PETRÓLEO RECUA COM OPEP, DIMINUI ÂNIMO, MAS BOLSA TEM MAIOR ALTA SEMANAL DESDE 2016

Blog, Cenário
A ausência de uma definição oficial, até agora, sobre o corte na produção de petróleo pelos países da Opep+, em meio a notícias extraoficiais de que a redução pode ficar aquém do necessário para compensar o tombo recente da demanda, derrubou o petróleo à tarde e tirou bastante do otimismo que predominou sobre os ativos na primeira metade do dia. A commodity do tipo Brent cedeu mais de 4% e o WTI, 9%. Mesmo assim, as bolsas em Nova York conseguiram terminar com avanços superiores a 1%, mas o mesmo não ocorreu com o Ibovespa. Na véspera de um feriado prolongado e com a queda dos preços do petróleo jogando para baixo os papéis da Petrobras, o principal índice da Bolsa brasileira cedeu 1,20%, aos 77.681,94 pontos. Ainda assim, teve o maior ganho semanal acumulado, de 11,71%, desde o mesmo período encerrado em 4 de março de 2016, quando subiu 18,01%. O avanços nos últimos dias ocorre em meio aos pacotes de estímulo anunciados - hoje, por exemplo, o Federal Reserve disponibilizou mais de US$ 2 trilhões em linhas de crédito e o Banco Central do Brasil alterou regras para liberar recursos aos bancos - bem como em reação a sinais de desaceleração no número de novos casos de coronavírus na Europa. Estados Unidos e Brasil, contudo, ainda têm batido recordes diários. O dólar ante o real chegou a ser negociado abaixo de R$ 5,05, mas a piora no período vespertino limitou a queda a 0,95% no mercado à vista de balcão, a R$ 5,0942. Mesmo assim, esse é o menor nível desde 26 de março, acumulando retração de 4% na semana. No caso dos juros, o dólar mais fraco e o ambiente favorável no exterior em grande parte do dia levaram os juros longos a cederam até 25 pontos. As taxas curtas também caíram, mas as apostas em corte de 0,50 ponto da Selic, que chegaram a ser majoritárias mais cedo, terminaram dividas. Esses vencimentos reagiram ao IPCA de março abaixo da mediana das estimativas e já captando os efeitos da pandemia de coronavírus.  
  • MERCADOS INTERNACIONAIS
  • BOLSA
  • CÂMBIO
  • JUROS
  MERCADOS INTERNACIONAIS O petróleo reverteu a alta de mais cedo e fechou com quedas consideráveis - de mais de 4% no caso do Brent e superior a 9% no do WTI -, em meio às notícias sobre a reunião virtual da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). O mercado esperava um corte maior da produção do que o citado por fontes aos meios de comunicação e analistas em geral consideram que, mesmo com essa redução, o cenário para a commodity continua a ser difícil, diante da forte queda na demanda graças à pandemia de coronavírus e às medidas para desacelerar a transmissão da doença - o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) prevê agora contração de 2,8% no PIB global neste ano. A fraqueza do petróleo pressionou as bolsas de Nova York à tarde, mas ainda assim houve ganhos. Entre os Treasuries, a incerteza com a pandemia apoiou a compra dos bônus, com queda nos juros em sessão abreviada por causa do feriado de amanhã, em dia também de declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, enquanto no câmbio as novas medidas do Fed para apoiar a liquidez levaram o dólar a recuar. No fim do dia, o grupo de ministros das Finanças da zona do euro (Eurogrupo) bateu o martelo sobre medidas conjuntas para apoiar a economia da região.   O petróleo WTI para maio fechou em queda de 9,28%, a US$ 22,76 o barril, e o Brent para junho recuou 4,11%, a US$ 31,48 o barril, na ICE. O desempenho foi uma revira volta em relação a mais cedo, quando a commodity chegou a saltar mais de 12%, em meio a relatos de que o corte na produção poderia ser de 20 milhões de barris por dia, mas piorou após a Dow Jones Newswires e outros meios falarem em uma redução de 10 milhões de barris por dia. Houve informações também de que o México resistia ao acordo, contudo mais tarde fontes citadas pela mesma agência afirmaram que todos concordaram com a redução.   