PEC REDUZIDA A 1 ANO TRAZ RALI A ATIVOS LOCAIS, ENQUANTO NY BUSCA RECUPERAÇÃO

Blog, Cenário

O acordo para diminuir, de dois para um ano, as excepcionalidades da PEC da Transição conduziu os ativos domésticos a um rali nesta terça-feira. O Ibovespa terminou o dia aos 106.864,11 pontos (+2,03%), maior nível desde 9 de dezembro. Os juros futuros caíam mais de 30 pontos-base e a precificação de aumento da Selic em 2023 desabou na curva. O dólar recuou a R$ 5,2066 (-1,93%), menor cotação em 20 dias. Depois de muito vaivém, deputados chegaram a um consenso sobre o encolhimento do prazo da PEC bem como de distribuição de recursos antes destinados ao orçamento secreto. A expectativa é de que a votação ocorra ainda hoje na Câmara. Há pressa porque, dadas as mudanças, o texto terá de voltar ao Senado para um novo aval, que já está sendo construído. O Congresso ainda quer votar o Orçamento de 2023 antes de entrar em recesso, na quinta-feira. O novo desenho da PEC agradou aos investidores, tanto por diminuir a expansão fiscal inicialmente prevista quanto por mostrar que há setores do Parlamento dispostos a colocar freios ao ímpeto gastador da próxima gestão. Todo o otimismo local encontrou algum respaldo em Nova York, onde as bolsas tentaram uma recuperação das perdas recentes, ainda que de forma tímida. Também no exterior, a decisão do Banco do Japão (BoJ) de alterar alguns parâmetros de sua política monetária foi lida como uma possibilidade de até mesmo o BC japonês abandonar a política ultra-acomodatícia. Assim, juros de títulos soberanos subiram.

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•JUROS

•CÂMBIO

•MERCADOS INTERNACIONAIS

BOLSA

O Ibovespa retomou, mas não reteve, a linha dos 107 mil pontos, não vista em fechamento desde o último dia 9. De olho nos desdobramentos em torno da PEC da Transição em Brasília, a referência da B3 oscilou entre mínima de 104.606,87 e máxima de 107.792,12, saindo de abertura aos 104.739,56 pontos nesta terça-feira, em que o giro ficou em R$ 29,0 bilhões.

Ao fim, o Ibovespa mostrava alta de 2,03%, aos 106.864,11 pontos, acumulando ganho de 3,90% nas duas primeiras sessões da semana, que limitam a perda do mês a 5,00%. Após ter virado para o negativo no ano na terça passada, o índice volta a avançar, hoje, 1,95% em 2022. Em porcentual, o ganho na sessão foi o maior desde 24 de novembro (+2,75%). Ontem, o Ibovespa já havia subido 1,83%, de forma que, em relação ao fechamento da última sexta (102.855,70), recupera 4 mil pontos.

O avanço moderado dos preços do petróleo e do minério de ferro nesta terça-feira contribuiu com Petrobras (ON +2,43%, PN +3,08%) e Vale (ON +0,45%), assim como para as ações de siderurgia (CSN ON +3,89%, Gerdau PN +2,35%). Mas o ponto forte, como ontem, foram as do setor de varejo, como Via (+10,81%) e Magazine Luiza (+8,05%) que lideraram os ganhos do dia, nos melhores momentos na casa de dois dígitos, hoje ao lado de Gol (+11,18%), Natura (+8,59%) e Azul (+7,58%).

No lado oposto, cinco ações do Ibovespa fecharam o dia em baixa, com destaque para Qualicorp (-3,07%), devolvendo pequena parte da alta de 14,68% do dia anterior quando o papel havia reagido à aprovação com restrições, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), da compra da SulAmérica pela Rede D'Or. Cederam terreno hoje, também, Fleury (-3,34%), Marfrig (-1,59%), Suzano (-0,59%) e Ambev (-0,43%).

