MAU HUMOR GLOBAL DÁ ALÍVIO, BOLSAS E JUROS MELHORAM, MAS DÓLAR SEGUE ACIMA DE R$ 5,40

Blog, Cenário
Uma parte do mau humor dos mercados se dissipou na segunda metade do dia, tanto aqui quanto em Nova York. Desta forma, mesmo com o tombo das commodities, o Ibovespa terminou o dia em alta, assim como as bolsas americanas. Os juros futuros, que chegaram a disparar cerca de 30 pontos-base no começo do dia, encerraram com recuo próximo a 20 pontos. A exceção foi o dólar, que chegou a oscilar em queda diante do real, mas acabou o dia acima de R$ 5,40. Uma parte dessa melhora dos ativos decorre de ajustes técnicos aos excessos recentes, mas também houve contribuições internas e externas. Lá de fora, as bolsas americanas se recuperaram das perdas de mais cedo, apesar de os temores sobre o efeito da cepa delta do coronavírus na economia continuarem presentes. Tanto que o preço das commodities teve forte baixa, o que, em certa medida, abriu espaço para alguma queda das taxas dos DIs, a ponto de tirar um pouco de inclinação da curva a termo. E mesmo que sigam preocupando, a ausência de novidades nos âmbitos político e fiscal, conjugada com novas declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de compromisso com a meta de inflação e com a política fiscal, também deu sua contribuição para a baixa dos juros. Além disso, o Tesouro reduziu drasticamente a oferta de prefixados, tendo antecipado a divulgação do edital para antes da abertura ds negócios. No caso da Bolsa brasileira, que tombou para a casa de 114 mil pontos pela manhã, os investidores buscaram papéis ligados à retomada da economia doméstica, em meio ao avanço da vacinação e da abertura da economia, como no Estado de São Paulo, para mudar o rumo do índice. Apoiado ainda pela melhora dos pares em Wall Street, o Ibovespa terminou com avanço de 0,45%, aos 117.164,69 pontos, apesar do tombo de Vale e siderúrgicas. Nos Estados Unidos, S&P 500 e Nasdaq, numa pequena arrancada final, firmaram alta, puxados por empresas do setor de tecnologia e corrigindo excessos praticados hoje, mais cedo, e ontem, quando perderam mais de 1%. No mercado de câmbio, contudo, a busca por dólares continuou, em meio ao recuo das commodities por temores de desaceleração mais firme da economia da China. Em relação ao real, a divisa americana ficou longe da máxima de R$ 5,45, mas encerrou com valorização de 0,89%, a R$ 5,4228.
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BOLSA Apesar da grande pressão nas ações de commodities, em reação a queda de 3% no petróleo Brent e superior a 13% no minério de ferro negociado na China - agora no menor nível desde 30 de novembro -, o Ibovespa encontrou algum fôlego ainda no começo da tarde para interromper a sequência de três perdas que o havia retirado dos 121,1 mil pontos, no fechamento da semana passada, para 116,6 mil no de ontem, em perda de 4.551 pontos no intervalo. Hoje, obteve leve recuperação, em alta de 0,45%, a 117.164,69 pontos, entre mínima de 114.801,00, menor nível intradia desde 29 de março, e máxima de 117.453,34, com giro financeiro reforçado a R$ 43,7 bilhões nesta véspera de vencimento de opções sobre ações. "Em função de enquadramento de risco e da alta volatilidade, teve muito fundo multimercado zerando posição, o que contribuiu para essa forte correção vista no Ibovespa, abrindo caminho, pelo preço, para retomada de fluxo estrangeiro, que vê oportunidade em Brasil também com a expectativa de Selic mais alta até o fim do ano", diz Viviane Vieira, operadora de renda variável da B.Side Investimentos, escritório ligado ao BTG Pactual. "Ações como as de Vale, Gerdau e Usiminas tendem a continuar voláteis, com a possibilidade de o minério continuar caindo, mas setores descontados, como bancos e a própria Petrobras, podem recompor, assim como varejo", acrescenta a operadora, chamando atenção para avaliação do JPMorgan de que o Ibovespa pode encerrar o ano aos 130 mil pontos. Tendo fechado a sessão anterior no menor nível desde 1º de abril, o índice da B3 acumula na semana perda de 3,32% e, em agosto, de 3,81%, colocando o ajuste negativo do ano a 1,56%. Sem muitas novidades de ontem