RENDA CIDADÃ SEM CORTE DE GASTO E COM RISCO AO TETO PUXA DÓLAR E DIS E DERRUBA BOLSA

Blog, Cenário
O governo anunciou hoje de onde pretende tirar recursos para financiar o Renda Cidadã, programa que substituirá o Bolsa Família. E o resultado foi desastroso para os ativos, ainda mais em um pregão positivo no exterior: o dólar testou máximas em quatro meses, obrigando o Banco Central a vender moeda, a curva de juros teve forte inclinação, com alta das taxas longas, e a Bolsa cedeu para a casa de 94 mil pontos. A ideia da equipe econômica para o programa, apresentada em reunião com líderes, é usar parte dos recursos destinados ao pagamento de precatórios - ou seja, deixando de pagar um despesa para bancar outra - e uma fatia do dinheiro do Fundeb, destinado à educação. Conteúdo completo no nosso Blog. Na prática, além de não haver nenhum corte de gasto para arcar com um aumento dos benefícios do programa, as medidas podem significar um drible no teto de gastos, sobretudo no caso do Fundeb, uma das poucas coisas que ficam fora da regra que limita o aumento das despesas do governo. Para completar, a reforma tributária segue empacada e, nessa mesma reunião, não houve consenso para viabilizar a tramitação da proposta. Nesse ambiente, o real voltou a exibir, junto com a lira turca, o pior comportamento ante os pares e, mesmo com a intervenção do BC, que vendeu US$ 877 milhões no mercado à vista, o dólar subiu 1,44%, a R$ 5,6353, depois de tocar na máxima de R$ 5,67. No ano, a divisa volta a acumular valorização superior a 40%. Já nos juros futuros, alguns vencimentos longos chegaram a disparar 75 pontos-base e tiveram alívio depois que a autoridade monetária conteve o câmbio. Ainda assim, a inclinação na curva ganhou corpo e as taxas longas subiram mais de 40 pontos. Com o clima interno azedo, o Ibovespa ignorou completamente o movimento positivo dos pares externos e despencou 2,41%, aos 94.666,37 pontos - menor patamar de fechamento desde 26 de junho, então aos 93.834,49 pontos. Enquanto isso, em Nova York, as bolsas aceleraram os ganhos à tarde e todos os principais índices subiram mais de 1,5%, apoiados por papéis de empresas de tecnologia, bancos e petroleiras. O clima no exterior foi de otimismo, após a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, sinalizar que pode haver acordo com a Casa Branca por um novo pacote de estímulos.  
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  CÂMBIO O dólar hoje testou as máximas em quatro meses, em dia que o noticiário local não ajudou e a moeda americana ainda subiu ante divisas emergentes no exterior. A questão fiscal do Brasil voltou aos holofotes quando o governo anunciou na tarde de hoje que pretende financiar o Renda Cidadã, o novo programa social do Planalto, com precatórios. Além disso, a sinalização de que ainda não há acordo para aprovar a reforma tributária também causou desconforto.   Com isso, o dólar chegou a bater em R$ 5,67, o maior valor diário desde 21 de maio, quando foi a R$ 5,70. Nesse ambiente de nervosismo, o Banco Central precisou intervir e vendeu US$ 877 milhões no mercado à vista, no primeiro leilão neste segmento desde 21 de agosto. Assim, o dólar arrefeceu o ritmo de valorização, ajudado também pelo fato de a oferta do BC ter coincidido com perda de fôlego da moeda americana no mercado internacional.   No final do dia, o dólar à vista encerrou com valorização de 1,44%, cotado em R$ 5,6353, o maior nível desde o fechamento de 20 de maio. No mercado futuro, o dólar para outubro era negociado em R$ 5,6370 às 17h, em alta de 1,32%, com volume de US$ 19 bilhões, um dos mais altos das últimas semanas.   "O dólar teve um comportamento ruim hoje entre os emergentes mais frágeis, mesmo com o dia de busca por ativos de risco em Nova York", destaca um diretor de tesouraria. Como reflexo, a moeda americana teve as maiores altas do dia ante o real e a lira turca (+1,67%).   No mercado doméstico, a situação piorou após a divulgação do plano de uso de precatórios pra financiar o Renda Cidadã, ressalta este executivo. "A noticia foi muito mal recebida pelo mercado em geral." Segundo o governo, o plano é financiar o programa com o dinheiro reservado no Orçamento para o pagamento de precatórios e com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o principal mecanismo de financiamento da educação.   