JUROS DEIXAM AJUSTE DE ATIVOS DE LADO E VOLTAM A CAIR COM TESOURO E FISCAL

Blog, Cenário
Em um dia marcado por algumas correções e movimentos laterais dos ativos, os juros futuros foram a exceção e voltaram a ter forte queda. A melhora na percepção de risco político e fiscal ganhou companhia, nesta quarta-feira, de uma emissão externa feita pelo Tesouro, para antecipar vencimentos e balizar a curva para emissores brasileiros no exterior. A operação, vista como um sinal de "apetite por Brasil", ainda mais com a forte demanda de US$ 8,5 bilhões pelos papéis, ajudou a concretizar mais um dia de expressiva devolução de prêmios, levando as taxas para os menores níveis em pelo menos um mês e praticamente apagando qualquer aposta em aperto monetário reunião do Copom da próxima semana. Até porque, há a leitura de que houve uma antecipação de uma parte da inflação para 2020 com a decisão da Aneel, na segunda, de impor bandeira vermelha às tarifas de energia já neste mês de dezembro. Nesse ambiente, nem mesmo a alta de 0,27% do dólar ante o real, a R$ 5,2418 e alinhado ao movimento global, após o forte tombo da moeda americana na véspera, foi suficiente para segurar os DIs. Mesmo com esse avanço de hoje, a divisa dos EUA acumula perdas superiores e 8% nos últimos 30 dias. Enquanto isso, nos mercados acionários, o pregão foi de oscilações curtas, inclusive na bolsa brasileira. Mas o sinal majoritariamente negativo que prevaleceu durante boa parte do dia deu lugar, na reta final de negócios, a pequenos ganhos, tanto aqui quanto em Nova York, após sinais em um comunicado de que democratas e republicanos trabalham para chegar a um acordo por um pacote de estímulos a partir da proposta de US$ 908 bilhões revelada ontem por um grupo de parlamentares dos dois partidos. Com isso, Dow Jones e S&P 500 fecharam no terreno positivo, com o último em novo recorde, a despeito do Livro Bege, divulgado pelo Fed à tarde, ter dito que o crescimento econômico recente ficou "modesto" ou "moderado". O Ibovespa pegou carona e terminou com avanço de 0,43%, aos 111.878,53 pontos. Pela manhã, atingiu o nível de 112 mil pontos, mas não sustentou os ganhos e chegou a cair para a mínima de 110.579 pontos, com os agentes realizando lucros e de olho nas questões fiscais.  
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  JUROS Os juros deram continuidade ao rali de ontem, com novo recuo firme ao longo de toda a curva, ainda alimentado pela melhora na percepção de risco político e fiscal. Aos sinais positivos do Congresso para o andamento das reformas captados nos últimos dias, somou-se nesta quarta-feira o anúncio de emissão de Globals do Tesouro, lido como "apetite por Brasil". O miolo da curva foi o alvo preferido do desmonte de posições compradas, fechando novamente com queda perto de 20 pontos-base. A produção industrial veio abaixo da mediana projetada, mas com leitura positiva da abertura dos dados. Com o movimento de ontem e de hoje, as taxas encerraram nos menores níveis em pelo menos um mês e a curva praticamente apagou as apostas de aperto monetário para o Copom da próxima semana.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou a sessão regular em 3,07% e a estendida em 3,045%, de 3,135% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 caiu de 4,816% para 4,64% (regular) e 4,62% (estendida). O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 6,39% (regular) e 6,38% (estendida), de 6,575% ontem. E a do DI para janeiro de 2027 passou de 7,364% ontem para 7,23% (regular) e 7,20% (estendida).   As taxas já cediam pela manhã e passaram a ampliar o movimento no fim da primeira etapa, logo que saiu o anúncio do Tesouro. Serão feitas reaberturas de papéis com vencimento em cinco anos (Global 2025), 10 anos (Global 2030) e 30 anos (Global 2050) com o objetivo de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e de antecipar financiamento de vencimentos. "A emissão mostra que tem demanda de estrangeiro por Brasil e que o leilão de títulos amanhã deve ser grande", diz um gestor. O resultado saiu há pouco. O Tesouro vendeu US$ 2,5 bilhões e, segundo fontes, a demanda chegou a US$ 8,5 bilhões.   