O anúncio do corte de produção em 2 milhões de barris por dia pelo grupo que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) foi o principal motor dos negócios hoje nos mercados, tanto no exterior quanto no Brasil. A decisão causou o efeito esperado pelo cartel, impulsionando as cotações do petróleo em Londres (a US$ 93,37 o barril) e em Nova York (a US$ 87,76 o barril). Em consequência, as ações de empresas petroleiras saltaram mundo afora. O subíndice de energia saltou 2,06%, contrabalançando, em parte da tarde, a baixa dos outros segmentos. Aqui no Brasil, a Petrobras (ON +3,54% e PN +3,76%) foi na esteira deste movimento externo, com os rumores de que o governo pretende segurar o preço dos combustíveis até o segundo turno deixados de lado. Mas o impulso do petróleo trouxe também a percepção de que a desinflação via commodities pode enfrentar entraves, o que foi usado como argumento para recomposição de prêmios nos juros dos Estados Unidos e do Brasil. Neste equilíbrio entre energia, de um lado, e pressão da curva de Treasuries, de outro, as bolsas de Nova York fecharam em queda suave. Dow Jones cedeu 0,14%, S&P 500 perdeu 0,20% e Nasdaq recuou 0,25%. O Ibovespa conseguiu defender a linha dos 117 mil pontos, terminando exatamente em 117.197,82 pontos (+0,83%). O mercado de câmbio teve alguma instabilidade durante o dia, mas predominou a subida do DXY aos 111,0 pontos e certa cautela com o cenário eleitoral. Hoje, mais governadores reeleitos anunciaram apoio a Jair Bolsonaro no segundo turno, ao passo que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e a senadora Simone Tebet (MDB) formalizaram o endosso a Luiz Inácio Lula da Silva. O dólar à vista terminou o dia em alta de 0,31%, aos R$ 5,1840.
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•BOLSA
•JUROS
•CÂMBIO
MERCADOS INTERNACIONAIS
A decisão hoje da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de cortar a produção em 2 milhões de barris por dia deu impulso às cotações da commodity e desencadeou críticas da Casa Branca, que prometeu reforçar a produção local e liberar suas reservas estratégicas. Prevendo mais pressões sobre a inflação, Joe Biden pediu às empresas que reduzam os preços dos combustíveis nas bombas. As ações do setor terminaram o dia em forte alta e as bolsas de Nova York fecharam com leves baixas. Apesar da inflação, a economia americana deu sinais de força, sustentando expectativas de alta agressiva nos juros e levando o dólar e os rendimentos dos Treasuries para cima. O Fundo Monetário Internacional (FMI) avalia que os BCs têm "um caminho estreito" no processo de aperto monetário para gerenciar as expectativas de inflação no cenário atual.
O Departamento de Energia dos EUA irá liberar mais 10 milhões de barris da Reserva Estratégica de Petróleo (SPR, na sigla em inglês) ao mercado em novembro. O anúncio veio após a Opep+ confirmar o maior corte na produção desde o começo da pandemia. O cartel ainda informou que o acordo de cooperação atual foi estendido até 31 de dezembro de 2023. Segundo a Casa Branca, a intenção é proteger os consumidores e promover a segurança energética. Já o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, John Kirby, disse que o país deve ser mais independente do grupo, e disse que o governo emitiu mais concessões para explorar petróleo nos EUA, o que as empresas produtoras de petróleo não aproveitaram totalmente. A Opep+ disse que sua atuação não traz perigos ao mercado de energia, com a Arábia Saudita argumentando que a prioridade é "estabilizar os preços" e "dar orientação aos mercados".
Segundo o TD Securities, o corte da Opep+ superou as expectativas, o que apoiou os preços nesta sessão. Além disso, recuos grandes e inesperados nos estoques do petróleo nos EUA contribuem para a alta nas cotações, diz o banco. O contrato do WTI para novembro fechou em alta de 1,43% (US$ 1,24), em US$ 87,76 o barril, e o Brent para dezembro subiu 1,71% (US$ 1,57), a US$ 93,37 o barril.
