A ata da mais recente reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), divulgada nesta tarde e uma das estrelas da agenda da semana, trouxe poucas novidades ao mercado, que reagiu discretamente ao documento. O texto veio em linha com a recente comunicação do Federal Reserve, sugerindo ser "adequado" que a política monetária nos Estados Unidos se mantenha em um nível restritivo "por algum tempo". Os dirigentes aventaram ainda ser possível reduzir o ritmo das altas de juros. Para setembro, consolidou-se no mercado a aposta de elevação de 50 pontos-base: de 52,5% antes da publicação para 59,5%. Já a possibilidade de uma alta de 75 pb em 21 do próximo mês está em 40,5%, de 47,5% anteriormente. Na sessão, após a ata, os juros dos Treasuries perderam um pouco o fôlego de alta, ainda que a referência de 2 anos tenha permanecido acima dos 3,25%. O DXY chegou ao fim do dia perto da linha d'água. E as bolsas de Nova York reduziram pontualmente o ritmo de queda, mas terminaram com perda relevante (Nasdaq cedeu 1,25% e S&P 500, 0,72%). No Brasil, a Bolsa teve mais uma vez pregão de alta e chegou a superar, durante a tarde, a marca de 114 mil pontos. Ao fim, o índice estava em 113.707,76 pontos (+0,17%), com destaque para o bom desempenho de Petrobras (ON +3,33% e PN, +2,34%). Os juros futuros até tentaram ter algum alívio no pós-ata, o que não se manteve. As principais taxas além de 2024 subiram mais de 10 pontos, na esteira da realização de lucros. O dólar também teve mais um dia de recomposição, ao subir a R$ 5,1678 (+0,53%) no segmento à vista. Em agosto, contudo, o sinal ainda é de queda (-0,13%).
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MERCADOS INTERNACIONAIS
O Federal Reserve (Fed) ganhou a atenção dos operadores no exterior nesta tarde, com publicação da ata de reunião monetária mais recente. No documento, dirigentes afirmaram que a política monetária deve seguir restritiva por algum tempo, mas que a amplitude de alta de juros deve ser reduzida em algum momento. As expectativas predominantes no mercado seguem para elevação das taxas básicas em 50 pontos-base na reunião do mês que vem. Mesmo assim, as bolsas de Nova York seguiram no vermelho, com os resultados de varejistas no radar, assim como a estabilidade mensal nas vendas do varejo norte-americano. Os juros dos Treasuries subiram, enquanto o dólar ficou sem sinal único. Já o petróleo conseguiu avançar, após baixas recentes, apoiado na queda profunda e inesperada nos estoques de petróleo nos Estados Unidos.
Na reunião monetária no fim de julho, os dirigentes do banco central norte-americano afirmaram que a inflação deve seguir em nível desconfortável "por algum tempo". Os banqueiros disseram ser "crucial" levar a taxa de volta à meta de 2%, mesmo que reduza o ritmo de crescimento econômico do país. A avaliação é que, com condições financeiras mais apertadas e moderação na demanda agregada, o crescimento do emprego deve desacelerar e aliviar as pressões sobre os salários.
Para a Oxford Economics, a ata mostra que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) está começando a ampliar sua perspectiva para além dos temores quanto à alta inflação. "Essa ata reflete a atenção crescente colocada sobre o impacto de juros mais altos sobre a atividade econômica, que está notadamente desacelerando [...]", afirma a consultoria, que destaca o trecho de que "há sinais de moderação nas perspectivas para o mercado de trabalho", apesar da força atual. Em nota a clientes, a Oxford Economics diz esperar que a o Fed volte aos habituais 50 pontos-base (pb) na reunião de setembro.
Economista do C6 Bank, Claudia Rodrigues avalia que o banco central indicou que a dose de aperto monetário não deve ser tão forte na próxima decisão e reforça o coro de projeções para aumento de 50 pb. "Para nós, o caminho indicado pelo Fed parece insuficiente para trazer a inflação para a meta de 2% ao ano. Para chegar à meta, o Fed precisaria aplicar um aperto maior do que vem sinalizando até o momento", diz.
O BMO Capital Markets, por sua vez, destaca que a ata foi "menos hawkish na margem" e implica que uma elevação de 75 pb nos juros não deve ser o cenário base. Para a Capital Economics, o documento não deu grandes dicas se os dirigentes estão tendendo a 50 pb ou 75 pb em setembro, "mas houve alguns pontos hawkish de que as autoridades estão se preocupando cada vez acerca do aperto monetário ir longe demais nos próximos meses". A consultoria também espera que o próximo aumento seja de 50 pb, mas nota ser improvável que qualquer dirigente se comprometa antes da próxima rodada de indicadores de inflação e emprego.