para hoje, para corrigir eventuais excessos, os investidores buscaram em especial ações ligadas à demanda doméstica, como as do setor de serviços, que pode apresentar recuperação mais forte à medida que o ano se aproxima do fim, com a normalização das atividades - ontem, o governador de São Paulo, João Doria, declarou que a quarentena terminou no Estado. Assim, o desempenho de CVC (+7,91%), Locaweb (+7,79%), Totvs (+5,78%) e Localiza (+5,31%), na ponta do Ibovespa, contribuiu para mitigar o efeito negativo de pesos-pesados como Vale (ON -5,71%, segunda maior perda do índice), CSN (ON -5,78%, maior queda do dia no Ibov) e Petrobras (ON -0,95%, PN -0,56%). E o Ibovespa conseguiu carregar a tímida recuperação desta tarde ao fechamento, mesmo com os índices de Nova York chegando a reverter ao negativo no intervalo - ao final, S&P 500 e Nasdaq mostravam avanço, aliviando um pouco mais a referência da B3. O câmbio também esteve pressionado nesta quinta-feira, embora a meio caminho entre a mínima (R$ 5,3808) e a máxima (R$ 5,4565) do dia, em alta de 0,89%, a R$ 5,4228 no fechamento. "Foi o segundo pregão com forte volatilidade e bastante alta no mercado de dólar, que segue puxado também pelo embate entre os Poderes e pelo acompanhamento do fiscal, com possível risco, que o mercado vê, de modificações 'criativas' em cima do teto de gastos", diz Rafael Ramos, especialista em câmbio da Valor Investimentos. Mais cedo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a reforçar que a autoridade monetária tem como prioridade alcançar a meta de inflação a partir do próximo ano, e enfatizou que a instituição possui os instrumentos para isso, o que contribuiu para moderar, em alguma medida, o ajuste no câmbio e para que a Bolsa neutralizasse as perdas na sessão. Por outro lado, em audiência em comissão do Senado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que se a proposta de parcelamento de precatórios não passar no Congresso, não haverá verba suficiente para fazer rodar a máquina pública e poderá faltar recursos para pagamento de salários - "Brasília vai parar", chegou a dizer o ministro. Ele apontou também que será um erro se a reforma do Imposto de Renda não for aprovada. Nesta semana, a votação foi adiada na Câmara por falta de acordo. A incerteza sobre o fiscal, no momento em que o governo tenta impulsionar benefícios sociais e reconhece dificuldade para pagar precatórios, é agravada agora pela perspectiva de menos liquidez a partir da maior economia do mundo, sinal reforçado ontem na ata do Fed: uma combinação que dificulta recuperação sustentada do Ibovespa. Tal sinalização tem se refletido de maneira mais visível também nos preços de commodities, como o petróleo, a que a B3 tem grande exposição, apontam analistas. (Luís Eduardo Leal - [email protected]) 17:32 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 117164.69 0.44758 Máxima 117453.34 +0.70 Mínima 114801.00 -1.58 Volume (R$ Bilhões) 4.36B Volume (US$ Bilhões) 8.06B 17:38 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 118130 0.97876 Máxima 118415 +1.22 Mínima 114835 -1.84 JUROS Os juros futuros experimentaram alívio, proporcionado pela falta de novos gatilhos negativos no noticiário fiscal e político e pela decisão do Tesouro de colocar uma oferta mínima de títulos prefixados, ajudando a retirar pressão da curva. As taxas curtas fecharam perto da estabilidade e as demais, em baixa, configurando perda de inclinação, após uma disparada de quase 30 pontos-base na abertura. Nas mesas de operação, profissionais dizem que os aspectos mais técnicos foram destaque, mas não se aposta em movimento de devolução de prêmios consistente diante do cenário preocupante das contas públicas e crise política. Do exterior, a contribuição para a queda das taxas veio das commodities, apesar da alta do dólar, com recuo nos preços de petróleo e minério de ferro, que podem dar um respiro ao cenário de preços por aqui. