INCERTEZA FISCAL VOLTA A PESAR APÓS COPOM, JUROS DISPARAM, COM BOLSA E REAL EM QUEDA

Blog, Cenário
O clima de incerteza voltou a dar as caras para os ativos brasileiros nesta quinta-feira pós-Copom. Mas não foi o ajuste após a decisão de elevar a Selic em 1,5 ponto porcentual, para 7,75%, e o comunicado divulgado junto os principais fatores a fazerem preço. O adiamento da votação da PEC dos Precatórios, medida que abre espaço no teto de gastos para acomodar o Auxílio Brasil de R$ 400, trouxe outro temor: o de que o governo opte por reeditar o estado de calamidade e usar crédito extraordinário para financiar o benefício. Essa possibilidade, que foi circulando no mercado, fez os juros futuros, sobretudo intermediários e longos, dispararem, reinclinando a curva a termo. E ainda que o resultado do Governo Central tenha vindo melhor do que o previsto e autoridades, como o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-R), e o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal do ministério da Economia, David Rebelo Athayde, tenham negado publicamente que isso vá ocorrer, o estrago já estava feito e alguns vencimentos dos DIs fecharam com alta superior a 80 pontos, com a parte curta indicando chance de aperto de 2 pontos porcentuais na próxima reunião do Copom, ainda que a indicação da autoridade monetária tenha sido de 1,50 ponto. Afinal de contas, para lidar com o fiscal e com a inflação, que voltou a surpreender no IGP-M de hoje, os investidores acreditam que o BC precisará apertar o passo. Todo esse cenário respinga diretamente no câmbio e na Bolsa. Afinal, num ambiente de maior incerteza, o investidor busca a segurança do dólar e tende a fugir do risco das ações. Isso está refletido nos preços, com a moeda dos EUA encerrando com valorização de 1,26%, a R$ 5,6253, na contramão externa e mesmo com a perspectiva de Selic maior. Já no caso do Ibovespa, que voltou a se descolar dos pares externos e cedeu 0,62%, aos 105.704,96 pontos, os balanços positivos de diversas empresas foram insuficientes para segurar algum otimismo. Lá fora, a temporada de balanços segue ditando o ritmo de ganhos das bolsas, que a despeito do PIB dos EUA um pouco abaixo do previsto, voltaram a renovar recordes, casos de Nasdaq e S&P 500.
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JUROS Após terem ontem uma pausa na escalada vista nas últimas semanas, os juros voltaram a subir, com exceção dos de curtíssimo prazo, que recuaram. Os ajustes ao Copom foram limitados às primeiras horas da sessão, com as preocupações do lado fiscal voltando a dominar os negócios a partir do fim da manhã. As alternativas que estariam sendo cogitadas pelo governo caso a PEC dos Precatórios emperre no Congresso trouxeram novo estresse às taxas, amplificando o efeito de inclinação da curva imposto pelo comunicado do Copom. Há receio de nova decretação de estado de calamidade que autorizaria pedido de crédito extraordinário para estender o pagamento do auxílio emergencial em 2022. As taxas do miolo da curva chegaram a subir mais de 80 pontos-base e o contrato para janeiro de 2023, a entrar em leilão. O Tesouro não teve alternativa senão a de vir, mais uma vez, com um lote mínimo de prefixados no leilão. Tudo considerado, a precificação da curva mostra um mercado dividido sobre a Selic no Copom de dezembro, entre apostas de aumento de 1,75 ponto porcentual e 2 pontos, sendo que esta aparece com uma pequena vantagem. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 caiu de 8,473% para 8,40% e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 11,529% para 12,40%, fechando perto da máximas de 12,405%. A do DI para janeiro de 2025 fechou em 12,51%, de 11,817% ontem, e a do DI para janeiro de 2027, em 12,47%, de 11,905%. O resultado do Copom desagradou uma parte do mercado, que defendia um aperto maior na Selic, de 1,75 ponto em vez do 1,5 ponto efetivamente aplicado. A expectativa de taxa a 7,75% era majoritária nos Departamentos Econômicos, mas não na curva do DI, que apontava chance maior de ir para 8,00%. Por isso, os contratos de curto prazo devolveram prêmios no começo do dia, ajustando-se também à sinalização de nova alta desta magnitude para o encontro de dezembro, dada pelos diretores. Por outro lado, as taxas a partir do miolo avançaram. Ao trazer que "o cenário básico e o balanço de riscos indicam ser apropriado que o ciclo avance ainda mais no território contracionista", o comunicado sugere Selic terminal ainda maior do que o mercado prevê. Não por acaso, o dia foi de novas revisões para cima para a taxa básica ao fim do processo. O BNP Paribas, por