DÓLAR SUPERA R$ 5,72 E BC INJETA US$ 2,1 BI, MAS BOLSA SE ANIMA COM ‘FICO’ DE GUEDES

Blog, Cenário
O real teve o pior comportamento ante as principais divisas nesta segunda-feira e destoou completamente do movimento dos demais ativos, que refletiram um misto de apetite por risco e correção às fortes perdas registradas na sexta-feira, quando Sérgio Moro se demitiu e fez uma série de acusações ao presidente Jair Bolsonaro. Com o estresse no câmbio, e as cotações superando o nível de R$ 5,72, o Banco Central precisou fazer nova intervenção, vendendo US$ 1 bilhão em swap. Pela manhã, havia feito duas vendas de dinheiro novo, via swap e dólar à vista, somando US$ 1,1 bilhão. Com isso, conseguiu conter a alta no mercado à vista, que fechou estável, mas no futuro a divisa ainda subia 1,41% perto do fechamento na B3. Em meio a um aparente fluxo de saída de recursos, os investidores se ajustam a mudanças de posição dos estrangeiros na B3, que voltaram a ficar comprados em dólar futuro, precificando o aumento do risco político. Nos outros mercados, uma parte do alívio de hoje veio do exterior, mas o principal condutor foi, mais uma vez, doméstico: uma espécie de "fico" do ministro da Economia, Paulo Guedes, antes mesmo da abertura do pregão, conduziu o otimismo dos agentes. Isso porque, depois da queda de Moro e do lançamento, também na semana passada, do programa Pró-Brasil, que previa aumento dos gastos públicos e sem a participação da equipe econômica, a leitura era de que o "Posto Ipiranga" também poderia estar com os dias contados. Mas logo cedo, Bolsonaro, ao lado do titular da Economia, disse: "o homem que decide economia no Brasil é um só e se chama Paulo Guedes". À tarde, para ajudar um pouco mais no alívio, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou que não enxerga espaço para aceitar um pedido de impeachment de Bolsonaro neste momento e também disse que Guedes é respeitado e deve seguir no comando da Economia. Nesse ambiente, o Ibovespa subiu bem mais do que seus pares em Wall Street, ao ganhar 3,86%, aos 78.238,60 pontos. Os juros reagiram com queda firme pela manhã ao 'fico de Guedes', mas à tarde a escalada do dólar reduziu o ritmo de alívio, colocando as taxas curtas em alta. A curva a termo já voltou a captar apostas de queda de apenas 0,25 ponto porcentual da Selic no Copom de maio, ainda que minoritárias, de 30%, ante 70% de chance de corte de 0,5 ponto. Em Nova York, as bolsas aceleraram os ganhos durante a tarde, com ações do setor financeiro em destaque. O motivo para esse otimismo está nos processos de reabertura econômica de alguns países, após semanas de quarentena, assim como as perspectivas de que os bancos centrais continuem com uma política monetária expansionista - hoje, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) anunciou que seu programa de compras de títulos do governo será ilimitado. Mesmo assim, o destaque negativo voltou a ficar com o petróleo. O WTI tombou 25% e interrompeu três sessões de ganhos, com preocupações sobre a falta de demanda e o esgotamento de espaço para armazenagem.  