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou estável em 6,73% e a do DI para janeiro de 2023 passou de 8,50% para 8,49%. O DI para janeiro de 2025, que no pico de estresse da sessão chegou aos dois dígitos (10,13%), fechou em 9,72%, de 9,876% ontem, e a do DI para janeiro de 2027 caiu de 10,324% para 10,17%. O DI para janeiro de 2031, após tocar máxima nos 11,04%, terminou em 10,66% (10,822% ontem). O spread entre os vencimentos de janeiro de 2022 e janeiro de 2027, que ontem bateu em 360 pontos, hoje ficou em 344 pontos. Em sequência à pressão vista ontem na etapa estendida, as taxas tiveram abertura fortemente pressionada, mas a trajetória perdeu fôlego com a decisão do Tesouro de antecipar o anúncio do edital do leilão, pouco antes das 9h, para ajudar o mercado na abertura. E optou por ofertar lotes mínimos de títulos prefixados. "Foi muito pequeno. Tesouro só fez leilão para não ter de cancelar", diz um operador, lembrando que as suspensões de ofertas emitem um sinal muito negativo ao mercado e só ocorrem em cenários mais extremos. Ainda assim, só vendeu as 50 mil LTN ofertadas para 1/7/2023, rejeitando propostas para 50 mil LTN 1/10/2022 e 50 mil para 1/1/2025. Também rejeitou todas as propostas para as 20 mil NTN-F (10 mil 2027 e 10 mil 2031). Diante do risco de aperto monetário mais pesado, o Tesouro viu espaço para elevar a 1,250 milhão o lote de LFT, ante 1 milhão na semana passada, mas mesmo assim não vendeu tudo (1.153.900). "O Tesouro operou não operando, o que ajudou a curva a fechar", avaliou o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, sobre a reduzida oferta de prefixados. No seu entender, o dia foi fraco no noticiário e as "não notícias" ultimamente têm sido fator de alívio. De todo modo, a percepção é de que a desinclinação da curva hoje está amparada em bases frágeis e não deve se sustentar, em meio à polêmica da PEC dos precatórios, do Auxílio Brasil e da reforma do Imposto de Renda. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que se a proposta de parcelar precatórios não passar no Congresso, não haverá verba suficiente para fazer rodar a máquina pública. “Se não passar, vamos mandar orçamento de R$ 90 bilhões e vai faltar dinheiro para pagamentos até de salários.”. Sobre a reforma do IR, diante da dificuldade de se avançar, Guedes, segundo apurou o Broadcast, apelou para os deputados de oposição na Câmara em busca de apoio. Ao ligar para o líder da oposição na Casa, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), pediu uma conversa com os demais representantes da esquerda, que também querem a taxação de lucros e dividendos, um ponto que encontra resistência entre partidos de centro. As declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foram acompanhadas. Em webinar promovido pelo Council of the Americas, ele disse que a instituição possui os instrumentos para alcançar a meta de inflação para 2022 e que fará o que for necessário para isso. E revelou que o próximo Relatório Trimestral de Inflação (RTI) terá um documento sobre o nível de ancoragem das expectativas de inflação em cada decisão do Copom. (Denise Abarca - [email protected]) 17:38 Operação   Último CDB Prefixado 32 dias (%a.a) 5.34 Capital de Giro (%a.a) 6.76 Hot Money (%a.m) 0.63 CDI Over (%a.a) 5.15 Over Selic (%a.a) 5.15 Volta CÂMBIO Temores de desaceleração mais forte da economia chinesa, em meio ao avanço da variante Delta, e a expectativa de retirada de estímulos monetários nos Estados Unidos, após a divulgação ontem da ata do Federal Reserve, provocaram uma onda global de corrida à moeda americana e forte recuo dos preços das commodities nesta quinta-feira (19). Já pressionado pelas questões domésticas - fiscais e político-institucionais - o real não encontrou forças para se livrar dos ventos contrários vindos de fora, embora não tenha, desta vez, liderado as perdas entre divisas emergentes - papel que coube ao rand sul-africano. Afora alívios pontuais ao longo do pregão, fruto de fluxos esporádicos de recursos de exportadores e pausas para realização de lucros, o dólar trabalhou a maior parte do dia acima da casa de R$ 5,40. Já nas primeiras horas dos negócios, a moeda americana correu até a máxima de R$ 5,4565, na esteira do mau humor externo e sob impacto da queda do tombo do preço do minério de ferro na China para o menor nível desde