O movimento de acentuação de ganhos na B3 veio ainda no começo da tarde, com os investidores reagindo à notícia de que, em acordo de líderes na Câmara, a PEC da Transição terá validade de apenas um ano - e não de dois, como havia sido aprovado no Senado. O acordo, anunciado inicialmente por um parlamentar, pareceu ter sido confirmado logo depois pelo futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad - mas a assessoria de Haddad, rapidamente, desmentiu tal confirmação, alegando que os jornalistas haviam entendido mal.

Ainda assim, o sinal de que a PEC pode passar por nova desidratação na Câmara, a começar pelo prazo, deu impulso adicional ao apetite por risco na B3, que mostrou ganhos firmes na sessão, mesmo nos momentos em que os índices de ações em Nova York titubeavam, chegando a oscilar para o negativo por lá. Ao final, mostravam leves ganhos, entre 0,01% (Nasdaq) e 0,28% (Dow Jones), nesta terça-feira.

"Desde o resultado da eleição [no fim de outubro] sucedeu-se uma série de falas e de sinais que foram mal recebidos pelo mercado, resultando em acúmulo de descontos, de prêmios de risco, nos ativos brasileiros. Agora, há um ajuste, uma revisão desses prêmios, que pareceram excessivos", diz Nicolas Farto, head de renda variável da Renova Invest, chamando atenção para os juros futuros, que refletem de forma mais imediata os receios sobre a situação fiscal.

"A atenção segue concentrada na PEC da Transição, é o que tem movido os mercados, e os sinais de mudança têm se refletido no fechamento da curva de juros, que prosseguiu hoje com o relato sobre a diminuição de prazo, de dois para um ano", acrescenta Farto, destacando em especial o efeito da melhora na perspectiva para os juros sobre as ações do setor de consumo, que vinham muito "amassadas". "Até o Congresso entrar em recesso, ainda há coisa para acontecer, então não se tem como afirmar muito: nem se o Ibovespa está ensaiando um rali, como nessas duas últimas sessões, ou se pode vir nova correção, para baixo."

O enfraquecimento do volume de negócios, normal à medida que se aproxima o fim do ano, tende a amplificar os movimentos de ajuste, observa também Farto.

"É consenso que a política é o que tem ditado o tom dos mercados por aqui já há bastante tempo. E ainda há anúncios para serem feitos sobre a composição da equipe (de governo), especialmente para as estatais, o que pode ainda trazer volatilidade nesse fim de ano. A esfera política é o que deve continuar a ditar o tom", observa João Vítor Freitas, analista da Toro Investimentos. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

18:27

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 106864.11 2.02823

Máxima 107792.12 +2.91

Mínima 104606.87 -0.13

Volume (R$ Bilhões) 2.89B

Volume (US$ Bilhões) 5.52B

18:29

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 109240 2.4045

Máxima 109775 +2.91

Mínima 106160 -0.48

JUROS

O acordo para redução do prazo da PEC da Transição, de dois anos para um, fechado entre governo eleito e o Legislativo nesta terça-feira assegurou alívio expressivo nos prêmios de risco da curva de juros, com taxas em queda de 40 pontos-base no fechamento da sessão, no caso da ponta longa. As curtas também mostraram recuo importante, com a redução do risco fiscal corrigindo parte das apostas de alta da Selic em 2023. O movimento da curva local destoou fortemente do exterior, onde os juros globais avançaram na esteira da decisão do Banco do Japão (BoJ, em inglês) de alterar a condução do controle de curva de juros, lida como movimento de aperto monetário.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 13,73%, de 13,93% ontem no ajuste. A do DI para janeiro de 2025 caiu de 13,72% ontem no ajuste para 13,36% e o DI para janeiro de 2027 encerrou em 13,19%, de 13,58% ontem no ajuste.

As taxas até chegaram a subir pela manhã, dado o compasso de espera pelas negociações da PEC e com a pressão externa, mas ainda na primeira etapa inverteram o sinal quando começou a crescer a expectativa em torno da desidratação a partir da reunião entre o futuro ministro da Fazenda Fernando Haddad e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A informação de que o prazo seria reduzido para um ano começou a ser divulgada por parlamentares na saída do encontro no começo da tarde, o que levou as taxas às mínimas.

