TENSÃO POLÍTICA DESCOLA BRASIL DE EXTERIOR POSITIVO, BOLSA CAI E JUROS VOLTAM A SUBIR

Blog, Cenário
O aumento da tensão política ao longo do fim de semana, em um ambiente de incerteza fiscal, fez com que os ativos brasileiros fossem, mais uma vez, preteridos. Enquanto os mercados externos tiveram uma segunda-feira de forte apetite por risco, o Ibovespa voltou a cair, os juros futuros subiram e o dólar, após bastante oscilação, ficou perto da estabilidade em relação ao real. Tudo começou na sexta à noite, quando o presidente Jair Bolsonaro esticou a corda com o Judiciário e entregou ao Senado pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes, prometendo protocolar em breve o de Luís Roberto Barroso. Além disso, no fim de semana, houve relatos de ex-presidentes consultando as forças armadas sobre riscos de ruptura e informações de que embaixadas têm reportado tais possibilidades a seus países. Para completar, Bolsonaro voltou à carga hoje. Ele retomou questionamentos ao voto eletrônico, atacou a vacina e os governadores, que sinalizam preocupação com atos em defesa do presidente marcados para 7 de setembro. Com tanto barulho, pouco adiantou o avanço firme dos índices em Wall Street ou a disparada de mais de 5% do petróleo, pois o Ibovespa cedeu 0,49%, aos 117.471,67 pontos, a despeito da alta firme dos papéis da Petrobras. Os juros futuros não fizeram por menos e, diante disso tudo num momento de deterioração das estimativas para inflação e crescimento, como mostrou o Boletim Focus de hoje, subiram, conferindo ganho de inclinação à curva a termo. E enquanto o dólar passou por uma rodada de enfraquecimento global, em relação ao real teve pequena desvalorização de 0,05%, a R$ 5,3820, depois de ter novamente operado na casa de R$ 5,40 no pior momento do pregão. No exterior, os mercados viveram uma realidade à parte. O Nasdaq ganhou mais de 1,5% e renovou recorde histórico, enquanto Dow Jones e S&P 500, mais modestos, avançaram 0,61% e 0,85%. E ainda que as preocupações com os efeitos da variante delta da covid-19 sobre a economia sigam no radar, foi bem vista a notícia de que, na China, não houve nenhum caso da doença pela primeira vez desde julho.
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BOLSA Com dólar a R$ 5,40 na máxima do dia, o Ibovespa mais uma vez não conseguiu aproveitar a carona do exterior, com o refluxo da aversão global a risco levando S&P 500 e Nasdaq a novas máximas históricas intradia - pico renovado também no fechamento para o índice de tecnologia -, em sessão positiva desde cedo nos mercados da Europa e da Ásia. Refletindo fatores internos, associados ainda à perspectiva para o fiscal em meio ao acirramento de crise política e institucional, o índice de referência da B3 caiu 0,49%, a 117.471,67 pontos, entre mínima de 117.062,04 e máxima de 118.445,18, saindo de abertura a 118.052,54 pontos nesta segunda-feira. No ano, acumula agora perda de 1,30%, cedendo 3,55% em agosto. O giro financeiro ficou em R$ 30,8 bilhões na sessão. "Os mercados lá fora estiveram animados, com alta desde a sessão da Ásia, após o governo chinês informar não ter havido novos casos de coronavírus no país. Entre as commodities, grande destaque para a recuperação dos preços do petróleo. O evento mais aguardado da semana virá na sexta-feira, com o encontro anual de Jackson Hole, do Federal Reserve", diz Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos. Na China, foi a primeira vez desde julho que não houve nenhum caso local de Covid-19, "o que mostra uma possível estabilidade no surto da doença", diz Túlio Nunes, especialista de finanças da Toro Investimentos, chamando atenção também, no país, para "avanços nas aprovações de abertura econômica, após polêmicas no que tange à regulação". No exterior, "a expectativa da semana está concentrada em Jackson Hole, de onde se espera anúncio de normalização da política monetária, com o controle de estímulos (monetários) pelo Fed", observa Pedro Scaramussa, sócio da Valor Investimentos, que acredita que os mercados tendem a ficar mais leves, sem grandes oscilações, até lá. “Após as fortes quedas da semana passada ocasionadas pelo sentimento de retirada de estímulos monetários nos Estados Unidos e pelos anúncios intervencionistas por parte