NY ACELERA À TARDE, NOTICIÁRIO INTERNO AGRADA, IBOVESPA SOBE QUASE 2% E JUROS CAEM

Blog, Cenário
Em um dia de bastante volatilidade em todos os mercados, prevaleceu o sentimento positivo, tanto aqui quanto no exterior. Nova York se firmou no território positivo à tarde e subiu entre 1,09% e 1,18%, com ajuda dos papéis de bancos, depois de um relaxamento nas exigências da chamada Regra Volcker, adotada depois da crise financeira de 2008, o que significa, na prática, a liberação de bilhões para as principais instituições financeiras americanas. Com os negócios fechados, o Federal Reserve informou que todos os bancos foram aprovados num teste de estresse realizado pela instituição. Com isso, ficou de lado, inclusive, o temor em relação ao aumento de casos de covid-19 nos EUA, o que levou o Texas a pausar o processo de reabertura da economia nesta quinta-feira. Esse avanço dos principais índices de Wall Street acabou se somando a alguns fatores domésticos para direcionar os ativos no Brasil. A escolha de Carlos Alberto Decotelli da Silva, que já foi presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para o Ministério da Educação foi bem recebida, pelo perfil mais técnico que o de Abraham Weintraub. Ao mesmo tempo, a Justiça do Rio concedeu habeas corpus ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), para que ele seja julgado pela segunda instância no Caso Queiroz, o que, aparentemente, diminui a tensão política que rondava o Palácio do Planalto. A defesa do filho do presidente disse que buscará a nulidade de todas as decisões e provas relativas ao caso da 'rachadinha' desde as primeiras investigações. Por fim, o clima doméstico já era menos azedo diante da aprovação na noite de ontem, pelo Senado, do novo marco regulatório do saneamento, o que pode garantir novos investimentos para o País e foi entendido como um sinal de retomada na pauta reformista do Congresso. Assim, em meio à farta liquidez global, o Ibovespa encerrou o dia com alta de 1,70%, aos 95.983,09 pontos. O dólar, que oscilou entre bandas distantes diante do real, de R$ 5,2676 (mínima) a R$ 5,3866 (máxima), encerrou o dia com pequeno avanço de 0,19%, a R$ 5,3334. E os juros futuros, em um pregão marcado por uma bateria de indicadores relacionados à inflação, reagiram mesmo a esses outros fatores que permearam os negócios, bem como à expectativa de que o Conselho Monetária Nacional (CMN) reduza a meta de inflação para 2023, com as taxas longas devolvendo uma parcela dos prêmios acumulados na véspera. Enquanto isso, os vencimentos curtos seguiram mostrando divisão de apostas para o próximo Copom, entre corte de 0,25 ponto e manutenção da Selic em 2,25%, mesmo depois do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e do presidente do BC, Roberto Campos Neto, ratificarem a comunicação mais cautelosa e de o IPCA-15 ter ficado um pouco acima da mediana das projeções. A leitura foi de que nada disso mudou a avaliação de que a inflação encontra-se em níveis confortáveis, enquanto a atividade segue bastante deprimida.  