Nos últimos meses, tem sido recorrente uma postura mais cautelosa dos agentes nas tardes de quarta-feira, véspera dos leilões tradicionais, com antecipação das posições de hedge, mas não foi o que se viu hoje. "Acredito que vai ter demanda boa no leilão de amanhã. Por mais que a curva tenha fechado nos últimos dias, ainda tem muito prêmio", afirmou a fonte citada mais acima. Com apenas mais três semanas de leilões até o fim do ano, o mercado pode estar se antecipando ao período em que não haverá ofertas. "Ou seja, nas semanas finais do ano teremos ausência do maior tomador do mercado, que é o Tesouro Nacional", disse.   Nas mesas de renda fixa, os relatos são de que entre ontem e hoje houve "um caminhão" de posições tomadas sendo zeradas - "tem toda a 'cara' de stop", disse um profissional. De fato, o volume de contratos movimentados esteve acima da média diária dos últimos 30 dias. O DI para janeiro de 2027 fechou no piso desde 20 de outubro (7,23%). As taxas fecharam em queda em cinco das últimas seis sessões.   O estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, lembra que nas últimas semanas havia um certo ceticismo de que as reformas no Congresso fossem retomadas, "mas passado o segundo turno, parece que o debate está mesmo acontecendo". Segundo ele, ainda repercute positivamente a declaração do presidente Jair Bolsonaro ontem, de que perpetuar benefícios da pandemia é o caminho certo para o insucesso, e também a informação de que o governo teria desistido de criar um substituto para o Bolsa Família.   Nos cálculos de Rostagno, a curva precifica apenas 2,3 pontos-base de alta para a reunião do Copom na semana que vem, ou quase 100% de chance de Selic estável em 2%. Para o Copom seguinte, são 10 pontos, ou 40% de probabilidade de alta de 0,25 ponto porcentual. "Mesmo com o movimento dos últimos dias, ainda tem um ciclo de alta moderada embutido na curva, o que impressiona num contexto de pandemia", disse. Ele lembra, porém, que dois meses atrás, no começo de outubro, a curva chegou a embutir 36 pontos-base de aumento da Selic em janeiro, com algumas apostas até de 0,5 ponto porcentual.   A produção industrial de outubro subiu 1,1% ante setembro, abaixo da mediana das estimativas (1,4%), o que, por um lado reforça a ideia de manutenção do juro básico para estimular a atividade. Porém, alguns números foram vistos como bastante positivos, como o crescimento de 7% na produção de bens de capital, "o que também ajudou a reduzir prêmio", disse o estrategista do Mizuho. Amanhã, será conhecido o PIB do terceiro trimestre, para o qual a mediana das previsões, na margem, é de alta de 8,80%. (Denise Abarca - [email protected])     18:25   Operação   Último CDB Prefixado dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 5.07 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90       CÂMBIO O dólar voltou a subir hoje, com o real acompanhando de perto o desempenho de outras moedas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand da África do Sul. Com o noticiário doméstico mais esvaziado nesta quarta-feira, o câmbio foi influenciado pelo exterior, onde o dia foi de ajustes, após os ganhos fortes ontem das Bolsas e do dólar ter caído aos menores valores no mercado internacional em dois anos e meio. Após acumular perda de 8,5% nos últimos 30 dias, ajudado pelo forte fluxo de recursos externo ao Brasil, o dólar à vista hoje fechou em alta de 0,27%, aos R$ 5,2418. O dólar futuro para janeiro era negociado em alta de 0,42%, a R$ 5,22305 às 18h10, com giro de negócios superior a US$ 15 bilhões.   O Brasil recebeu US$ 5,985 bilhões pelo canal financeiro em novembro, até o dia 27, mostram dados do Banco Central divulgados hoje e as entradas devem prosseguir. Nesta quarta, o Tesouro captou US$ 2,5 bilhões no exterior, com demanda, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, chegando a US$ 8,5 bilhões.   