TEMOR COM AVANÇO DA COVID SE SOBREPÕE A NOTÍCIA SOBRE VACINA E TRAZ AVERSÃO AO RISCO

Blog, Cenário
Os mercados tiveram uma piora importante na reta final de negócios, a ponto de o dólar, que chegou a ceder para a casa de R$ 5,27 ante o real, virar e terminar em alta. Além disso, os juros futuros encerraram nas máximas e o Ibovespa, alinhado aos pares americanos, acelerou a queda. Se os investidores, na parte da manhã, reagiram majoritariamente a uma nova notícia positiva sobre vacina para a covid-19 - a Pfizer informou que seu imunizante apresentou 95% de eficácia nos resultados finais -, à tarde foi o avanço da doença que prevaleceu no humor dos agentes. Afinal, enquanto vários países da Europa já adotam medidas restritivas, os Estados Unidos, por exemplo, confirmam mais de 100 mil diagnósticos todos os dias há duas semanas, em uma tendência que levou Nova York a decidir fechar, mais uma vez, suas escolas. A deterioração do humor global interrompeu a sequência de baixas da divisa americana ante o real, que subiu 0,13%, a R$ 5,3376 no mercado à vista. Após o fechamento deste mercado, o dólar futuro acelerou alta e chegou a bater em R$ 5,37. Mesmo assim, ainda prevalece um cenário mais benigno para a moeda brasileira, com o investidor de olho na entrada de recursos pela via financeira, confirmada pelos números do fluxo cambial, e em eventuais ações do Banco Central no câmbio para suprir demandas do mercado no fim do ano. As bolsas em Wall Street, que também chegaram a subir, encerraram com baixa e carregaram junto o Ibovespa, que cedeu 1,05%, aos 106.119,09 pontos. Com o câmbio mais pressionado, os juros futuros, sobretudo intermediários e longos, aceleraram a alta que já se desenhava ao longo do dia, diante da antecipação de operações para o leilão de prefixados que o Tesouro realiza amanhã. No fim do dia, a Fitch reafirmou o rating do Brasil em BB-, com manutenção da perspectiva negativa.    
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  MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York perderam fôlego e viraram para território negativo nesta tarde, enquanto o otimismo em relação ao desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus foi deixado de lado e abriu caminho para preocupações a respeito do avanço desgovernado da doença. Afinal, os Estados Unidos confirmam mais de 100 mil diagnósticos todos os dias há duas semanas, em uma tendência que levou a cidade de Nova York a decidir fechar, mais uma vez, suas escolas. Mas, embora as ações tenham ficado no vermelho, houve espaço para a demanda por outros ativos de risco, como o petróleo, que fechou em alta. Os juros longos dos Treasuries avançaram, após leilão do Departamento do Tesouro norte-americano. Já o dólar segue em movimento de desvalorização, com expectativa pelo efeito de um imunizador na recuperação da economia.   Enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, mantém agenda esvaziada, em meio a batalha jurídica para reverter a derrota nas urnas, o país enfrenta um novo pico da covid-19, mais grave que os anteriores. A maior potência econômica do globo, que soma mais de 11 milhões de pessoas infectadas, atingiu recorde de internações pela doença ontem, com 68,5 mil indivíduos hospitalizados. Na Califórnia, o volume de testes positivos dobrou em apenas 10 dias e o governador Gavin Newson estuda endurecer medidas de restrições à circulação de pessoas. A cidade de Nova York, por sua vez, decidiu fechar todas as suas escolas públicas.   Os temores quanto a nova onda da pandemia deixou Wall Street na defensiva. O índice Dow Jones encerrou em baixa de 1,16%, a 29438,42 pontos, o S&P 500 caiu 1,16%, a 3567,79 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,82%, a 11801,60 pontos. A ações de tecnologia recuaram em bloco, entre elas as da Apple (-1,14%), do Facebook (-1,10%) e da Amazon (-0,96%).   "Foram semanas frenéticas, com o entusiasmo em torno da eleição mal diminuindo antes que a euforia da vacina tomasse conta. Talvez agora estejamos vendo um pouco de cansaço (nos mercados) antes do que provavelmente será um final de ano animado", avalia o analista Craig Erlam, da Oanda.   