INVESTIDOR DEIXA FISCAL E POLÍTICA DE LADO, OLHA EXTERIOR E COMPRA ATIVOS DO BRASIL

Blog, Cenário
Em dia de apetite por emergentes, com declarações otimistas do presidente do Fed, Jerome Powell, e alta firme das commodities, especialmente do petróleo, os ativos locais tiveram desempenho positivo, a despeito das persistentes incertezas que rondam o Orçamento e a política em Brasília. O chairman do banco central americano voltou a dizer que a economia está em um "ponto de inflexão" e reforçou que a política monetária continuará frouxa por um período longo. Essa perspectiva positiva para a atividade encontrou ressonância em relatório da AIE estimando melhora para a demanda por petróleo, o que fez a commodity subir mais de 4%. Assim, com Vale e Petrobras em destaque, o Ibovespa avançou 0,84%, aos 120.294,68 pontos, nível que não era visto desde meados de fevereiro. Esse ambiente também deu força às moedas de países emergentes e o real teve contribuição adicional de notícias sobre a antecipação da entrega de vacinas pela Pfizer. Com isso, em meio a relatos de fluxo de entrada de recursos no Brasil, o dólar cedeu 0,82%, a R$ 5,6705 no mercado à vista. A combinação de alívio no câmbio com reforço na sinalização do Banco Central sobre o plano de voo para a política monetária, de um aperto de 0,75 ponto na Selic e ajuste parcial da taxa básica, os juros futuros também caíram, ainda que os agentes sigam à espera de novidades da área fiscal, com alguma expectativa de mudança na chamada PEC "fura-teto", após a reação negativa à ideia. Em Nova York, os índices fecharam mistos, com alta das ações do setor de energia, com o petróleo, e de Goldman Sachs e Wells Fargo, após balanços, mas recuos em tecnologia e serviços de comunicação. Os yields dos Treasuries voltaram a subir, com os agentes céticos, em alguma medida, com a política acomodatícia do Fed.
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BOLSA O Ibovespa retomou nesta quarta-feira a linha de 120 mil pontos pela primeira vez desde fevereiro, em terceiro ganho consecutivo, refletindo a expectativa positiva para a economia americana em meio ao início da temporada de resultados do primeiro trimestre, aberta pelos bancos. Aqui, com um primeiro semestre há tempos considerado perdido, a atenção se volta para normalização gradual nos seis meses finais de 2021, a depender do ritmo da vacinação, em ano agravado por incerteza fiscal que tem se refletido de forma mais próxima no câmbio e nos juros futuros. Hoje, auxiliado por ganho acima de 4% no Brent e WTI, o Ibovespa fechou em alta de 0,84%, a 120.294,68 pontos, entre mínima de 119.297,53, da abertura, e máxima de 120.871,45 pontos, no maior nível de encerramento desde 17 de fevereiro (120.355,79 pontos). "O avanço das commodities e o 'reflation trade' continuam acontecendo, globalmente, com base na expectativa de uma retomada mais forte da economia americana. Os resultados no primeiro trimestre de grandes bancos, como JPMorgan e Goldman Sachs, um setor cíclico, reforçam a perspectiva positiva para o ano nos Estados Unidos. Diferentemente do que costuma ocorrer, as expectativas de resultado para a temporada foram sendo revisadas para cima ao longo do tempo, refletindo esta melhora. A expectativa é de que os lucros das empresas que compõem o S&P 500 tenham crescimento de 25% a 35% em relação ao mesmo período do ano passado", observa Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez. Lucci chama também atenção para outro ponto: apesar da recuperação do Ibovespa, estendida de março para esta primeira quinzena de abril, o giro financeiro tem se mantido fraco, e a volatilidade, contida, refletindo a dificuldade de se construir posição para o médio prazo, em razão do grau de incerteza que afeta, em especial, a economia doméstica. Ainda assim, ele identifica busca por "ativo real", especialmente em setores que acompanham a demanda externa, como o de commodities. Aqui, acrescenta Lucci, o apelo das ações reflete ainda o ambiente de juros