exemplo, alterou sua estimativa de 10% para 12%. Na curva, a precificação para a Selic no Copom de dezembro era de 190 pontos-base pouco depois das 15h30, segundo a Greenbay Investimentos, apostas que indicam 60% de probabilidade de aumento de 2 pontos porcentuais e 40% de chance de 1,75 ponto. Mas esse quadro não é reflexo somente dos ajustes ao novo plano de voo do Banco Central, mas também do aumento dos ruídos fiscais e fatores técnicos envolvendo zeragem de posições. No meio do dia a curva piorou muito, com líderes aliados acenando com a possibilidade de nova decretação de calamidade caso a PEC dos Precatórios fique travada no Congresso. "A questão é que não se consegue fechar a equação fiscal para atender à demanda política. Todo dia tem novidade", comentou Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset. A expectativa era de que a PEC fosse votada ontem no plenário da Câmara, mas, temendo pela falta de quórum para a aprovação, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), adiou a votação para a semana que vem. Se aprovado como chegou ao plenário, o texto aumentará o valor das emendas individuais em mais de R$ 500 mil para cada parlamentar em 2022, ano de eleições, conforme informou o Broadcast Político. O subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal do Ministério da Economia, David Rebelo Athayde, rechaçou qualquer discussão para a prorrogação da calamidade que permitiria a renovação do auxílio emergencial. "Um novo decreto de calamidade pública estaria fora de questão", enfatizou. A negativa, porém, não foi suficiente para acalmar os agentes, que têm visto nas últimas semanas a postura ortodoxa da equipe econômica ser vencida pelas pressões eleitorais por aumento de despesas - vide a saída de quatro integrantes da Economia na semana passada após o rompimento do teto de gastos. Para Rafael Cortez, analista da Tendências, o risco para a estratégia do governo no caso da PEC não é desprezível, em função das assimetrias de preferências entre Câmara e Senado e incentivos eleitorais distintos entre os tomadores de decisão. "O cenário básico é de aprovação, mas os riscos são elevados e uma alternativa pode entrar em jogo", disse. O Tesouro Nacional trouxe oferta de apenas 450 mil LTN e 100 mil NTN-F para os leilões de hoje, absorvidas integralmente. Os lotes pequenos foram vistos como uma decisão acertada para não adicionar volatilidade ao mercado. (Denise Abarca - [email protected]) 17:29 Operação   Último CDB Prefixado 32 dias (%a.a) 7.68 Capital de Giro (%a.a) 6.76 Hot Money (%a.m) 0.63 CDI Over (%a.a) 7.65 Over Selic (%a.a) 7.65 CÂMBIO Renovadas preocupações com a política fiscal, após o malogro ontem na votação da PEC dos Precatórios pela Câmara dos Deputados, e a leitura predominante de que o Comitê de Política Monetária (Copom) não foi duro o suficiente, tanto no grau de aperto monetário (1,50 ponto porcentual, para 7,75%) quanto em seu comunicado, levaram investidores a manter uma postura defensiva no mercado de câmbio doméstico nesta quinta-feira (28). Diante da incerteza sobre qual será, afinal, o desenho orçamentário para acomodar os precatórios e emplacar o Auxílio Brasil de R$ 400, avalia-se que a política monetária deve ser ainda mais restritiva para ancorar as expectativas de inflação e dar o mínimo de credibilidade à política econômica. Nem mesmo a divulgação de superávit de R$ 303 milhões do governo central em setembro, acima da mediana do Projeções Broadcast (déficit de R$ 4,250 bilhões), arrefeceu os temores de degringolada fiscal em meio ao abandono informal do teto de gastos. A fotografia das contas públicas pode ser boa, mas a história que o filme conta caminha para um final muito ruim, dizem analistas. O dólar à vista já abriu a sessão em alta e ultrapassou a marca de R$ 5,60 na primeira hora de negócios. O pior momento veio no início da tarde, quando a moeda americana correu até a máxima de R$ 5,6358 (+1,45%), em meio a rumores de que, dadas dificuldades para a aprovação da PEC dos Precatórios, o governo estudaria a possibilidade de decretar estado de calamidade pública, abrindo espaço para despesas fora do teto de gastos e renovação do auxílio emergencial, por meio da aprovação de créditos extraordinários. Logo em seguida, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-R), disse ao Broadcast que não vai haver prorrogação do auxílio emergencial e nem decretação do estado de calamidade porque a PEC dos Precatórios será aprovada na próxima quarta-feira (3), em sessão presencial da Câmara. Na mesma linha, o ministro da Cidadania, João Roma, disse que o governo está focado "na