Em Nova York, as ações do setor avançaram, com destaque para ExxonMobil (+4,04%), Occidental Petroleum (+2,37%) e Chevron (+0,57%). Apesar disso, as bolsas em Nova York terminaram o dia no vermelho, depois de oscilarem entre altas e baixas durante o pregão. Dow Jones caiu 0,14%, S&P 500 recuou 0,20% e Nasdaq baixou 0,25%. Após disparar ontem, a ação do Twitter recuou 1,35% hoje, enquanto a Tesla teve queda de 3,46%. O movimento vem após o CEO da empresa de carros elétricos Elon Musk reforçar que irá comprar a rede social. Já na Europa, as bolsas tiveram baixas generalizadas. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,48%, enquanto o DAX recuou 1,21%, em Frankfurt.
Pressionado os ativos de risco, Edward Moya, analista da Oanda, avalia que a economia está muito forte para o Fed mudar sua postura. O forte início do mercado acionário em outubro terminou depois que um relatório de folha de pagamento privada, ADP, e dados do setor de serviços lembraram aos investidores o quão forte algumas partes da economia permanecem, afirma. "A deterioração dos dados econômicos é necessária para reduzir a inflação e para o Fed considerar um ritmo mais lento de aperto", lembra o analista. "Se continuarmos a ver resiliência no setor de serviços, o Fed pode ter que permanecer agressivo com seu ciclo de alta de taxas. A inflação ainda é o foco principal e esses dados não estão diminuindo com rapidez suficiente", afirma Moya. Como um dos resultados, os rendimentos dos Treasuries avançaram. Ao fim da tarde, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,137%, o da 10 anos avançava a 3,755% e o T-bond de 30 anos tinha alta a 3,760%.
No câmbio, o dólar também ganhou impulso, de olho no Fed. Ao final da sessão, o euro recuava a US$ 0,9893. Já a libra perdia ainda mais força, em dia no qual a primeira-ministra britânica, Liz Truss, reforçou seus planos fiscais em um congresso do partido Conservador, e a moeda caía a US$ 1,1339. Já o índice DXY, que mede o dólar ante seis ativos rivais, recuou 1,01%, a 111,179 a pontos. (Matheus Andrade - [email protected])
BOLSA
Hoje desde cedo na contramão da cautela externa, o Ibovespa estendeu a série positiva pelo quarto dia ao fechar em alta de 0,83%, a 117.197,82 pontos, tendo chegado na máxima da sessão a 117.514,25 (+1,10%), conservando-se nos maiores níveis desde a primeira quinzena de abril - ontem, no intradia, havia conseguido chegar aos 118.280,11 pontos. Com giro a R$ 32,8 bilhões nesta quarta-feira, a referência da B3 oscilou, na mínima da sessão, para 115.906,33, saindo de abertura a 116.230,86 pontos. Na semana e no mês, sobe 6,51%, com ganhos no ano a 11,81%.
No exterior, a aversão a risco pautou os mercados desde cedo, amplificada pela redução da oferta de petróleo anunciada pela Opep+, o que contribui, por um lado, para impulso adicional à recuperação dos preços do petróleo e, por outro, reforça os temores quanto à inflação global em meio ao ajuste das taxas de juros nas maiores economias, ainda em curso. Assim, Petrobras ON (+3,54%) e PN (+3,76%) foram destaques de alta na B3, entre as maiores ganhadoras do dia, ao lado de 3R Petroleum (+3,49%) e de PetroRio (+3,20%).
Na ponta do índice no fechamento, destaque também para Locaweb (+3,76%), Méliuz (+3,25%) e CSN (+2,95%). A sessão na B3 também foi favorecida pelo desempenho de Vale (ON +1,54%) e da maior parte dos grandes bancos, à exceção de Itaú PN (estável no fechamento), com BB ON (+1,61%) e Bradesco ON (+1,56%) à frente. No lado oposto, entre as perdedoras do dia, destaque para Dexco (-3,83%), Telefônica Brasil (-2,55%), JBS (-2,46%) e CPFL Energia (-2,39%).
