

O gestor da Vitreo Rodrigo Knudsen ressalta que o dólar se enfraqueceu hoje em relação às principais moedas do mundo (à exceção da libra) e recuou por aqui em um ajuste natural, com o real recuperando “parcialmente” as perdas de sexta-feira. “Mas o dólar ainda está em um patamar mais alto do que a gente tinha visto na quinta-feira passada. Essa queda hoje é algo, na minha opinião, bem técnico e muito menos relacionada a algum fator econômico ou político”, afirma.

Segundo operadores, podem dar suporte ao real esta semana a entrada de recursos para IPOs e a expectativa, quase unânime, de que o Banco Central acelere o passo e anuncie, na quarta-feira, uma alta da Selic em 1 ponto porcentual, para 5,25% ao ano – o que aumenta, em tese, a atratividade da renda fixa local.

Jogam contra a moeda brasileira as dúvidas sobre o comportamento global do dólar, em meio ao debate sobre o início do “tapering”, que deve se acentuar com a divulgação do relatório de emprego nos EUA (payroll) de julho, na sexta-feira, e as preocupações de uma degringolada das contas públicas locais, em meio a uma possível ofensiva populista de Bolsonaro para recuperar a popularidade.

“Esperamos alta de 100 pontos da Selic, o que, em tese, deveria colaborar para a apreciação do real, porém os riscos fiscais e políticos estão se sobrepondo a esse esperado efeito”, afirma, em relatório, a gestora Armor Capital, no qual que cita as discussões sobre como financiar a ampliação do Bolsa Família e as pressões de gastos por causa da baixa popularidade de Bolsonaro como obstáculos à apreciação do real. “Ademais, possíveis gastos bilionários com precatórios em 2022 constituem pressão adicional sobre as contas públicas”.

Causou apreensão nas mesas de operações a informação de que pode ser inserido no Orçamento de 2022 um valor entre R$ 80 bilhões e R$ 90 bilhões para o pagamento de precatórios, bem acima do previsto pelo Ministério da Economia. A elevação nos gastos com precatórios é o que o ministro Paulo Guedes chamou na sexta-feira de “meteoro” para o Orçamento. Isso complica os planos de ampliar o Bolsa Família sem ferir o teto de gastos, o que assusta o mercado.

Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, o governo pretende bancar uma PEC que pode fixar um limite de 5% de suas receitas para pagamento de precatórios ou até mesmo estabelecer um teto para essas despesas.

Pela tarde, saíram dados da balança comercial em julho. Houve superávit comercial de US$ 7,395 bilhões, abaixo da mediana (US$ 8,9 bilhões) e do piso (US$ 8,2 bilhões) de Projeções Broadcast. Mesmo assim, foi o segundo melhor resultado para o mês na série histórica (iniciada em 1989), atrás apenas de 2020.

A Armor nota que na quarta semana de julho, o exportador deixou de internalizar US$ 1,2 bilhão. “Nas últimas semanas, essa movimentação dos exportadores tem contribuído para a perda de dinamismo do câmbio contratado comercial”, afirma a gestora.

Na B3, o dólar para agosto recuava 0,74%, a R$ 5,1945, com giro na casa dos US$ 13 bilhões, após ter movimentado mais de US$ 18 bilhões na sexta-feira. (Antonio Perez – [email protected])

17:34

Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima

Dólar Comercial (AE) 5.16530 -0.8561 5.19450 5.11470

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5205.500 -0.52551 5239.500 5134.000

DOLAR COMERCIAL 5238.000 27/07

BOLSA

O Ibovespa iniciou agosto em leve recuperação após ter amargado na sexta-feira perda de 3%, a maior desde março. A desaceleração de Nova York à tarde – ao final, sem direção única, com Dow Jones e S&P 500 no vermelho – acomodou o índice da B3 abaixo dos 123 mil pontos nesta segunda-feira, em que, após ter recuperado os 124 mil pontos pela manhã, fechou em moderada alta de 0,59%, aos 122.515,74 pontos, entre mínima de 121.796,86 e máxima de 124.536,25 pontos, saindo de abertura aos 121.802,61. O giro financeiro ficou em R$ 35,0 bilhões. No ano, o Ibovespa acumula ganho de 2,94%, vindo de perda de 3,94% em julho, a primeira desde fevereiro.

