MERCADO PRECIFICA ANTECIPAÇÃO DE ALTA DA SELIC E DERRUBA JURO LONGO E DÓLAR

Blog, Cenário
O tombo do dólar ante o real, bem como o recuo das taxas de juros intermediárias e longas, ganhou ainda mais força à tarde, na medida em que diversos bancos começaram a antecipar suas estimativas para o início do ciclo de aperto monetário, alguns ainda para março e outros para o primeiro semestre. Ao mesmo tempo, a perspectiva de Selic maior no curto prazo pressionou a bolsa para baixo, em um quadro de incerteza em relação à retomada da economia diante do avanço da covid e das dificuldades em torno da vacinação. O gatilho para a mudança de perspectivas em relação aos juros veio do trecho da ata do Copom, conhecida pela manhã, o qual destacou que alguns diretores já defenderam uma normalização parcial dos estímulos monetários. E ainda que o Banco Central tenha ponderado que a segunda onda de covid pode interromper a retomada econômica, o nível atual de preços e as incertezas em relação à política fiscal pesam em favor de um Copom mais hawkish. Não por acaso, a curva passou a mostrar, com o avanço dos DIs curtos, chance majoritária (60%) de a Selic subir 0,50 ponto já em março. Ao mesmo tempo, os vencimentos longos tiveram forte baixa, desinclinando a curva de juros. O dólar ante o real tombou 3,30%, a R$ 5,3269 no mercado à vista, a maior queda diária desde junho do ano passado, com essa possibilidade de melhora do diferencial de juros interno e externo, ao mesmo tempo em que reagiu aos sinais de responsabilidade fiscal emitidos pelo governo e ao fluxo de dinheiro para o Brasil, reforçado por novas captações de empresas lá fora. No caso da renda variável, além dos efeitos negativos que esse novo desenho para os juros causaram, a queda firme dos papéis da Eletrobras, depois da renúncia do presidente Wilson Ferreira Jr. trazer a ideia de mais dificuldades na privatização da empresa, contribuiu para o recuo de 0,78% do Ibovespa, aos 116.464,06 pontos. Trata-se da quinta baixa consecutiva, a mais longa sequência de perdas do índice desde as seis observadas no intervalo entre 3 e 10 de janeiro do ano passado. Os principais índices acionários americanos operaram sem vigor ao longo do dia e, no fim, terminaram com leve queda. Por lá, os investidores seguem de olho na perspectiva de novo pacote fiscal e de que os estímulos possam ficar abaixo dos US$ 1,9 trilhão almejados pelo presidente Joe Biden. O petróleo também caiu, com o avanço dos casos de covid pelo mundo e medidas restritivas em diversos países.  
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  JUROS A curva de juros sustentou durante a tarde a desinclinação induzida desde cedo pela leitura da ata do Copom, que foi reforçada pelo discurso do governo de comprometimento com a disciplina fiscal e pela queda do dólar. O documento, considerado mais "hawkish" do que o esperado, capitaneou o movimento de alta das taxas de curto prazo e forte recuo das longas (mais de 200 pontos-base), ao revelar que os membros do colegiado discutiram a possibilidade de iniciar o aperto monetário já na reunião da semana passada. Com isso, as apostas de elevação da Selic ganharam força, com parte do mercado antecipando o cenário de abertura do ciclo para março. Na precificação para o próximo Copom, a curva já mostra maior probabilidade (em torno de 60% de chance) de um aumento de 0,5 ponto porcentual da taxa básica. O IPCA-15 de janeiro veio levemente abaixo da mediana das estimativas, mas com abertura considerada ruim, o que endossou a mensagem do BC.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 subiu de 3,393% no ajuste de sexta-feira para 3,425% (regular) e 3,400% (estendida) e a do DI para janeiro de 2027 caiu de 7,508% para 7,30% (regular) e 7,32% (estendida). O DI para janeiro de 2023 fechou a sessão regular e a estendida com taxa de 5,08%, de 5,199% no último ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 terminou em 6,62% (regular) e 6,63% (estendida), de 6,80%.   Na comparação das pontas longa e curta, o spread entre os DIs janeiro de 2027 e janeiro de 2022 encerrou em 392 pontos, de 412 pontos na sessão anterior, retornando ao nível da quarta-feira (391 pontos).   