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) confirmou, hoje, corte da produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia (bpd) a partir de novembro - o maior corte desde abril de 2020, quando a pandemia começou. Após o anúncio, a Casa Branca informou que o presidente dos EUA, Joe Biden, ficou "desapontado" com a decisão. Segundo o comunicado americano, o corte terá impacto principalmente em países de baixa e média renda, que já estão lidando com o aumento dos preços de energia, causado principalmente pela guerra na Ucrânia.
Em resposta, o Departamento de Energia dos Estados Unidos pretende liberar mais 10 milhões de barris da reserva estratégica em novembro, segundo o comunicado oficial da Casa Branca. De acordo com o governo americano, o objetivo da medida é proteger os consumidores e promover a segurança energética.
Com a inflação global ainda em foco, no exterior, os ativos de risco já haviam iniciado o dia em "tom predominantemente negativo, com baixas nas bolsas, dólar mais forte e juros em alta", aponta em nota a Guide Investimentos. "Após dois dias de recuperação, o ambiente macro desafiador parece voltar a pesar sobre o sentimento, com investidores exercendo maior cautela frente à manutenção de postura dura nos principais bancos centrais", acrescenta a casa.
"Nos mercados desenvolvidos, a volatilidade permanecerá enquanto não percebermos uma queda ou ancoragem das expectativas de inflação tanto nos Estados Unidos quanto na Europa", observa Pedro Tiezzi, analista da SVN Investimentos. "O Brasil consegue se descolar do resto do mundo por pouco tempo. Caso seja algo mais persistente, acaba impactando aqui também. Esse é o principal risco, nem tanto eleição, mas especialmente o cenário econômico de fora do País", resume Rodrigo Knudsen, gestor da Empiricus Investimentos.
No cenário doméstico, destaque pela manhã para a divulgação da produção industrial de agosto, em retração de 0,6%, na margem, praticamente em linha com o consenso de mercado - ante o mesmo mês do ano passado, houve alta de 2,8%. "A abertura da produção industrial de agosto dá espaço para mais otimismo que o headline. Numerosos setores se recuperaram do mau desempenho de julho e a dispersão do crescimento melhorou bastante", observa em nota a Terra Investimentos. (Luís Eduardo Leal - [email protected])
17:20
Índice Bovespa Pontos Var. %
Último 117197.82 0.83257
Máxima 117514.25 +1.10
Mínima 115906.33 -0.28
Volume (R$ Bilhões) 3.27B
Volume (US$ Bilhões) 6.28B
17:26
Índ. Bovespa Futuro INDICE BOVESPA Var. %
Último 117820 0.79562
Máxima 117865 +0.83
Mínima 115895 -0.85
JUROS
Os juros futuros fecharam a quarta-feira em alta moderada nos contratos de médio e longo prazos e com estabilidade na ponta curta. O ganho de inclinação da curva local reflete a cautela no mercado global, onde tanto o dólar quanto os yields dos Treasuries avançaram, com os agentes resgatando temores de forte elevação de juros pelo Federal Reserve que possam levar a economia americana à recessão e preocupações com o impacto do pacote fiscal no Reino Unido. No front doméstico, o mercado segue acompanhando o mapa dos apoios políticos para a eleição no segundo turno, na expectativa pelas próximas pesquisas de intenção de votos.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou a 12,735% (mínima), estável ante o ajuste de ontem, e a do DI para janeiro de 2025 subiu de 11,45% para 11,52%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 11,31%, de 11,24% ontem.
As taxas oscilaram majoritariamente em alta, alinhadas ao comportamento das curvas no exterior e também o impulso generalizado do dólar, por sua vez, a partir de indicadores de atividade da economia americana acima do esperado. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos caiu a 56,7 em setembro, menos do que o esperado (56,0). Veio também acima do previsto a criação de vagas no setor privado em setembro, de 208 mil, ante expectativa de 200 mil, prenunciando o que pode ser o payroll dos EUA na sexta-feira.
