LIRA SINALIZA RESPONSABILIDADE FISCAL, BOLSA SOBE 2,33%, DÓLAR CEDE 2,23% E DIS CAEM

Blog, Cenário
Nem precisa muito para o investidor comprar Brasil. Bastaram sinalizações sobre responsabilidade fiscal, vindas do presidente da Câmara, Arthur Lira, e um dia sem tensão adicional entre os poderes da República para a Bolsa brasileira subir quase 2,5%, o real ter a melhor performance do dia entre os pares e a curva de juros entregar prêmios, a ponto de o DI para janeiro de 2027 voltar a ser negociado na casa de um dígito em grande parte do pregão. E tudo isso foi se retroalimentando. Afinal, o dólar mais barato alivia os preços, que resulta em prêmios de risco menores nos juros, o que acaba puxando papéis atrelados ao consumo ou aliviando a dívida de empresas na Bolsa. O exterior positivo, com recordes de S&P 500 e Nasdaq, completou o cenário positivo desta terça-feira. Tudo começou ainda pela manhã, quando Lira disse que não haverá quebra do teto de gastos e que a PEC dos Precatórios estará dentro da regra. No mesmo evento, organizado pela XP, avisou que a reforma do Imposto de Renda não entraria na pauta desta semana, mas que o relatório da reforma administrativa, sim, deve ser apresentado nos próximos dias. O investidor aproveitou a fartura de sinais profícuos e, num dia de recordes também em Nova York, tomou risco por aqui. O Ibovespa encerrou o dia com forte alta de 2,33%, aos 120.210,75 pontos - maior nível desde 13 de agosto. O dólar, que ontem chegou a operar na casa de R$ 5,40 diante do real, hoje teve desvalorização de 2,23% ante a moeda brasileira, a R$ 5,2622 - menor valor desde o mesmo 13 de agosto. E no caso dos juros futuros, o Tesouro deu um empurrão adicional para o alívio, antes mesmo da abertura. Antecipou o anúncio do leilão de títulos e voltou a ofertar lote menor de NTN-B, para evitar especulações ou sancionar prêmios maiores. Deu certo: as taxas dos DIs caíram em bloco e a curva a termo perdeu inclinação. Para coroar o dia, com a ajuda de ações do setor de energia, que subiram na esteira do petróleo, S&P 500 e Nasdaq renovaram máximas de fechamento, apesar do avanço contido. Sinais de melhora na pandemia da covid-19 na China apoiaram a tomada de risco, enquanto os investidores aguardam pela sexta-feira, quando o presidente do Fed, Jerome Powell, pode dar sinalização sobre o processo futuro de redução gradual nas compras de ativos.
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BOLSA Retirando o quanto podia de declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre responsabilidade fiscal e progressão de reformas, o Ibovespa conseguiu se reconectar nesta terça-feira ao humor externo positivo, saindo de mínima, na abertura, aos 117.474,11 pontos para chegar aos 120.462,82 na máxima, à tarde, uma variação de cerca de 3 mil pontos entre o piso e o pico da sessão. Ao fim, mostrava alta de 2,33%, aos 120.210,75 pontos, em seu maior ganho porcentual desde 28 de janeiro (então 2,59%). No ano, volta a terreno positivo, agora em avanço de 1,00% em 2021, com a limitação das perdas em agosto a 1,31%, Na semana, sobe 1,83%. Com giro financeiro a R$ 34,6 bilhões na sessão, o Ibovespa obteve seu melhor nível de fechamento desde 13 de agosto, quando havia encerrado a 121.193,75 pontos, em sexta-feira após a qual se iniciou correção que o levaria a 116.642,62 pontos no encerramento do dia 18, chegando aos 114.801,00 pontos na mínima intradia do intervalo, em 19 de agosto - correspondente ao menor nível intradiário desde 29 de março. "A gente veio de um período de queda constante na Bolsa, bem atrasada em relação a outros mercados do exterior, como os de Nova York. As declarações do Lira hoje foram firmes e importantes. Qualquer melhora na percepção de risco-País ajuda a Bolsa a reagir, especialmente em um cenário de redução de percepção de risco no exterior, como vemos agora. A questão é saber se isso vai continuar, e vai depender muito do que Brasília colocará nesse caldo. Jackson Hole é no fim da semana, e pode trazer volatilidade, com o S&P 500 em sucessivas renovações de máximas históricas ao longo deste ano", diz Mauro Morelli, estrategista-chefe da Davos Investimentos. "O compromisso de Lira com o teto de gastos, e