da China, os mercados seguiram (hoje) os bons números do PMI no Ocidente e anúncio do Banco Central da China - com crescimento estável do crédito como medida para assegurar retomada menos desigual entre setores da economia”, observa em nota a Nova Futura Investimentos. Hoje, com alta acima de 5% para o Brent e o WTI, o desempenho positivo de Petrobras (ON +3,35%, PN +1,58%), assim como das ações de grandes bancos (Santander +1,34%, Itaú PN +1,07%), contribuiu para que uma correção mais forte no Ibovespa fosse evitada na contramão do exterior. Na ponta negativa do Ibovespa, destaque para queda de 6,08% em Lojas Americanas, à frente de Americanas ON (-4,25%) e de Eneva (-4,21%). Na face oposta, Embraer subiu 5,28%, CVC, 4,39%, e PetroRio, 3,61%. Aqui, o enfraquecimento político do governo mantém o mercado na defensiva quanto ao fiscal, em meio a uma reforma de IR polêmica - com votação remarcada para esta semana na Câmara, após adiamentos - e formação, hoje, de uma frente de governadores contra ameaças percebidas à democracia. Nesta segunda-feira, o governador de São Paulo, João Doria, afastou um comandante da PM por simpatia aos apelos por insurgência, fator que deve ganhar relevância à medida que se aproxima o 7 de setembro, especialmente tensionado este ano pelo acirramento da disputa entre o presidente Bolsonaro e a cúpula do Judiciário. "Investidores locais mantêm o foco na crise de confiança instalada pelo presidente Jair Bolsonaro e por temores de piora das contas públicas com as eleições no ano que vem", observa em nota a equipe de análise da Terra Investimentos. "A taxa de câmbio está precificando muito mais o risco político, o risco fiscal. Se esses riscos forem atenuados, o que não é muito visível nesse momento, a taxa de câmbio tenderia a valorizar um pouco, mas por enquanto o cenário ainda está em fase mais difícil. Estamos num ponto de inflexão, um 'turning point' no cenário econômico: aquele cenário que era de expectativa por crescimento maior, principalmente no quarto trimestre, ainda existe, mas está perdendo intensidade", diz Nicola Tingas, economista-chefe da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento). Em participação em evento nesta segunda-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu que o ambiente de antecipação das eleições prejudica a economia, causando muito barulho, mas nenhum fundamento, segundo ele, indica que o País esteja fora de controle. "Espero que excessos de uma parte ou de outra sejam moderados. Precisamos moderar os excessos para garantir a recuperação econômica, que está praticamente garantida. Muito tem se falado do déficit, sobre a possibilidade de descontrole fiscal, mas os fundamentos continuam indicando que estamos fazendo o trabalho certo", disse o ministro. (Luís Eduardo Leal - [email protected]) 17:32 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 117471.67 -0.49224 Máxima 118445.18 +0.33 Mínima 117062.04 -0.84 Volume (R$ Bilhões) 3.08B Volume (US$ Bilhões) 5.74B 17:37 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 117975 -0.77796 Máxima 119605 +0.59 Mínima 117745 -0.97 JUROS Os juros futuros tiveram direção única nesta segunda-feira, para cima, após terem terminado a semana passada descarregando parte dos prêmios das sessões anteriores. Apesar da busca por risco nos mercados internacionais, houve ganho de inclinação na curva com os novos capítulos da crise político-institucional desde a noite da sexta-feira. As taxas de médio e longo prazos hoje voltaram à tendência de alta considerada natural diante do agravamento das tensões entre o Executivo e o Supremo Tribunal Federal (STF) e provocações do presidente Jair Bolsonaro aos governadores. Na agenda, a pesquisa Focus mostrou nova deterioração das estimativas para inflação e crescimento. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023, o mais negociado, fechou em 8,49%, de 8,41% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2025 subiu de 9,565% para 9,74%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 10,19%, de 10,004%. O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Camargo Rosa, lembrou que lá fora o dia foi tranquilo, com o dólar em queda e juros dos Treasuries em alta mostrando que não houve busca por segurança. O petróleo e parte das commodities agrícolas também subiram. A declaração do presidente da distrital de Dallas do Federal Reserve, Robert Kaplan, de que a disseminação da variante delta pode levá-lo a alterar sua defesa de início do tapering em outubro continuou produzindo efeito positivo nos mercados. "O que pesa são mesmo as nossas questões domésticas colocando as reformas e o fiscal em risco", explicou o economista. A esperança de distensionamento das relações entre os Poderes foi apagada pelo pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, encaminhado por Bolsonaro na sexta, e seus desdobramentos estiveram entre os principais pontos de cautela nos mercados. Moraes, por sua vez, autorizou a coleta de novos depoimentos no caso que investiga a denúncia de interferência política do presidente na Polícia Federal. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, segue tentando colocar panos quentes, mas admitiu que a atitude do presidente dificulta o restabelecimento do diálogo e garantiu que não admitirá nenhum tipo de retrocesso no Estado de Direito. Na leitura dos analistas, a aprovação do ex-ministro da Justiça André Mendonça, indicado por Bolsonaro, para uma vaga no STF, por exemplo, já subiu no telhado, o que pode provocar nova ofensiva do presidente. Em outra frente, liderados por João Doria, governadores já se mobilizam para a realização de uma reunião com os chefes dos três Poderes em defesa da democracia. Bolsonaro voltou a provocar os chefes dos Estados, desafiando-os a zerar o ICMS do gás. “Se o governo de São Paulo zerar o ICMS do gás, podemos juntos baixar pela metade o valor do botijão”, afirmou. "Cada declaração de um lado e de outro põe mais lenha na fogueira e quem sofre é a economia", disse Camargo Rosa, destacando os números da pesquisa Focus, que mostra um cenário estagflacionário das estimativas. Enquanto as medianas para o IPCA 2021 e 2022 subiram para 7,11% e 3,93%, acima das metas de inflação, a projeção de PIB para este e o próximo ano caíram a 5,28% e 2,00%. Para André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, mais do que altas ao longo de toda a curva, o que realmente impressiona é a esticada em relação ao mês anterior. "Está evidente que o mercado mudou de vez o tom com Brasília, mas mesmo depois de tanta alta o mercado segue nervoso sem saber qual o patamar que equilibra seus receios com a piora do cenário", comentou, lembrando ainda que hoje, em São Paulo, Doria afastou o coronel Aleksander Lacerda após o policial militar convocar seus comandados à manifestação bolsonarista do dia 7 de setembro. "Apesar dos múltiplos descontados, e em recorde de queda em alguns casos, podemos ver mais uma queda em algumas classes de ativo como os títulos públicos, por exemplo. Um mercado evidentemente desafiador", resumiu. Amanhã o Tesouro realiza leilão de NTN-B. Desse modo, as taxas longas vão se fincando cada vez mais nos dois dígitos. A economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitória, diz que em momentos de maior estresse os ativos tendem a oscilações mais acentuadas do que indicam os fundamentos e que ainda é cedo para prever uma piora fiscal mais consistente, lembrando que até dia 31 de agosto o governo deverá enviar ao Congresso o Orçamento de 2022. "A peça indica possível melhora, com redução de déficit, mas algumas propostas estão sendo mal recebidas", afirmou ela no Podcast da instituição, citando a PEC dos precatórios. "O receio é que votação de PEC nesse momento abra portas a gastos permanentes", citou. (Denise Abarca - [email protected]) 17:36 Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 5.36 Capital de Giro (%a.a) 6.76 Hot Money (%a.m) 0.63 CDI Over (%a.a) 5.15 Over Selic (%a.a) 5.15 CÂMBIO As tensões político-institucionais domésticas, com o novo embate entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal, impediram que o real se beneficiasse mais amplamente da onda global de enfraquecimento global da moeda americana no pregão desta segunda-feira (23), dia marcado por forte apetite por ativos de risco lá fora. A avaliação das mesas de operação é que a postura de Bolsonaro - que entrou, na sexta-feira, com pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF - turva o horizonte e aumenta o prêmio de risco exigido