A Wood Mackenzie destacou em análise a escala da queda recente na demanda, especialmente em abril e nas projeções para o segundo trimestre deste ano. "Não importa o tamanho das diferentes projeções, todas elas apontam para um mercado desafiador, que coloca pressão sobre o espaço para estoques e os preços", diz a consultoria. O Commerzbank comenta a importância de se saber a duração dos cortes: "Apenas se eles permanecerem por tempo suficiente há a chance de mais adiante reduzirem o grande excesso de oferta atual", afirmou o banco alemão. Nesta sexta-feira, ministros do G20 fazem teleconferência para debater o mercado de petróleo. Em relatório, o IIF avaliou que a extração offshore, como ocorre no Brasil e na Noruega, não é viável com o barril abaixo de US$ 45 e projetou que o consumo da commodity recuará 6% neste ano.   O instituto ainda atualizou sua projeção para a economia mundial neste ano, prevendo recuo de 2,8% no PIB. O IIF prevê crescimento de 2,1% da China, contração de 3,8% dos EUA, de 5,7% da zona do euro e de 4,1% do Brasil.   Nesse quadro, continua a haver movimentações globais para apoiar a economia. O Eurogrupo chegou a um acordo hoje por uma resposta conjunta para a crise econômica, segundo o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, com um pacote de meio trilhão de euros.   Nas bolsas de Nova York, a piora do petróleo chegou a fazer os índices perderem fôlego, com o Nasdaq chegando ao território negativo, mas houve tempo para uma recuperação. O índice Dow Jones fechou em alta de 1,22%, em 23.719,37 pontos, o Nasdaq subiu 0,77%, a 8.153,58 pontos, e o S&P 500 avançou 1,45%, a 2.789,82 pontos. O S&P registrou ganho de 12,10% nesta semana, seu melhor desempenho semanal desde 1974.   Entre os Treasuries, que tiveram sessão antecipada por causa do feriado desta sexta-feira, as incertezas com a covid-19 e os sinais do Fed apoiaram as compras dos bônus: o juro da T-note de 2 anos caía a 0,220% e o da T-note de 10 anos, a 0,722%.   No câmbio, o dólar ficou mais fraco ante outras moedas principais, após o BC e o Tesouro americanos anunciarem novo pacote de medidas, desta vez de US$ 2,3 trilhões em empréstimos. A BK Asset Management comenta que o dado de novos pedidos de auxílio-desemprego também influenciou hoje, diante das fortes perdas recentes de vagas nos EUA. No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 108,44 ienes, o euro avançava a US$ 1,0927 e a libra tinha ganho a US$ 1,2463. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, recuou 0,60%, a 99,517 pontos, perdendo a marca dos 100 pontos. Fonte: Gabriel Bueno da Costa - [email protected]     BOLSA Estreitamente conectado com o movimento nos mercados acionários de Nova York pelas últimas quatro sessões, hoje foi a frustração das perspectivas que vinham se formando sobre o maior corte na produção do petróleo e, portanto, resultando em uma queda forte da cotação da commodity, que teve força para fazer o Ibovespa inverter o sinal positivo que vinha ostentando ao longo da sessão de negócios. As ações Petrobras, com peso em torno de 10% na carteira teórica, foram o carro-chefe da baixa que, ao final do dia, arrastou suas pares blue chips.   Assim, o índice à vista encerrou a sessão de negócios desta quinta-feira, véspera de feriado, amargando perdas de 1,20%, aos 77.681,94 pontos - bem próximo da mínima do dia (77.456,86%). Ainda assim teve o maior ganho semanal acumulado, de 11,71%, desde o mesmo período encerrado em 4 de março de 2016, quando subiu 18,01%. O avanços nos últimos dias ocorre em meio aos pacotes de estímulo anunciados - hoje, por exemplo, o Federal Reserve disponibilizou mais de US$ 2 trilhões em linhas de crédito e o Banco Central do Brasil alterou regras para liberar recursos aos bancos - bem como em reação a sinais de desaceleração no número de novos casos de coronavírus na Europa.   