“Tivemos um estresse na semana passada, principalmente na sexta-feira, nos DIs, na Bolsa e no dólar, com alguma normalização vista hoje nos três mercados, especialmente de manhã. Os balanços e dados econômicos prevaleceram sobre as preocupações quanto à variante Delta e a liquidação de ativos, na semana passada, na China”, diz Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos. “Hoje foi o último dia de reserva para o IPO da Raízen – amanhã tem a precificação desse IPO, que promete ser o maior já visto na bolsa brasileira. E que pode ter sido responsável, em parte, pela queda no secundário, com investidores e principalmente fundos liquidando posições para ingressar nesta e em outras ofertas públicas.”

Hoje, a B3 divulgou a primeira prévia para a nova carteira do Ibovespa, que irá vigorar de 6 de setembro a 31 de dezembro, com base no fechamento do pregão de 30 de julho. A prévia do Ibovespa registra a entrada da Alpargatas PN (ALPA4), Banco Inter PN (BIDI4), Banco Pan PN (BPAN4), Meliuz ON (CASH3) e Rede D’Or ON (RDOR3), totalizando 89 ativos de 85 empresas, sem a saída de nenhum papel do índice. As próximas prévias para a carteira de setembro a dezembro serão divulgadas nos dias 16 de agosto e 2 de setembro.

“As ações incluídas no índice Ibovespa no passado valorizaram, na média, +10,4% trinta dias antes do rebalanceamento. Uma alta nos preços, antes e depois do evento, pode ser explicada pelo fato de elas serem alvo de compra por parte de fundos e levar a um maior interesse de investidores”, apontam em relatório os estrategistas Jennie Li e Fernando Ferreira, e os analistas Yuri Pereira e Thales Carmo, da XP.

Acompanhando desde cedo o exterior, em semana que reserva os balanços trimestrais de grandes bancos brasileiros, como Itaú (PN +0,59%), Bradesco (ON +0,82%) e Banco do Brasil (ON +1,36%), o Ibovespa, mesmo limitando muito a recuperação na reta final da sessão, conseguiu interromper série de duas perdas, em dia bem negativo para o petróleo, em queda superior a 3%, em ajuste técnico neste começo de mês em que a Opep+ passa a implementar o acordo para aumento da produção do cartel em 400 mil barris por dia.

Petrobras PN (-1,86%) e ON (-0,95%) fecharam em baixa, enquanto Vale ON avançou apenas 0,16%, após ter encerrado a sexta-feira na mínima do dia, em queda de 5,89%. Na ponta positiva do Ibovespa nesta abertura de semana, Totvs (+4,55%), Americanas ON (+4,42%), Taesa (+4,08%) e Hypera (+3,79%). Após a forte e bem distribuída correção da sessão anterior, quando apenas três ações do Ibovespa conseguiram fechar o dia no positivo, hoje parte dos papéis não acompanhou a retomada parcial, entre os quais BB Seguridade (-1,73%), que divulgou balanço trimestral, e CVC (-2,02%) – esta à frente de Petrobras PN (-1,86%) na ponta negativa. A BB Seguridade apresentou resultados fracos, com queda de 22% no lucro líquido ajustado na comparação anual, para R$ 754 milhões no segundo trimestre desse ano, aponta o BTG Pactual.

“O cenário macro do exterior ainda está muito presente nos negócios, o que se refletiu na saída de recursos estrangeiros da B3 em julho, com os investidores ainda muito atentos à inflação nos Estados Unidos, começando já a precificar o ‘tapering’, a retirada de estímulos monetários por lá”, diz Alexandre Brito, gestor de investimentos e sócio da Finacap. “Aqui, a expectativa de consenso é por aumento de 1 ponto porcentual na Selic na quarta-feira, com o mercado e economistas ainda divididos sobre a dimensão do ajuste nos juros até o fim do ano”, acrescenta o gestor, com expectativa positiva para o potencial de recuperação das ações de bancos, não apenas pelo avanço da taxa de juros de referência, mas também pelos balanços.

“Com a expectativa de aumento do endividamento (durante a pandemia), os bancos haviam elevado as provisões para inadimplência, que não se materializou conforme o esperado. E com a possibilidade de reforma tributária para o próximo ano, e o efeito que terá sobre os dividendos, a tendência é que façam uma boa distribuição em 2021, em antecipação a isso”, diz Brito. (Luís Eduardo Leal – [email protected])

17:32

Índice Bovespa   Pontos   Var. %

Último 122515.74 0.58698

Máxima 124536.25 +2.25

Mínima 121796.86 -0.00

Volume (R$ Bilhões) 3.49B

Volume (US$ Bilhões) 6.80B

17:34

Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. %

Último 122605 0.24939

Máxima 124805 +2.05

Mínima 121990 -0.25

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