Apenas dois dias após a Moderna informar que seu candidato a imnunizador se mostrou 94,5% eficaz na prevenção da covid-19, de acordo com dados preliminares da terceira fase do ensaio clínico, a Pfizer e a BioNTech divulgaram seus resultados finais de estudos semelhantes, que mostraram eficiência de 95%. O número é semelhante a fórmulas de mais desenvolvedores, entre eles a da Rússia, conhecida como Sputnik V (92%), e do Instituto Butantã com a chinesa Sinovac, a Coronavac (97%). O CEO da BioNTech informou que a farmacêutica pretende pedir autorização emergencial à Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos EUA para distribuição da vacina na próxima sexta-feira.   A expectativa pela vacinação e seu impacto na recuperação econômica forneceu oportunidades de ganhos para o petróleo: o barril do WTI com entrega agenda para janeiro encerrou em alta de 0,86%, a US$ 42,01 e o do Brent para o mesmo mês avançou 1,35%, a US$ 44,34. As cotações perderam um pouco de impulso depois que o Departamento de Energia (DoE) dos EUA informou que os estoques da commodity no país subiram 800 mil na semana passada. "Com o número de casos de coronavírus crescendo, suspeitamos que os riscos para demanda estão firmemente para o negativo", aponta a Capital Economics.   Presidente da distrital de Richmond do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Thomas Barkin reforçou hoje compromisso da instituição em manter uma política monetária relaxada enquanto os efeitos da crise estiverem em vigor. Já o líder da regional de St. Louis, James Bullard, disse que a atuação do BC se mostrou "excepcionalmente efetiva".   As perspectivas por estímulos pressiona o dólar. O índice DXY, que mede a variação da divisa dos EUA ante uma cesta de seis rivais fortes, recuou 0,11%%, a 92,316 pontos. No fim da tarde em Nova York, o euro cedia a US$ 1,1851 e a libra avançava a US$ 1,3266.   Na renda fixa, os juros dos Treasuries ficaram sem direção única: no horário em questão, o retorno da T-note de 2 anos cedia a 0161%, o da T-note de 10 anos caía a 0,873% e o da T-bond de 30 anos recuava a 1,609%. O Departamento do Tesouro dos EUA realizou leilão de US$ 27 bilhões em T-bonds de 20 anos, com yield de 1,422%, ante média recente de 1,277%. A taxa bid-to-cover, um indicativo da demanda, ficou em 2,27 vezes, comparado com média de 2,45 vezes, de acordo com dados da BMO Capital Markets. (André Marinho - [email protected]) Volta   BOLSA   Com a piora em Nova York na reta de chegada, mesmo contando desde cedo com a notícia positiva sobre a vacina da Pfizer - eficácia de 95% nos resultados finais -, o Ibovespa interrompeu série de três avanços que o havia recolocado em níveis do fim de fevereiro. No ajuste desta quarta-feira, acentuado perto do encerramento dos negócios em linha com NY, o índice da B3 cedeu a marca de 107 mil pontos, que havia sido reconquistada ontem. Ainda assim, a sequência desta semana, com o Ibovespa acima dos 106 mil nas últimas três sessões, é a melhor desde que o índice passou abruptamente dos 113.681,42 pontos, na sexta-feira pré-carnaval, para 105.718,29 pontos na quarta-feira de cinzas, quando, com perda de 7% naquele dia, o novo coronavírus assumiu o protagonismo de 2020.   Hoje, o Ibovespa fechou em baixa de 1,05%, aos 106.119,09 pontos, tendo oscilado entre 106.043,35 e 107.467,25 pontos da mínima à máxima, uma variação até que comportada para um dia de vencimento de opções sobre o índice, com giro financeiro a R$ 48,4 bilhões - relativamente acomodado após ter chegado a superar a marca de R$ 50 bilhões nesta e na semana passada, em duas sessões.   No ponto alto, o volume foi a R$ 54,3 bilhões na última segunda-feira, quando os estrangeiros aportaram R$ 4,891 bilhões no mercado à vista, de acordo com dados da B3 - foi o segundo maior, em termos nominais (sem correção pela inflação), da série de dados diários compilada pelo Broadcast desde 2007. Em termos mensais, a entrada chega a R$ 22,659 bilhões em novembro, o maior nível da série mensal, que retrocede a 1995.   "O Ibovespa ainda está muito próximo da faixa de 109 mil pontos, que podemos dizer que foi o último suspiro do mercado antes de afundar até 70 mil pontos. Ou seja, estamos próximos de uma resistência forte no curto prazo. De qualquer forma, a tendência de alta segue firme - e contra fluxo, não há argumento", observa Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. Na semana, o Ibovespa ainda acumula ganho de 1,33%, em alta de 12,95% em novembro, que coloca as perdas do ano a 8,24%.   Movidas pelo retorno dos estrangeiros à B3 e pela recuperação dos preços da commodity, as ações da Petrobras se mantinham em terreno positivo nesta quarta-feira, mas ao final a PN mostrava perda de 0,59%, com a ON em leve alta de 0,12% no fechamento, enquanto Vale ON cedia 0,78%. Outro peso-pesado do Ibovespa, o segmento de bancos também teve desempenho majoritariamente negativo nesta quarta-feira, após ter acumulado ganho que se aproximava de 25% (Bradesco PN) no mês. Exceção foi Banco do Brasil ON, em alta de 0,23% no fechamento de hoje - no mês, dentre as ações dos maiores bancos, foi a que andou menos até aqui, em alta de 15,62% em novembro.   "Como o movimento foi bastante forte, é normal que aconteçam algumas realizações. O importante é a Bolsa não perder o suporte de 102-103 mil pontos ou até mesmo os 100 mil pontos. No momento, o que aponta a análise gráfica é que podemos chegar aos 116 mil pontos e mesmo aos 120 mil pontos", diz Fernando Góes, analista técnico da Clear.   Contudo, surgem alguns sinais de cansaço no movimento de rotação de carteiras observado desde o exterior, com migração de setores mais beneficiados durante a pandemia, como o de tecnologia (Nasdaq), para segmentos que sofreram mais, como o industrial (Dow Jones), e que tendem a andar melhor com a normalização gradual da vida social. "Boas notícias foram precificadas muito rapidamente e pode haver um pequeno vazio nas próximas semanas que permite um movimento corretivo", aponta em nota Craig Erlam, analista de mercado da OANDA na Europa, que prevê "alguma consolidação após o frenesi da vacina".   Na ponta do Ibovespa nesta quarta-feira, Cogna fechou em alta de 5,34%, seguida por Yduqs (+5,32%) e Azul (+4,41%). No lado oposto, Iguatemi cedeu 4,31%, à frente de Multiplan (-4,20%) e Cyrela (-4,18%).   No Brasil, passado o segundo turno das eleições municipais, a expectativa se voltará nas próximas semanas não apenas para as definições fiscais sobre o próximo ano, quanto ao Orçamento e o Renda Cidadã, mas também para a evolução da pandemia, que tem dado sinais de retomada após semanas de queda sustentada nas médias móveis. O recente repique da Covid-19 desperta temores de que o País precisará seguir o caminho observado na Europa e em menor medida nos EUA, com a retomada do distanciamento social. (Luís Eduardo Leal - [email protected])   cgi     18:32   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 106119.09 -1.0532 Máxima 107467.25 +0.20 Mínima 106043.35 -1.12 Volume (R$ Bilhões) 4.83B Volume (US$ Bilhões) 9.13B         18:33   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 105875 -1.3832 Máxima 107925 +0.53 Mínima 105875 -1.38     CÂMBIO O dólar chegou perto do registrar o quarto dia seguido de queda, mas na reta final dos negócios, com a piora externa em meio a renovadas preocupações com disseminação do coronavírus nos Estados Unidos, passou a subir e fechou em leve alta. Mesmo assim, ainda acumula baixa de 7% em novembro, mês em que entraram US$ 6,1 bilhões no Brasil apenas pelo canal financeiro, com a B3 batendo recordes diários de investimento estrangeiro. A volta do fluxo externo, após meses de escassez, e a promessa do Banco Central de intervir no mercado na reta final de 2020, caso o mercado demande recursos, ajudaram o dólar a cair abaixo de R$ 5,30 hoje, em sessão que acabou sendo marcada por volatilidade. Operadores seguem ressaltando que o risco fiscal é o principal limitador de uma melhora mais forte do real.   No fechamento, o dólar à vista encerrou com leve alta de 0,13%, cotado em R$ 5,3376. No mercado futuro, o dólar para dezembro subia 0,66%, em R$ 5,3720 às 18h10. O giro de negócios somou US$ 15 bilhões, mesmo nível de ontem.   