novembro de 2020. Segundo motor da economia global, o gigante chinês dá sinais claros de perda de dinamismo. Também ecoava nas mesas de operação a perspectiva de diminuição da liquidez global, após a ata do Federal Reserve revelar que parte dos dirigentes da instituição quer começar a reduzir a compra mensal de títulos - da ordem de US$ 120 bilhões - ainda neste ano. No meio da tarde, o dólar deu uma arrefecida e desceu até a mínima de R$ R$ 5,3808, acompanhando a leve melhora do desempenho dos demais ativos domésticos, com a Bolsa virando para o terreno positivo. O alívio foi efêmero e o dólar voltou, rapidamente, a ser negociado acima de R$ 4,42, com o índice DXY - que mede o desempenho da moeda americana ante seis divisas fortes - renovando máximas, na casa de R$ 93,500 pontos. Em relatório, o estrategista de moedas do banco Brown Brothers Harriman (BBH), Ilan Solot, afirma que o número de integrantes do Banco Central americano a favor de redução dos estímulos neste ano "vai continuar a crescer" daqui para a frente, elevando as chances de uma postura a mais hawkish do Fed em setembro. "Os próximos alvos do DXY são 94,302, de novembro de 2020, e 94,742, de setembro de 2020", escreve Solot. Por aqui, no fim do dia, o dólar à vista avançava 0,89, a R$ 5,4228. Com isso, a moeda americana sobe 3,29% na semana e acumula valorização de 4,09% em agosto. O giro do contrato de dólar futuro para setembro, termômetro do apetite por negócios, foi robusto, na casa de US$ 19 bilhões. Sócio e gestor da Galapagos Capital, Sergio Zanini ressalta que o desempenho do real hoje foi "igual ou até melhor" que o de outras divisas emergentes e de países exportadores de commodities. "Parece que essa perspectiva de aumento da Selic está servindo de colchão para o real. Existe essa tentativa de controlar um pouco essa volatilidade do câmbio e as pressões inflacionárias, em meio a esses ruídos e sinalizações preocupantes do lado fiscal", afirma Zanini, ressaltando, porém, que o custo econômico do aperto monetário é grande. "Vemos um mundo crescendo moderadamente e vamos ter de pisar no freio via taxa de juros de novo". Em webinar promovido pelo Council of the Americas, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu hoje que o BC "fará o necessário" para atingir a meta de inflação. O objetivo é ancorar as expectativas inflacionárias levando a taxa de juros para acima do nível neutro, o que abala as expectativas de crescimento em 2022. Campos Neto argumentou que o governo "precisa passar uma mensagem muito responsável de como o caminho fiscal continuará a partir daqui", com explicações como o Auxílio Brasil, novo nome do Bolsa Família, vai funcionar e de onde virá o dinheiro. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a PEC dos Precatórios, argumentando que, sem o parcelamento do pagamento das dívidas judiciais, vai falar dinheiro "até para pagamentos de salários". Em audiência pública no Senado a respeito do Mercosul, Guedes disse que é "inexequível pagar precatórios de R$ 90 bilhões com leis vigentes". Para Zanini, da Galapagos, o programa de redução do Estado do governo Jair Bolsonaro, que garantiria juro estrutural mais baixo, ruiu com a pandemia - e o Brasil volta a ter uma "situação fiscal complicada". Embora o País tenha reservas internacionais elevadas e contas externas saudáveis, a taxa de câmbio real (ajustada pela inflação) está hoje nos mesmos níveis de 2002, época de forte aversão ao risco por causa da perspectiva de vitória do ex-presidente Lula e de forte endividamento externo. "Temos hoje uma situação de estresse no mercado comparável à de 2002. As tentativas de ir por uma rota mais saudável foram dinamitadas pela pandemia e pelas decisões de usar muito o fiscal para sustentar a economia", afirma Zanini. "Isso resulta em juros altos para conter o processo inflacionário e a desvalorização da moeda." Na B3, o dólar futuro para setembro avançava 0,69%, a R$ 5,43350, com volume negociado de US$ 19,3 bilhões. (Antonio Perez - [email protected]) 17:38 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.42280 0.8912 5.45650 5.38080 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5425.500 