O ajuste no prazo teria sido uma concessão do PT para viabilizar a aprovação do texto. Ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha garantido o pagamento do Bolsa Família por crédito extraordinário, o governo eleito quer fazer o movimento via PEC. Ainda pelo acordo, os recursos do orçamento secreto, cerca de R$ 19 bilhões, serão divididos igualmente entre emendas individuais e discricionárias.

"Sempre considerei a questão do prazo mais importante que o tamanho, já que se for por somente um ano haverá mais incentivos para aprovar a nova âncora fiscal em 2023. O mercado está certo em comemorar a notícia", afirmou o economista e ex-diretor do Banco Central Tony Volpon, em sua conta no Twitter.

"Lá fora as curvas estão abrindo bastante em consequência da decisão do BoJ, o que deixa o movimento que se vê no Brasil ainda mais impressionante", afirmou o economista-chefe do Banco Modal, Felipe Sichel. De acordo com ele, tanto o valor quanto o prazo eram elementos significativos na PEC e o ajuste no período tende a pressionar o Executivo a voltar à negociação do valor mais adiante. "Se considerarmos que o valor original era de R$ 197 bilhões, já houve uma desidratação importante", disse, ponderando que, em ambos os casos, não pode ser considerada uma "melhora" fiscal. "Está mais para uma 'despiora'."

O texto aprovado pelo Senado prevê aumento do teto de gastos em R$ 145 bilhões para acomodar elevação de despesas com o Bolsa Família em 2023 e 2024 e retira do teto R$ 23 bilhões em receitas extraordinárias que seriam destinadas a investimentos. A PEC deve entrar ainda hoje na pauta da Câmara para ser votada em dois turnos. São necessários 308 votos. Na sequência, deve retornar ao Senado, abrindo caminho para a votação do Orçamento de 2023, amanhã.

Segundo Sichel, a curva estava em condições técnicas bem favoráveis a uma correção, com prêmios inflados. "Precisava apenas de sinalização mínima para ajustar", disse.

Dada o foco na costura de acordo para a PEC, Haddad deve anunciar somente amanhã os demais nomes da equipe econômica, entre eles o secretário do Tesouro e o de Política Econômica.

O alívio no risco fiscal abriu espaço para redução nas apostas de Selic na curva. De acordo com Flávio Serrano, economista da BlueLine, o orçamento total de aperto embutido nos DIs nesta tarde era de apenas 30 pontos-base, após ter atingido cerca de 100 pontos às vésperas do Copom. Para a reunião de fevereiro, estão precificados 8 pontos, o que representa entre 30% e 35% de aumento de 25 pontos-base na Selic, para 14%.

Enquanto isso, lá fora, juros dos Treasuries e dos bônus europeus subiram com a decisão do banco central japonês, que anunciou uma inesperada mudança na condução do controle da curva de juros ao ampliar a banda de variação do juro do JGB de 10 anos do intervalo de -0,25% a +0,25% para o de -0,50% a +0,50%. Na prática, a medida foi lida como aperto monetário, o que foi rechaçado pelo presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda. (Denise Abarca - [email protected])

CÂMBIO

A costura de um acordo entre lideranças no Congresso e o governo eleito para desidratação da PEC da Transição, com redução do prazo de validade de dois para um ano, embalou uma onda de redução de prêmios de risco nos ativos domésticos nesta terça-feira (20) e fez o dólar flertar com fechamento abaixo da linha de R$ 5,20, voltando a níveis vistos no início de dezembro.

Tirando uma alta limitada e pontual no início dos negócios, o dólar operou em baixa durante o dia. A possibilidade de enxugamento da PEC - que amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões - já havia circulado ontem e ganhou contornos mais concretos ao longo da sessão. Não por acaso, a moeda renovou mínimas à tarde, descendo até R$ 5,1765 (-2,50%), justamente quando vieram de Brasília sinais mais firmes de avanços nas discussões para aprovação de uma PEC mais enxuta e reconfiguração do Orçamento após o Supremo Tribunal Federal (STF) barrar o chamado "orçamento secreto".

