REAL DESTOA COM AJUSTE TÉCNICO DE FIM DE ANO, MAS OTIMISMO PREVALECE EM DEMAIS ATIVOS

Blog, Cenário
O real contrariou o otimismo global e perdeu terreno ante o dólar, numa quarta-feira marcada pela redução da liquidez nos negócios. Em meio ao otimismo com um acordo comercial pós-Brexit entre Reino Unido e União Europeia, que pode sair ainda hoje, a moeda americana teve o terceiro dia seguido de valorização ante a brasileira, com fatores técnicos prevalecendo. Por mais que haja fluxo de entrada rumo a ativos locais, ele acaba não compensando o aumento da demanda por dólares por empresas, para remessas de lucros ao exterior, e por bancos, que precisam desmontar, até o próximo dia 30, a proteção em excesso para ativos que têm no exterior. Além disso, operadores relatam que voltou a crescer o uso do câmbio para o hedge de apostas em outros mercados. Nesse ambiente, o dólar à vista subiu 0,73%, a R$ 5,1998, mas ainda recua 2,74% em dezembro. Enquanto isso, o Ibovespa se reaproximou dos 118 mil pontos, em um movimento alinhado aos pares americanos e europeus e com a ajuda de indicadores positivos, como a criação de empregos acima do previsto no Brasil em novembro. Assim, a bolsa brasileira ganhou 1%, aos 117.806,85 pontos, em alta superior à registrada pelos principais índices acionários em Wall Street. Por lá, além do acordo entre britânicos e europeus, ajudou o fato de a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, prometer votar a proposta de envio de cheques de US$ 2 mil a americanos, depois que o presidente Donald Trump ameaçou não sancionar o pacote fiscal de US$ 900 bilhões aprovado pelo Congresso. Na renda fixa, a despeito da pressão vinda do dólar, os juros futuros encerraram a semana mais curta em função do feriado de Natal em queda firme. A curva perdeu inclinação tanto em relação a ontem quanto ante a última sexta-feira. Além do ambiente externo positivo e do alívio com a não votação da PEC dos municípios, que poderia pressionar ainda mais as contas públicas em 2021, houve também ajustes técnicos de fim de ano e perspectiva de aumento de fluxo, devido ao vencimento de NTN-F e pagamento de cupom de NTN-F no começo de janeiro, estimados em cerca de R$ 123 bilhões.    
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  CÂMBIO O dólar teve hoje o terceiro dia seguido de valorização ante o real. Nesta quarta-feira, fatores técnicos tiveram peso determinante e a moeda brasileira destoou de seus pares em países emergentes, que subiram ante o dólar, e também do otimismo visto na Bolsa. A demanda pela moeda americana no mercado à vista se acentuou, com empresas, fundos e bancos comprando a divisa para remessas de juros e dividendos ao exterior, comuns nesta época do ano. O bancos também têm que desmontar, por conta de mudança da legislação, até o próximo dia 30, a proteção em excesso (conhecido como overhedge) para ativos que têm no exterior. Operadores ressaltam ainda que voltou a crescer o uso do câmbio pelos investidores para a proteção de apostas nos demais mercados.   Na máxima do dia, o dólar encostou em R$ 5,22, mas acabou fechando abaixo desse valor, a R$ 5,1998, em alta de 0,73%. Em dezembro, a moeda americana ainda cai 2,74%. No mercado futuro, o dólar para janeiro tinha alta de 1,10% às 18h10, negociado em R$ 5,2130.   Dados do Banco Central mostram que as saídas do Brasil pelo canal financeiro se acentuaram na última semana, somando US$ 3,4 bilhões no período de 14 a 18. No mês, somam US$ 766 milhões até o dia 18, pois até então os fluxos de entrada de investidores procurando aportes na Bolsa estavam superando as saídas. Os dados da B3 mostram que o fluxo de estrangeiro continua forte, chegando perto de R$ 17 bilhões no mês, até o dia 21, pregão que teve a entrada de R$ 2 bilhões.   