A consultoria inglesa Capital Economics acredita que o fluxo para emergentes deve seguir forte em dezembro, com alguns países começando o processo de vacinação contra o coronavírus já nos próximos dias, o que deve realimentar o apetite por risco, em um ambiente que tem sido marcado por queda dos rendimentos dos Treasuries americanos. Hoje o Reino Unido foi o primeiro país do mundo a autorizar o medicamento da Pfizer com a BioNTech.   Apesar da expectativa de fluxo, a Capital Economics não espera que o real tenha valorização expressiva pela frente e segue prevendo o dólar acima de R$ 5,00 em 2021, por conta do risco fiscal. "No Brasil, o aumento na dívida este ano ajudou a exacerbar preocupações sobre a sustentabilidade fiscal, assim como na África do Sul", avalia o economista-chefe para mercados emergentes da consultoria, William Jackson.   Na mínima desta quarta, o dólar caiu a R$ 5,20, em meio à mais entrada de fluxo externo, mas profissionais das mesas de câmbio não veem o dólar rompendo este o patamar, de forma consistente, sem notícias fiscais positivas. No pregão de hoje, sem novidades na área, o chefe da mesa de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem, comenta que o real seguiu os pares emergentes e ainda houve um pouco de realização de ganhos. "O mercado lá fora ficou mais ressabiado hoje", diz ele.   Se ontem havia otimismo com a aprovação de um pacote de auxílio fiscal pelo Congresso americano, hoje há dúvidas se pode haver mesmo um acordo bipartidário no curto prazo. "Alertamos para o risco de muito otimismo sobre este tema", afirmam os estrategistas de moedas do banco americano Brown Brothers Harriman (BBH). No final da tarde, os partidos dizem que seguem negociando. Para o Brasil, o BBH destaca que declarações recentes de Jair Bolsonaro de não pretender prorrogar o auxílio emergencial ainda ecoam positivamente, mas lembram que, no ano, o dólar ainda sobe 30% ante o real.   Em dia de ajuste, o Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, termômetro do risco-país, operou em leve alta hoje, a 157 pontos, após ter caído ontem a 156 pontos, no menor nível desde o início de março, de acordo com cotações da IHS Markit. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:27   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.24180 0.2678 5.25470 5.20760 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL 5224.000 0.29759 5255.000 5206.500 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5240.000 0 5240.000 5240.000       MERCADOS INTERNACIONAIS A avaliação do Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de que, na maior parte do país, o crescimento econômico recente ficou "modesto" ou "moderado" não ecoou em Wall Street, onde as bolsas de Nova York seguiram oscilando entre altas e baixas durante toda a tarde. De qualquer forma, a análise serviu como mais um indicativo de que uma segunda rodada de estímulos fiscais pode ser necessária diante da ressurgência do coronavírus. Os líderes democratas no Senado defenderam, em nota, que governo e oposição trabalhem a partir da proposta de US$ 908 bilhões revelada ontem por um grupo de parlamentares dos dois partidos. Os prospectos de mais dólares em circulação deixaram a divisa, mais uma vez, sob pressão, enquanto juros dos Treasuries ficaram sem direção única. O petróleo, por sua vez, avançou mais de 1%, embalado pela expectativa de que a imunização da população acelere a recuperação da demanda e na expectativa de uma extensão do atual acordo de cortes da produção da Opep+ para 2021 .   Em comunicado conjunto, a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelsoi, e o líder da minoria no Senado, Chuck Schummer, alertaram para o risco de uma nova recessão, caso não haja entendimento no legislativo por uma legislação de alívio. Os democratas defenderam que a proposta de ontem seja usada como esboço. "Claro, nós e outros ofereceremos melhorias, mas a necessidade de agir é imediata e acreditamos que com negociações de boa fé podemos chegar a um acordo", ressaltaram.   