Reflexo da queda dos contratos futuros de petróleo no exterior, as ações da Petrobras tiveram queda de 3,66% nas ordinárias e de 2,89% nas preferenciais. Do restante dos papéis de primeira linha, queda significativa apenas Itaú Unibanco PN (-2,81%), muito embora todas tenham fechado no vermelho.   "Nessa última semana o mercado acionário estava 100% focado em NY. Era copia e cola. Aí veio essa queda do barril do petróleo de novo, bateu na Petrobras e puxou o resto", disse Marco Tulli, superintendente de mesas de operações da Necton. No entanto, ao final da sessão, enquanto NY conseguiu forças para se recuperar e salvar a sessão no positivo, o Ibovespa aprofundou as perdas.   Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio encerrou em queda de 9,28%, a US$ 22,76, depois de ter chegado a atingir máxima intraday de US$ 28,36. Já o Brent para junho caiu 4,11%, a US$ 31,48, na Intercontinental Exchange (ICE).   Para Alexandre Espírito Santo, economista da Orama Investimentos, apesar das altas que vem mostrando o Ibovespa, o cenário ainda está muito frágil. "Se olhar as últimas quatro semanas, toda sexta-feira o mercado cai, porque não quer passar muito tempo sem notícia", ressalta.   Tulli, da Necton, afirma não ver na baixa de hoje um comportamento de cautela por parte dos investidores, principalmente porque, amanhã, feriado pela sexta-feira Santa, nem Ibovespa nem Dow Jones vão operar. "Isso reduz a pressão sobre um 'gap' que poderia haver para os mercados acionários na segunda-feira".   Segundo Espírito Santo, há motivos para um cenário de um pouco mais de bom humor, com a continuidade de anúncios de medidas por uma série de governos e bancos centrais, principalmente o Federal Reserve (Fed). "Aqui também o Banco Central faz algo, dando uma oxigenada no crédito, com a possibilidade de compra de debêntures", citou.   Para o economista da Orama, também a temperatura política reduziu nos últimos dias em relação à semana passada, muito embora os ruídos sobre a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tenham mexido com os mercados. "Os mercados vão precisar de um tempo para digerir como será essa recessão e o que virá depois dela", afirma.   Para a próxima semana, o Termômetro Broadcast Bolsa mostra que, a exemplo da edição passada, as expectativas para o desempenho da Bolsa na próxima semana continuaram equilibradas. Entre 21 participantes, 42,86% disseram acreditar que o período entre 13 e 17 de abril será de ganhos para o Ibovespa, ao mesmo tempo que 28,57% esperam uma semana de perdas. Para outros 28,57%, o índice fechará o intervalo com variação neutra acumulada. No último levantamento, 40,00% esperavam alta para as ações na presente semana; 30,00%, estabilidade; e outros 30,00%, queda. Fonte: Simone Cavalcanti - [email protected]     Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 77681.94 -1.19896 Máxima 80427.60 +2.29 Mínima 77456.86 -1.49 Volume (R$ Bilhões) 2.51B Volume (US$ Bilhões) 4.95B     Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 78170 -1.11322 Máxima 80465 +1.79 Mínima 77415 -2.07     CÂMBIO O dólar fechou no menor nível desde 26 de março, mesmo com a queda da moeda americana perdendo força nos negócios da tarde, em meio à frustração com os resultados da reunião da Opep+, grupo que reúne os maiores produtores de petróleo do mundo. Investidores consideraram insuficiente o corte proposto de 10 milhões de barris por dia, diante do tamanho da recessão que alguns países vão enfrentar. Profissionais de câmbio dizem ainda que a tradicional "cautela antes do feriado" ajudou a reduzir o ritmo de queda. Apesar da perda de fôlego, o dólar fechou em baixa pelo quarto dia consecutivo, acumulando retração de 4% na semana, terminando em R$ 5,0942.   