reais negativos, com o "próximo Copom já precificado". "A vacinação está agora em 12% da população e começa a surgir previsão de que, em setembro, boa parte da população adulta esteja vacinada, o que contribui para normalização da economia, naturalmente antecipada pelo mercado ao operar em cima da expectativa. Não vejo o mercado rasgando para cima. Há muita incerteza sobre o câmbio, com estimativas que vão hoje de R$ 5,30 a R$ 6,40 para o ano. E, daqui até outubro, a Bolsa costuma ficar engarranchada, meio travada mesmo", diz Leonardo Peggau, superintendente de renda variável e sócio da BlueTrade, que antecipa Ibovespa a 135 mil pontos no fechamento do ano, com o tradicional rali final. "Por mais que estejamos atrasados em relação a boa parte do mundo, a vacinação continua andando aqui - e é boa a notícia de que a Pfizer está ampliando as entregas ao governo americano, que pode vir a se tornar, em algum momento, um exportador de vacinas que venham a sobrar. Os resultados um pouco acima do esperado dos bancos também corroboram a percepção de que a economia americana tem se recuperado bem rápido", diz Leonardo Milane, economista e sócio da VLG Investimentos, destacando também o efeito positivo proporcionado pelos preços das commodities ao índice da B3. Hoje, com giro a R$ 64,4 bilhões, reforçado pelo vencimento de futuros sobre o índice, o Ibovespa sustentou o topo intermediário de 120 mil pontos, operando na estreita faixa entre 119 mil e 120 mil no intradia pela primeira vez desde 8 de fevereiro, tendo fechado a primeira sessão de abril aos 115.253,31 pontos. Após ganho de 6% em março, em recuperação parcial de perdas superiores a 4% e 3% respectivamente em fevereiro e janeiro, o Ibovespa, perto do fechamento da primeira quinzena de abril, acumula até aqui ganho de 3,14% no mês, desde ontem em terreno positivo no ano - hoje, passa a acumular alta de 1,07% em 2021. A mudança de direção ocorre a despeito da persistente preocupação sobre o fiscal - situação agravada por Orçamento ainda indefinido para 2021, sujeito a iniciativas "fura-teto" em meio a uma pandemia que cobra preço alto do ritmo de atividade doméstica e dos gastos públicos. Sem novidades internas que contribuam para melhorar o humor, o Ibovespa pega carona nas commodities, estimuladas pela recuperação cada vez mais firme nos Estados Unidos e já mais consolidada na China. Hoje, Petrobras (PN +1,59%, ON +1,60%) e, em especial, Vale ON (+3,30%), a R$ 107,00, alinharam-se a siderurgia (Usiminas +4,21%, CSN +3,17%) e bancos (Santander +2,01%, Itaú PN +1,28%) na mesma direção. Parte das ações com exposição à economia doméstica, que estiveram entre as vencedoras do dia anterior, voltaram a cair hoje, com Cogna (-4,62%), B2W (-2,77%) e Lojas Americanas (-3,16%) entre as componentes do Ibovespa de pior desempenho na sessão, assim como Iguatemi (-3,18%). Na ponta positiva do Ibovespa, destaque para Marfrig (+5,54%), CVC (+5,36%) e Minerva (+3,86%), além de Usiminas (+4,21%). (Luís Eduardo Leal - [email protected]) 17:23 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 120294.68 0.83619 Máxima 120871.45 +1.32 Mínima 119297.53 0.00 Volume (R$ Bilhões) 6.43B Volume (US$ Bilhões) 1.13B 17:31 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 120475 1.23099 Máxima 120900 +1.59 Mínima 119060 +0.04 CÂMBIO As incertezas sobre o orçamento de 2021 persistem, em dia sem novas desdobramentos sobre o tema, mas influenciada pelo exterior positivo, em pregão marcado por queda mundial do dólar, a moeda americana teve dia de perdas também ante o real. Em dia com apetite por risco de emergentes no exterior, após bons balanços de grandes bancos americanos e dirigentes do Federal Reserve reforçando a manutenção de estímulos, operadores relataram entrada de fluxo externo no mercado doméstico e perspectiva de novos aportes, em meio a emissões de ações e renda fixa de empresas. Notícias de mais vacinas da Pfizer para o Brasil também ajudaram, enquanto as mesas de operação monitoraram o noticiário