A advertência para o perigo de recrudescimento da crise refletiu alertas semelhantes de economistas. O presidente da distrital de Nova York do Fed, John Williams, atribuiu hoje desaceleração da retomada à falta de um novo pacote. Já o presidente da instituição, Jerome Powell, disse em audiência na Câmara que a "luz no fim do túnel" pode vir só na segunda metade de 2021 e que, enquanto isso, é preciso seguir apoiando a economia.   Em seu Livro Bege, o Fed também pintou um cenário de renovadas dificuldades, com crescimento econômico "modesto" ou "moderado" e mercado de trabalho ainda distante dos níveis pré-pandemia. Segundo o documento, embora o cenário ainda seja considerado "positivo", muitos empresários estão preocupados com a expiração dos programas de apoio ao crédito.   Tal avaliação, contudo, não assustou investidores, que depositam todas as esperanças no desenvolvimento de uma vacina para a covid-19. Hoje pela manhã, o governo do Reino Unido anunciou que a vacinação da população começará na próxima semana, depois que o órgão regulador britânico tornou o país o primeiro do ocidente a autorizar um imunizador - no caso, o desenvolvido pela Pfizer, em parceria com a BioNTech. A Rússia informou que também já vai iniciar o processo, com sua própria fórmula, conhecida como Sputknik V.   As perspectivas para a vacina impulsionaram a maior parte das bolsas da Europa e o FTSE 100, referência em Londres, saltou 1,23%, a 6.463,39 pontos. Do outro lado do Atlântico, os índices acionários de Nova York se mostraram vacilantes durante toda a sessão, mas ao longo da tarde, ganharam fôlego diante dos desdobramentos das negociações por estímulos. O Dow Jones fechou em alta de 0,20%, a 29884,78 pontos; o S&P 500 subiu 0,18%, a 3668,99 pontos e o Nasdaq recuou 0,05%, a 12349,37 pontos.   Na renda fixa, os juros dos Treasuries também não firmaram direção: no fim da tarde na costa Leste americana, o rendimento da T-note de 2 anos cedia a 0,156%, enquanto o da T-note de 10 anos se elevava a 0,943% e o da T-bond de 30 anos subia a 1,697%.   Para o BBH, os mercados precisam analisar com cautela os recentes avanços nas discussões por um projeto de alívio econômico. Isso porque, na avaliação do banco de investimentos, há muito em jogo para os dois lados, com as eleições ao Senado pela Georgia em janeiro no radar. "Embora achemos que eventualmente haverá algum tipo de acordo, ele será em uma escala muito menor do que a necessária", prevê.   Seja como for, os agentes do mercado cambial já estão descontando a possível avalanche de dólares no horizonte. Mais uma vez, o índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA ante uma cesta de seis rivais fortes, encerrou em baixa de 0,22%, a 91,115 pontos, ainda rondando as mínimas de abril de 2018. No horário em questão, o euro avançava a US$ 1,2105, mas a libra cedia a US$ 1,3366. "O sentimento do dólar se deteriorou firmemente enquanto o alto desemprego e uma recuperação em desaceleração elevam a possibilidade de mais estímulos fiscais e monetárias", explica o Western Union.   O dólar fraco é um dos fatores por trás do rali do petróleo. Na Nymex, o barril do WTI com entrega prevista para janeiro terminou a sessão em alta de 1,64%, a US$ 45,28, e o do Brent para fevereiro ganhou 1,75%, a US$ 48,25, na Intercontinental Exchange. (André Marinho - [email protected])     BOLSA O Ibovespa inverteu a trajetória para a alta em uma arrancada que colocou o indicador na casa dos 112 mil pontos no início da tarde desta quarta-feira. No entanto, as preocupações dos investidores com relação às questões fiscais e com os pares em Nova York mostrando claudicância, fizeram com que o ritmo do índice à vista do mercado acionário brasileiro, ainda que em terreno positivo, se mantivesse comedido. Dessa forma, o Ibovespa encerrou a sessão em alta de 0,43%, aos 111.878,53 pontos. O giro financeiro foi de R$ 34,2 bilhões.   As blue chips do setor financeiro seguiram a trajetória de recuperação ajudando a sustentar o índice. Bradesco PN fechou com ganho de 1,09%, Itaú Unibanco PN, de 0,77%, Banco do Brasil ON, 0,43% e as units do Santander, 0,69%. Por outro lado, Vale ON puxou para baixo encerrando com desvalorização de 1,74%.   