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  CÂMBIO Em novo dia de estresse e volatilidade no mercado de câmbio, o dólar destoou do otimismo visto na Bolsa e levou o Banco Central a fazer três intervenções de dinheiro novo, injetando ao todo US$ 2,1 bilhões. A venda da moeda americana ajudou a conter o ritmo de valorização, mas no mercado futuro, que determina as cotações no mercado comercial, a moeda ainda subiu mais de 1% e o real teve o pior desempenho no mercado internacional de moedas.   Preocupações com o ritmo de contração da economia doméstica, com o ambiente político e saídas de recursos externos ajudaram a pressionar o câmbio. Além disso, um movimento técnico de investidores estrangeiros e fundos no mercado futuro de dólar, elevando apostas contra o real, também ajudou a pressionar as cotações, de acordo com traders de câmbio. No mercado à vista, o dólar chegou a superar R$ 5,72, mas acabou encerrando o dia praticamente estável, em R$ 5,6596 (-0,03%). No mercado futuro, o dólar para maio chegou a encostar em R$ 5,73, mas era negociado em R$ 5,65, perto do fechamento na B3.   O dólar acabou caindo no exterior ante divisas fortes e subiu em ritmo moderado em alguns emergentes. Na Turquia, por exemplo, avançou 0,55%.   "Há um conjunto de notícias que acaba não agradando", afirma o operador e economista da Advanced Corretora de Câmbio, Alessandro Faganello. Ele menciona o aumento da incerteza política e as dúvidas sobre o ritmo de contração da atividade econômica por conta da pandemia e das quarentenas, enquanto no exterior o clima é de mais otimismo, com as economias se preparando para a reabertura de suas atividades.   Para Faganello, as ações do BC logo pela manhã ajudaram a evitar piora ainda maior do dólar. Na primeira parte dos negócios, o BC atuou oferecendo swap cambial e dólar à vista, em operações que somaram US$ 1,1 bilhão. À tarde, vendeu mais US$ 1 bilhão via swap cambial, para tentar conter a forte piora do dólar futuro, que pouco antes subia mais de 2%.   Há ainda um movimento técnico por trás da piora do dólar. Operadores ressaltam que, na sexta-feira, os estrangeiros mudaram de lado e voltaram a ficar "comprados" em dólar futuro na B3, posições que ganham com a alta da moeda americana. Até quinta-feira, os estrangeiros estavam "vendidos" em 9 mil contratos, mas na sexta, dia da saída do ex-juiz Sergio Moro do governo e que o BC fez oito intervenções no câmbio, eles zeraram estas posições e passaram a ficar "comprados" em 24,3 mil contratos, mostram números da B3 pela compilados pela corretora Renascença.   Além dos estrangeiros, investidores nacionais também aumentaram posições "compradas", com os fundos e gestoras elevando em 10,2 mil contratos, ou US$ 513 milhões apenas na sexta-feira.   Além do reforço de posições contra o real aqui, o movimento de especuladores em Chicago que poderia trazer algum alívio para o real foi interrompido na semana passada. Investidores fizeram uma pausa na redução de posições "vendidas" nos contratos futuros da moeda brasileira, que ganham com a queda da divisa ante o dólar. Estes contratos seguiram em 9,4 mil na semana passada, mesmo nível da anterior, de acordo com o relatório Commodity Futures Trading Commission (CFTC). Estas posições vinham sendo reduzidas há cinco semanas consecutivas.   O economista-chefe para América Latina do grupo ING, Gustavo Rangel, vê o dólar batendo no pico de R$ 5,80, mas caso o ministro da Economia Paulo Guedes saia do governo, a moeda americana iria para a casa dos R$ 6,00 a R$ 6,50. Caso Jair Bolsonaro queira preservar a âncora fiscal de seu governo, é essencial que Guedes fique no cargo, ressalta Rangel, em relatório.   Hoje pela manhã, Bolsonaro afirmou que "quem manda na economia" é Guedes, mas o ING alerta que ainda é cedo para saber mesmo se o ministro vai se manter como principal formulador da política econômica brasileira. Fonte: Altamiro Silva Junior - [email protected]     Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.65960 -0.0318 5.72580 5.53700 Dólar Comercial (BM&F) 5.5096 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5675.000 1.59327 5728.500 5535.