"O mercado está tentando antecipar muito o que pode ser o novo governo do PT. Uma notícia boa como uma PEC de prazo menor traz um alívio pontual e faz o mercado tirar um pouco do prêmio de risco", afirma o CIO da Alphatree Capital Capital, Rodrigo Jolig, ressaltando que o quadro ainda é de incerteza sobre a política fiscal "O perfil do governo e do Congresso é de gastar mais e ainda é preciso discutir a nova regra da política fiscal. Não dá para ficar animado porque cada dia é uma notícia nova e ainda tem muita água para rolar embaixo da ponte".

No início da tarde, o deputado Claudio Cajado (PP-BA) trouxe a informação de que, em acordo com líderes partidários, o prazo da PEC seria reduzido para um ano. Cairia também o trecho que prevê retirada de empréstimos internacionais do teto. Já os recursos antes abarcados pelo orçamento secretos seriam redirecionados parcialmente para emendas individuais e discricionárias.

Logo em seguida, o mercado absorveu a notícia de que o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teria confirmado o prazo de um ano. A assessoria de imprensa do petista desmentiu a informação e disse que jornalistas haviam se enganado. Na sequência, o líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), disse já havia sido batido o martelo em torno do período de um ano de validade. A perspectiva é que a PEC entre na pauta da Câmara hoje para depois voltar ao Senado. Com o acerto na divisão dos recursos do orçamento secreto, a aposta é em aprovação célere da PEC nas duas casas.

Com ajustes técnicos nas últimas horas de pregão, o dólar reduziu um pouco o ritmo de baixa e encerrou o dia em queda de 1,93%, cotado a R$ 5,2066 - menor valor de fechamento desde 7 de dezembro. Principal termômetro do apetite de negócios, o contrato de dólar futuro para janeiro teve giro expressivo, superior a US$ 17 bilhões - o que sugere mudanças relevantes nas posições de investidores.

"Das moedas emergentes, o real é a que mais se valorizou contra o dólar nesta terça-feira. Esse movimento foi ditado pelo acordo para redução do prazo da PEC da Transição", afirma o chefe da mesa de operações do C6 Bank, Felipe Novaes. "Outro fator que vem ajudando na melhora no preço dos ativos locais é uma sinalização de maior compromisso fiscal por parte do futuro ministro da Fazenda."

Lá fora, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis divisas fortes - operou em queda firme e chegou a romper o piso de 104,000 pontos. A divisa americana amargou um tombo de quase 4% na comparação com o iene, favorecido pela decisão do Banco do Japão (BoJ) de alargar a banda de variação da taxa do JGB de 10 anos, do intervalo de -0,25% a +0,25% para o de -0,50% a +0,50%.

Para Jolig, da Alphatree Capital embora contribua para minar a força global do dólar no curto prazo e, por tabela, ajude o real, a decisão do BoJ é negativa para os ativos de risco e pode respingar no mercado doméstico em algum momento. "É mais um banco central desenvolvido que começa a sinalizar o fim de política monetária frouxa. Se colocar o Brasil como 'risco', não é algo positivo", afirma. (Antonio Perez - [email protected])

18:29

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.20660 -1.9288 5.32510 5.17650

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5210.500 -1.95691 5335.000 5185.500

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5272.500 -1.46702 5272.500 5272.500

MERCADOS INTERNACIONAIS

Em um dia de agenda econômica esvaziada, os juros dos Treasuries e o iene ganharam impulso, após a decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ), que, ao aumentar a banda de variação do controle da curva de juros (YCC, na sigla em inglês), levantou especulações de que a instituição poderia estar se encaminhando para o abandono de sua política ultra-acomodatícia. Já os mercados acionários de Nova York operaram com pouco fôlego, com as ações da Tesla despencando mais de 8%, após o preço-alvo das ações ter sido cortado novamente. Entre as commodities, o petróleo avançou, com a fraqueza do dólar e a demanda chinesa no radar, depois de o país asiático manter as principais taxas de juros. Além disso, dados da Eurostat mostraram que o consumo de gás natural da União Europeia (UE) recuou 20,1% entre agosto e novembro deste ano, na comparação da média recente no mesmo intervalo.