No fim da tarde, a curva já tinha 40 pontos-base de aumento para a Selic em março, segundo a gestora de renda fixa da MAG Investimentos, Patricia Pereira, ou mais ou menos 60% de chance de alta de 0,5 ponto porcentual e 40% de possibilidade de alta de 0,25 ponto. "E a curva tem aumentos na casa dos 50 pontos mais ou menos o ano todo", explicou.   Na ata, alguns membros do Copom julgaram que o BC deveria reduzir grau "extraordinário" de estímulos e que o início da normalização parcial deveria ser considerado. Várias instituições anteciparam o cenário de início do ciclo de contração monetária para março, entre elas Itaú Unibanco, Credit Suisse e BofA.   Para a equipe do Itaú, o documento "elimina possíveis dúvidas sobre o senso de urgência das autoridades". "Mostra que consideraram um aumento de juros na reunião, e praticamente se comprometem com uma elevação em março, conforme os parágrafos 15 e 16", diz relatório do banco, que prevê avanço de 0,25 ponto da Selic na segunda reunião do ano. Já o Credit Suisse espera cinco apertos sucessivos de 0,5 ponto, com a Selic fechando 2020 em 4,5%.   Na avaliação do operador de renda fixa da Nova Futura, André Alírio, a ata, mais os discursos do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, e o alívio do câmbio retiraram boa parte da pressão que as taxas vinham sofrendo na semana passada em função das preocupações com a volta do auxilio emergencial e do processo conturbado de vacinação contra a covid-19. "O mercado está devolvendo o que subia até sexta-feira. Hoje é um dia de ajustes de posição em relação aos receios que assolaram as mesas nas sessões recentes", disse.   Enquanto o presidente prometeu manter o compromisso com a regra do teto de gastos e a aceleração da agenda de privatizações, Guedes indicou que, caso o governo tenha de acionar um protocolo de crise, se o quadro da covid-19 no País se agravar, terá de haver contrapartidas. Era o que o mercado, tenso com a cada vez mais elevada chance de resgate do auxílio emergencial, queria ouvir.   O ministro afirmou também que haverá um preço se "apertar esse botão", sem, contudo, detalhar qual seria. Guedes, ainda, mostrou otimismo sobre o processo de vacinação. Tanto ele quanto Bolsonaro participaram de evento realizado pelo Credit Suisse pela manhã.   A terça-feira teve ainda o IPCA-15 de janeiro, que desacelerou a 0,78% (1,06% em dezembro), mais do que apontava a mediana das estimativas, de 0,81%, mas não foi o suficiente para evitar a alta da ponta curta. "Veio mais baixo do que o esperado, mas a abertura trouxe núcleos mais pressionados. Então, acaba indo no sentido do que apontou a ata", explicou Patricia, da MAG.   No leilão de NTN-B, o Tesouro aumentou de 1,550 milhão para 2,050 milhões a oferta em relação à semana passada, e vendeu quase tudo (1.985.200). (Denise Abarca - [email protected])     18:27   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 5.17 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90     CÂMBIO O dólar teve nesta terça-feira a maior queda ante o real em mais de sete meses, recuando mais de 3%. A perda de força da moeda americana no exterior ajudou, mas o peso determinante hoje veio do mercado doméstico. O governo com discurso alinhado voltando a sinalizar responsabilidade fiscal e a ata da reunião do Banco Central apontando para a chance de os juros subirem mais cedo do que o previsto pelos economistas ajudaram a retirar pressão do câmbio. Operadores relataram ainda entrada de fluxo externo hoje. Com isso, investidores desmontaram posições contra o real que vinham sendo construídas nos últimos dias, marcado por piora do risco fiscal. Assim, a moeda americana devolveu parte da valorização recente, que havia superado 6% apenas em 2021.   No fechamento, o dólar à vista encerrou o dia em baixa de 3,30%, a R$ 5,3269 - foi a maior queda porcentual diária desde 2 de junho de 2020 (-3,34%). No mercado futuro, o dólar para fevereiro era negociado, às 18h10, em baixa de 2,12%, a R$ 5,3540. O volume financeiro superava os US$ 18,5 bilhões.   O dólar operou todo o dia em queda e, na mínima, ao final da tarde, caiu a R$ 5,31. A divulgação da ata da última reunião do Banco Central, vista como mais "hawkish" pelos participantes do mercado, ou seja, mais propensa a elevar juros, levou bancos como Itaú Unibanco, JPMorgan, Credit Suisse, Bank of America e Barclays a anteciparem as previsões de alta de juros no Brasil. Alguns, como o Itaú e o Credit, vendo chance de o movimento ocorrer já em março.   