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5674.000 1.50268 5730.000 5644.000     BOLSA A ebulição política em Brasília deu trégua nesta abertura de semana com o tom apaziguador do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que praticamente afastou a possibilidade de análise imediata dos pedidos de impeachment já apresentados, em momento, segundo disse, em que deve ser priorizado o combate ao novo coronavírus. O desdobramento veio no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ministro Paulo Guedes continuará a ser o único a "decidir" sobre a economia, dando o "norte" ao resto da administração, o que contribuiu para mitigar temor do mercado quanto a eventual perda do segundo pilar do governo, após a ruidosa e não antecipada saída de Sérgio Moro, da Justiça.   Dessa forma, o Ibovespa conseguiu recuperar parte das perdas da sexta-feira, ao encerrar esta primeira sessão da semana em alta de 3,86%, aos 78.238,60 pontos, não tão distante da máxima, em dia de avanço dos mercados de Nova York e da Europa, apesar de nova queda acentuada do petróleo. O giro financeiro foi de R$ 24,1 bilhões com o principal índice da B3 oscilando entre mínima de 75.326,58 e máxima de 78.562,71 pontos na sessão. No mês, o índice acumula agora ganho de 7,15%, mas ainda cede 32,35% no ano. Na sexta, com o fator Moro, o Ibovespa fechou em baixa de 5,45%, acumulando perda de 4,63% na semana passada.   "Hoje foi praticamente o Dia do Fico do Guedes, e o mercado gostou disso. Mas a volatilidade deve persistir, com o coronavírus, a duração do distanciamento social, a incerteza sobre a retomada econômica e, agora, o risco político - que, sozinho, pode ser visto como uma volatilidade dentro da volatilidade. Assim, o excesso da sexta-feira foi corrigido em parte nesta segunda", diz Márcio Gomes, analista da Necton.   "A questão central com toda essa crise política será como o governo irá manobrar no Congresso e como construirá sua base daqui para frente, após perder um dos 'superministros'. A reaproximação do Centrão será chave para esse diálogo, sem falar da necessidade de evitar atritos desnecessários com a equipe econômica, para restabelecer o elo de confiança com o mercado", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear.   Além de Guedes, Bolsonaro esteve reunido logo pela manhã e falou, na portaria do Palácio da Alvorada, ao lado dos ministros da Agricultura, Tereza Cristina, da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vistos como os pontos de luz ainda remanescentes no governo - imagem que contribuiu também para amenizar a sensação de declínio iminente, após o desembarque de Moro, cujas declarações acenderam o alerta de impeachment, ao mencionar interferência política na Polícia Federal, no momento que a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal apuram manifestações contra a democracia e a disseminação de Fake News perto do poder Executivo.   Nesse contexto, o Ibovespa conseguiu se reacomodar na linha de 78 mil pontos, a mais frequente nos fechamentos desde o dia 8 de abril, favorecido também pelo dia positivo em Nova York, onde os três índices encerraram esta sessão com ganhos entre 1,11% (Nasdaq) e 1,51% (Dow Jones).   Na B3, a ação da Embraer se manteve-se na ponta negativa do Ibovespa ao longo da sessão, mas conseguiu limitar bem as perdas, que chegaram a dois dígitos durante o dia, para fechar em baixa de 7,49% após o naufrágio do acordo com a Boeing sobre a divisão de aviação comercial da companhia brasileira. Além de Embraer, apenas outras quatro ações encerraram o dia em terreno negativo: Qualicorp (-2,45%), Hypera (-2,27%), Smiles (-0,36%) e Cogna (-0,22%).   No lado oposto, destaque para Via Varejo (+18,65%), Braskem (+13,52%), BRF (+10,84%) e Totvs (+10,06%). Apesar do forte ajuste negativo do petróleo, Petrobras ON e PN subiram respectivamente 4,54% e 3,13%, após serem punidas na última sexta pelo risco político, que atingiu em cheio as ações do chamado "Kit Brasil". Os bancos também tiveram forte recuperação nesta segunda-feira, com destaque para Banco do Brasil (+5,72%) e Santander (+4,18%). Vale ON avançou 1,81%. Fonte: Luis Eduardo Leal - [email protected]     Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 78238.60 3.8603 Máxima 78562.71 +4.29 Mínima 75326.58 -0.01 Volume (R$ Bilhões) 2.40B Volume (US$ Bilhões) 4.27B   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 78340 2.16484 Máxima 78985 +3.01 Mínima 76435 -0.32     JUROS A segunda-feira terminou bem pior do que começou para o mercado de juros. A