Após a divulgação do documento, a probabilidade de alta de 50 pb ganhou forças e chegou a 59,5%, mostra ferramenta do CME Group. As apostas para 75 pb eram de 40,5%.
Wall Street chegou a renovar máximas com os comentários da ata, mas essas não foram suficientes para colocar os índices acionários no positivo. As vendas no varejo de julho, que ficaram estáveis ante expectativa de avanço de 0,1%, ficaram no radar dos investidores. A decepção com os resultados financeiros da varejista Target também não se dissipou. Assim, o Dow Jones fechou com baixa de 0,50%, a 33.980,32 pontos, o S&P 500 caiu 0,72%, a 4.274,04 pontos, e o Nasdaq cedeu 1,25%, a 12.938,12 pontos.
Os juros dos Treasuries, por sua vez, operaram em alta nesta sessão. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 3,282%, o da T-note de 10 anos avançava a 2,895% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 3,149%. Já o dólar operava sem sinal único ante rivais: a moeda avançava a 135,02 ienes, o euro subia a US$ 1,0183 e a libra caía a US$ 1,2050, após inflação ao consumidor mais alta em 40 anos no Reino Unido. O índice DXY, que mede a divisa americana ante seis rivais, subiu 0,06%, a 106,574 pontos.
Já o petróleo terminou o dia no azul, após perdas recentes. A inesperada queda de 7 milhões de barris nos estoques de petróleo nos EUA, quando a projeção era de alta de 100 mil barris, garantiu o impulso. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 1,83% (US$ 1,58), a US$ 88,11 o barril, e o Brent para outubro avançou 1,42% (US$ 1,31), a US$ 93,65 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). (Ilana Cardial - [email protected])
Volta
BOLSA
O Ibovespa ficou de guarda dos 113 mil pontos, orbitando a estabilidade em parte da sessão até que se conhecesse a ata do Federal Reserve, a qual, mesmo sem trazer novidades, levou os índices de ações em Nova York às máximas do dia, embora sem deixar o terreno negativo na sessão. No melhor momento pós-ata, a referência da B3 retomou o nível de 114 mil pontos, não visto no intradia desde 22 de abril. Ao fim, mostrava alta de 0,17%, aos 113.707,76 pontos, entre mínima de 112.482,58 e máxima de 114.146,23 pontos (+0,56%), saindo de abertura aos 113.507,82 pontos. Em dia de vencimento de opções sobre o Ibovespa, o giro foi a R$ 59,8 bilhões na sessão. Na semana, o índice avança 0,84% e, no mês, 10,22% - no ano, tem alta de 8,48%.
"A ata do Fed não traz grandes novidades e se mostra datada, ao mencionar que o mercado de trabalho dava alguns sinais de desaceleração e que a inflação ainda continua muito alta. Exatamente o que aconteceu depois foi o inverso: dados do mercado de trabalho bem fortes, com quase o dobro da geração de vagas esperada, e a inflação cedendo mais do que o projetado pelo mercado. O documento de hoje parece bem ultrapassado, e o que fará diferença, na próxima semana, será o evento de Jackson Hole, de onde se espera comentários sobre os próximos passos", diz Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.
"A ata da reunião trouxe explicações do cenário (do Fed) para a economia americana, mas não explicitou qual será o ritmo de aperto monetário para a próxima reunião, em setembro. De forma geral, a autoridade monetária irá aumentar ou diminuir o ritmo do aperto monetário a depender do estado da economia", observa Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research.
No Brasil, a sinalização do BC de que o ciclo de elevação de juros se encerrou ou está muito próximo disso continua a atrair recursos externos para a B3 - em termos líquidos, na casa de R$ 11 bilhões em agosto, até anteontem, conforme os mais recentes dados -, o que se conjuga com acomodação da inflação, expectativas mais favoráveis sobre o PIB e a uma temporada positiva de balanços corporativos.
"Olhando 30 dias, aproximadamente do piso do ano (de meados de julho) aos 114 mil de hoje, o Ibovespa tem uma recuperação em torno de 18%. Há muito caixa disponível, como não se via desde 2008, e esses recursos estão indo essencialmente para Bolsa, com a indicação do fim do ciclo de alta de juros aqui, ou no máximo mais um aumento de 25 pontos-base (na Selic). O BC fez o dever de casa, não ficou atrás da curva. E, considerando S&P 500 a 4.300 pontos, ainda há descontos na B3 e recursos disponíveis para que o Ibovespa avance mais", diz César Mikail, gestor de renda variável da Western Asset.