0.5467 5464.500 5388.500 DOLAR COMERCIAL 5421.000 0.1663 5421.000 5421.000 MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York se recuperaram das perdas de mais cedo e os índices S&P 500 e Nasdaq fecharam no azul, com a menor apreensão dos investidores após um início de pregão tenso. As preocupações com o impacto da variante delta do coronavírus sobre a economia mundial e os ajuste provocados pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve levaram para baixo as commodities e para cima o dólar, enquanto os juros dos Treasuries passaram a maior parte do dia pressionados. Analistas da LPL Markets apontam que o avanço da variante delta nos EUA "tem sua atenção economicamente", mas a reposição de estoques e a demanda reprimida do consumidor ainda apontam otimismo com a recuperação econômica. "Lockdowns generalizados são extremamente improváveis e os picos de casos em algumas das regiões atingidas mais cedo pela variante são encorajadores", avaliam. Sobre a temporada de balanços do segundo trimestre, agora quase encerrada, a LPL Research "prevê um forte crescimento contínuo dos lucros à frente". Orientação positiva, estimativas crescentes, surpresas de alta na receita e a necessidade mencionada de reabastecimento de estoque apoiam uma perspectiva de ganhos positivos para o resto de 2021, aponta. Em dia no qual anunciou uma elevação no preço de seus serviços, a ação da Microsoft teve alta de 2,08%. Já a Netflix teve forte ganho, 4,18%, em sessão marca pelo desenvolvimento de investigações contra parte de seus quadros. Apple (+0,23%) e Alphabet (+0,17%) foram outros avanços com destaque. Por outro lado, ainda com grande volatilidade desde seu IPO, a corretora Robinhood despencou 10,26%;. Já o setor de energia liderou as perdas, com recuos como Chevron (-2,40%) e ExxonMobil (-3,05%). Ao final, o Dow Jones caiu 0,19%, o S&P 500 teve ganho de 0,13%, e o Nasdaq avançou 0,11%. Por sua vez, na Europa, as petroleiras pesaram os índices, como a BP (-4,92%), que pressionou o FTSE 100 em Londres, para uma queda de 1,54%, e a Total (-3,76%), que pesou no CAC 40, que caiu 2,43% em Paris. Durante a sessão, o barril do petróleo chegou a cair mais de 3% e pressionou os papéis do setor. Assim como outras commodities, o óleo operou pressionado pela cautela com a variante delta, as sinalizações do Fed sobre retiradas de estímulo e o dólar fortalecido. Segundo o Commerzbank, "para além das amplamente discutidas incertezas sobre a demanda", o fraco apetite por metais básicos também pesou no preço, e o Brent registrou hoje sua quinta queda consecutiva, algo que não ocorria há 18 meses. O barril do petróleo WTI com entrega prevista para outubro encerrou a sessão em baixa de 2,62% (-US$ 1,71), a US$ 63,50, e o do Brent para igual mês cedeu 2,68% (-US$ 1,78), a US$ 66,45. O dólar operou em alta ante a maioria das moedas, e o "euro foi vítima de expectativas crescentes de que o Fed anuncie em breve planos para reverter o estímulo monetário", chegando a sua mínima desde novembro de 2020, aponta o Western Union para o ativo que era cotado a US$ 1,1674 ao final da tarde. A libra se desvalorizou ainda mais, e chegou no seu menor nível ante o dólar em um mês, aos US$ 1,3638. Por sua vez, o iene, também refúgio em casos de cautela, ficou perto da estabilidade, e o dólar era cotado a 109,79 ienes. O DXY, que mede a moeda americana contra seis rivais, teve alta de 0,46%, aos 93,568 pontos. "A reação silenciosa no mercado do Treasuries após a divulgação das atas do Fed pode parecer surpreendente", aponta a Capital Economics, mas o movimento, segundo a consultoria, pode ser explicado pelo fato de que muitos dirigentes do Fed falaram sobre uma redução de estímulos antes do forte payroll de julho, então as expectativas provavelmente já haviam mudado, e por um clima de risco nos mercados em meio a preocupações sobre a variante delta. Assim, no fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,213%, o da T-note de 10 anos recuava a 1,245% e o do T-bond de 30 anos tinha baixa a 1,874%. (Matheus Andrade - [email protected])
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