queda firme das taxas vista pela manhã na ponta longa perdeu força à tarde e as curtas, que também cediam na primeira etapa, passaram a subir. O movimento coincidiu com o aumento da pressão sobre o câmbio que, mesmo com as sucessivas intervenções do Banco Central e com desagravo do presidente Jair Bolsonaro ao ministro da Economia, Paulo Guedes, passou boa parte da tarde rondando os R$ 5,70. No fechamento da sessão regular, o recuo da taxa do contrato para janeiro de 2027, que pela manhã chegou a ser de 70 pontos-base, era de 13 pontos apenas. É consenso que embora os ruídos políticos hoje tenham dado alguma trégua, o mercado está muito fragilizado e evita apostar grandes fichas na aproximação de Bolsonaro com parlamentares do Centrão. Nesse contexto, as apostas de corte da Selic ficaram ainda mais conservadoras na precificação da curva, com o ressurgimento da expectativa de queda de apenas 0,25 ponto no Copom de maio.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021, que de manhã voltava a oscilar abaixo de 3%, fechou em 3,200%, de 3,117% na sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2022 subiu de 4,101% para 4,22%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 8,46%, de 8,593%.   Após o estresse que catapultou as taxas na sexta-feira, hoje de manhã a curva experimentava grande alívio, mas ainda assim a devolução de prêmios ia num ritmo bem menos intenso do que a alta na sessão anterior. "A inclinação segue muito elevada, as taxas não devolveram quase nada do aumento dos prêmios", observou o operador de renda fixa da Terra Investimentos Paulo Nepomuceno.   A melhora decorreu do discurso conjunto do presidente Jair Bolsonaro e de seus ministros, em resposta às críticas de que o governo estaria rachando após a saída de Sérgio Moro, e que Paulo Guedes poderia ser o próximo. "O homem que decide economia no Brasil é um só, chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte, nos dá recomendações e o que nós realmente devemos seguir", disse Bolsonaro.   O economista-chefe para América Latina do banco IG, Gustavo Rangel, avalia ser essencial a manutenção de Guedes caso Bolsonaro queira preservar a âncora fiscal de seu governo. Para ele, a fala de Bolsonaro sobre Guedes, assim como a sinalização de que não haverá processo de impeachment neste momento, dada hoje pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sugerem que o episódio de saída de Moro não deve ter efeito imediato sobre a política econômica. "O efeito político ainda é incerto", disse.   Em entrevista, Maia defendeu ainda a permanência do economista no governo. "Tive alguns conflitos com ele nas últimas semanas, mas isso não me coloca aqui apenas para criticá-lo, ele tem credibilidade", disse.   Para Nepomuceno, a saída de Moro é questão superada, mas ele vê dois pontos de possível recrudescimento das tensões: um eventual novo embate entre Bolsonaro e os governadores na medida em que a curva de contágio do coronavírus no Brasil vai empinando e a insistência da Casa Civil com o Plano Pró-Brasil, que prevê forte investimento público em infraestrutura nos próximos anos. "É necessário que a Casa Civil fique quieta e deixe a equipe econômica trabalhar", afirmou.   No começo da tarde, a virada do dólar para cima esfriou o ajuste de baixa na curva longa e colocou a ponta curta em alta. A moeda no segmento à vista tinha ganho firme no fechamento sessão regular do DI, tendo renovado máximas até R$ 5,7258, o que obrigou o BC a lançar sua quarta intervenção do dia no fim da tarde. Com isso, a moeda acabou fechando quase estável, a R$ 5,6596 (-0,03%).   Na curva de juros, as apostas para a Selic ficaram mais conservadoras. Segundo o Haitong Banco de Investimentos, a curva precificava para o Copom de maio 42 pontos-base de corte para a taxa básica, ou seja, 70% de chance de queda de 0,5 ponto porcentual e 30% de probabilidade de redução de 0,25 ponto. Fonte: Denise Abarca - [email protected]       Operação CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 3.31 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 3.65 Over Selic (%a.a) 3.65   MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York aceleraram os ganhos durante a tarde, com ações do setor financeiro em destaque, e fecharam em alta após um pregão de otimismo nos mercados globais. Os processos de reabertura econômica