O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, comenta que havia três fontes de incerteza para o cenário de 2021: eleições americanas, vacina para a covid e o ajuste fiscal brasileiro. As duas primeiras se reduziram, o que tem ajudado a levar volume importante de capital para os emergentes nos últimos dias. "Imagina uma segunda onda de covid sem a perspectiva de uma vacina em breve?", questiona o economista, ressaltando que neste caso o dólar poderia estar de volta aos R$ 5,60. No final do dia, voltaram a preocupar a aceleração dos casos nos EUA, o que fez a cidade de Nova York anunciar novo fechamento de escolas.   Se as duas primeiras incertezas diminuíram, no caso do Brasil, o cenário fiscal permanece sem avanço, o que limita a queda do dólar e deixa o câmbio volátil, ressalta Velloni. Para o economista, o dólar mais justo para os atuais fundamentos brasileiros seria entre R$ 4,80 e R$ 5,20. Mas ele acredita que só com o ajuste fiscal andando a moeda tem força para cair mais. Ao mesmo tempo há certo alívio no mercado com a atuação do Banco Central, que sinalizou que pode ser mais agressivo.   Hoje o BC novamente prometeu intervir no câmbio caso preciso, vendendo mais swap que o programado para dezembro ou fazendo leilões de linha (venda de dólar à vista com compromisso de recompra). "Seguimos prontos para atender a demanda por dólar no fim de ano", disse o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra Fernandes. “Dezembro normalmente é um mês ‘seco’ em termos de liquidez em dólares e o BC acaba atendendo um pouco dessa demanda oferecendo linha. O melhor instrumento para atacar isso é por linha”, afirmou, Serra em live do jornal Valor Econômico. O último mês do ano costuma ser marcado por remessas de empresas e fundos ao exterior e este ano ainda os bancos precisam desfazer o hedge em excesso no exterior (overhedge) para atender a nova legislação, o que tende a pressionar ainda mais o câmbio.   Por enquanto, ao contrário, o mercado tem recebido uma enxurrada de dólares do exterior, com investidores procurando ganhos nos emergentes. Dados do BC mostram que somente na semana entre 9 e 13 deste mês entraram US$ 4,908 bilhões pelo canal financeiro. No mês, as entradas por este canal somam US$ 6,163 bilhões. "Este dinheiro pode sair rápido como entrou", alerta Velloni, da Frente Corretora, sobre a necessidade de avançar com as reformas.   Os aportes de investidores estrangeiros não têm sido exclusivos do Brasil, mas para todos os emergentes, por conta da alta liquidez nos países desenvolvidos. O economista do Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos do mundo, com sede em Washington, Jonathan Fortun, destaca que os fluxos para emergentes têm sido "impressionantes" nas últimas três semanas. Em apenas 14 dias, estes mercados receberam US$ 20 bilhões de investidores não residentes.   Com fluxo e ação do BC, investidores vêm reduzindo apostas contra o real no mercado futuro de dólar. Fundos nacionais aumentaram ontem posição vendida, que ganha com a queda da moeda americana, em 15.265 contratos em dólar futuro, o equivalente a US$ 764 milhões, de acordo com dados da B3 monitorados diariamente pela corretora Renascença. Os estrangeiros reduziram posição comprada (que ganham com a alta do dólar) em 5.015 contratos, ou US$ 250 milhões.   Os estrangeiros começaram novembro com saldo líquido comprado em 100 mil contratos em dólar futuro. Ontem, este saldo havia caído para 38 mil contratos. Os fundos nacionais começaram novembro com saldo vendido de 74 mil contratos e ontem estava em 135 mil. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:32   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.33760 0.1332 5.34760 5.27580 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5365.000 0.53406 5375.500 5277.000 DOLAR COMERCIAL 5346.500 0.26254 5346.500 5283.000       JUROS Os juros futuros, que já operavam em alta e descolados da queda do dólar pela manhã, acentuaram o avanço à tarde, renovando máximas a partir dos vértices intermediários. O movimento é explicado pela antecipação de parte das operações com vistas ao leilão de prefixados que o Tesouro realiza nesta quinta-feira. O recuo das taxas nos últimos dias, principalmente ontem, deixou espaço para a correção, na medida também que o mercado até agora não viu nada de concreto evoluir na agenda legislativa. O bom humor externo, ao contrário do efeito em outros ativos domésticos, nos juros não tem sido suficiente para estimular a tomada de risco. No fim do dia, porém, as preocupações com o avanço da segunda onda de Covid pelo mundo pesaram nos negócios globais, com virada das bolsas para baixo, enquanto o dólar aqui zerou a queda.   