Um diretor de tesouraria observa que a continuidade do fluxo positivo de investidores externos ajudou a aliviar a pressão no câmbio este mês, diminuindo a necessidade da oferta de dólares no mercado de balcão pelo BC. Este executivo lembra que em dezembro de 2019, o BC realizou dois leilões de linha (venda de dólar à vista com compromisso de recompra) de US$ 2,5 bilhões e fez mais 15 leilões de moeda à vista, somando US$ 7,5 bilhões.   Já neste mês, o BC fez só um leilão de linha, de US$ 2 bilhões, esta semana e não fez de moeda à vista. A instituição concentrou sua atuação na oferta de swap (venda de dólar no mercado futuro), por causa da necessidade dos bancos de reduzirem o overhedge. O BC vem desde o dia 10 fazendo oferta diária de US$ 800 milhões, somando até hoje US$ 8 bilhões.   Na sessão de hoje, o dólar casado, que mede a diferença das cotações do dólar balcão e do dólar futuro, operou novamente negativo, um indicativo da maior demanda por moeda à vista.   No exterior, o dia já teve menor volume de negócios, por causa do feriado do Natal esta semana, e foi marcado por queda do dólar ante moedas fortes e a maioria dos emergentes. A economista da corretora americana Stifel, Lindsey Piegza, comenta que as declarações de Donald Trump ontem à noite sobre o pacote de estímulo foram uma surpresa e podem atrasar a chegada dos recursos aos bolsos dos americanos, na medida em que o presidente pediu aumento dos valores para cada americano. Mas a visão de que as medidas, já aprovadas no Congresso, vão acabar saindo limitaram o impacto no mercado, em dia de indicadores mistos nos EUA, com destaque para a queda no consumo e na renda dos americanos. Também ajudou o avanço nas negociações de um acordo comercial pós-Brexit entre Reino Unido e União Europeia, destaca ela. Nesse ambiente, o dólar voltou a perder força, após ganhar fôlego ontem. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:21   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.19980 0.7342 5.21990 5.12950 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL 5214.500 1.12479 5220.500 5129.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5203.500 0.78443 5215.000 5133.500       MERCADOS INTERNACIONAIS Após meses de intensas negociações e um impasse quase intransponível na área da pesca, Reino Unido e União Europeia parecem estar a caminho de fechar o acordo comercial para o período subsequente ao Brexit, a saída do país insular do bloco europeu. À espera do anúncio oficial, que pode vir a qualquer momento, euro e libra se fortaleceram nesta terça-feira e impuseram pressão ao dólar. Nos Estados Unidos, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, prometeu submeter a proposta de envio de cheques de US$ 2 mil a americanos a votação amanhã, após o presidente Donald Trump ameaçar não sancionar o pacote fiscal de US$ 900 bilhões aprovado pelo Congresso. Apesar das inesperadas incertezas quanto à legislação, investidores buscaram ativos de risco, como ações e petróleo, em detrimento da segurança dos Treasuries. Tanto que, em Nova York, o Nasdaq chegou a renovar máxima intraday histórica, mas acabou virando na reta final da sessão e encerrou em baixa, na contramão dos demais índices.   Especulações sobre o anúncio do tratado de livre comércio entre Londres e Bruxelas circularam o dia inteiro pela imprensa britânica. Logo cedo, a <i>Reuters</i> informou que, segundo uma fonte diplomática, o pacto poderia ser revelado nesta quarta-feira. Uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, chegou a ser marcada para esta noite, mas depois foi cancelada. Segundo a emissora ITV, o texto já está pronto e os dois lados estão fazendo a revisão final.   À espera do acordo, investidores do mercado cambial foram em busca da libra, que subia a US$ 1,3498 no fim da tarde em Nova York, e do euro, que avançava a US 1,2191. O fortalecimento das divisas europeias impôs um teto à recuperação do dólar, que vinha ocorrendo nas duas últimas sessões. Com isso, o índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em queda de 0,26%, a 90,413 pontos.   "Os investidores devem favorecer os ativos mais arriscados em 2021 e o enfraquecimento do dólar americano ajudará a impulsionar essa demanda. O Federal Reserve (Fed) fixou as taxas de juros nos EUA em mínimas históricos, um influxo maciço de estímulo financeiro, todos os critérios que permitem que o apetite dos investidores pelo risco cresça", avalia o Western Union.   O petróleo tende a ser um dos mais beneficiados desse cenário de menor cautela. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato para fevereiro do WTI fechou em alta de 2,34% (US$1,10), a US$ 48,12 por barril. Já o Brent para o mesmo mês negociado na Intercontinental Exchange (ICE) subiu 2,24% (US$ 1,12), para US$ 51,20 por barril. As cotações foram impulsionadas com a leitura dos estoques nos EUA, que caíram 562 mil na semana passada, de acordo com o Departamento de Energia (DoE).   Em Wall Street, a maior parte do pregão foi marcada por ganhos, com Dow Jones em alta de 0,38%, a 30.129,83 pontos, acompanhado por S&P 500 (+0,07%, 3.690,01 pontos). O setor financeiro apareceu em destaque, liderado pelas ações de Wells Fargo (+4,80%), JPMorgan (+2,79%) e Goldman Sachs (+2,54%). Volátil, o Nasdaq oscilou entre os territórios positivos e negativos, tendo renovado máxima intraday histórica, a 12.738,75 pontos. No fim, o índice terminou em baixa de 0,29%, a 12.771,11 pontos.   O bom desempenho da renda variável atraiu aplicações dos Treasuries, que foram menos demandados, em movimento que impulsionou os juros. No final da tarde em NY, o retorno da T-note 2 anos se elevava a 0,125%, o da T-note de 10 anos subia a 0,952% e o da T-bond de 30 anos crescia a 1,686%.   No radar nas mesas de operações nesta antevéspera de Natal esteve o inesperado novo impasse em relação ao pacote fiscal nos EUA. Em carta a democratas, Nancy Pelosi informou que pretende submeter a proposta de pagamentos diretos de US$ 2 mil a americanos à votação na Câmara amanhã. Segundo ela, o plenário usará o dispositivo do voto consensual, em que basta que nenhum deputado se oponha à matéria para que ela seja aprovada.   A manobra de Pelosi acontece após o presidente americano, Donald Trump, surpreender até mesmo correligionários ao revelar, em publicação no Twitter ontem, que pode não sancionar o pacote de US$ 900 bilhões aprovado na segunda-feira pelo Congresso. O republicano, que tinha se afastado das negociações, reclamou do fato de a legislação incluir apenas US$ 600 para os cidadãos.   Se Trump escolher vetar o projeto, o Congresso pode anular o veto. "O processo, no entanto, certamente atrasaria a liberação dos recursos, ficando aquém da promessa do secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, de que os cheques de estímulo poderiam começar a chegar às famílias americanas na próxima semana", explica a Stifel Economics. (André Marinho - [email protected])     BOLSA O Índice Bovespa pegou carona no bom desempenho do mercado internacional e terminou o pregão desta quarta-feira em alta de 1,00%, aos 117.806,85 pontos, elevando os ganhos de dezembro para 8,19%. Em terreno positivo desde a abertura, o indicador ganhou maior tração à tarde, com a consolidação do sinal positivo no exterior, apesar da redução da liquidez na B3.   As altas na Europa e Estados Unidos levaram em conta a expectativa de acordo comercial entre o Reino Unido e a União Europeia e ainda o pacote fiscal nos EUA, apesar das críticas de Donald Trump aos US$ 900 bilhões aprovados no Congresso. Por aqui, o alívio com a não votação da PEC dos municípios continuou a produzir efeitos positivos. Em um dia de agenda econômica movimentada, o destaque ficou com os dados positivos de criação de emprego no Brasil em novembro, que vieram acima das estimativas mais otimistas.   "Os investidores estrangeiros continuam retomando posição em Brasil, comprando commodities e bancos", afirmou Régis Chinchila, gerente de renda variável da Terra Investimentos.   