de alguns países, após semanas de quarentena, assim com as perspectivas de que os bancos centrais continuem com uma política monetária expansionista, animam o mercado, ainda mais depois de o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) anunciar compra ilimitada de títulos do governo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, no entanto, que a pandemia de coronavírus está "longe de acabar". Com o apetite por risco em alta, os investidores desfizeram posições em Treasuries, o que levou a uma alta nos juros, e buscaram menos dólares, com a moeda americana em baixa ante divisas fortes e emergentes. Entre as commodities, o petróleo WTI caiu 25% e interrompeu três sessões de ganhos, com preocupações sobre a falta de demanda e o esgotamento dos estoques.   "Com os cronogramas de reabertura [econômica] entrando em maior foco, da Itália a Nova York, as próximas semanas serão gastas avaliando o relativo sucesso dos esforços para o realinhamento da economia global", avaliam analistas do BMO Capital Markets. Hoje, o otimismo prevaleceu nos mercados financeiros, diante da percepção de que o relaxamento gradual das medidas de distanciamento social a partir de maio pode levar a uma recuperação econômica mais rápida. Em Nova York, epicentro do coronavírus nos Estados Unidos, o número de novas mortes caiu de 367 ontem para 337 hoje.   Com o apetite por risco em alta, as bolsas de Nova York ganharam mais impulso à tarde e o índice acionário Dow Jones fechou a sessão com ganho de 1,51%, a 24.133,78 pontos. O S&P 500 avançou 1,47%, a 2.878,48 pontos e o Nasdaq subiu 1,11%, a 8.730,16 pontos. O subíndice do setor financeiro liderou as altas (+3,54%) no S&P 500, seguido pelo do setor imobiliário (+2,94%). Entre o grandes bancos, as ações do Citigroup ganharam 8,03%, as do Wells Fargo registraram alta de 5,53% e as do JPMorgan avançaram 4,31%. Os papéis da Boeing, no entanto, encerraram em baixa de 0,23%, após o fim das negociações para o acordo com a Embraer.   Segundo analistas, a recuperação dos mercados acionários, depois de fortes perdas em março, também está relacionada com as medidas de estímulos sem precedentes de governos e bancos centrais. Hoje, o BoJ anunciou que não estabelecerá mais um limite para suas compras de títulos do governo japonês. A Capital Economics, consultoria britânica, afirma que o relaxamento monetário, principalmente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), colocou um "piso" para a queda das ações. "No entanto, quaisquer ganhos além daqueles já acumulados desde meados de março dependerão fortemente de mais sinais de que as medidas tomadas para conter o surto [da covid-19] estão funcionando", diz o analista Oliver Jones.   Na visão do BMO Capital Markets, "o maior risco é uma segunda onda de covid-19", o que aumentaria a preocupação dos investidores. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um alerta hoje e reiterou que a pandemia "está longe de acabar" e que isso depende do desenvolvimento de uma vacina.   Com o apetite dos investidores voltado para as ações, a demanda por Treasuries diminuiu e os juros subiram. No final da tarde em Nova York, o rendimento da T-note de dois anos registrava alta a 0,212% e o da T-note de 10 anos, a 0,655%. No mercado cambial, os investidores buscaram menos dólares e o índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis divisas fortes, encerrou em queda de 0,34%, 100,041 pontos.   "Os mercados emergentes também tiveram algum impulso contra o dólar", afirma o analista de mercado Joe Manimbo, do banco Western Union. No final da tarde em Nova York, o dólar caía a 24,849 pesos mexicanos e a 18,806 rands sul-africanos. No entanto, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse hoje que a entidade está "muito preocupada" com os emergentes e que será necessário US$ 2,5 trilhões para superar a crise nesses países.   Entre as commodities, o petróleo voltou a cair após três sessões consecutivas de alta. Com os temores de falta de demanda e esgotamento dos estoques no foco, o contrato do WTI para junho despencou 24,56%, a US$ 12,78, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para julho encerrou em baixa de 7,01%, a US$ 23,07, na Intercontinental Exchange (ICE). Fonte: Iander Porcella - [email protected]          
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