defendendo a aprovação de reformas, era o que o mercado queria e precisava ouvir, o que se refletiu não apenas na Bolsa mas também no câmbio e na curva de juros", observa Cassio Bambirra, sócio da One Investimentos, chamando atenção para o efeito da descompressão nos juros futuros sobre um setor em particular, o imobiliário, com forte desempenho na sessão. "Lira também se manifestou sobre os precatórios, contra calote, o que é muito importante para a confiança do investidor, especialmente o estrangeiro", acrescenta. Em evento da XP Investimentos, o presidente da Câmara afirmou hoje que o relatório da reforma administrativa, nas mãos do deputado Arthur Maia (DEM-BA), deve ser apresentado na Casa esta semana, e disse também que pretende discutir com setores do governo, no mesmo período, a PEC dos Precatórios. Lira afirmou que buscará, com o Supremo Tribunal Federal (STF), uma solução para que a PEC respeite o teto de gastos, acrescentando já ter marcado um encontro com o presidente do STF, Luiz Fux, para que a Corte faça a mediação de solução para o tema. No exterior, o desempenho positivo de commodities como o petróleo, com o Brent de volta a US$ 71 por barril, e o minério de ferro, em alta superior a 6% na China, contribuiu para alavancar a recuperação observada no Ibovespa nesta terça-feira, colocando em destaque o setor de mineração (Vale ON +3,65% no fechamento) e siderurgia (Usiminas PNA +7,10%, CSN ON +5,35%), que ainda acumula perdas entre 4,50% (Gerdau PN) e 15,15% (CSN ON) no mês. "Lá fora, a redução do temor com relação à variante delta do coronavírus impulsiona recuperação do setor de commodities, e também das companhias aéreas, puxando o mercado pra cima. Temos cenário externo benigno, mais otimista, o que contribui para o bom tom visto hoje", diz Flávio de Oliveira, head de renda variável da Zahl Investimentos. Na ponta do Ibovespa na sessão, destaque para Cyrela (+12,33%), Lojas Americanas (+11,81%), Gol (+10,97%) e Eztec (+10,61%). No lado oposto, JBS (-3,26%), Raia Drogasil (-2,64%) e Pão de Açúcar (-2,09%). No campo positivo, o setor financeiro, segmento de maior peso no Ibovespa, registrou ganhos entre 1,60% (Santander) e 3,10% (BB ON) nesta terça-feira, considerando as maiores instituições. Assim, ancorado no front doméstico em Lira, o apetite por risco deixou em segundo plano as preocupações sobre a crise institucional, os riscos político e fiscal, ainda pendentes, enquanto o presidente Jair Bolsonaro confirmava que estará presente às manifestações de 7 de setembro, na Esplanada dos Ministérios e na Avenida Paulista - segundo ele, porque continua conspirando "a favor da Constituição". "O mercado entende quando está falando o candidato, e não o presidente. Ali, estava em momento 100% candidato", diz Morelli, da Davos. (Luís Eduardo Leal - [email protected]) 17:27 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 120210.75 2.33169 Máxima 120462.82 +2.55 Mínima 117474.11 0.00 Volume (R$ Bilhões) 3.46B Volume (US$ Bilhões) 6.53B 17:29 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 120895 2.43603 Máxima 121245 +2.73 Mínima 118840 +0.69 CÂMBIO A combinação de um ambiente externo de amplo apetite ao risco com o arrefecimento das tensões fiscais domésticas, na esteira defesa da manutenção do teto de gastos pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), abriu espaço para uma queda acentuada do dólar na sessão desta terça-feira (24). Com renovação de mínimas ao longo da tarde, em meio à perda de fôlego extra da moeda lá fora e a desmontagem de operações defensivas por investidores locais, o dólar à vista encerrou o pregão em queda de 2,23%, a R$ 5,2622. Foi o maior tombo diário desde 31 de março (-2,31%). Por causa do recuo de hoje, a valorização acumulada do dólar em agosto foi reduzida para apenas 1%. Como havia apanhando muito recentemente, devido aos problemas político-institucionais e fiscais domésticos, o real liderou com folga os ganhos das divisas emergentes, que avançaram em bloco na comparação com a moeda americana. O índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes - até chegou a operar entre estabilidade e ligeira alta, mas trocou de sinal ao longo da tarde e passou a trabalhar