O gerente de Tesouraria do Travelex Bank, Felipe Pellegrini, destaca que o dia no mercado de câmbio foi "nervoso", com o anúncio do financiamento do programa Renda Cidadã provocando "indisposição", fazendo o investidor buscar proteção no dólar. "Vamos ter que aguardar cenas do próximo capítulo. O problema é como fica o Orçamento", disse ele. Outro risco no cenário, principalmente para o longo prazo, é ficar sem a reforma tributária, afirmou ele.   Para o executivo do Travelex, o BC mostrou que está atento ao intervir hoje no mercado, embora se esperasse que a atuação também ocorresse na semana passada. Com a venda no mercado à vista, o BC conseguiu arrefecer a alta, mas ele não muda a tendência para a moeda, ressalta Pellegrini, destacando que o dólar oscilar em um regime de câmbio flutuante não é problema, a preocupação é quando estes movimentos são muito rápidos. Após testar os R$ 5,65 hoje, Pellegrini avalia que a moeda ainda não mostra tendência de reversão mais acentuada na expectativa pelos próximos acontecimentos. Poderia voltar para a casa dos R$ 5,40 com alguma notícia positiva.   Apesar da alta ante emergentes e mesmo perante moedas fortes, investidores seguem pessimistas com o dólar na Bolsa de Mercados de Chicago (CME, na sigla em inglês). As apostas dos especuladores mostram novo aumento de posições vendidas líquida no dólar na semana passada, que subiram ao nível mais alto desde novembro de 2017, de acordo com dados da Commodity Futures Trading Commission (CFTC).   Com o real, houve ligeira redução nas apostas vendidas, que ganham com a desvalorização da divisa brasileira, mostram os dados da CFTC. Na semana encerrada no dia 22, a posição em aberto dos especuladores na CME estava vendida em 23,8 mil contratos futuros de real, ante 25 mil do período anterior. Apesar da leve melhora, o número está acima do que era no final de agosto, com cerca de 13 mil contratos vendidos.   Na B3, houve novo reforço de posições contra o real na sexta-feira, com fundos nacionais reduzindo posição vendida em dólar futuro em 5.165 contratos e os investidores estrangeiros aumentando posição comprada em 1.800 contratos, de acordo com dados da Bolsa monitorados pela corretora Renascença. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     17:31   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.63530 1.4401 5.67580 5.51450 Dólar Comercial (BM&F) 5.5071 0 DOLAR COMERCIAL 5638.000 1.33909 5675.000 5512.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5639.500 1.55772 5672.500 5527.500       JUROS A decepção com os anúncios do governo em torno do financiamento do programa Renda Cidadã e sobre a reforma tributária fez a curva de juros empinar nesta segunda-feira, com algumas taxas de médio e longo prazo chegando a subir até 75 pontos-base nas máximas do dia. No fechamento, a pressão diminuiu, especialmente depois da intervenção do Banco Central no câmbio, que fez o dólar desacelerar; da melhora adicional dos mercados no exterior e também por fatores técnicos. A proposta de usar parte dos recursos do Fundeb, e, principalmente, do orçamento destinado ao pagamento dos precatórios, chocou o mercado, para quem o lançamento do programa, que é muito caro ao presidente Jair Bolsonaro, nessas bases será de difícil sem ferir as regras fiscais.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou a 3,06%, de 2,853% no ajuste de sexta-feira e a do DI para janeiro de 2023 terminou em 4,54%, de 4,234% no último ajuste. O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa em 6,61%, de 6,224%, e a do DI para janeiro de 2027 saltou de 7,213% para 7,62%. Entre os vencimentos janeiro de 2022 e janeiro de 2027, o spread hoje ficou em 456 pontos-base e entre janeiro de 203 e janeiro de 2027, em 308 pontos, ambos em níveis históricos.   