aprovação da PEC" e não "há plano B". Em entrevista para comentar o resultado das contas do governo central, o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal do ministério da Economia, David Rebelo Athayde, disse que "não tem possibilidade de a equipe econômica defender a ideia de que haja um novo decreto de calamidade pública". Depois da debandada de parte da equipe econômica na semana passada, puxada pela saída do secretário de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, cresceram as dúvidas sobre a capacidade do ministro da Economia, Paulo Guedes, de se contrapor ao desejo da ala política do Planalto por ampliação das despesas. Após orbitar ao redor de R$ 5,60 na maior parte da tarde, o dólar voltou a acelerar na última hora de negócios, em conjunto com a virada do Ibovespa para o campo negativo, e encerrou cotado a R$ 5,6253, em alta de 1,26% - o pior desempenho entre as divisas emergentes, em dia de perdas também para o peso mexicano e o rand sul-africano, tidos como pares do real. A moeda americana caiu, contudo, em relação a outras divisas de países exportadores de commodities e na comparação com seus pares fortes. Com o avanço nesta quinta-feira, as perdas do dólar na semana foram praticamente apagadas (-0,04%). No acumulado do mês, a moeda americana avança 3,29%. Para o head de câmbio da Acqua-Vero Investimentos, Alexandre Netto, a tese de que uma taxa Selic maior daria sustentação ao real não se sustenta, uma vez que a curva de juros já embute bastante prêmio e, mesmo assim, o dólar segue em ascensão. "O problema é a percepção de risco elevada com essa incerteza sobre a política fiscal", diz. Netto avalia que, mesmo com a aprovação da PEC dos Precatórios, permanecerá a desconfiança sobre a âncora fiscal do País, já que o Congresso teria chancelado uma "manobra" para contornar o teto de gastos. Se a PEC não vingar, é quase certo que o governo arrumará um jeito de bancar o Auxílio Brasil, do qual Bolsonaro disse não abrir mão. "Com esse populismo fiscal, não vejo no curto prazo como o dólar possa recuar para abaixo dos R$ 5,50. Deve ficar numa faixa entre R$ 5,50 e R$ 5,70 no curto prazo", afirma o head da Acqua-Vero, acrescentando que a volatilidade deve aumentar amanhã, dia da formação da última taxa Ptax de outubro. A economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, vê a alta do dólar hoje, a despeito da elevação da Selic, como uma reação ao aumento do risco fiscal extrateto, após o adiamento da votação da PEC dos Precatórios e os rumores de extensão do auxílio emergencial. "Além disso, o IGP-M de outubro veio acima das expectativas. É mais um número de inflação assustando o mercado", afirma Consorte, em referência a alta de 0,64% do IGP-M neste mês, acima do teto do Projeções Broadcast, de 0,61%. No exterior, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes - operou em queda firme, na casa de 93,300, sobretudo por conta do fortalecimento do euro, na esteira de declarações mais duras da presidente do BCE, Christine Lagarde. Cresce a percepção de que os Bancos Centrais das economias desenvolvidas vão acelerar a normalização da política monetária, o que, é claro, respinga nas moedas emergentes. O resultado abaixo do esperado da primeira leitura do PIB dos EUA no terceiro trimestre - crescimento de 2% ante projeção de 2,5% - ajudou a tirar um pouco de força do dólar ante divisas fortes, mas não alterou a expectativa para início da retirada de estímulos monetários pelo Federal Reserve a partir do mês que vem. O índice de preços de gastos com o consumo (PCE) subiu à taxa anualizada de 5,3% no terceiro trimestre, enquanto o núcleo (sem alimentos e energia) avançou 4,5%. Na B3, o dólar futuro para novembro avançava 1,57%, a R$ 5,6265, com giro na casa de US$ 15 bilhões (Antonio Perez - [email protected]) 17:29 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.62530 1.2637 5.63580 5.56250 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5642.500 1.85937 5649.000 5559.