Ao The Wall Street Journal, o chefe global da State Street Global Advisors, James Binny, destaca que a mudança do BoJ ocorre em um período tipicamente tranquilo, quando a liquidez é baixa, e os mercados são altamente sensíveis a surpresas. "O BoJ tem sido o único banco central que se apega resolutamente a uma política monetária muito frouxa. Hoje foi mais um ajuste do que uma mudança séria na política, mas é significativo, pois anuncia uma mudança mais substancial por vir", analisa. Por outro lado, para a Capital Economics, embora a pressão de alta sobre os rendimentos dos títulos do governo japonês (JGBs) e sobre o iene possa continuar por um tempo, há ceticismo quanto às afirmações de que a decisão do BC japonês marca o fim de sua política ultrafrouxa.

O BMO, por sua vez, acredita que, eventualmente, "a extensão lógica da falsidade do BoJ se manifestará em aumentos nas taxas de juros". "Há um limite de como os rendimentos JGB elevados afetarão as taxas dos EUA. Dito de outra forma, o potencial de alta nos rendimentos do Tesouro de 2 anos continuará a ser uma função das expectativas do Fed nos próximos 24 meses, independentemente do que o BCE, o BoE, o BoC e agora o BoJ estejam fazendo. Porém, quanto mais aumentos de taxas forem executados por outros grandes bancos centrais globais, mais rígidas serão as condições financeiras globais e, indiretamente, menos agressivo o Fed precisará ser", analisa.

Neste cenário, o rendimento da T-note de 2 anos subia a 4,261%, o da T-note de 10 anos avançava a 3,689% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 3,740%. No câmbio, o índice DXY do dólar caiu 0,72%, a 103,965 pontos, e o dólar recuava a 131,79 ienes, ante 137,05 ienes no fim da tarde de ontem. No mesmo horário, o euro operava em alta, a US$ 1,0625, enquanto a libra avançava, a US$ 1,2173. O Dow Jones Market Data apontava que essa é a pior queda do dólar ante o iene desde março de 2009, quando o dólar enfraqueceu 4,3% em relação ao iene.

O enfraquecimento da divisa americana, por sua vez, deu força às commodities. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro de 2023 fechou em alta de 1,13% (US$ 0,85), a US$ 76,23 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,24% (US$ 0,19), a US$ 79,99 o barril. A demanda chinesa também está no radar, com estímulos econômicos por parte do governo e aumento dos casos de covid-19. Hoje, o Banco do Povo da China (PBoC) deixou as principais taxas de juros inalteradas.

Já na Europa, com as medidas coordenadas para reduzir essa demanda pelo gás natural, no âmbito do plano para encerrar a dependência da UE de combustíveis fósseis da Rússia, o consumo de gás natural da União Europeia (UE) recuou 20,1% entre agosto e novembro deste ano, na comparação com o consumo médio dos mesmos meses entre 2017 e 2021, informou hoje a Eurostat.

No front dos ativos de risco, em Nova York, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,28%, em 32.849,74 pontos, o S&P 500 avançou 0,10%, aos 3.821,62 pontos e o Nasdaq subiu 0,01%, aos 10.547,11 pontos. Papéis da Tesla caíram 8,05%, após cortes nos preço-alvo de seus papéis e piorando mais no fim do pregão. De acordo com o Caixabank, investidores continuaram cautelosos, com o foco voltado para o risco de uma recessão global em meio às expectativas de maior aperto da política monetária dos principais bancos centrais e à deterioração contínua da pandemia de covid-19 na China. (Letícia Simionato - [email protected])

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