"Os dados de hoje sinalizam que o Fed não deve afrouxar tão cedo sua postura, depois dos indicadores nos últimos dias terem dado alguma esperança", comentou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno. Desse modo, o juro da T-Note de dez anos saiu do nível de 3,63% ontem para 3,75% hoje, e a taxa da T-Note de 2 anos, de 4,10% para 4,13%. O Dólar Global (DXY) avançou ante moedas forte e de economia emergentes, fechando no Brasil a R$ 5,1840 (+0,31%).
A perspectiva dos agentes de revisão de alguns pontos no pacote fiscal do Reino Unido também se esvaiu depois que a primeira-ministra Liz Truss voltou a defender os planos fiscais. A proposta inclui cortes de impostos como forma de estimular a economia, mas o mercado teme agravamento do quadro inflacionário que deva exigir aperto adicional dos juros.
"Os juros seguiram os Treasuries e o dólar aqui, que seguiu o DXY, sem novidades internas. Estivemos à mercê do mercado internacional", confirmou Jefferson Lima, gerente da Mesa de Reais da CM Capital.
No Brasil, a agenda trouxe a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) apontando queda de 0,6% na produção industrial de agosto na margem, variação perto do que indicava a mediana das estimativas (-0,7%). O resultado não produziu efeito sobre as taxas, até porque o noticiário eleitoral é o que tem despertado mais interesse.
A configuração dos apoios para o segundo turno por enquanto não tem surpreendido o mercado, que tem expectativa maior nas pesquisas que saem nesta semana - esta noite tem a do Ipec -, mesmo que não tenham conseguido capturar com fidelidade os resultados do primeiro turno. "Vamos ver o quanto Bolsonaro teria de potencial para virar ou se Lula tende a consolidar a liderança.
Agora, os institutos têm uma base para identificar e corrigir as distorções e a tendência é que as pesquisas convirjam entre si e também para os resultados efetivos", avalia Rostagno.
A quarta-feira teve a confirmação do apoio da ex-candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que obteve ainda a adesão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Já o governador reeleito do Paraná, Ratinho Junior (PSD), anunciou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os DIs de prazo mais curto oscilaram marginalmente, diante da consolidação da ideia de que a Selic não deve voltar a subir e sem um quadro mais claro sobre quando se inicia o ciclo de cortes. Com isso, a dinâmica deste trecho fica atrelada a indicadores de preços que venham mais atípicos e ao noticiário da inflação.
Um ponto de atenção são os preços do petróleo, que engataram alta nos últimos dias com o Brent firmando-se acima de US$ 90 por barril, o que já estaria pressionando os preços da Petrobras. Fontes ouvidas pelo Broadcast apuraram que a diretoria da empresa recebeu "sinalização" do governo Bolsonaro para que não haja reajuste nos combustíveis até o segundo turno das eleições. (Denise Abarca - [email protected])
17:26
Operação Último
CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 13.66
Capital de Giro (%a.a) 6.76
Hot Money (%a.m) 0.63
CDI Over (%a.a) 13.65
Over Selic (%a.a) 13.65
CÂMBIO
Após ensaiar uma alta firme pela manhã, quando chegou a superar a barreira de R$ 5,20, o dólar à vista perdeu parte do fôlego no mercado doméstico de câmbio ao longo da tarde, em meio a novas máximas do Ibovespa e à virada momentânea das bolsas em Nova York para o campo positivo. Com oscilação de cerca de oito centavos entre a mínima (R$ 5,1620) e a máxima (R$ 5,2440), a divisa encerrou a sessão desta quarta-feira (5) cotada a R$ 5,1840, avanço de 0,31%.
Segundo operadores, após descer rapidamente do patamar de R$ 5,39 no fim da semana passada para rodar abaixo de R$ 5,20 - com a queda de 4,09% na segunda-feira pós-eleição -, o dólar passa por um período de acomodação. Investidores adotam uma postura mais cautelosa enquanto monitoram costura de apoios para o segundo turno e sinais dos planos econômicos dos candidatos. No xadrez político, a candidata do MDB à presidência, Simone Tebet, declarou seu apoio hoje ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já o presidente Jair Bolsonaro esquivou-se de questionamento sobre a permanência de Paulo Guedes à frente da Economia em caso de reeleição, embora tenha elogiado publicamente o ministro.