pelos investidores para carregar ativos locais. Teme-se que o aumento do estresse no campo político prejudique a tramitação da PEC dos Precatórios, essencial para resolver imbróglio em torno do cumprimento do teto de gastos, e leve Bolsonaro a novas investidas populistas, em meio à convocação para manifestações no 7 de setembro. O dólar à vista até abriu em queda, alinhado ao movimento externo de enfraquecimento da moeda americana, e desceu até a mínima R$ 5,3460 (-0,72%). Mas o apetite por real durou pouco e, logo em seguida, investidores optaram por realizar lucros e recompor posições defensivas - o que não apenas fez o dólar trocar de sinal como correr até a máxima de R$ 5,4022 (+0,32%). Pela manhã, em entrevista a uma rádio do interior de São Paulo, Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre a lisura das urnas eletrônicas. O presidente também desafiou governadores a zerar o ICMS sobre botijão de gás e disse que pode criar o chamado vale gás. Em resposta aos ataques de Bolsonaro ao STF e à legitimidade das eleições, governadores de 20 Estados e do Distrito Federal, aprovaram hoje no fim da manhã a criação de uma frente para a defesa da democracia. Passado o momento de maior estresse, a moeda americana operou ao redor da estabilidade ao longo da tarde, alternando entre pequenas altas e baixas, em meio a um ambiente de liquidez reduzida. O giro com o contrato de dólar futuro para setembro foi reduzido, de apenas US$ 11 bilhões, o que mostra falta de apetite para os negócios. No fim do dia, o dólar à vista era negociado a R$ 5,3820 (-0,05%). Em agosto, a moeda americana acumula valorização de 3,30%. Para o especialista em câmbio da Valor Investimentos, Rafael Ramos, o embate entre os Poderes, que se acentuou com o pedido de impeachment de Moraes, provoca um desconforto cada vez maior dos investidores com o cenário político. "Isso acaba poluindo os mercados e traz aversão ao risco. Esta tende a ser uma semana de forte volatilidade no câmbio", afirma. Alvo do pedido de impeachment por parte de Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes autorizou, hoje à tarde, que a Polícia Federal colha novos depoimentos no bojo da investigação de suposta interferência do presidente da República na PF. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou jogar panos quentes e disse que espera uma moderação dos "excessos" de ambas as partes, para garantir a recuperação econômica. "Muito tem se falado do déficit, sobre a possibilidade de descontrole fiscal, mas os fundamentos continuam indicando que estamos fazendo trabalho certo", disse. "A dificuldade de encontrar um texto de consenso para reforma do IR e as implicações da PEC dos Precatórios, que continua sendo lida como uma mudança de regime fiscal, foram mais preponderantes para a moeda (além dos juros e bolsa)", afirma, em relatório, a economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, ressaltando que, em um contexto de queda de popularidade de Bolsonaro, crescem as pressões por "benesses eleitorais" como o aumento do Bolsa Família, o vale gás, a isenção de tributos para o diesel e o Refis. Lá fora, o DXY - que mede o desempenho da moeda americana frente a seis divisas fortes - renovou mínimas na etapa vespertina, negociado abaixo da linha dos 93 mil pontos. O dólar também perdia força em relação a moedas emergentes e de países exportadores de commodities, à exceção do peso argentino. Entre os indicadores externos, destaque para o resultado aquém do esperado do índice de gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) nos EUA em agosto, apontando perda de fôlego da indústria e do setor de serviços. Investidores aguardam a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole (EUA), na sexta-feira (27), para calibrar as apostas em relação ao início da redução dos estímulos monetários. (Antonio Perez - [email protected]) 17:37 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.38200 -0.052 5.40220 5.34600 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5390.000 0.13004 5408.500 5352.000 DOLAR COMERCIAL 5455.000 20/08 MERCADOS INTERNACIONAIS A recuperação de ativos de risco após uma semana de quedas seguiu durante a tarde e levou o Nasdaq a renovar recordes de fechamento em Nova York. O petróleo