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  MERCADOS INTERNACIONAIS Após um pregão volátil, as bolsas de Nova York fecharam em alta, apoiadas por ações de bancos e do setor de energia. A aversão ao risco gerada pelo aumento dos casos de covid-19 em Estados americanos acabou superada pelo otimismo com um relaxamento da regulação do setor bancário dos Estados Unidos. No mercado cambial e na renda fixa, porém, a cautela persistiu. O dólar se valorizou em relação a outras moedas fortes e os juros dos Treasuries recuaram. As relações entre Washington e Pequim também continuaram no radar, depois de o Senado dos EUA aprovar um projeto que prevê sanções a autoridades chinesas envolvidas na aplicação da lei de segurança nacional em Hong Kong. Com o clima menos pessimista no mercado, o petróleo encontrou espaço para subir. No México, o banco central decidiu cortar os juros em 50 pontos-base, para 5% ao ano. Após o fechamento do mercado, o Federal Reserve divulgou um teste de estresse do setor bancário e conclui que os bancos americanos estão saudáveis o suficiente para suportar a crise do coronavírus.   "O número de casos do vírus da China está aumentando por causa da GRANDE testagem, enquanto o número de mortes (taxa de mortalidade) diminui bastante", escreveu o presidente americano, Donald Trump, em sua conta oficial no Twitter. O ressurgimento de casos de covid-19 nos EUA, que levou o Texas a pausar o processo de reabertura econômica, voltou a preocupar o mercado. De qualquer forma, hoje a flexibilização da regra de regulação bancária Volcker nos EUA compensou a aversão ao risco e impulsionou ações de bancos. Com isso, o índice acionário Dow Jones subiu 1,18%, a 25.745,60 pontos, o S&P 500 avançou 1,10%, a 3.083,76 pontos, e o Nasdaq registrou alta de 1,09%, a 10.117,00 pontos. No S&P 500, o subíndice do setor financeiro liderou as altas (+2,71%), seguido pelo do setor de energia (+1,92%). Os papéis do Wells Fargo ganharam 4,79% e os do Goldman Sachs, 4,59%.   A cautela que se dissipou no mercado acionário persistiu, no entanto, no câmbio e na renda fixa, com os juros dos Treasuries em baixa e o dólar em alta ante divisas fortes. No final da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 0,163% e o da T-note de 10 anos recuava a 0,680%. Já o índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante seis rivais, fechou com ganho de 0,29%, a 97,429 pontos. Na marcação citada acima, o dólar caía a 22,7047 pesos mexicanos, após o Banco do México (Banxico) decidir cortar a taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 5% ao ano.   "De repente, o vírus importa novamente", comenta o analista Michael Every, do Rabobank. "Provavelmente, veremos uma correção para baixo mais profunda nos principais índices de ações", aposta Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank, ao abordar as novas infecções por coronavírus nos EUA. Na mesma linha, a Capital Economics diz que os novos surtos de covid-19 em Estados americanos representam um risco descendente para suas estimativas dos preços das ações listadas no S&P 500. "Mesmo assim, suspeitamos que a recente retração no S&P 500 terá vida curta, a menos que o aumento de novos casos comece a pesar bastante na economia", afirma John Higgins, analista da consultoria britânica.   Presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin disse hoje que "aparentemente" os EUA não terão uma grande segunda onda de coronavírus nos processos de reabertura, mas enfatizou a incerteza para a economia. Já a presidente do Fed do Kansas, Esther George, declarou que será difícil determinar o caminho da política monetária devido à volatilidade nos indicadores durante a pandemia. Para a dirigente, provavelmente haverá um "risco persistente" de possíveis novas medidas de isolamento social.   Os atritos entre Washington e Pequim também continuam no radar. Hoje, o Senado americano aprovou uma legislação que prevê sanções a autoridades e empresas chinesas envolvidas na aplicação da lei de segurança nacional em Hong Kong. O projeto ainda precisa passar pela Câmara dos Representantes antes de ir à sanção de Trump. O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse que a China precisa mudar sua postura e deixar de "roubar propriedade intelectual".   