Com os juros longos subindo entre 14 e 17 pontos-base, acima dos demais, a curva voltou a ganhar inclinação. A diferença entre o DI para janeiro de 2022 e janeiro de 2027, que ontem era de 417 pontos-base, hoje fechou em 429 pontos, maior nível desde os 430 pontos de 9 de outubro.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 3,28% (regular) e 3,209% (estendida), de 3,255% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 fechou a regular de 4,95% e a estendida em 4,97%, ante 4,856% ontem. A do DI para janeiro de 2027 fechou a regular em 7,59%, de 7,424% ontem, e a estendida em 7,58%. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxas de 6,79% (regular) e 6,78% (estendida), de 6,645% ontem.   O diretor de Gestão de Renda Fixa e Multimercados da Quantitas Asset, Rogério Braga, afirma que o mercado de juros hoje estava "difícil de explicar", na medida em que o noticiário não trouxe nada negativo, tampouco houve agenda relevante, e o dólar teve queda firme na maior parte do dia, tocando mínimas abaixo de R$ 5,30 pela manhã. Lembra porém que as taxas tiveram rodada recente de queda e, considerando o cenário fiscal indefinido, "não dá para esperar que fossem cair indefinidamente".   Para um gestor, o espaço para ficar aplicado em juros é limitado, dada a pressão da inflação corrente, sem certeza sobre a manutenção do teto de gastos e "com o Tesouro emitindo R$ 30 bilhões toda a semana". "O leilão pressiona demais e o político não se define em relação ao fiscal", disse.   Em live promovida pelo jornal Valor Econômico, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, afirmou que a inflação está "absolutamente sob controle" e discordou da tese de que o forward guidance ajuda a elevar a inclinação da curva. "Para fazer essa avaliação, teríamos que avaliar qual seria o nível da curva sem a prescrição futura. Será que estaria mais baixo? Eu acho improvável", rebateu. 'As incertezas fiscais e a dificuldade do Tesouro que pressionam a curva de juros estariam presentes com ou sem forward guidance", completou. Serra avaliou que o forward guidance está prestando o seu serviço da forma que o BC gostaria e que suas cláusulas seguem de pé. "Ele vai sair automaticamente do jogo quando nossas projeções e as de mercado se aproximarem do centro da meta no horizonte relevante", completou.   Com relação ao leilão, nas últimas operações, a instituição tem elevado os lotes de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e de Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F), o que demanda aumento nas posições de hedge já na véspera.   Na avaliação da Renascença, a Necessidade Líquida de Financiamento (NLF) do Tesouro de hoje até o fim de 2021 é estimada em R$ 1,639 trilhão e, com isso, precisará emitir cerca de R$ 30 bilhões por semana para zerar a NLF e "manter estável seu colchão de liquidez em R$ 850 bilhões". De acordo com os cálculos, esses R$ 30 bilhões (R$ 29,8 bilhões numa conta mais exata) estimados para manter o colchão ainda estariam abaixo da média dos últimos quatro leilões.   Em Wall Street, os leilões do Tesouro americano também influenciaram os Treasuries nesta quarta-feira. O rendimento dos mais longos renovou máximas no meio da tarde, após leilão de US$ 27 bilhões em T-bonds de 30 anos, que teve taxas acima da média recente e bid-to-cover (indicativo da demanda) abaixo da média. (Denise Abarca - [email protected])       18:36   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 5.33 Hot Money (%a.m) 0.59 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90              
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