"O mercado é comparável a um pêndulo, tendendo a corrigir excessos, seja de pessimismo ou otimismo. Muito de pessimismo tinha ido para o preço", acrescenta o gestor, destacando também a mais recente temporada de resultados corporativos, positiva aqui e no exterior, e na qual se mostrou que, mesmo com o desafio da inflação, empresas conseguiram defender margens.
"Hoje tivemos um dia de volatilidade, em que o Ibovespa abriu em queda e chegou a perder quase 1% na sessão para, à tarde, se firmar em leve alta. O mundo tem estado mais otimista com relação ao Brasil. A ata do Fed condiciona os próximos passos sobre juros à inflação. Não há certeza ainda quanto ao grau de ajuste à frente (para a taxa de referência dos EUA). O Brasil reagiu mais rápido e de forma mais agressiva aos sinais inflacionários, o que nos permitiu um controle mais dinâmico", diz Davi Lelis, economista e sócio da Valor Investimentos.
Nesta quarta-feira, as ações e setores de maior peso no Ibovespa se firmaram majoritariamente no positivo no meio da tarde, após a ata do Fed. A exceção significativa foi Vale (ON -2,46%), que devolveu os ganhos do dia anterior. Petrobras ON e PN, por sua vez, fecharam respectivamente em alta de 3,33% e de 2,34%, em dia moderadamente positivo para as ações de grandes bancos (Bradesco ON +0,37%, Itaú PN +0,40%), à exceção de BB (ON -0,90%). Na ponta do Ibovespa, destaque para Cemig (+5,67%), Copel (+4,48%) e CSN Mineração (+4,42%), com Americanas (-6,13%), Via (-6,08%) e Yduqs (-5,56%) no lado oposto. (Luís Eduardo Leal - [email protected])
17:20
Índice Bovespa Pontos Var. %
Último 113707.76 0.17212
Máxima 114146.23 +0.56
Mínima 112482.58 -0.91
Volume (R$ Bilhões) 5.98B
Volume (US$ Bilhões) 1.15B
17:25
Índ. Bovespa Futuro INDICE BOVESPA Var. %
Último 113700 -0.07031
Máxima 113985 +0.18
Mínima 112260 -1.34
JUROS
O mercado de juros embarcou hoje num movimento de realização de lucros mais firme e as taxas fecharam em alta, após não conseguir, nos últimos dias, sustentar a correção até o fechamento. A ponta longa chegou a reduzir pontualmente o ritmo após a leitura inicialmente "dovish" da ata do Federal Reserve, estrela da agenda, em linha com a perda também momentânea de gás dos retornos dos Treasuries e do dólar, mas depois retomou o fôlego.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou em 13,71%, estável ante o ajuste de ontem, e a do DI para janeiro de 2024 subiu de 12,76% para 12,87%. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 11,87%, de 11,69%, e a do DI para janeiro de 2027 avançou a 11,60%, de 11,41%.
A recomposição de prêmios na curva foi vista logo cedo, alinhada à trajetória dos Treasuries e com o câmbio pressionado. A espera pela divulgação da ata foi marcada pela cautela no ambiente internacional após a divulgação da inflação no Reino Unido, de 10,1% em julho - a maior em 40 anos -, e do PIB da zona do euro no segundo trimestre, na segunda estimativa, ligeiramente abaixo do previsto.
O mercado então aproveitou para ajustar as taxas que, desde as máximas atingidas em meados de julho, passaram a cair com força e agora ficaram bastante descontadas. A mensagem do Copom de que o ciclo de altas da Selic provavelmente terminou na reunião do Copom em agosto levantou o debate sobre o início do processo de cortes e provocou um rali na curva via entrada de fluxo estrangeiro. O Tesouro tem, com isso, conseguido elevar a oferta de títulos nos leilões e a expectativa para a operação com prefixados amanhã é de um lote novamente grande, a exemplo do volume vendido de NTN-B ontem.
A ata do Fed, que saiu às 15h, teve um efeito leve sobre os contratos de 2027 em diante, que acompanharam a reação positiva dos demais ativos, mas que também se dissipou posteriormente. "Teve uma primeira leitura 'dove', mas, num olhar mais detalhado, há mensagens para os dois lados", afirma a economista-chefe da MAG Investimentos, Patricia Pereira, sobre o documento, citando, por exemplo, as menções da autoridade monetária à robustez do mercado de trabalho.
Os dirigentes disseram ser "adequado" manter um nível restritivo na política "por algum tempo", mas que, mais adiante, será possível reduzir o ritmo das altas. Por outro lado, consideram os níveis de inflação estão inaceitavelmente elevados e que o aperto monetário pode reduzir o ritmo de crescimento, mas consideram ser "crucial" levar a inflação à meta de 2%. No monitoramento do CME Group, a possibilidade de uma elevação de 50 pontos-base nos juros na reunião de setembro ganhou força. Após a ata, estava em 59,5%, de 52,5% pouco antes da publicação do documento.