Para Ariane Benedito, economista da CM Capital, o Ibovespa mostra lateralização. Ela lembra que, em fevereiro passado, um pouco antes da derrocada dos ativos no mercado financeiro, chegou a bater os 112 mil pontos, chegando à máxima dos 116 mil pontos. "Já estamos em recuperação. Isso dá sinal de que a Bolsa tem força, vai superando a crise, mas segue reagindo a cenários internos", diz. Na sua avaliação, hoje, embora tenha mostrado ímpeto em uma etapa da sessão de negócios mais cedo, as questões fiscais que não têm definição ainda seguem no radar e têm potencial de mexer com os ativos. Apesar de ter fechado em alta hoje, o índice ainda "deve" 3,26% em 2020.   Na parte da tarde, o Tribunal de Contas da União (TCU) votou para que créditos extraordinários contra covid-19 possam ser executados até 31 de dezembro do ano que vem. O ministro Bruno Dantas afirmou que as ações de combate à covid e a consequente crise econômica serão necessárias até o fim de 2021. O plenário do TCU aprovou propostas para execução de gastos de 2020 até 31/12/21.   "Mas, apesar da aprovação, não quer dizer que haverá a execução. Antes é preciso votar a LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] e o próprio Orçamento do ano que vem para depois ver o que deve vir de adicional", ressalta a economista.   Para Jerson Zanlorenzi, responsável pela mesa de renda variável e derivativos do BTG Pactual digital, existe um sentimento geral de que há um alinhamento forte do governo para respeitar o teto dos gastos. "O mercado ainda está dando que o quadro fiscal no ano que vem pode ser encaminhado".   Ainda assim, alertas continuam chegando. A agência de classificação de risco S&P Global Ratings reduziu a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 3,5% para 3,2% e enfatizou que, com a relação dívida bruta/PIB acima de 90%, estender auxílio emergencial será muito negativo para os ativos brasileiros. Por outro lado, indicou que a economia do país foi melhor do que anteciparam, mas que a retirada de auxílio vai pesar.   Apesar de passar a tarde oscilando em terreno positivo, o Ibovespa hoje não contou com a colaboração de seus pares do mercado acionário em Nova York, que tiveram sessão volátil, firmando direção única para o positivo no final da tarde.   Zanlorenzi ressalta que o mercado segue "comprador", mas que a volatilidade vista hoje no mercado internacional não ajudou a bolsa brasileira. "O que aconteceu em novembro está acontecendo em dezembro. É normal recuar um pouco para pegar tração. É um movimento mais de espera do que de mudança de estratégia", ressalta.   O principal gatilho segue sendo o fluxo de investidores estrangeiros. De acordo com a B3, foram mais R$ 650,489 milhões entrando durante a sessão da segunda-feira, 30, confirmando novembro como o mês mais positivo na história da série de dados mensais, que vem desde o ano de 1995. O montante líquido total de entrada ficou em R$ 33,323 bilhões, resultado de compras de R$ 352,555 bilhões e vendas de R$ 319,232 bilhões. No acumulado do ano de 2020 o número ainda é negativo, mas caiu de R$ 84,887 bilhões ao fim de outubro para R$ 51,563 bilhões agora.   Do ponto de vista internacional, ainda existem incógnitas com relação à posição que o presidente-eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, vai tomar. Uma delas, diz Zanlorenzi, é sobre as relações internacionais entre os governos americano e chinês. "Esse é um tema importante para o ano que vem. Mesmo assim o mercado não está com o pé no freio, apenas tirou o pé do acelerador. A tempestade melhorou bastante, mas o céu ainda está nebuloso", diz. (Simone Cavalcanti - [email protected])     18:20   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 111878.53 0.42964 Máxima 112315.42 +0.82 Mínima 110579.16 -0.74 Volume (R$ Bilhões) 3.41B Volume (US$ Bilhões) 6.53B         18:27   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 112010 0.54758 Máxima 112350 +0.85 Mínima 110635 -0.69              
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