político, em dia de julgamentos no Supremo, sobre a CPI da pandemia, que foi confirmada pelos demais ministros, e as condenações de Luiz Inácio Lula da Silva. No fechamento do mercado, o dólar à vista encerrou o dia em queda de 0,82%, a R$ 5,6705. Já o dólar futuro para maio cedia 0,83%, a R$ 5,6770 às 17h06. O volume de negócios voltou a cair, ficando hoje na casa dos US$ 12 bilhões. Com o Ibovespa superando os 120 mil pontos, houve relatos de novos fluxos hoje para o Brasil. Dados do Banco Central desta quarta-feira mostram fluxo cambial de US$ 1,064 bilhão entre os dias 5 a 9 de abril, dos quais US$ 927 milhões pelo canal financeiro. Depois deste período, houve outras operações, como a venda de debêntures da Vale da carteira do BNDES, em operação de R$ 11,5 bilhões, com demanda duas vezes maior que a oferta. O analista de mercados do banco Western Union, Joe Manimbo, observa que, diferente de março, abril tem sido marcado por um dólar mais fraco no mercado internacional. E este movimento continuou hoje, com a divisa dos EUA testando mínimas em um mês ante pares como o euro e o dólar canadense. Este movimento beneficia também as moedas de emergentes. Para ele, as constantes manifestações do Federal Reserve de que não tem pressa em retirar os estímulos monetários, mesmo com inflação mais pressionada, estão ajudando. Hoje o presidente do Fed, Jerome Powell, em seu aguardado discurso, afirmou que a instituição pode tolerar a inflação mais alta e moderadamente acima dos 2% das meta "por algum tempo". Ele ressaltou que elevação de juros antes de 2022 é "altamente improvável". Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, também reforçou a mesma intenção com a região, mantendo os estímulos extraordinários "até que a crise sanitária acabe", garantindo bom desempenho do euro, o que por sua vez ajudou a aprofundar a queda da moeda americana no exterior. No Brasil, o economista para o país do Barclays, Roberto Secemski, avalia que o orçamento de 2021 não é executável e ameaça o teto de gastos. O maior desafio para resolver a questão é político, comenta ele, pois houve corte de despesas obrigatórios para abrigar emendas parlamentares. Possivelmente, alguma cicatriz vai ficar entre o Planalto e o Congresso após a resolução do imbróglio, avalia em nota. A PEC do governo, vista como uma solução para renovar os programas de combate à pandemia e destravar o Orçamento de 2021, gerou muitas críticas e está sendo reformulada. Enquanto a questão orçamentária não destrava, grandes investidores têm feito ajustes pontuais nas apostas no mercado futuro de câmbio, se orientando mais pelo exterior, de acordo com profissionais das mesas de câmbio. Estrangeiros reduziram ontem posições compradas, que ganham com a valorização da moeda americana, em 3.855 mil contratos no dólar futuro, ou US$ 193 milhões, segundo dados da B3 monitorados diariamente pela corretora Renascença. Já os fundos nacionais aumentaram posições vendidas, que ganham com a queda do dólar, em 3.710 contratos, ou US$ 185 milhões. (Altamiro Silva Junior - [email protected]) Volta JUROS Os juros tiveram uma trégua nesta quarta-feira, com queda favorecida pelo apetite ao risco visto no mercado de moedas emergentes, especialmente após declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, nesta tarde, e, internamente, reforço na sinalização do Banco Central sobre o plano de voo para a política monetária. Os agentes seguem à espera de novidades da área fiscal, sobretudo no tocante ao Orçamento, com alguma expectativa também de mudança na chamada PEC "fura-teto", após a reação fortemente negativa à ideia. O dia foi ainda dedicado a correções técnicas relacionadas ao avanço das taxas ontem, decorrente, em parte, dos impactos do leilão de NTN-B e, não por acaso, hoje o recuo mais firme foi visto nos vencimentos intermediários. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou a sessão regular em 4,735%, de 4,792% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 8,396% para 8,30%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa em 8,95%, após terminar ontem em 9,025% no maior nível desde março do ano passado. Os DIs já recuavam no começo do dia, repercutindo declarações de presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ontem à noite. "Ele reforçou que uma nova alta de 0,75 ponto da Selic já está contratada e que o câmbio em si não é o motivo para subir juro", afirmou o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Camargo Rosa. Mas, ainda pela manhã, chegaram a zerar a queda e ensaiar alta, após o presidente Jair Bolsonaro dizer que aguarda "uma sinalização do povo" para "tomar providências" a respeito das consequências econômicas causadas pela pandemia da covid-19. "Estávamos bem pela manhã, mas aí vieram essas palavras mais fortes, esse tom mais bélico, para estressar o mercado", afirmou o gestor de renda fixa da Sicredi Asset, Cassio Andrade Xavier. Para ele, em boa medida, "para explicar hoje temos de olhar também para ontem". "O leilão de NTN-B foi muito forte, com o Tesouro mostrando que o papel foi a forma encontrada para alongar a dívida, o que trouxe abertura para as taxas, num ponto de vista mais técnico", avaliou. Por isso, hoje o miolo da curva foi o trecho que teve maior alívio, pois é onde estão as grandes posições em títulos públicos, onde o Tesouro está concentrando o alongamento da dívida dada a demanda forte estimulada pela piora da inflação. Os vencimento de médio prazo chegaram a "fechar" mais de dez pontos no começo da tarde, quando tocaram as mínimas, alinhados ao exterior. "O driver foi o Fed indicando que não deve haver alta de juro nos Estados Unidos antes de 2024", afirmou Xavier. No entanto, como tem sido a tônica recente, a queda das taxas continua a ser tratada como movimento pontual, sem qualquer mudança de tendência enquanto perdurarem no horizonte as incertezas fiscais. "Não dá para chamar o que vimos hoje como ponto de inflexão, a curva vai seguir empinada. O imbróglio do Orçamento permanece, mas hoje foi colocado um pouco em stand by", previu Camargo Rosa. O noticiário em torno da PEC "fura-teto", que sugere R$ 18 bilhões em emendas para obras fora da regra, segue no radar. Nada de concreto ainda foi decidido, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse a interlocutores que a proposta de tirar do teto de gastos tal montante foi uma "variante que escapou do laboratório". A equipe econômica alertou que a proposta não seria bem-recebida porque esses gastos não têm relação direta com a pandemia. (Denise Abarca - [email protected]) 17:31 Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 2.96 Capital de Giro (%a.a) 6.29 Hot Money (%a.m) 0.64 CDI Over (%a.a) 2.65 Over Selic (%a.a) 2.65 MERCADOS INTERNACIONAIS O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, demonstrou certo otimismo com a retomada da economia dos Estados Unidos, e voltou a dizer que ela está em um "ponto de inflexão". Powell não demonstrou pressa em um aperto monetário futuro, além de comentar que a redução nas compras de ativos deve ocorrer "bem antes" de uma elevação nos juros. O BC americano ainda divulgou seu Livro Bege nesta tarde, que mostrou panorama "mais otimista" para o país, diante do avanço da vacinação contra a covid-19. O presidente do Fed de Nova York, John Williams, disse que não haverá "reação exagerada" aos dados de inflação, com o BC concentrado em seus objetivos, e enfatizou que o país está "longe" do pleno emprego. Em meio às declarações e divulgações, os juros dos Treasuries seguiram em alta, mas no câmbio o dólar recuou ante outras moedas principais. Nas bolsas de Nova York não houve sinal único, com as ações de Goldman Sachs e Wells Fargo mostrando força após balanços, mas recuos em tecnologia e serviços de comunicação. Papéis de energia se destacaram, diante da alta forte do petróleo, que subiu mais de 4% apoiado pelo câmbio, por projeções melhores na demanda feitas pela Agência Internacional de Energia (AIE) e pelo recuo nos estoques