em leve queda, o que contribuiu para as mínimas do dólar no mercado doméstico. Lá fora, a aprovação definitiva da vacina da Pfizer pelo FDA (órgão regulador americano) e a notícia de que a China conseguiu conter a expansão da variante delta do coronavírus animaram os investidores e deram fôlego extra as commodities. Também se especula que o Federal Reserve, cujo discurso vinha se tornando mais duro, traga uma mensagem mais amena, quiçá no simpósio de Jackson Hole, sinalizando uma redução bem gradual dos estímulos monetários. Na avaliação do economista-chefe do JF Trust, Eduardo Velho, o ambiente externo positivo, com forte alta das commodities, já tiraria, por si só, fôlego da moeda americana por aqui nesta terça-feira, apesar dos problemas domésticos. "Mas claramente o discurso do Lira [presidente da Câmara] fez o Ibovespa acelerar e o dólar cair muito mais por aqui. É muito positivo para o mercado quando um representante maior do Centrão fala de responsabilidade fiscal", afirma. Em evento da XP Investimentos, o presidente da Câmara disse que deseja buscar uma solução para PEC dos Precatórios que respeite o teto dos gastos, amenizando temores de abandono, mesmo que informal, da âncora fiscal do País. Lira informou também que a reforma do Imposto de Renda, vista com muita restrição pelos investidores, não será apreciada agora pela Câmara e que o relatório da reforma administrativa deve ser apresentado pelo deputado Arthur Maia (DEM-BA) nesta semana. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro reafirmou que pretende oferecer Auxílio Brasil (o novo nome do Bolsa Família) de R$ 300 a partir de novembro, quando termina o auxílio emergencial por conta da pandemia da covid-19. O humor nas mesas de operação havia piorado muito recentemente com dúvidas sobre como conjugar o pagamento dos precatórios e o Auxílio Brasil com o respeito ao teto dos gastos. A proposta do ministério da Economia de parcelamento das dívidas judiciais e criação de um Fundo abastecido com recursos de privatizações para saldar compromissos futuros, embutida na PEC dos Precatórios, também desagrada, por supostamente abrir caminho para burlar o teto. "Houve um otimismo do mercado com o discurso do presidente da Câmara, com aceno de comprometimento com a questão fiscal, que é o nosso calcanhar de Aquiles. Mas esse discurso ainda não traz uma solução final para o problema", afirma a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, que não vê uma tendência de apreciação do real daqui para frente e alerta para possibilidade de novos solavancos na taxa de câmbio. Velho, da JF Trust, também descarta, por ora, um cenário de queda persistente do dólar, que teria como primeiro suporte a faixa de R$ 5,22. "O quadro fiscal ainda é negativo. Não se sabe ainda o que vai acontecer com a PEC dos Precatórios. A reforma do IR tem problemas, mas se não for aprovada, não vai ter taxação de dividendos e isso pode prejudicar a arrecadação" afirma Velho, ressaltando que a proximidade e do fim do ano traz uma sazonalidade negativa para a taxa de câmbio, dado o aumento das remessas ao exterior. Na B3, o dólar futuro para setembro recuava 2,22%, a R$ 5,2685, com giro na casa de US$ 14,4 bilhões. (Antonio Perez - [email protected]) 17:29 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.26220 -2.2259 5.36430 5.24870 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5262.000 -2.33853 5370.500 5253.500 DOLAR COMERCIAL 5285.000 -2.27544 5371.000 5285.000 JUROS O mercado de juros encontrou uma brecha nas preocupações com o cenário fiscal e político-institucional para devolver um pouco dos prêmios elevados da curva a termo. Na falta de novidades negativas nesta seara, hoje o cenário externo positivo e a decisão do Tesouro de colocar novamente lotes pequenos no leilão de NTN-B favoreceram a queda das taxas com desinclinação da curva, mas num movimento que continua sendo considerado frágil, sem sustentação de fundamentos. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 oscilou durante boa parte do dia com taxa de um dígito, mas voltou aos dois dígitos no fechamento. A taxa do DI para janeiro de 2023, o mais negociado, encerrou em 8,42%, de 8,50% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 9,746% para 9,59%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 10,00%, de 10,194% ontem. Os juros já começaram o dia em baixa, assegurada pelo apetite ao risco no exterior e a opção do Tesouro de novamente antecipar a divulgação dos lotes do leilão para a pré-abertura, o que havia funcionado bem na quinta-feira com a oferta de prefixados. A instituição teve ainda a sensibilidade de voltar a colocar um volume reduzido, estratégia que serve de válvula de escape para a volatilidade que normalmente os leilões trazem para o DI em fases turbulentas como a atual. O Tesouro vendeu todo o lote de 150 mil NTN-B, com 50 mil em cada um dos vértices (2026, 2030 e 2055) e risco (DV01) de apenas R$ 54 milhões, 94% menor do que na operação de mesmos vencimentos há duas semanas, segundo a Necton Investimentos. Ainda de acordo com a instituição, as taxas saíram abaixo ou dentro do consenso de mercado. Para o operador de renda fixa da Nova Futura André Alírio, o que se viu hoje nos juros não representa mudança de tendência, mas apenas uma correção técnica parcial dos excessos recentes, na medida que o quadro fiscal e político não teve alteração substancial e que também o Federal Reserve deve iniciar em breve o tapering. "É muito difícil precificar qualquer coisa que venha do lado político, mas até a eleição esses ruídos vão ficar no radar, com a temperatura ora caindo ora subindo", diz. "Hoje o mercado se apegou na melhora lá fora e nas declarações do Lira, mas são argumentos frágeis e a tendência ainda é de elevação", complementa. A decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de não colocar na pauta desta semana a votação da reforma do Imposto de Renda, estimada para hoje, na busca de uma convergência para o texto, foi bem recebida nas mesas. Diante da falta de consenso sobre a proposta, a leitura é de que o adiamento retira do curtíssimo prazo mais um foco de tensão. Lira disse também que pretende discutir esta semana com setores do governo uma solução para PEC dos precatórios que respeite o teto dos gastos. Até o momento, porém, o discurso oficial da equipe econômica é o de que a única forma de viabilizar os precatórios sem descumprir a regra é o parcelamento proposto na PEC, que gerou uma chuva de críticas por parte do economistas. Nesse contexto, segundo apurou o Broadcast, governo discute um 'plano B' para a fatura bilionária de R$ 89,1 bilhões para 2022. Nesta tarde, a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, confirmou que o texto da PEC dos Precatórios pode ser reformulado para evitar insegurança jurídica. O clima institucional pesado hoje também foi deixado em stand by, mas os governadores seguem receosos sobre o risco da militância bolsonarista armada nas manifestações do dia 7 de setembro. Sérgio Machado, sócio gestor do Fundo Trópico SF2, diz ser importante separar risco fiscal real de ruídos que dificultam a visão do futuro e com isso aumentam a incerteza. "Bastou Brasília se calar e parar de inventar sandices, bem como o Tesouro ser novamente diligente, para despencarem os juros e caírem as NTN-B", afirmou em sua conta no Twitter. Do exterior, o arrefecimento dos casos de Covid na China e a perspectiva de controle da pandemia após a aprovação definitiva pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, em inglês) da vacina da Pfizer impulsionaram as commodities, espalhando apetite pelo risco mundo afora e ajudando o dólar aqui cair abaixo dos R$ 5,30. A grande expectativa, no entanto, é pelo simpósio de Jackson Hole no fim da semana, com discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na sexta. Amanhã, o mercado já começa o dia repercutindo o IPCA-15 de agosto. A mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast é de 0,84%, que seria a maior taxa para o mês desde 2002. Em julho, o índice subiu 0,72%. Para o acumulado nos 12 meses até agosto, a mediana é de 9,25%. A abertura não deve ser tão assustadora, se confirmadas as expectativas de que só devem acelerar os preços administrados. (Denise Abarca - [email protected]) 17:30 Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 5.38 Capital de Giro (%a.a) 6.76 Hot Money (%a.m) 0.63 CDI Over (%a.a) 5.15 Over