O movimento de zeragem de posições vendidas tornou o volume hoje atipicamente expressivo para uma segunda-feira. Só o DI para janeiro de 2022 girou 945 mil contratos, ante média diária de 348,7 mil nos últimos 30 dias. "O dia estava muito bom lá fora, apesar dos receios com a segunda onda do coronavírus na Europa. Daí os fatores locais acabaram dando esse grande start da azedada de humor", afirmou o gestor de renda fixa da Sicredi Asset, Cassio Andrade Xavier. Segundo ele, à tarde, com o mercado já muito machucado, a onda de "stops" arrefeceu. "Muita gente zerou posições e acabou abrindo espaço para quem queria vender", explicou, sobre a desaceleração das taxas.   Mesmo antes do anúncio oficial sobre as formas de financiamento do Renda Cidadã, no fim da manhã as taxas já zeravam a queda e passaram a subir com relatos de que o governo apelaria aos precatórios para custear o programa, mas ainda assim os players queriam aguardar para ver o que o governo anunciaria oficialmente. Bolsonaro falaria à imprensa no começo da tarde, após reunir-se no Palácio da Alvorada, junto de líderes do governo no Congresso e o ministro Paulo Guedes sobre a apresentação do programa.   Com a confirmação do que já circulava mais cedo, o mercado piorou mais. "Havia grande expectativa sobre quais seriam as fontes de financiamento e o que foi apresentado frustrou muito", disse o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Camargo Rosa, lembrando que também não houve nenhum sinal positivo de avanço para a reforma tributária, como se esperava.   Para o especialista em contas públicas, Guilherme Tinoco, as duas medidas são péssimas. O uso do Fundeb, segundo ele, é um claro drible no teto, uma vez que o fundo dedicado à educação e é uma despesa específica que, pela legislação em vigor, fica fora da regra do teto. No caso dos precatórios, Tinoco diz que, pelo que foi anunciado, parece mera rolagem de pagamentos para o ano seguinte.   Mais cedo, o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, em audiência no Congresso, já alertava sobre a necessidade de reformas para reduzir a inclinação da curva. "A curva de juros futuros está inclinada hoje por incertezas em relação à nossa consolidação fiscal. Os juros longos se reduzirão naturalmente com sinais sobre reformas", disse. Segundo ele, o colchão de liquidez para o gerenciamento da dívida permanece "acima dos níveis prudenciais" mesmo com o aumento de emissões de títulos.   É nesse clima que o Tesouro tem programada para amanhã oferta de NTN-B e deve manter a estratégia de concentrar as emissões no papel curto, para 2025, que é onde tem demanda. O coordenador-geral de operações da dívida, Luís Vital, também comentou hoje sobre o estresse recente no mercado de LFT. "Acreditamos que mercado está passando por reprecificação e vai se estabilizar. Mas o Tesouro tem instrumentos, como reduzir convocações e diminuir colocações em leilões para não ser um fator adicional de pressão", afirmou. (Denise Abarca - [email protected])     17:31   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 5.56 Hot Money (%a.m) 0.42 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90       BOLSA Em dia de apetite por risco no exterior, o Ibovespa perdeu a carona, pressionado por retomada dos receios sobre a situação fiscal, em momento no qual o governo recoloca na mesa novo programa de renda mínima a partir de 2021 - o Renda Cidadã - sem que consiga fazer avançar a reforma tributária ou iniciativas de compensação para gastos ampliados. Assim, no pior momento do dia, o principal índice da B3 foi ao menor nível desde 29 de junho e, ao final da sessão, mostrava perda de 2,41%, aos 94.666,37 pontos - menor patamar desde o encerramento de 26 de junho, então aos 93.834,49 pontos. Em NY, os ganhos do dia ficaram entre 1,51% (Dow Jones) e 1,87% (Nasdaq).   "Caiu muito mal a falta de acordo na reunião de líderes sobre a reforma tributária. Com reformas necessárias ainda distantes, o que prevalece é o encontro com a verdade, após um avanço prolongado movido basicamente por fluxo doméstico. Ainda sem reformas, fala-se agora no Renda Cidadã, se preciso for até tirando de precatórios. Assim, Bolsonaro volta a se mostrar mais preocupado com a reeleição do que com o ajuste das contas e as reformas", diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença. "Apesar de toda retórica do Guedes, a agenda econômica está emperrada, houve poucos avanços neste governo."   "A cada dia que passa a percepção é de que não vai haver reformas este ano, com as eleições municipais se aproximando. E depois, no início do próximo ano, ainda tem a eleição para as presidências da Câmara e do Senado. O estresse de hoje ficou bem evidente na curva de juros, ainda mais que na Bolsa e no câmbio. Quando se posterga o pagamento de dívidas (precatórios) ou há distorção de finalidade (Fundeb) em prol de gastos perenes (Renda Cidadã), o que se tem é algo insustentável no longo prazo", aponta Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.   Refletindo a incerteza e volatilidade do mercado, no momento em que o Ibovespa renovava mínimas da sessão, a Cosan anunciava hoje, no dia da precificação, a suspensão da oferta inicial de ações (IPO) de sua controlada Compass, mostrando que a janela está mais estreita. Na semana passada, o banco BR Partners também adiou oferta no dia da precificação. A Caixa Seguridade, por sua vez, já avisou que, por conta das condições de mercado, vai deixar para depois sua abertura de capital.   "Hoje, o Ibovespa começou a mostrar definição mais clara, confirmando, a princípio, as perdas dos suportes de 98 e 97 mil pontos. O Ibovespa saiu de um momento de consolidação e pode entrar em tendência de queda, chegando aos 90 mil pontos de forma mais rápida", observa Fernando Góes, analista gráfico da Clear Corretora. Na mínima, o Ibovespa foi hoje aos 94.370,60 pontos, no menor nível desde 29 de junho (93.825,27), saindo de máxima nesta segunda-feira aos 98.313,73, com abertura a 97.005,38 - entre o piso e o teto do dia, a variação foi de quase 4 mil pontos.   O giro financeiro totalizou R$ 27,5 bilhões e, no mês, as perdas de setembro, faltando dois dias para o encerramento do mês, chegam a 4,73%, voltando a superar as de agosto (-3,44%), quando foi interrompida a recuperação iniciada em abril - no ano, as perdas avançam agora a 18,14%.   Mais cedo, as ações de bancos, ainda muito atrasadas no ano, conseguiam dar algum suporte ao Ibovespa, em dia positivo para o segmento no exterior - aqui, contribui avaliação do Bank of America, ao apontar que as provisões dos bancos brasileiros devem ter chegado a pico no segundo trimestre deste ano e que os lucros das instituições devem começar a melhorar. Ao final da sessão, apenas Unit do Santander (+2,10%) e Banco do Brasil ON (+0,69%) conseguiram manter-se em alta na sessão.   Na ponta negativa do Ibovespa, Yduqs cedeu 5,35%, seguida por Intermédica (-5,20%) e Minerva (-5,02%) Entre as commodities, destaque para perdas de 2,48% em Petrobras PN e de 2,42%, para a ON. Vale ON cedeu 0,79%. Na face positiva do Ibovespa, Embraer liderou a alta do dia (+3,92%), seguida por Santander (+2,10%) e IRB (+0,84%).   "Minerva esteve entre as maiores quedas do índice, com a China anunciando meta de ser 95% autossuficiente em produção de suínos, enquanto a maior alta foi Embraer, com a Azul recebendo aprovação para operar um Embraer E195 modificado para transporte de cargas", aponta Cristiane Fensterseifer, analista de ações da Spiti. (Luís Eduardo Leal, com Karla Spotorno e Niviane Magalhães - [email protected])     17:22   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 94666.37 -2.40518 Máxima 98313.73 +1.36 Mínima 94370.60 -2.71 Volume (R$ Bilhões) 2.75B Volume (US$ Bilhões) 4.92B         17:31   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 94750 -2.36488 Máxima 98445 +1.44 Mínima 94320 -2.81       MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York aceleraram os ganhos à tarde e fecharam o primeiro pregão da semana em alta, ampliando o movimento de recuperação visto na sexta-feira. O mercado acionário americano foi apoiado por papéis de empresas de tecnologia, bancos e petroleiras. O clima no exterior é de otimismo, após a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, sinalizar que pode haver acordo com a Casa Branca por um novo pacote de estímulos. Dirigente do Federal Reserve, Loretta Mester voltou a alertar, nesta tarde, para a necessidade de mais apoio fiscal. A menor busca por segurança enfraqueceu o dólar na comparação com as principais moedas e levou os juros longos dos Treasuries a subir. Após oscilar durante a sessão, o petróleo também acabou beneficiado pelo apetite por risco nos mercados e encerrou em alta.   "Após quatro semanas de um setembro desastroso, as ações tentam manter a confiança dos investidores", comentam analistas do Swissquote Bank. Apesar dos ganhos registrados na sexta-feira, os índices acionários Dow Jones e S&P 500 engataram quatro semanas consecutivas de perdas em Nova York, em meio a diversas incertezas, entre elas, a falta de mais estímulos fiscais. A sinalização dada por Pelosi, portanto, trouxe de volta alguma animação aos investidores, após meses de impasses entre republicanos e democratas. A presidente da Câmara dos Representantes falou em "diálogo" sobre um pacote fiscal e disse acreditar na possibilidade de um acordo.   Presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester disse hoje que a recuperação econômica nos EUA é "frágil" e defendeu mais apoio fiscal, como tem feito a maioria dos dirigentes da autoridade monetária americana em discursos recentes.   Impulsionadas pelos setores de tecnologia, energia e financeiro, as bolsas de Nova York registraram ganhos. O Dow Jones subiu 1,51%, a 27.584,06 pontos, o S&P 500 avançou 1,61%, a 3.351,23 pontos, e o Nasdaq ganhou 1,87%, a 11.117,53 pontos, retomando a marca de 11 mil pontos. "A curto prazo, pode ser muito cedo para esperar uma recuperação significativa no sentimento de risco em todos os mercados", ponderam analistas do Danske Bank. De acordo com eles, fatores que poderiam garantir uma recuperação sustentada do apetite por risco seriam avanços no desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19, uma guinada mais dovish do Fed ou a aprovação, de fato, de um novo pacote fiscal nos EUA.   Entretanto, a pandemia de covid-19, que deve atingir hoje a marca de 1 milhão de mortes, segue no radar, com uma aceleração do número de novos casos na Europa e nos EUA. Em coletiva de imprensa nesta tarde, o presidente americano, Donald Trump, disse que o país vai distribuir 150 milhões de testes rápidos para coronavírus nas próximas semanas. Diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva projeta perdas acumuladas de US$ 12 trilhões entre 2020 e 2021 no mundo, devido ao impacto da crise.   Além disso, apesar da sinalização de Pelosi, a polarização política segue em alta em Washington, após Trump indicar a juíza conservadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte. "A nomeação em si não é importante para os mercados, mas implicitamente é, pois reduz a probabilidade de as duas partes concordarem sobre um novo pacote fiscal", alertam os analistas do Danske Bank. Também repercute na mídia americana a divulgação pelo New York Times das declarações de imposto de renda de Trump, que ficou 10 anos sem pagar o tributo, alegando perdas financeiras.   Com menos busca por segurança no mercado, o dólar voltou a recuar em relação a rivais, após ter se fortalecido na semana passada. O índice DXY, que mede a variação da divisa americana ante outras seis moedas fortes, fechou em baixa de 0,38%, a 94,278 pontos. Como mostrou o Broadcast, a valorização recente de moedas como o euro, o iene e os dólares australiano e neozelandês, principalmente devido à depreciação do dólar, acendeu um alerta para dirigentes de bancos centrais sobre o câmbio. (Leia mais na reportagem publicada às 8h de Brasília)   Os investidores também desfizeram posições em Treasuries, o que levou os juros longos a subir. No final da tarde em Nova York, o rendimento da T-note de 2 anos recuava a 0,117%, o da T-note de 10 anos operava estável em 0,656% e o do T-bond de 30 anos subia a 1,417%.   O petróleo, que oscilou entre altas e baixas durante o pregão, fechou com ganhos, beneficiado pelo apetite por risco. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para novembro subiu 0,87%, a US$ 40,60 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para dezembro avançou 1,08%, a US$ 42,87 o barril. (Iander Porcella - [email protected])          
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