"Internamente não houve um fato forte para mexer com o dólar, que seguiu mais o comportamento de alta da moeda lá fora com dados americanos e espera pelo payroll", afirma o operador Hideaki Iha, da Fair Corretora, em referência à divulgação, na sexta-feira, do relatório de emprego nos EUA em setembro. "Houve muito stop loss (operação para limitar perdas) na segunda-feira de quem estava comprado e, por isso, o dólar caiu mais de 4%. Muita gente havia buscado proteção na sexta-feira com a chance de Lula ganhar no primeiro turno."
No exterior, o dia foi de alta firme da moeda americana, em especial na comparação com divisas fortes. Indicadores positivos nos Estados Unidos esfriaram um pouco as apostas em postura menos agressiva do Federal Reserve que haviam embalado a recuperação dos ativos de risco nos dois primeiros pregões da semana. Na outra ponta, dados do setor industrial e de serviços na zona do euro mostraram retração da atividade e avivaram os temores de recessão.
Em resposta ao descompasso entre as economias americana e europeia, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis divisas fortes - voltou a superar a linha dos 111,000 pontos e registrou máxima aos 111,735 pontos. A moeda americana apresentou ganhos ao redor de 1% frente ao euro e à libra esterlina, abalada por declarações da primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, sinalizando intenção de seguir em frente com plano de corte de impostos e ampliação de gastos.
"Dados de serviços nos EUA vieram acima da expectativa e corroboram fala de membros do Fed de que é necessário seguir o plano de voo e descartando corte de juros em 2023. Esse foi o principal motivo para altas dos juros [dos Treasuries] nos EUA e escalada do dólar", afirma o diretor de produtos da Venice Investimentos, André Rolha.
Para o economista-chefe do Instituto Finanças internacionais (IIF), Robin Brooks, o que se vê no mercado internacional de moedas não é um dólar forte, mas o enfraquecimento do euro e de outras divisas da região provocado pela guerra na Ucrânia. "E não há nada que o Fed possa fazer em relação a isso", afirma Brooks, no Twitter, acrescentando que a correlação positiva entre preço do petróleo e o euro foi quebrada porque o presidente russo, Vladimir Putin, transformou fontes de energia em arma de guerra. "O corte da Opep+ resulta em alta dos preços do petróleo e reforça o declínio do euro, porque dá a Putin mais influência sobre a Europa".
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) confirmou hoje corte da produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia a partir de novembro. Em contrapartida, os Estados Unidos anunciaram liberação de mais 10 milhões de barris de suas reservas estratégias no mês que vem. A cotação do contrato do Brent para dezembro - referência para a Petrobras - subiu 1,71%, para US$ 93,37 o barril.
À tarde, o BC informou que o fluxo cambial em setembro foi negativo em US$ 3,850 bilhões - resultado, sobretudo, da saída líquida de US$ 5,817 bilhões pelo canal financeiro (US$ 3,338 bilhões apenas na semana passada, véspera do primeiro turno da eleição presidencial). No ano, o fluxo ainda é positivo em US$ 17,335 bilhões, com entrada de US$ 33,656 bilhões via comércio e exterior e saída de US$ 16,321 bilhões do lado financeiro. Dados da B3 divulgados hoje podem mostrar uma inflexão no apetite do capital externo por ativos domésticos em outubro. No pregão do dia 3, o primeiro após o primeiro turno, o investidor estrangeiro ingressou com R$ 2,380 bilhões na bolsa local - o que ajuda a explicar a queda de 4,09% na segunda-feira. (Antonio Perez - [email protected])
17:26
Dólar (spot e futuro) Último Var. % Máxima Mínima
Dólar Comercial (AE) 5.18400 0.3096 5.24400 5.16200
Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0
DOLAR COMERCIAL FUTURO 5218.500 0.22086 5273.500 5192.000
DOLAR COMERCIAL FUTURO 5276.500 0.86041 5276.500 5276.500