Para o gerente da tesouraria do Travelex Bank, Marcos Archina Weigt, o fato de o Brasil ter cortado juros em ritmo mais forte que outros emergentes foi um fator essencial para o real ter tido pior desempenho que seus pares nos últimos meses. O México, que está no seleto grupo de países classificados como grau de investimento, tem taxa básica de 4,25%, enquanto o Brasil, quem tem classificação três níveis abaixo, está em 2%.   "Outros emergentes também reduziram muito os juros em 2020, mas pararam antes do Brasil", disse Weigt, citando outros mercados, como Índia, com juro básico de 4%, e África do Sul, com 3,5%. Assim, o Brasil passou a não receber mais capital de curto prazo que buscava retorno alto. Se a alta de juros ajuda a retirar pressão do câmbio, a situação fiscal segue como um limitador para a valorização do real, disse o executivo do Travelex. É preciso respeitar o fiscal, disse ele.   Nesse sentido, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, falaram pela manhã em evento do Credit Suisse do compromisso fiscal do governo e do empenho em avançar com as reformas, inclusive as privatizações. Guedes disse que o auxílio emergencial pode voltar, mas dentro do teto e travando todo o resto do Orçamento.   "Temos que ver mais austeridade fiscal no Brasil este ano ou mercado vai continuar pressionado a dívida e a moeda brasileira", avalia a estrategista global do JPMorgan Asset Management, Gabriela Santos. No ano passado, ela observa que houve grande tolerância com gastos fiscais mais altos, porque a economia mundial atravessava uma crise econômica de proporções históricas. "Teve tolerância em todos os países. O Brasil teve nível de gasto fiscal quase igual ao dos EUA", disse ela, em live do jornal Valor Econômico.   "Em 2021, tem menos tolerância por gastos fiscais adicionais", afirmou a estrategista do JP, ressaltando que em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, com melhores fundamentos e classificados como grau de investimento, mais despesas serão toleradas. "Essa tolerância não se aplica no Brasil." (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:27   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.32690 -3.3037 5.47910 5.31390 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5359.000 -2.02925 5480.000 5314.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5356.000 -1.72477 5427.000 5323.500     BOLSA Após série negativa desde a última terça-feira, o Ibovespa chegou a ensaiar reação ainda que moderada em boa parte deste pós-feriado, mas acabou inclinado à quinta retração consecutiva, a mais longa sequência de perdas do índice desde as seis observadas no intervalo entre 3 e 10 de janeiro do ano passado. Ao final, o Ibovespa ficou abaixo dos 117 mil pontos, em seu menor nível de encerramento desde 21 de dezembro (115.822,57 pontos). Hoje, mostrava queda de 0,78%, aos 116.464,06 pontos, tendo oscilado entre mínima de 116.109,10 e máxima de 119.167,14 pontos nesta terça-feira, com giro financeiro a R$ 35,3 bilhões. No ano, as perdas estão agora em 2,15%, com o Ibovespa vindo de quedas de 2,47% e 3,78% nas duas últimas semanas, depois de avanço de 5,09% acumulado na primeira de 2021.   A ata do Copom, divulgada nesta terça-feira, levou instituições financeiras a rever previsões de elevação da Selic, com aumento das apostas de que um ajuste inicial virá já em março. Hoje, o Bank of America (BofA) passou a prever alta de 0,50 ponto percentual em março, com Selic a 4% no fim do ano, enquanto o Itaú Unibanco também estima agora elevação em março, mas de 0,25 ponto, com a taxa de referência, hoje em 2% ao ano, chegando a 3,5% no fechamento de 2021. Por sua vez, o Barclays aponta aumento em maio, levando a taxa básica a 4% ao final do ano, e o Credit Suisse, assim como BofA e Itaú, vê aumento ainda em março - antes o banco suíço previa para junho.   "A ata veio um pouco mais 'hawkish' do que o comunicado da reunião. O ajuste (nos juros) deve vir antes do que se imaginava e é preciso ver, a partir de agora, até onde isso irá", diz Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez. "O mercado teve uma primeira semana do ano muito forte, colocando muita coisa positiva no preço. Agora, para o curto e médio prazo no Ibovespa, começa a se rever para baixo a expectativa de crescimento do PIB em 2021 por conta do ritmo do programa de vacinação, um pouco aquém do que o mercado esperava - o que atrasa a retomada, assim como novos fechamentos em São Paulo", acrescenta Lucci, que vê espaço para uma correção maior, uma vez definidos os presidentes da Câmara e do Senado, a depender das sinalizações que emergirão sobre o fiscal e o teto de gastos.   Assim, apesar do forte ajuste negativo do dólar - que na mínima do dia tocou R$ 5,3139, com fechamento a R$ 5,3269, em queda de 3,30% -, o Ibovespa foi para as mínimas da sessão, cedendo a linha de 117 mil. Por um lado, o câmbio refletiu a expectativa de respeito ao teto de gastos, reiterada hoje pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro Paulo Guedes, enquanto, por outro, a Bolsa estendeu a correção, frente perspectiva de juros mais altos antes do que se previa, em um cenário econômico ainda enevoado pelo lento avanço da vacinação, que tende a retardar a normalização das atividades.   O noticiário corporativo também deu sua contribuição: na ponta negativa do Ibovespa, Eletrobras refletiu a saída do presidente, Wilson Ferreira Jr, com perda de 9,69% na ON e de 6,80% na PNB no fechamento. Commodities (Vale ON -1,52%, Petrobrás ON -0,47%), siderurgia (Gerdau PN -5,17%, Usiminas -4,52%) e bancos (Itaú PN -3,35%, Santander -3,23%) também recuaram na sessão. "O Ibovespa está muito próximo do principal suporte de curtíssimo prazo, na faixa de 114 mil pontos, onde se espera reação positiva em vista da tendência de alta no curto prazo e do alívio dado aos indicadores técnicos no diário", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.   "Se olharmos a série do Ibovespa, estamos vindo de 10 semanas de ganhos (até o ajuste das últimas duas semanas). É plausível esta correção, que pode ser até mais forte, levando o índice aos 110 mil ou mesmo aos 100 mil pontos, se houver um estresse maior. Aos 110 mil, ainda estaria se respeitando a tendência de alta, e abriria espaço também para compras", diz Leonardo Peggau, sócio e superintendente de renda variável da BlueTrade, que vê com tranquilidade os sinais, na ata do Copom, de antecipação do momento em que o BC iniciará a elevação da Selic. "O Brasil não tem maturidade para juro de 2% ao ano - se pegarmos o DI 27, está em 7%. Com a Selic a 5% ou 6%, o 'carry trade' voltaria a ficar interessante."   Após o entusiasmo observado desde novembro, com o regresso do investidor estrangeiro à B3 em meio ao otimismo despertado pela eleição de Joe Biden nos EUA e, depois, pelo início da vacinação nas maiores economias, a perspectiva para os próximos meses tende a ser mais cautelosa, observa Peggau, que nota oportunidades em empresas e setores ainda defasados quando se considera preço/lucro, como BB e outros bancos.   "Os democratas começam a dizer que o pacote de quase US$ 2 trilhões deve ser aprovado em março. É muito dinheiro, não vai ser aprovado de forma rápida", observa. Aqui, ele chama atenção para a definição dos próximos presidentes da Câmara e do Senado, sem que se tenha clareza sobre qual seria a melhor opção para a economia e o mercado. "De forma geral, alguma solução deve aparecer em conformidade com o teto de gastos. É o que se espera, apesar de todo ruído." (Luís Eduardo Leal - [email protected])     18:26   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 116464.06 -0.78073 Máxima 119167.14 +1.52 Mínima 116109.10 -1.08 Volume (R$ Bilhões) 3.53B Volume (US$ Bilhões) 6.56B         18:27   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 116385 -0.90255 Máxima 119185 +1.48 Mínima 116000 -1.23     MERCADOS INTERNACIONAIS Depois de oscilarem perto da estabilidade durante todo o pregão, as bolsas de Nova York fecharam em leve baixa, com foco na temporada de balanços. A perspectiva de novo pacote fiscal continuou no radar, mas analistas não creem em solução rápida para as negociações no Congresso dos EUA, comentadas hoje pela Casa Branca. O governo Joe Biden mostra grande interesse nos estímulos, mas se diz disposto a negociar com os legisladores, que devem apoiar apenas um montante consideravelmente menor do que os US$ 1,9 trilhão almejados pelo novo presidente. No câmbio, o dólar recuou ante outras moedas fortes, enquanto entre os Treasuries os retornos não tiveram sinal único, na véspera da decisão do Federal Reserve (Fed). Entre as commodities, o petróleo registrou baixa, com a pandemia e os riscos à demanda no radar, no dia em que o Reino Unido bateu a marca de 100 mil mortes de covid-19 - o governo britânico comentou que o lockdown local deve seguir em vigor por ora - e o mundo superou os 100 milhões de casos confirmados da doença.   