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5673.000 1.83091 5678.000 5613.000 BOLSA Em meio ao impasse sobre a votação da PEC dos Precatórios, com o governo parecendo encontrar dificuldade para reunir quórum para uma aprovação segura, o Ibovespa, o câmbio e os juros futuros voltaram a mostrar nervosismo nesta quinta-feira quanto à evolução do fiscal em 2022, no dia seguinte à elevação da Selic a 7,75% ao ano, com sinalização do Copom para outro aumento de 1,5 ponto porcentual em dezembro - indicação que não convenceu o mercado, que aposta em ajuste maior tanto em dezembro como em fevereiro. Os dados sobre as contas públicas divulgados no início da tarde, com superávit primário em setembro, chegaram a contribuir para que o índice de referência da B3 oscilasse levemente para o positivo, mas o pessimismo voltou a se impor depois do meio da tarde, com pressão sobre o câmbio e a curva de juros. Assim, o Ibovespa seguiu pelo terceiro dia no negativo nesta quinta-feira, ao fechar em baixa de 0,62%, aos 105.704,96 pontos, menor nível de encerramento desde 13 de novembro de 2020 (104.723,00). Na semana, cai 0,56%, cedendo 4,75% no mês e, agora, 11,19% no ano. Moderado, o giro financeiro ficou em R$ 29,4 bilhões nesta véspera de fim de outubro, em que o Ibovespa parece irremediavelmente a caminho do quarta perda mensal seguida, algo não visto desde o intervalo entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014. Hoje, oscilou entre mínima de 105.282,37 e máxima de 107.209,64, com abertura a 106.369,01 pontos. "A curva de juros está indicando taxa de 12,40% para 2023. O BC continua atrás da curva e, sozinho, sem a âncora fiscal, não está conseguindo segurar a ponta longa. Os preços dos ativos estão cada vez mais baixos, mas o ruim sempre pode ficar pior", diz Ricardo Campos, CEO da Reach Capital. "O governo não está mostrando comando da base no Congresso, uma dificuldade que sempre teve. E se fala até em MP para estender auxílio emergencial. Sem a âncora fiscal, é preciso ver até onde irá a vontade, o apetite por reeleição, e as emendas parlamentares", acrescenta. Combinada à leitura de anteontem sobre a arrecadação federal em setembro, no maior nível para o mês na série iniciada em 1995, o superávit primário no mesmo mês, ainda que conjuntamente à arrecadação não seja o suficiente para reverter temores sobre o fiscal, foi bem-vindo em dia no qual reemergiram rumores quanto à prorrogação do auxílio emergencial na falta de apoio à PEC dos Precatórios, essencial à modelagem de financiamento ao Auxílio Brasil. Hoje, mais uma vez a votação da PEC foi adiada na Câmara, agora para a próxima quarta-feira - "logo depois de feriado, quando se sabe como é difícil votar em semana com feriado", observa Campos, da Reach Capital. Em outro desdobramento negativo para esta quinta-feira, destaque também para nova leitura preocupante sobre a inflação, divulgada pela manhã, com o IGP-M acima do teto das projeções para outubro. Assim, com a falta de horizonte claro sobre o fiscal, e inflação pressionada, no dia seguinte à deliberação do Copom o mercado de juros futuros já precifica dose maior de correção da Selic, para as reuniões de dezembro e fevereiro - o que afeta diretamente o apetite por renda variável, deixando em segundo plano a temporada em geral favorável de balanços do terceiro trimestre no Brasil, vistos já como retrovisor de percurso longínquo, descolando assim a B3 da reação positiva vista em Nova York para as empresas americanas. "A alta de 1,5 ponto porcentual (na Selic ontem) e o compromisso de mais um aumento não foi suficiente para o mercado. Mostrou um BC reativo ao cenário econômico - inflação alta e aumento do risco fiscal -, e não proativo para antecipar os problemas. Somente acompanhar o rumo certamente fará o Copom 'correr atrás da curva'", observa Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. "Diante da piora recente da inflação no Brasil e no mundo, e dos acontecimentos recentes no palco político - no caso, a proposta do governo de alteração da regra do teto de gastos, que aumentou a percepção de risco fiscal -, alguns analistas esperavam um recado mais forte em relação ao controle inflacionário e aos próximos passos do Copom", aponta Rachel de Sá, chefe de Economia da Rico Investimentos. "Em bom português: para os diretores do Banco Central, o risco fiscal que chamava atenção há bastante tempo, ainda não se concretizou de fato, mas as discussões sobre mudanças nas regras fiscais afetam a perspectiva de agentes na economia sobre onde os preços estarão no futuro - impactando o esforço do controle de preços", acrescenta Rachel. À espera do balanço trimestral após o fechamento de hoje, Petrobras (ON +0,96%, PN +0,94%) foi a exceção positiva entre as empresas de maior liquidez. Na ponta do Ibovespa, destaque para Ambev (+9,72%), após resultados considerados fortes para o terceiro trimestre, seguida por BRF (+6,56%) e Klabin (+1,37%), movidas pelo dólar a R$ 5,6253 (+1,26%) no fechamento desta quinta-feira; entre as duas, Multiplan (+1,77%). Na face oposta do Ibovespa, Americanas ON (-8,60%), Lojas Americanas (-7,41%) e PetroRio (-7,26).