Inicialmente, a queda aqui foi influenciada pela decisão extraordinária e inesperada do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), de disponibilizar mais US$ 2,3 trilhões para financiar famílias, empresas e governos locais. O anúncio enfraqueceu o dólar no mercado internacional e acabou ofuscando a divulgação de nova rodada de indicadores fracos da economia americana.   "O Fed disparou novamente sua bazuca hoje, enfraquecendo o dólar", destaca o analista de mercados do Western Union, banco especializado em remessas internacionais, Joe Manimbo. Com isso, o índice DXY, que mede o comportamento da moeda americana ante divisas fortes, caiu abaixo do nível de 100 pontos. Nos emergentes, o dólar caiu ante a maioria das moedas, com destaque para o México, onde recuou 2%.   No mercado doméstico, Alexandre Almeida, da Tag investimentos, ressalta que um dos motivos que têm influenciado o movimento de valorização do real dos últimos dias é a perspectiva de que o Banco Central lance mão de outros instrumentos de política monetária em vez de mais cortes na taxa Selic. Para ele, inclusive, na próxima reunião a autoridade monetária não deve mexer no juro e anunciar, sim, uma série de medidas relacionadas a um programa de compras de ativos, recentemente autorizado em situações emergenciais.   "Os últimos pronunciamentos do BC, tanto no Relatório Trimestral de Inflação, na ata da reunião do Copom e no discurso do presidente Roberto Campos Neto há indicação de que a queda da Selic, per se, a partir de certo ponto é contraproducente", ressaltou Almeida. Hoje, em reunião com senadores, Campos Neto mostrou disposição em adotar este tipo de programa e ressaltou que outros países emergentes têm buscado a mesma estratégia.   O Brasil é um dos países da América Latina que mais tem "poder de fogo" para fazer um programa de ação no câmbio, principalmente no mercado à vista, avalia o economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos. Ele destaca que pela “métrica de adequação das reservas” (RAM, na sigla em inglês), desenvolvida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil tem folga importante para usar recursos.   O modelo do FMI leva em conta potenciais fontes de pressão no balanço de pagamentos e no câmbio e recomenda um nível de cobertura das reservas entre 100% e 150% da composição destes potenciais riscos. Mas o Brasil está acima deste patamar, destaca Ramos, com 162% (considerando só o nível de reservas) e 188% incluindo outras variáveis, como linhas de swap.   Na mínima de hoje, o dólar foi a R$ 5,0499, o menor valor desde o final de março. Mas após começarem a sair notícias da reunião da Opep+, a queda foi perdendo fôlego, com a moeda passando para a casa dos R$ 5,06 e depois para R$ 5,08. No mercado futuro, o petróleo chegou a subir mais de 10% de manhã, mas no final da tarde, caia mais de 7%.   Segundo um gestor, o corte de 10 milhões proposto é insuficiente ante o tamanho da recessão que se avizinha. Segundo ele, um nível ideal de corte, que até chegou a ser comentado mais cedo no mercado, seria de 20 milhões de barris por dia. Fonte: Altamiro Silva Junior e Simone Cavalcanti - [email protected] e [email protected]     Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.09420 -0.9489 5.15230 5.04990 Dólar Comercial (BM&F) 5.2195 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5112.500 -0.35084 5159.000 5055.500 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5080.000 -1.96835 5080.000 5080.000     JUROS A quinta-feira foi de alívio importante nos prêmios de risco da curva de juros, sobretudo no trecho longo, que encerrou a sessão regular com queda entre 15 e 25 pontos-base ante os ajustes de ontem, dado o desempenho favorável dos mercados internacionais. As curtas também caíram, mas em menor magnitude, puxadas pelo IPCA de março abaixo da mediana das estimativas e já captando os efeitos da pandemia de coronavírus, e ainda com o dólar engatando a quarta sessão seguida de queda. Após a divulgação do índice, as apostas no corte de 0,5 ponto da Selic avançaram pela manhã, chegando a ser claramente majoritárias, mas à tarde, arrefeceram, com o mercado novamente mais dividido.