Em mais um dia de exterior positivo, uma combinação de fatores locais ajudou os ativos brasileiros a ganharem fôlego na segunda metade do dia e a encerrarem a semana com desempenho alinhado aos pares internacionais. A tarde começou com a informação de que o Estado de São Paulo irá flexibilizar algumas restrições, diante da queda no número de internações por covid. Depois disso, uma reunião organizada pelo BTG entre o presidente da Câmara, Arthur Lira, e investidores reforçou o fôlego dos negócios. O deputado garantiu que haverá uma solução sem ruptura para o Orçamento e foi otimista em relação ao andamento das reformas. Como era justamente o impasse sobre a sanção ao Orçamento, cujo prazo expira no próximo dia 22, que vinha limitando uma reação mais firme dos ativos, os investidores passaram a tomar um pouco mais de risco. Assim, o dólar, que chegou a subir pela manhã ante o real, rapidamente testou mínimas, até terminar com desvalorização de 0,77% no mercado à vista, a R$ 5,5848. Na semana, a moeda acumulou recuo de 1,6%. Os juros futuros seguiram o mesmo caminho e, com ajuda do câmbio, dos yields dos Treasuries mais comportados e das recentes sinalizações do Banco Central sobre um aperto de 0,75 ponto porcentual da Selic, devolveram prêmios, sobretudo nos mais longos, resultando em perda de inclinação de cerca de 25 pontos-base para a curva. A melhora do ambiente na etapa vespertina chegou a puxar a Bolsa brasileira para as máximas, acima dos 121 mil pontos. E ainda que tenha perdido um pouco de ritmo, o Ibovespa terminou o pregão com alta de 0,34%, aos 121.113,93 pontos, acumulando ganho de 2,93% nos últimos cinco dias. Até porque, os pares americanos ajudaram, ao terem mais uma sessão de ganhos e de novos recordes para o S&P 500 e para o Dow Jones, sustentados por mais indicadores positivos da economia, inclusive da China, além de balanços. Até mesmo o Nasdaq, que passou grande parte do dia em leve queda, virou e encerrou com pequeno avanço.
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