(Luís Eduardo Leal - [email protected]) 17:27 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 105704.96 -0.61877 Máxima 107209.64 +0.80 Mínima 105282.37 -1.02 Volume (R$ Bilhões) 2.94B Volume (US$ Bilhões) 5.24B 17:29 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 105340 -2.40875 Máxima 108185 +0.23 Mínima 104850 -2.86 MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York foram mais uma vez impulsionadas pela temporada de balanços e fecharam em alta, com recordes do Nasdaq e do S&P 500. Os juros dos Treasuries passaram a subir em toda a curva após o Tesouro americano realizar um leilão de títulos que atraiu demanda abaixo da média recente. Antes, os rendimentos longos caíam. No mesmo dia da divulgação do PIB dos EUA do terceiro trimestre, que veio abaixo do previsto, o presidente Joe Biden anunciou um acordo em seu partido sobre o escopo de um pacote trilionário de gastos, mas ainda não há certeza sobre a aprovação no Congresso. O dólar, por sua vez, se desvalorizou ante pares, com o euro forte após o BCE informar que vai reduzir o ritmo das compras de ativos. Com o câmbio favorável, mas pouco impulso, o petróleo fechou sem sinal único. Os papéis de big techs voltaram a impulsionar os índices acionários americanos. Antes da divulgação de seus balanços trimestrais, Apple e Amazon subiram 2,50% e 1,59%, respectivamente, o que levou o Nasdaq a atingir cotação recorde de fechamento, aos 15.448,12 pontos, com alta de 1,39%. No after hours, a ação da Amazon caía mais de 4% com o anúncio dos resultados, que mostraram lucro líquido de US$ 3,2 bilhões no período de julho a setembro. O S&P 500, por sua vez, encerrou com ganho de 0,98%, na máxima histórica de 4.596,42 pontos, e o Dow Jones avançou 0,68%, a 35.730,48 pontos. "Esta temporada de balanços mostrou que o consumidor dos EUA é forte e tem sido capaz de lidar com a recente onda de aumentos de preços", diz o analista Edward Moya, da Oanda. Outra ação que apoiou as bolsas de Nova York foi a da Ford (+8,70%). Segundo o balanço divulgado ontem, a montadora registrou lucro líquido de US$ 1,8 bilhão no terceiro trimestre, acima do previsto. Na renda fixa, os rendimentos longos dos Treasuries passaram a subir após o Tesouro realizar um leilão de T-notes de 7 anos, que registrou yield de 1,461% e demanda abaixo da média recente, segundo dados do BMO Capital Markets. No horário de fechamento, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,496%, o da T-note de 10 anos avançava a 1,570% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 1,961%. Antes do leilão, os rendimentos longos recuavam. Na avaliação do Citi, o achatamento da curva sugeria que os mercados estavam precificando juros mais altos no curto prazo, mas uma perspectiva de longo prazo menos otimista para a economia. A Capital Economics, por sua vez, diz que as curvas de juros em países desenvolvidos como um todo devem voltar à tendência de inclinação para cima. Divulgado hoje, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu à taxa anualizada de 2% no terceiro trimestre, abaixo da mediana de 2,5% do Projeções Broadcast. O dado teve pouco impacto no mercado e os analistas, em geral, esperam que a economia volte a acelerar nos últimos meses do ano, com o pico do contágio da variante delta do coronavírus, mas alertam para os riscos representados pelos gargalos nas cadeias de produção. Antes de viajar para a Europa, onde participará da COP26 e da cúpula do G20, o presidente americano, Joe Biden, disse que há um acordo entre os democratas sobre o escopo de seu pacote social e ambiental, cujo montante foi reduzido de US$ 3,5 trilhões a US$ 1,75 trilhão para contentar a ala centrista do partido. No câmbio, o dólar se enfraqueceu ante os pares, principalmente devido à força do euro, na esteira da decisão do BCE de diminuir o ritmo das compras de ativos. O movimento de valorização da moeda comum foi maior durante a coletiva da presidente Christine Lagarde. Na avaliação do analista-chefe de mercados da CMC Markets, Michael Hewson, mesmo que ela tenha afastado a possibilidade de uma elevação iminente de juros, isso não foi suficiente para tirar por completo a percepção do mercado de que pode haver aperto monetário. No fechamento, o índice DXY, que mede a variação do dólar contra seis rivais, caiu 0,49%, a 93,345 pontos. Mesmo com o câmbio favorável, o petróleo teve pouco impulso na sessão. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para dezembro fechou em alta de 0,18%, em US$ 82,81 o barril, mas o Brent para janeiro recuou 0,25%, a US$ 83,66 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). (Iander Porcella - [email protected])
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