Embora o pregão tenha sido de ganhos de ponta a ponta, o profissional lembra que a covid-19 segue no radar dos investidores e afirma que nos próximos dias o mercado deve manter fidelidade ao lema escoteiro: "Sempre alerta com coronavírus, vacinas e impactos do lockdown", apontou Chinchila. Vale lembrar que a segunda-feira foi marcada por forte aversão ao risco nos mercados mundiais, com os agentes repercutindo o surgimento de nova cepa do coronavírus no Reino Unido.   E por falar em pandemia, o anúncio final sobre a eficácia da vacina Coronavac, uma das principais expectativas para o dia, acabou sendo frustrada. Uma questão contratual entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac seria o motivo para o adiamento dos resultados da fase 3 dos testes clínicos. Apesar do adiamento, o governo de São Paulo manteve o cronograma de vacinação, com previsão de início em 25 de janeiro.   No cenário político, a movimentação ficou por conta do anúncio do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) como candidato apoiado por Rodrigo Maia (DEM-RJ) à sua sucessão na presidência da Câmara. Com a disputa pela Câmara apenas começando - a eleição ocorre em fevereiro - a expectativa dos profissionais do mercado é de volatilidade à frente, com pautas-bomba e outros ruídos nas próximas semanas. As duas notícias foram monitoradas, mas pouco influenciaram os negócios.   No melhor momento do dia, o Ibovespa chegou a marcar 118.311,44 pontos (+1,44%), com alta praticamente generalizada entre as blue chips do mercado. Ações do setor financeiro, elétrico e petróleo foram destaque. Os papéis da Petrobras terminaram o dia com ganhos de 2,16% (ON) e de 2,46% (PN), embalados pela alta expressiva dos contratos futuros de petróleo, refletindo a expectativa pelo acordo pós-Brexit. As ações também ganharam impulso com o anúncio de que a estatal concluiu a venda de sua participação na Liquigás. Já Vale ON teve alta de 0,48%, apesar da queda do minério de ferro no mercado chinês.   Entre as ações que compõem o Ibovespa, destaque ainda para os papéis do setor aéreo, com Azul (+6,89%) e Gol PN (+5,32%) na lista das maiores altas. O setor de varejo reagiu positivamente ao dado do Caged indicando abertura de 414.556 vagas em novembro, mas nem todas as ações sustentaram os ganhos. Ao final do dia, Via Varejo ON subiu 1,19%, enquanto Magazine Luiza perdeu 0,76%. O volume de negócios na B3 totalizou R$ 24,5 bilhões. (Paula Dias - [email protected])       18:20   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 117806.85 1.00369 Máxima 118311.44 +1.44 Mínima 116636.18 0.00 Volume (R$ Bilhões) 2.44B Volume (US$ Bilhões) 4.72B         18:21   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 117915 0.74761 Máxima 118565 +1.30 Mínima 117060 +0.02       cgi   Volta   JUROS Os juros encerraram a semana mais curta em função do feriado de Natal em queda, principalmente na ponta longa, melhor termômetro para o risco fiscal e externo. A curva perdeu inclinação tanto em relação a ontem quanto a última sexta-feira. As taxas já caíam pela manhã e ampliaram o movimento à tarde, batendo mínimas, atribuídas a ajustes técnicos de fim de ano e à perspectiva de aumento de fluxo, dados o vencimento de NTN-F e pagamento de cupom de NTN-F no começo de janeiro, estimados em cerca de R$ 123 bilhões. O alívio com o fato de a Câmara ontem ter encerrado o ano sem votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Municípios, considerada "pauta bomba", o bom humor nos mercados internacionais e as apostas em alívio inflacionário maior a partir do mês que vem formaram o pano de fundo a sustentar o viés vendedor, mesmo com o comportamento negativo do real.   Apesar do que foi chamado de "mini rali de Natal" no fim do dia, a liquidez em geral esteve abaixo da média diária dos últimos 30 dias. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022, o mais líquido, movimentou cerca de 430 mil, ante média diária de 505 mil desde 22 de novembro, fechando a sessão regular e a estendida com taxas de 2,865% e 2,875%, de 2,904% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2023 fechou em 4,215% (regular) e 4,27% (estendida), de 4,305% ontem, e o DI para janeiro de 2027 passou de 6,653% para 6,55% (regular) e 6,61% (estendida). Nas medidas de inclinação, o spread entre os DIs janeiro de 2027 e janeiro de 2022 fechou em 369 pontos-base (regular), de 375 pontos ontem e 373 pontos na sexta-feira passada.   "É surpreendente o comportamento dos juros considerando o dia ruim para o real", destacou um gestor, reforçando na sequência que a moeda brasileira esteve na contramão do desempenho global fraco do dólar nesta quarta-feira. "O DI ontem (ponta longa) não andou por causa da expectativa com a PEC e a não votação ajuda a fechar hoje", acrescentou. A matéria previa aumento nos repasses da União ao Fundo de Participação dos Municípios, que poderia chegar a R$ 43 bilhões em 12 anos.   A ausência de leilões nesta reta final do ano e a expectativa da entrada do fluxo no começo do mês que vem ajudam a explicar a falta de pressão tomadora na curva esta semana, a despeito da manutenção dos vários riscos, entre eles o aumento de casos de Covid no mundo e no Brasil, o que levou ontem o governo de São Paulo a recolocar o Estado na fase vermelha. Em 4 de janeiro, serão pagos R$ 100 bilhões da NTN-F 1/1/2021 e R$ 22,9 bilhões em cupons de NTN-F. A Renascença destaca que no período haverá ainda rebalanceamento dos fundos IRF-M. "É um período de ajuste importante feito pela indústria de fundos prefixados que possuem como benchmark algum índice e podem reaplicar o financeiro recebido com o vencimento da NTN-F Jan21", afirma a instituição.   Nas mesas de renda fixa, operadores ressaltam também a expectativa de forte desaceleração da inflação em janeiro para explicar o impulso vendedor na curva. Em relatório ontem sobre o IPCA-15 de dezembro, o Itaú Unibanco sinalizou que o IPCA de dezembro deve sair de 1,21% para 0,03% no mês seguinte, alívio a ser patrocinado, em, boa medida, pela esperada mudança de vermelha para verde da bandeira tarifária de energia.   Na agenda, a criação de 414,5 mil postos de trabalho no Caged de novembro superou as previsões mais otimistas - o teto das estimativas era de 380 mil. Foi o melhor resultado para qualquer mês da série. O dado, no entanto, não empolga, pois resta saber como ficará o mercado de trabalho a partir de janeiro, quando a economia não mais contará com o impulso do auxílio emergencial.   Já o Relatório Mensal da Dívida mostrou alta de 3,22% no estoque (R$ 4,788 trilhões) em novembro, queda na participação dos investidores estrangeiros (9,79% em outubro para 9,47%), aumento da dívida a vencer em 12 meses (27,59% para 28,11%) e queda no prazo médio para 3,66 anos (de 3,77 anos em outubro).   O coordenador de operações da Dívida Pública do Ministério da Economia, Roberto Lobarinhas, alertou que os títulos prefixados, 34,16% do total em novembro, fecharão o ano acima das bandas definidas no Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2020 (30% a 34%). Conforme Lobarinhas, fazia sentido, para o Tesouro, emitir mais prefixados em novembro. “Foi uma opção do Tesouro frente à melhora do mercado em novembro e também dezembro”, disse. “Tínhamos a opção de emitir menos ao longo destes meses, mas o mercado em novembro e dezembro se apresentou de forma tão positiva e a qualidade de emissões foi tão superior que o Tesouro optou por emitir volumes maiores”, acrescentou. (Denise Abarca - [email protected])     18:20   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 4.95 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90              
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