MORO PEDE DEMISSÃO APÓS EXONERAÇÃO DE VALEIXO EM MEIO A EXTERIOR MISTO

Blog, Cenário
O dólar fica no radar em meio à alta do DXY no exterior e a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, via decreto publicado hoje no Diário Oficial da União (DOU) e assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que pediu demissão hoje. A saída de Moro provocou reações nos três Poderes e a ala militar do governo entrou em campo a fim de encontrar um substituto para Valeixo, entre os cotados estão o atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, e o secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres. A decisão de Bolsonaro ocorre uma semana depois da demissão de Luis Henrique Mandetta como ministro da Saúde. Também surgiu 48 horas depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar a abertura de inquérito para investigar quem organizou e financiou manifestação em defesa da ditadura, no domingo, da qual Bolsonaro participou diante do QG do Exército, em Brasília. A indefinição sobre a situação de Moro levou o dólar ontem ao recorde nominal de R$ 5,5287 no mercado à vista, puxando os juros para cima, enquanto a B3 perdeu o patamar dos 80 mil pontos. Depois disso, o dólar maio ainda ampliou sua máxima, a R$ 5,56, e o Banco Central fez o terceiro leilão de swap cambial do dia, ofertando mais US$ 500 milhões. Com essa injeção de liquidez, que ampliou o total vendido ontem para US$ 1,5 bilhão, o contrato de maio terminou em R$ 5,5380 (+ 1,35%). Para hoje, o BC marcou apenas operações de rolagens de vencimentos futuros: de US$ 3,0 bilhões em dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) e de US$ 500 milhões em swap cambial. No exterior, o petróleo está volátil, enquanto as bolsas europeias e o euro recuam, mas os índices futuros de Nova York exibem leves ganhos. Os investidores repercutem a notícia de que um possível medicamento para Covid-19 falhou em testes recentes. Pesam também a frustração sobre um fundo de recuperação econômica anunciado pelo Conselho Europeu, sem apresentar detalhes, e a declaração ontem à noite do presidente Donald Trump, de que os EUA podem estender o distanciamento social além de 30 de abril. Por lá, o número total de mortos chegou a 47.272 e o de contaminados a 856.209, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. Globalmente, são 2,68 milhões de pessoas contaminadas e 187 mil vidas perdidas, sendo que no Brasil houve novo recorde, de 407 mortes registradas em um único dia ontem. Com isso, o total no País soma 3.313 mortos e 49.492 casos oficialmente confirmados da doença.   Guedes, setor externo e dados dos EUA em destaque - A sexta-feira traz a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em transmissão ao vivo do Itaú BBA (10h30). A FGV divulga a prévia da confiança da indústria em abril (8h00) e logo depois serão conhecidos os números do setor externo de março (9h30). A mediana das estimativas do Projeções Broadcast para a conta corrente é de déficit de US$ 300 milhões, de -US$ 3,904 bi em fevereiro. Para o IDP, a mediana é de US$ 6,5 bilhões, de US$ 5,996 bilhões. Nos EUA, destaque para encomendas de bens duráveis de março (9h30), sentimento do consumidor da Universidade de Michigan de abril (11h00).   STF cobra de Maia manifestação quanto a pedido de impeachment - O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), fixou um prazo de 10 dias para que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apresente informações sobre um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro que não foi apreciado. Maia é acusado por dois advogados, autores da ação, de ser omisso na análise do tema. O Palácio do Planalto acompanha com preocupação o andamento do caso no STF. Para um ministro ouvido pelo repórter Rafael Moraes Moura, o caso pode servir até mesmo para pavimentar eventualmente o impeachment de Bolsonaro.   Câmara aprova MP sobre mobilidade urbana e dois projetos - O plenário da Câmara aprovou ontem uma medida provisória que amplia o prazo para municípios aprovarem seus planos de mobilidade urbana. A medida precisa ser aprovada pelo Senado até a terça-feira, 28, para não perder a validade. Também foi aprovado em plenário o texto-base do projeto que suspende pagamentos devidos pelos estudantes ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) durante a crise da Covid-19. Além disso, os deputados aprovaram a autorização da transposição e a transferência de saldos dos fundos de assistência social dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios para ações de combate à covid-19.   Governo estuda ampliar FGI para R$ 15 bilhões para aumentar concessão de crédito - Para estimular a concessão de crédito e fazer frente à pandemia do coronavírus, o governo estuda ampliar os recursos de fundos garantidores, entre eles o Fundo Garantidor de Investimentos (FGI), para cerca de R$ 15 bilhões, segundo apurou o Broadcast. O fundo tem hoje cerca de R$ 1,2 bilhão e é usado como garantia em empréstimos. A ideia é que, ao aumentar a garantia, o governo assume os riscos dos financiamentos e, sem o temor da inadimplência, os bancos passem a emprestar mais.   CMN permite manutenção da equalização do Proex nos casos de suspensão temporária de pagamento - O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, em reunião extraordinária na quarta-feira, resolução para permitir que o Tesouro continue bancando a equalização das taxas de juros do Programa de Financiamento às Exportações (Proex). Com a medida, as instituições financeiras continuarão a receber do Tesouro o pagamento referente à equalização dos juros, mesmo que o pagamento das prestações tenha sido interrompido.   