De todo modo, aqui a curva fechou com perda de inclinação, com os longos subindo em ritmo menor que o miolo da curva. O spread entre os vértices janeiro de 2027 e janeiro de 2025 está negativo em quase 30 pontos-base e o diferencial entre os DIs para janeiro de 2029 e janeiro de 2025 é de -13 pontos.
Internamente, a agenda trouxe apenas o IGP-10 de agosto, com deflação de 0,69%, ante alta de 0,60% em julho. O resultado veio abaixo da mediana das estimativas (-0,60%) endossando a percepção de que a Selic deve permanecer em 13,75% nos próximos meses. Fora a agenda, o noticiário local segue sendo cada vez mais dominado pelo cenário eleitoral, mas o mercado de juros ainda é pouco influenciado pela corrida à Presidência. (Denise Abarca - [email protected])
17:23
Operação Último
CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 13.66
Capital de Giro (%a.a) 6.76
Hot Money (%a.m) 0.63
CDI Over (%a.a) 13.65
Over Selic (%a.a) 13.65
CÂMBIO
Seguindo a tendência global em dia de cautela por sinalizações para o curso da política monetária nos Estados Unidos, o dólar se manteve em alta frente ao real durante toda a sessão. Chegou ao topo em R$ 5,2143 na etapa matutina, mas, ainda em alta, se acomodou após a divulgação do teor da ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed). Encerrou a sessão de hoje em alta de 0,53%, a R$ 5,1678, reduzindo as perdas no mês de agosto frente ao real para 0,13%.
Para Marcelo Boragini, especialista em renda variável da Davos Investimentos, o recado dado pelos integrantes do Fed não veio tão suave quanto se esperava. De fato, os dirigentes do Fed avaliaram que a inflação deve seguir alta em um nível desconfortável por "algum tempo". Nesse sentido também observaram que a inflação permaneceu inaceitavelmente alta e bem acima da meta de longo prazo de 2%.
"Logo depois da divulgação da ata o dólar reagiu, voltou e seguiu como antes", observa Boragini, ressaltando que o mercado parece estar ainda tendo um pouco de dificuldade de fazer uma leitura mais acurada de tudo o que está acontecendo. "A leitura de fato está nebulosa, então o ativo fica meio lateralizado. Talvez o mercado comece a mostrar uma direção em pouco mais tarde".
A Oxford Economics avalia que as autoridades do Fed expressaram uma avaliação de risco mais equilibrada em torno da política monetária. "Concordamos e esperamos que, mesmo que o FOMC decida reduzir o aumento da taxa para 50 pontos-base em 21 de setembro, esperamos aumento de 125 pontos-base até o final do ano", conclui.
Ainda assim, as incertezas que estão no front levam à busca por proteção na divisa americana. Mas, aqui no Brasil, o ritmo de valorização global do dólar tem sido amenizado frente ao real pelo fluxo estrangeiro positivo, lembra o especialista em renda variável.
De acordo com a B3, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 941,485 milhões há dois dias, na sessão de segunda-feira, 15. Só no acumulado de agosto, o resultado do ingresso do capital estrangeiro é de R$ 10,986 bilhões na Bolsa e, em 2022, de R$ 64,747 bilhões.
Pela metodologia do Banco Central, que reúne investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, também é possível auferir o ingresso. Segundo o BC, o país registrou fluxo cambial positivo de US$ 901 milhões em agosto, até o dia 12. O canal financeiro teve entradas líquidas de US$ 1,703 bilhão no período. Em agosto, até o dia 12, houve aportes no valor de US$ 18,085 bilhões e retiradas no total de US$ 16,382 bilhões.
Muito embora esse contexto seja favorável ao real, Marcelo Boragini emparelha opinião com outros analistas no sentido de que as incertezas sobre, principalmente, a condução da política fiscal no próximo governo - seja ele Bolsonaro 2 ou Lula - mantém o real desvalorizado. "Há receio do mercado com relação ao fiscal do Brasil. Um desconforto. O nome do jogo será a volatilidade diante das incertezas locais, e podemos, sim, ver um dólar um pouco mais forte". (Simone Cavalcanti - [email protected])
17:25
Dólar (spot e futuro) Último Var. % Máxima Mínima
Dólar Comercial (AE) 5.16780 0.5311 5.21430 5.14890
Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0
DOLAR COMERCIAL FUTURO 5189.000 0.3093 5234.500 5168.500
DOLAR COMERCIAL 5205.000 16/08