saltou mais de 5%, beneficiado também pelo dólar fraco, e impulsionou as ações do setor. Os rendimentos dos Treasuries, entretanto, perderam força durante a tarde e chegaram ao fim do dia sem sinal único. Apesar da recuperação dos ativos de risco nesta sessão, investidores continuam de olho nos impactos da pandemia na atividade econômica, que seguem motivando revisões para baixo nas projeções de crescimento mundial. Hoje, a IHS Markit cortou a previsão de crescimento do PIB global em 2021 (de 5,8% a 5,7%) e 2022 (de 4,7% a 4,5%) e pontua que espera a continuidade da desaceleração em 2023, com estimativa de expansão de 3,2%. "A resiliência da economia global em meio a uma pandemia persistente sugere que o mundo está aprendendo a viver com o vírus", avalia a diretora executiva da IHS Markit, Sara Johnson. Hoje, os EUA concederam licença definitiva para a vacina contra covid-19 da Pfizer o que, juntamente com a notícia de aquisição da Trillium Therapeutics, fez a ação da companhia subir 2,50% em Nova York. O dia foi de compras nas bolsas no exterior e, entre os destaques, ficaram petroleiras como ExxonMobil (+4,12%) e Occidental Petroleum (+6,92%), na esteira do forte avanço nos preços do óleo. Sobre as quedas do petróleo na última semana, que representaram o maior recuo semanal em quase dez meses, o Commerzbank diz "considerar essa fraqueza de preços excessiva e acreditamos que ela tem mais a ver com a psicologia dos participantes do mercado do que com qualquer deterioração dos dados fundamentais". O banco alemão acredita que os preços possam se recuperar no caso de as restrições para tentar conter a covid-19 sejam retiradas rapidamente, algo que ocorreu na Índia, onde a demanda foi retomada após o país ser o epicentro dos efeitos da variante delta. O barril do petróleo WTI com entrega prevista para outubro encerrou a sessão em alta de 5,63% (US$ 3,50), a US$ 65,64, e o do Brent para igual mês avançou 5,48% (+US$ 3,57). Para a Capital Economics, "os mercados de ações globais agora parecem ter dobrado a esquina da liquidação da semana passada". A consultoria destaca que houve uma grande variação no desempenho entre os setores. Alguns dos mais "defensivos", como serviços públicos e saúde, resistiram melhor, assim como aqueles que se beneficiaram dos estágios iniciais da pandemia, como tecnologia. Por outro lado, os mais sensíveis a uma desaceleração econômica, como energia, indústria e financeiro, enfrentaram dificuldades, o que a Capital Economics avalia que se assemelha aos movimentos do começo da pandemia e diz ser algo esperado. Hoje, ao final da sessão, o Dow Jones subiu 0,61%, o S&P 500 avançou 0,85% e o Nasdaq teve alta de 1,55%. Na Europa, as bolsas também fecharam em alta, com o FTSE 100 subindo 0,30% em Londres, e o CAC 40 com o principal avanço dentre as principais, ganhando 0,86% em Paris. O dólar recuou ante a maioria das moedas em uma semana na qual o mercado dará especial atenção ao Simpósio de Jackson Hole. "A reavaliação da recuperação econômica global também está estimulando a demanda de refúgio seguro, beneficiando o dólar, em meio a crescentes preocupações com a variante delta em todo o mundo", apontou a Western Union sobre os últimos dias. Por sua vez, hoje o movimento foi revertido, e o índice DXY, que mede a moeda americana contra seis rivais, recuou 0,58%. No fim da tarde, o euro tinha alta a US$ 1,1749, a libra subia a US$ 1,3732 e o dólar depreciava a 109,66 ienes. No mercado de Treasuries, antes do aguardado discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, em Jackson Hole, a BMO Markets lembra a publicação dos dados de gastos pessoais e receitas de julho nos EUA, que contribuirão para o tom geral. Os indicadores serão os mais relevantes, segundo a análise, e irão oferecer na sexta-feira uma atualização do ritmo de consumo e da inflação. Se dados decepcionantes fornecerem um cenário de alta para os Treasuries antes do discurso de Powell, há um potencial maior para um novo teste do limite inferior nos juros, projeta a BMO Markets. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos operava em alta, a 0,222%, o da T-note de 10 anos recuava a 1,247%, enquanto o do T-bond de 30 anos tinha alta para 1,869%.
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