Teich diz que não recomendou uso de cloroquina - O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que a pasta não recomendou, até o momento, o uso da cloroquina fora do ambiente hospitalar e voltado apenas para pacientes em estado grave ou crítico da doença covid-19. O que foi decidido nesta quinta-feira, 23, segundo Teich, foi dar uma “autorização” para que o Conselho Federal de Medicina (CFM) possa liberar a prescrição do remédio a pacientes em estado leve da doença, sem que os médicos corram riscos de serem punidos por isso.   Suspensão de contrato é medida mais negociada até agora - A suspensão do contrato de trabalho por até dois meses tem sido até agora a medida mais negociada entre empregadores e trabalhadores, segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Até ontem, eram 2.045.799 de contratos pausados, 58,3% do total de 3,5 milhões de negociações individuais e coletivas registradas pelo governo.   Cidadania: pedido de suplementação para auxílio emergencial é de R$ 25,72 bilhões - O Ministério da Cidadania pediu à Economia um crédito adicional de R$ 25,72 bilhões para conseguir pagar o auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais e desempregados. Dos R$ 32,7 bilhões previstos para a primeira parcela, R$ 31,3 bilhões já foram transferidos e ainda há 12 milhões de pedidos pendentes de análise.   Linha para PMES na pandemia libera R$ 1,1 bilhão em um mês - O volume de recursos financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para micro, pequenas e médias empresas, em um mês de operação, atingiu ontem a marca de R$ 1,1 bilhão. Esses recursos foram desembolsados por 23 agentes financeiros públicos e privados. Lançada em 22 de março, a linha tem volume previsto de R$ 5 bilhões e destina-se principalmente à necessidade de capital de giro diante da pandemia do novo coronavírus   EXTERIOR MISTO   Bolsas europeias em queda - As bolsas da Europa operam em baixa após relatos de que estudos da Gilead Sciences com o antiviral remdesivir para tratar o coronavírus fracassaram. Além disso, o índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha caiu à mínima histórica em abril e as vendas no varejo da Alemanha também tiveram queda recorde em março. Às 7h16, a Bolsa de Londres caía 0,94%, a de Frankfurt recuava 0,86% e a de Paris se desvalorizava 0,79%. O euro estava em US$ 1,0765, de US$ 1,0786 no fim da tarde de ontem. A libra estava em US$ 1,2328, de US$ 1,2348.   Futuros de NY sobem - Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta modesta, revertendo leves perdas da madrugada, e os juros dos Treasuries avançam também de forma moderada, enquanto investidores digerem relatos sobre o suposto fracasso de um medicamento da Gilead Sciences para tratamento do coronavírus e aguardam indicadores e balanços corporativos dos EUA. Às 7h15, o Dow Jones futuro subia 0,32%, o S&P 500 futuro avançava 0,39% e Nasdaq futuro se valorizava 0,19%.   Trump muda discurso e defende isolamento - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mudou seu discurso sobre a gravidade da pandemia de coronavírus, passou a defender o isolamento social para conter o avanço da doença e, apesar de ter apresentado diretrizes para a reabertura econômica, criticou um governador republicano por considerar que é "cedo demais" para a retomada de atividades no Estado em questão. O líder da Casa Branca disse ontem que talvez seja preciso estender o prazo de distanciamento social no país. As orientações de isolamento do governo federal perdem validade no final do mês.   Índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha cai à mínima histórica - O índice de sentimento das empresas da Alemanha caiu de 85,9 pontos em março para a mínima histórica de 74,3 pontos em abril, diante dos efeitos da pandemia do novo coronavírus, segundo pesquisa divulgada hoje pelo instituto alemão Ifo. O resultado ficou aquém da previsão de analistas de queda a 80.   Vendas no varejo do Reino Unido sofrem queda recorde - As vendas no varejo do Reino Unido sofreram queda recorde de 5,1% em março ante fevereiro, em meio ao impacto econômico da pandemia de coronavírus. Analistas previam redução mensal ainda maior nas vendas, de 6%.   Bolsas da Ásia fecham em baixa - As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira, influenciadas por dúvidas sobre a eficácia de um tratamento para o coronavírus. O Xangai Composto recuou 1,06%, ignorando uma decisão do banco central chinês (o chamado PBoC) de reduzir a taxa de juros. O japonês Nikkei teve queda de 0,86% em Tóquio, enquanto o Hang Seng recuou 0,61% em Hong Kong, o sul-coreano Kospi cedeu 1,34% em Seul. Na Oceania, o S&P/ASX 200 avançou 0,49% em Sydney. Às 7h15, o dólar estava em 107,65 ienes, de 107,56 ienes no fechamento de ontem.   PBoC corta juro de crédito de médio prazo - O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) decidiu nesta sexta-feira reduzir a taxa de juros da sua linha de crédito de médio prazo direcionada, de 3,15% para 2,95%. Trata-se do primeiro corte desde que o instrumento foi criado, no fim de 2018.   Petróleo volátil - Os contratos futuros do petróleo mostram volatilidade nesta manhã. Os contratos perderam fôlego, passaram a cair e há pouco iam nas duas direções, após acumularem ganhos robustos nas duas sessões anteriores, período em que a commodity se recuperou depois de sofrer tombos históricos no começo da semana. Nos últimos dias, o petróleo foi sustentado por tensões entre EUA e Irã e sinais de que a Opep+ poderia aprofundar cortes em sua produção. Às 7h12, o petróleo WTI para junho caía 2,18%, a US$ 16,14 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês subia 0,09%, a US$ 21,35 o barril.      
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