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 3,15%, de 3,203% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2022 caiu de 4,021% para 3,87%, se firmando pela primeira vez abaixo dos 4%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 7,45%, de 7,602%. Na semana, considerando os níveis de fechamento da última sexta-feira, as curtas ficaram de lado, as do miolo cederam em torno de 15 pontos e as longas recuaram 50 pontos.   As taxas abriram em baixa com o resultado do IPCA, dólar em queda, o Federal Reserve injetando mais até US$ 2,3 trilhões via medidas para empréstimos na tentativa de mitigar os efeitos da pandemia nos Estados Unidos e o presidente do Fed, Jerome Powell, assegurando que a instituição vai prover alívio e estabilidade durante o período de economia retraída. O recuo ganhou força à tarde, quando a moeda americana nas mínimas ficou abaixo dos R$ 5,05 e cresciam as expectativas em torno de um acordo para cortes na produção de petróleo na reunião da Opep+ - frustradas posteriormente por rumores de que a redução deve ser de 10 milhões, vista como insuficiente para estabilizar os preços. Depois disso, houve alguma cautela, mas que atrapalhou mais as bolsas do que a curva a termo.   O economista-chefe da Arazul Capital, Rafael Leão, diz que há maior otimismo de que o pico da curva de contágio esteja próximo, o que sugere redução das incertezas e ajuda na melhora do humor. "Fora as injeções de liquidez por bancos centrais lá fora", completou. No trecho curto, ele cita a influência do IPCA e câmbio comportado, o que "abre espaço para o BC atuar e dar sequência nos cortes da Selic".   Pela manhã, as chances de corte de 0,5 ponto porcentual da Selic no Copom de maio avançavam para 70%, de 65% ontem, mas à tarde, com o dólar se afastando dos R$ 5,05 e mais perto dos R$ 5,10, voltavam para a casa dos 60%, considerando a precificação da curva. Já a possibilidade de queda de 0,25 ponto, que de manhã era de 30%, à tarde subiu para 40%. Os cálculos são do Haitong Banco de Investimento.   O IPCA de 0,07% é o menor para meses de março desde 1994, quando foi criado o Plano Real. Em 12 meses, o resultado foi de 3,30%, muito abaixo da meta de inflação para este ano, de 4%. "O índice de preços referencial já está refletindo os impactos econômicos e, a depender do item, deflacionários, que acompanham a crise de Covid-19", destacaram os economistas da Guide Investimentos. Para a instituição, o crescimento menor do que o esperado dos preços, acompanhado de uma forte queda nas projeções de crescimento da atividade, corrobora com a visão de que há amplo espaço para que o Copom dê sequência ao movimento de redução da taxa Selic.   Renan Sujii, estrategista de Mercados da Harrison Investimentos, afirma que a semana foi de alivio para os ativos, refletindo um pouco mais de racionalidade na montagem das posições. "Houve alguma estabilização. Parece que, depois de fugir do pânico que trouxe movimentos muito técnicos, agora são um pouco mais fundamentados", disse. Porém, ela avalia que é cedo para dizer que o pior passou. "Ainda teremos muita volatilidade pela frente", disse.   Ainda que com menor peso, foi visto como fator de conforto a decisão do Tesouro Nacional de, a exemplo da semana passada, não ofertar Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F) nos leilões tradicionais desta quinta-feira, contribuindo para a redução da inclinação da curva. Os papéis são os prefixados mais longos da dívida pública e nas ofertas primárias os investidores interessados nestes títulos têm de se proteger do risco comprando DI. Fonte: Denise Abarca - [email protected]   Operação CDB Prefixado dias (%a.a) 3.54 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 3.65 Over Selic (%a.a) 3.65  
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