Perspectivas positivas em relação a uma vacina contra a covid-19 voltaram a orientar, desde o início do dia, o apetite por risco global, o que fez as bolsas subirem, inclusive o Ibovespa. Mas o dólar continua espelhando a desconfiança dos investidores em relação ao País, inclusive com relatos de saída de recursos, comprovados tanto pelo fluxo cambial negativo no mês quanto pela retirada de recursos da B3 pelos estrangeiros. O real contrariou o movimento global das moedas, em meio a desconfianças com a retomada da economia e ao aumento de casos de covid. E, no já habitual pêndulo em que vive, voltou a ter um dos piores desempenhos do mundo ante a divisa americana. No fim, o dólar à vista subiu 0,68%, a R$ 5,3855. Nos demais mercados, apesar de alguma volatilidade pontual à tarde - com cautela nas relação entre EUA e China, depois que a Opep+ decidiu reduzir o tamanho do corte da produção de petróleo e que o Livro Bege mostrou que empresários relataram perspectivas altamente incertas -, o sinal foi positivo. Os principais índices acionários de Wall Street subiram, amparados também por resultados corporativos. E o Ibovespa, em dia de vencimento de opções e volume maior de negócio, foi ainda mais longe e renovou máximas na reta final, até terminar com valorização de 1,34%, aos 101.790,54 pontos. Com isso, os ganhos no mês já totalizam 7,09%. Os juros futuros, por outro lado, pioraram no fim do dia. Depois de passarem boa parte do pregão em queda, alinhadas ao otimismo externo e com perspectivas positivas para a retomada do debate sobre a reforma tributaria, as taxas de médio e longo prazos mudaram de rumo nos minutos finais, de olho no câmbio e com os investidores fazendo uma antecipação técnica do leilão de títulos do Tesouro amanhã, terminando entre estabilidade e leve alta. Na estendida, contudo, os juros voltaram a ter alívio, com relatos de que o governo enviará ainda esta semana a primeira fase da reforma tributária, que não inclui impostos sobre transações digitais. Os DIs curtos, porém, não se distanciaram dos ajustes, mantendo a divisão das apostas para a próxima reunião do Copom entre corte de 0,25 ponto da Selic e manutenção do juro básico.
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