Os ativos locais caminhavam para um desfecho bastante positivo nesta segunda-feira, amparados pela expectativa de um acordo sobre o Orçamento e também por declarações do novo presidente da Petrobras, Joaquim Luna e Silva, que, ao tomar posse, sinalizou com a manutenção da paridade internacional para os preços dos combustíveis. Na última hora de negócios, contudo, surgiu a figura da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. Em uma live, ela disse que o governo caminhava para um veto parcial às emendas parlamentares, da ordem de R$ 10,5 bilhões. O valor é inferior ao que o mercado vinha trabalhando ao longo do dia, da ordem de R$ 16 bilhões, e não chega a um terço do que os congressistas carimbaram dentro do Orçamento. Como resultado, o Ibovespa virou para o território negativo e caiu 0,15%, aos 120.933,78 pontos, dando fim a uma sequência de cinco altas consecutivas. O movimento ocorreu a despeito da disparada dos papéis da Petrobras após a fala de Silva e Luna, que agradou aos investidores. Em linha com o movimento global, o real ganhou espaço ante o dólar, mas perdeu fôlego. A moeda dos EUA, que chegou a tocar na mínima R$ 5,52 pouco antes das 16h, acelerou para perto de R$ 5,57 a partir das declarações de Arruda e terminou o pregão com queda menor, de 0,61%, a R$ 5,5505. Na renda fixa, contudo, apesar do estresse visto no fim do dia, prevaleceu a leitura de que, a despeito dos vetos terem ficado abaixo do esperado, ao menos houve acordo após semanas de impasse. Isso, junto com o alívio no câmbio e em relação à Petrobras, sancionou a retirada de prêmios da curva a termo. Enquanto isso, em Wall Street, as bolsas voltaram a ter ajustes negativos em dia de agenda esvaziada. Ao mesmo tempo, houve avanço nos yields dos Treasuries, pressionando principalmente o Nasdaq.
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