O Ibovespa até tentou resistir, mas o mau humor visto em Nova York, diante do impasse nas negociações por uma nova rodada de estímulos fiscais nos Estados Unidos, e os fortes ganhos recentes fizeram os investidores realizarem lucros na reta final dos negócios. Mas apesar da queda de 0,32%, aos 118.023,67 pontos, o índice engatou a sétima semana consecutiva de ganhos, período no qual avançou cerca de 25%. A farta liquidez global, com busca por risco e alta das commodities, ajuda a explicar tal desempenho, em uma semana em que a Bolsa brasileira zerou as perdas do ano e, agora, sobe 2,06%. Em Wall Street, além da incerteza em relação aos estímulos, uma conjunção de realização de lucros, após os recordes sequenciais, e efeitos do chamado quadruple witching, vencimento simultâneo de quatro tipos diferentes de contratos futuros ligados a ações, fez as principais bolsas encerrarem em território negativo. O dólar, ao contrário do Ibovespa, encerrou uma sequência de quatro semanas de queda ante o real e subiu 0,73% nesta que se encerrou hoje. A divisa americana ficou bastante volátil ao longo do pregão, ora influenciada pelo fluxo de entrada de recursos, ora pela piora externa e pelos ruídos políticos. Hoje, o Banco Central fez dois extras de moeda, aportando US$ 2,8 bilhões. Ainda assim, o dólar à vista terminou perto da estabilidade, com leve alta de 0,08%, a R$ 5,0829. Por fim, o mercado de juros conseguiu se distanciar um pouco das tensões globais e domésticas, sobretudo à tarde, encerrando o dia perto da estabilidade, apesar do pequeno ganho de inclinação da curva na semana. Após estresse ante a possibilidade de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), colocar em pauta itens considerados como "bomba fiscal", como o 13º para o Bolsa Família, as taxas se acomodaram quando o ministro Paulo Guedes afirmou que a proposta de pagamento do benefício não foi encaminhada para não configurar crime de responsabilidade fiscal.
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