O petróleo, por sua vez, encontrou espaço para ganhos, com o clima mais ameno nos mercados internacionais. Na Nymex, o WTI para agosto fechou em alta de 1,87%, a US$ 38,72 o barril. Na ICE, o Brent para o mesmo mês avançou 1,84%, a US$ 41,05 o barril.   Após o fechamento do mercado, o Fed divulgou um teste de estresse do setor bancário, no qual concluiu que os bancos americanos estão preparados para enfrentar a crise da covid-19. A instituição, no entanto, informou que vai reduzir o pagamento de dividendos e proibir a recompra de ações no terceiro trimestre do ano. (Iander Porcella - [email protected])     BOLSA   Em dia bem correlacionado a Nova York, o Ibovespa retornou a terreno positivo e ganhou fôlego a partir das 16h para fechar a sessão em alta de 1,70%, aos 95.983,09 pontos, não muito distante da máxima, de 96.259,70 pontos (+1,99%), saindo de mínima a 94.151,83. Apesar de os fundamentos continuarem a ser postos em questão, com as revisões da perspectiva de crescimento para o ano em meio ao prolongamento da pandemia aqui e nos EUA, a disponibilidade de liquidez continua a ser o fator-chave a inclinar o índice para cima, apontam analistas. O mercado tem olhado para a linha de 97,6 mil como a resistência a ser rompida para que o Ibovespa recupere a marca psicológica dos 100 mil pontos, perdida no início de março. O giro de hoje totalizou R$ 23,3 bilhões e, na semana, o Ibovespa acumula agora perda de 0,61%, ainda avançando 9,82% no mês.   "Se passar pela resistência de 97,6 mil, o Ibovespa deve chegar logo aos 100 mil, mas é bom que fique lateralizado por algumas sessões, para ganhar mais força", diz Rodrigo Barreto, analista da Necton. Entre os dias 8 e 10 de junho, o índice chegou a testar a marca no intradia, e voltou a se aproximar dela durante as sessões de 18, 19 e 23 de junho. Assim, o principal índice da B3 busca se reaproximar do nível de fechamento de 6 de março, então aos 97.996,77 pontos - naquela data, o Ibovespa fechou pela primeira vez no ano abaixo dos 100 mil pontos, tendo saído de 102.233,24 pontos no encerramento do dia anterior, 5 de março.   Em direção ao fim da sessão desta quinta-feira, o Ibovespa acompanhou a melhora observada em Nova York, onde os três índices de referência encerraram o dia com ganhos entre 1,09% (Nasdaq) e 1,18% (Dow Jones), acentuados bem perto do fechamento. Aqui, o fluxo, mais do que os fundamentos, continua a dar direção para o índice, apontam analistas, na falta de catalisadores mais potentes, internos ou externos. "Se chegar aos 100 mil, o Ibovespa deve buscar os 103 e depois os 107 mil pontos. Se houver uma reversão, os 90 mil são o suporte que, se perdido, levaria o índice aos 87 mil, com a linha de 83 mil como um suporte forte", diz Barreto.   O dia foi de recuperação bem distribuída por empresas e setores, com destaque para os de grande peso - commodities e bancos -, em direção única. Petrobras PN fechou em alta de 2,24% e a ON, de 2,10%, enquanto Vale ON avançou 1,10%. Entre os bancos, destaque para alta de 2,13% em Bradesco ON e de 2,40% na PN, com Banco do Brasil apontando ganho de 2,45% no fechamento. Na ponta do Ibovespa, CCR subiu 9,03%, seguida por Weg (+6,88%) e Ecorodovias (+5,75%). No lado oposto, CVC caiu hoje 2,56%, Braskem, 1,68%, e Marfrig, 1,55%. Sabesp, travando lucros após a aprovação ontem do marco para o saneamento, cedeu 1,33%.   Nas últimas cinco sessões, o Ibovespa tem mostrado padrão lateralizado, alternando-se neste intervalo entre ganhos e perdas relativamente moderadas, no que mostra hesitação quanto a ganhos adicionais e, ao mesmo tempo, pouca disposição por uma realização de lucros mais forte. Assim, neste período de cinco sessões, o Ibovespa saiu de 96.572,10 pontos no fechamento do dia 19 para 95.983,09 pontos no encerramento de hoje - uma variação de apenas 589,01 pontos, em período no qual foram contabilizadas três altas e duas baixas, na faixa entre -1,66% e +1,70% no intervalo - registradas, respectivamente, ontem e hoje.   "Tem havido flutuações mais notáveis dentro das sessões, mas, ao cabo, o Ibovespa não tem saído muito do lugar", observa um operador, acrescentando que muitos elementos já foram embutidos no preço dos ativos e que, para haver uma direção mais bem definida, serão necessários novos catalisadores. (Luís Eduardo Leal - [email protected])     Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 95983.09 1.70139 Máxima 96259.70 +1.99 Mínima 94151.83 -0.24 Volume (R$ Bilhões) 2.33B Volume (US$ Bilhões) 4.37B Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 96050 1.42555 Máxima 96500 +1.90 Mínima 93870 -0.88     CÂMBIO O mercado de câmbio hoje teve um dia de ajuste, e de muita oscilação, após o dólar subir 3,3% ontem. A moeda americana mostrou fortalecimento ante divisas principais, mas operou sem tendência clara nos emergentes, em meio a indicadores mistos da atividade econômica dos Estados Unidos, enquanto crescem os casos de coronavírus no país, levando o estado do Texas a parar o processo de reabertura dos negócios.   No noticiário doméstico, além da aprovação do marco regulatório do saneamento, que já havia tido impacto nas cotações em sessões anteriores, as mesas de câmbio gostaram do nome do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, financista, autor de livros e professor e, segundo traders, "mais técnico e menos ideológico" que o anterior, Abraham Weintraub. Houve ainda o habeas corpus ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), para que ele seja julgado pela segunda instância no caso Queiróz.   O dólar à vista chegou a oscilar 12 centavos entre a máxima (R$ 5,38) e a mínima (R$ 5,26) do dia. No final dos negócios, encerrou em R$ 5,3334, em leve alta de 0,19%. No mercado futuro, era negociado em queda de 0,19%, R$ 5,3395 às 17h. A diferença das cotações ocorre porque ontem no final da tarde o dólar futuro acelerou a alta, com o mercado à vista já fechado.   O analista de moedas do Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC), Luis Hurtado, acredita que o real vai seguir sob pressão e só vê a moeda americana caindo abaixo de R$ 5,00 no quarto trimestre de 2021. Ele espera mais um corte de juros pelo Banco Central, de 0,25 ponto porcentual em agosto, contribuindo para manter o real fraco, levando a taxa básica para 2%.   No México, hoje o Banxico reduziu os juros para 5,5% e o analista do CIBC destaca que o país ainda é beneficiado pelas operações de carry trade, que é a tomada de recurso em país de juro baixo para aplicar em outro de taxa maior. No Brasil, esse tipo de operação já não vem acontecendo nos últimos meses. Na Turquia, o banco central decidiu manter nesta quinta-feira os juros em 8,25%.   Hurtado observa que os ruídos políticos deram certa amainada em Brasília, mas o câmbio pode seguir volátil, na medida em que prosseguem as investigações que chegaram perto agora da família Bolsonaro após a prisão de Fabrício Queiróz. O cenário político incerto, a economia enfraquecida, a queda de juros e a deterioração fiscal devem fazer o dólar testar valores perto de R$ 5,40 no curto prazo, devendo ficar na casa dos R$ 5,30 pelo terceiro trimestre.   A movimentação técnica foi forte no mercado futuro de dólar ontem na B3 por parte de investidores estrangeiros. Eles estavam "vendidos" em dólar em 6,5 mil contratos, ou seja, apostando na queda da moeda americana, mas inverteram a estratégia e passaram a ficar "comprados" em 21 mil contratos (US$ 1 bilhão), mostram números da B3 monitorados diariamente pela corretora Renascença.   Já os fundos nacionais seguem otimistas com o real e elevaram as posições vendidas em dólar futuro em 8,2 mil contratos ontem, enquanto os bancos aumentaram em 18,8 mil.   Nos EUA, os pedidos semanais de auxílio-desemprego superaram as expectativas dos economistas, ficando em 1,5 milhão, enquanto as encomendas de bens duráveis deram um salto de 15,8% em maio. Além destes números mistos, os estrategistas de moedas do banco americano Brown Brothers Harriman (BBH) destacam que tem tido peso central no sentimento das mesas de operação o contínuo crescimento dos casos de coronavírus nos EUA, ajudando a fortalecer o dólar. Com isso, o índice DXY, que mede a moeda americana ante divisas fortes, voltou ao nível de 97 pontos e pode testar os 99 pontos, segundo o BBH. (Altamiro Silva Junior - [email protected])       Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.33340 0.1935 5.38660 5.26760 Dólar Comercial (BM&F) 5.1400 0 DOLAR COMERCIAL 5363.500 0.26171 5388.000 5268.