semanais do óleo nos EUA. Powell disse hoje que uma alta de juros antes de 2022 é "extremamente improvável" e renovou a promessa de manter o juro no nível atual até o mercado de trabalho se recuperar. Mesmo em geral otimista com o quadro, o presidente do Fed alertou para o risco de alta nos casos da covid-19 nos EUA, diante de novas cepas do vírus em circulação. O BMO Capital qualificou as declarações de Powell hoje como "particularmente dovish". O presidente do Fed de NY, por sua vez, disse haver um "longo caminho" até a recuperação e a consequente retirada de estímulos, recomendando que não se tenha "reação exagerada" aos números da inflação. Para John Williams, com a vacinação, o quadro pode voltar ao normal "em um ou dois anos". Já o Livro Bege, sumário de opiniões que embasa as decisões de política monetária, considerou que o panorama para a economia é "mais otimista" agora, diante do avanço na vacinação, com o ritmo econômico acelerando para "moderado" de fevereiro a abril. O documento apontou ainda para uma aceleração "ligeira" dos preços. Como discutido em reportagem especial publicada no Broadcast às 14h52, o avanço recente da inflação não deve fazer o Fed retirar estímulos, embora alguns analistas demonstrem certa cautela com a trajetória dos preços. Dentro do esperado, as declarações e o Livro Bege não causaram grandes movimentos nos mercados internacionais. Entre os Treasuries, os retornos subiram: no fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos avançava a 0,153% e o da T-note de 10 anos tinha alta a 1,627%. Presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan minimizou mais cedo o avanço recente dos retornos dos bônus, ao lembrar que eles ainda estão em níveis inferiores ao pré-pandemia. Para Kaplan, eles podem retornar a esse nível adiante, o que será um sinal saudável de expectativa pela recuperação econômica no país e não deve motivar intervenção do BC. No câmbio, o dólar recuou ante outras moedas fortes, com máximas do euro à tarde, após a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, renovar promessas de política monetária acomodatícia, apoiando o quadro na zona do euro. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de divisas fortes, caiu 0,18%, a 91,690 pontos. No horário citado, o dólar caía a 108,93 ienes, o euro subia a US$ 1,1980 e a libra tinha alta a US$ 1,3783. O dólar mais fraco colaborou com o petróleo, que teve alta forte também diante de melhora na perspectiva da AIE para a demanda global e do recuo nos estoques semanais dos EUA. O contrato do WTI para maio fechou em alta de 4,94%, em US$ 63,15 o barril, na Nymex, e o Brent para junho avançou 4,57%, a US$ 66,58 o barril, na ICE. Nessa toada, o setor de energia foi o que mais subiu em Nova York. Entre ações em foco, Wells Fargo avançou 5,53% e Goldman Sachs, 2,34%, após balanços. A LPL Financial comenta que as duas temporadas trimestrais anteriores de balanços superaram as expectativas e que pode acontecer o mesmo na atual. Já os setores de tecnologia e serviços de comunicação caíram, de olho no movimento dos retornos dos Treasuries. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,16%, em 33.730,89 pontos, o S&P 500 recuou 0,41%, a 4.124,66 pontos, e o Nasdaq registrou queda de 0,99%, a 13.857,84 pontos. Ainda nesta tarde, o presidente americano, Joe Biden, anunciou que pretende retirar as tropas dos EUA no Afeganistão entre o início de maio e 11 de setembro, com o argumento de que as ameaças terroristas atualmente são muito mais dispersas. Já a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) voltou a alertar para o quadro da pandemia nas Américas, sobretudo na América do Sul, qualificada pela entidade como "o epicentro" da covid-19 na região. Sem previsão de reviravolta rápida no acesso a vacinas, a Opas pediu que os países reforcem as medidas já sabidas para conter as contaminações pelo vírus, no quadro atual. (Gabriel Bueno da Costa - [email protected])
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