Selic (%a.a) 5.15 MERCADOS INTERNACIONAIS O S&P 500 e o Nasdaq renovaram recorde histórico de fechamento nas bolsas de Nova York, mas estas tiveram ganhos em geral contidos. O setor de energia voltou a se destacar entre as ações, apoiado por ganho de cerca de 3% do petróleo, que estendeu o ajuste para cima visto ontem. O dólar mais fraco frente a outras moedas principais colaborou, porém o movimento cambial não foi robusto. Sinais de melhora na pandemia da covid-19 na China apoiaram a tomada de risco, enquanto nos Estados Unidos autoridades voltaram a registrar avanço de casos e mortes pela doença na semana mais recente. Entre os Treasuries, os juros subiram, com investidores ainda se posicionando para o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que pode dar sinalização sobre o processo futuro de redução gradual nas compras de bônus (tapering) do banco central. Não houve sinal único entre os setores das bolsas americanas, mas o tom positivo prevaleceu, com ganhos, por exemplo, em serviços de comunicação e também no financeiro. Com isso, o Nasdaq fechou pela primeira vez acima dos 15 mil pontos. Analista da Oanda, Edward Moya comentou em relatório que parte do movimento positivo nas bolsas é fruto de avanços nas negociações por mais estímulos econômicos nos EUA. A imprensa americana informou que a Câmara dos Representantes caminhava para aprovar hoje para avançar nos planos do governo Joe Biden nessa frente, com a perspectiva de que o pacote de infraestrutura seja votado no fim de setembro e também um orçamento de US$ 3,5 trilhões com outras medidas, tendo sido contornadas divergências dentro do Partido Democrata sobre o tema, segundo a agência Dow Jones Newswires. Os governistas querem aprovar o pacote de US$ 3,5 trilhões também no Senado - a Casa Branca diz que a medida é crucial para apoiar a economia e o mercado de trabalho. Nas bolsas, o Dow Jones fechou em alta de 0,09%, em 35.366,26 pontos, o S&P 500 subiu 0,15%, a 4.486,23 pontos, e o Nasdaq avançou 0,52%, a 15.019,80 pontos. Entre os Treasuries, os retornos chegaram a oscilar em parte da tarde, mas o avanço prevaleceu, em quadro de menor busca por segurança e expectativa pelo Simpósio de Jackson Hole, no qual o presidente do Fed pode dar mais detalhes sobre o tapering. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,226%, o da T-note de 10 anos avançava a 1,286% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 1,909%. A LPL Financial considera que o fato de que o Fed mudou Jackson Hole neste ano para um formato totalmente virtual é mostra de que o BC americano leva a variante delta da covid-19 a sério, mas diz que ainda é preciso ver se isso poderá mudar algo no cronograma para a redução gradual nas compras de bônus. No câmbio, o dólar recuou ante outras moedas principais: o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta dessas divisas, caiu 0,07%, a 92,893 pontos. No horário citado, o dólar subia a 109,68 ienes, quase estável, o euro avançava a US$ 1,1759 e a libra tinha baixa a US$ 1,3730. O dólar ainda recuou frente a moedas de países emergentes e ligados a commodities em geral. Analistas notam que os mercados emergentes podem atrair investimentos, no quadro atual, mas também veem riscos para eles, como tensões políticas internas, a covid-19 e o processo de tapering do Fed, conforme reportagem especial publicada às 14h08. O dólar mais fraco colaborou para apoiar o petróleo, que estendeu ganhos mesmo após o avanço forte da segunda-feira. O contrato do WTI para outubro terminou em alta de 2,89%, a US$ 67,54 o barril, na Nymex, e o Brent para o mesmo mês avançou 3,35%, a US$ 71,05 o barril, na ICE. O Deutsche Bank cita que o sucesso da China em conter a covid-19 ajuda a sustentar os ganhos da commodity, ao lado de ajustes após perdas recentes. O surto do vírus na China, porém, agrava gargalos na cadeia produtiva global e pode exportar inflação para outros países, como discutido em reportagem especial das 14h37. Nos EUA, autoridades relataram alta de 12% nos casos e de 23% nas mortes por covid-19 na última semana, ante a anterior, e voltaram a reforçar o pedido para que a população se vacine logo.
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