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5344.500 0.32852 5380.000 5320.000     JUROS A quinta-feira de agenda local carregada terminou com juros em baixa, especialmente na parte longa e a curva devolveu o ganho de inclinação da véspera. Nas mesas de renda fixa, os profissionais não tinham explicação clara para o movimento, que ocorreu mesmo com o dólar tendo passado boa parte do dia em alta e uma piora da aversão ao risco mostrada pelo mercado de Treasuries. De fatores positivos, citaram alguma melhora no clima político e a aprovação do projeto do marco legal do saneamento ontem no Senado, além de questões técnicas relacionadas à reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) logo mais. Os curtos, a exemplo dos últimos dias, continuaram oscilando ao redor dos ajustes anteriores, sem que a comunicação do Banco Central via Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o IPCA-15 de junho tenham alterado a divisão no quadro de apostas para a Selic em agosto.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021, que melhor reflete a percepção do mercado para as reuniões do Copom em 2020, fechou em 2,050%, de 2,049% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2022 terminou pela primeira vez abaixo de 3%, aos 2,97% (mínima histórica), de 3,072% ontem. As taxas dos DIs para janeiro de 2025 e janeiro de 2027 fecharam nas mínimas do dia, em 5,75% e 6,75%, de 5,943% e 6,933%, respectivamente ontem no ajuste.   Com o recuo de cerca de 10 pontos-base nos vencimentos longos e os curtos estáveis, a curva perdeu inclinação, com o diferencial entre os vencimentos de janeiro de 2027 e janeiro de 2022 hoje retomando os 378 pontos-base registrados anteontem.   O mercado de juros ignorou a volatilidade do câmbio e as preocupações com nova onda de Covid-19 no exterior, que já fazem alguns estados americanos, como o Texas, a pausarem o processo de reabertura da economia. Preferiu valorizar a aprovação do marco do saneamento e uma trégua no noticiário ruim da esfera política. "A aprovação era o cenário base, mas o placar foi ótimo", disse a gestora de renda fixa da MAG Investimentos, Patricia Pereira. O projeto que abre caminho para concessões e privatizações na área de água e esgoto foi aprovado por 65 votos a 13 e alguns cálculos apontam estimativa de entrada de até R$ 700 bilhões e geração de 1 milhão de emprego nos próximos anos.   Na política, as novidades do dia foram a nomeação de Carlos Alberto Decotelli da Silva para o cargo de ministro da Educação no lugar de Abraham Weintraub. O novo ministro tem formação em Ciências Econômicas, é financista e professor. No caso de Fabrício Queiroz, a Justiça do Rio aceitou habeas corpus apresentado pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) para ele ser julgado pela segunda instância.   Um gestor também lembra que a queda das inflações implícitas, que estavam muito altas, pode ajudar a explicar o comportamento da ponta longa. "Hoje tem a reunião do CMN que define a meta de 2023. As implícitas longas estão caindo cerca de 15 bps. Há risco do BC sinalizar algo sobre a meta mais de longo prazo", disse. A continuar no que tem sido o padrão recente, a meta para 2023 deve ficar em 3,25%, segundo apurou o Projeções Broadcast.   Já os DIs curtos pouco se mexeram, mesmo com tantos "inputs" vindos do RTI, falas dos membros do BC e IPCA-15. O índice subiu 0,02% em junho, voltando ao campo inflacionário e acima da mediana (-0,05%) das estimativas. Mas teve abertura considerada benigna e desaceleração da alta em 12 meses, de 1,96% até maio para 1,92% até junho, se distanciando ainda mais do piso da meta para este ano, de 2,50%.   Na curva a termo, o mercado continua dividido sobre o que o Copom vai fazer em agosto. Segundo o Haitong Banco de Investimentos, a curva projeta corte de 12,5 pontos-base, ou seja 50% de chance de Selic estável e 50% de probabilidade de queda de 0,25 ponto porcentual. (Denise Abarca - [email protected])     Operação CDB Prefixado 32 dias (%a.a) 2.15 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 2.15 Over Selic (%a.a) 2.15            
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