Porta-voz de Biden, Jen Psaki disse hoje que o governo "aguarda contribuições" do Congresso na proposta de pacote fiscal, mas há consenso entre analistas de que o resultado deve ser um esforço mais modesto do que o almejado pela Casa Branca, sem aprovação rápida - alguns citam março como data possível. O BBH, por exemplo, fala em pouco mais de US$ 1 trilhão no pacote. Os democratas defenderam hoje aumento gradual no salário mínimo, a US$ 15 por hora até 2025, enquanto Janet Yellen assumiu o comando do Departamento do Tesouro, após ter defendido na sabatina de confirmação a necessidade de "agir com grandeza" para enfrentar a pandemia e apoiar o crescimento. Psaki pediu pressa ao Legislativo, ao destacar "o custo da inação".   A perspectiva de vacinas mais disseminadas contra a covid-19 tem apoiado as expectativas, mas há problemas nas semanas iniciais desse processo. A Eurasia destaca em relatório o início fraco, com constante pressão sobre suprimentos para produzir o imunizante, e acredita que a União Europeia deve elevar a pressão sobre farmacêuticas para avançar no assunto. Já no Reino Unido, foi batida hoje a marca de 100 mil mortos e o premiê Boris Johnson disse que não é possível prever quando será o fim do lockdown local. Johnson ainda afirmou esperar que as empresas europeias "cumpram os contratos", em meio a relatos de que a UE poderia dificultar exportações de vacinas contra a covid-19 para garantir maior oferta local. A Organização Mundial de Comércio (OMC), por sua vez, alertou para o fato de que a recuperação no comércio global em serviços continua bastante fraca.   Indicada por Biden como secretária de Comércio, Gina Raimondo defendeu durante sabatina no Senado postura "agressiva" sobre a China. Ela também argumentou pela supervisão às chamadas big techs. Apesar dos temores sobre eventuais medidas de Washington no setor, esses papéis exibiram ganhos em geral hoje, com Amazon em alta de 0,98%, Facebook de 1,45% e Microsoft, de 1,22%. Em Nova York, os índices mostraram pouco fôlego, oscilando boa parte do tempo perto da estabilidade e indo para o negativo na reta final dos negócios. O Dow Jones fechou em baixa de 0,07%, em 30.937,04 pontos, o S&P 500 subiu 0,15%, a 3.849,58 pontos, e o Nasdaq avançou 0,07%, a 13.626,06 pontos.   Entre os Treasuries, os juros ficaram sem sinal único, com pouco impulso na véspera da decisão do Fed, quando não se espera mudança na política monetária, mas investidores aguardarão sinalizações para o futuro - segundo reportagem especial publicada no Broadcast às 10h56 pelo correspondente Ricardo Leopoldo, os dirigentes aguardarão o pacote fiscal antes de avaliar ajustes em sua política. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos recuava a 0,117%, o da T-note de 10 anos estava estável, em 1,038% e o do T-bond de 30 anos avançava a 1,798%.   No câmbio, o dólar chegou a subir mais cedo, mas perdeu fôlego. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, recuou 0,24%, a 90,170 pontos. No horário citado, o dólar caía a 103,63 ienes, o euro subia a US$ 1,2167 e a libra tinha alta a US$ 1,3738.   Entre as commodities, o petróleo registrou baixa. No noticiário, a imprensa americana afirmou que Biden deve suspender novas concessões de petróleo e gás em áreas federais, o que segundo a Dow Jones Newswires pode gerar disputas no setor. O contrato do WTI para março fechou em baixa de 0,30%, em US$ 52,61 o barril, na Nymex, e o Brent para abril, contrato mais líquido, cedeu 0,07%, a US$ 55,64 o barril, na ICE. (Gabriel Bueno da Costa - [email protected])          
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