DÓLAR SALTA A R$ 5,82, PUXA JUROS E BOLSA CAI COM CAUTELA EXTERNA E POLÍTICA LOCAL

Blog, Cenário
Em um dia de bastante instabilidade em Nova York, os riscos domésticos voltaram a se sobrepor, gerando um clássico movimento de aversão ao risco, com dólar e juros futuros em alta, acompanhados por um recuo da Bolsa. A principal incerteza em relação ao Brasil é fiscal: o mercado segue aguardando o veto do presidente Jair Bolsonaro à possibilidade de reajuste de servidores dentro do pacote de ajuda a Estados e municípios. Ao mesmo tempo, contudo, não vetar significaria nova derrota ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Mas outros fatores se somaram a esse principal durante a tarde, a começar pela divulgação de trechos do depoimento do ex-diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Houve ainda alguma cautela com uma manifestação de caminhoneiros em São Paulo, visto que, se a categoria decidir por alguma paralisação, comprometeria ainda mais a já debilitada atividade econômica, que segue sendo revisada em baixa por uma série de instituições. O JPMorgan, por exemplo, prevê um tombo de 7% para o PIB brasileiro em 2020. Nesse ambiente, o real voltou a ter o pior comportamento ante o dólar quando comparado a uma cesta de 34 moedas. A divisa dos EUA encerrou o dia com valorização de 1,37%, aos R$ 5,8206. Houve algum alívio pontual com a entrada do Banco Central, por meio de um leilão de 10 mil contratos de swap (US$ 500 milhões), no encerramento da sessão. No ano, o avanço é de 45%. Com essa puxada do câmbio e na véspera da ata do Copom e de outros dados de atividade, os juros futuros subiram, mas com o acúmulo mais intenso de prêmio na ponta longa, houve nova inclinação da curva. Mas o exterior também deu sua parcela de contribuição para o clima mais pesado no Brasil. Ainda que o avanço de ações dos setores de tecnologia e serviços de comunicação tenham trazido, à tarde, melhora às bolsas em Wall Street, os principais índices passaram o dia sem direção única e assim terminaram o pregão. Pelo lado negativo, pesou certo temor de que o ressurgimento de casos de coronavírus na Ásia, sobretudo na China e na Coreia do Sul, possa indicar uma segunda onda da doença. Essa combinação de incerteza em relação à economia global com os riscos políticos locais levaram o Ibovespa, também depois de alguma oscilação, a devolver uma parte do avanço alcançado na sexta-feira, com recuo de 1,49%, aos 79.064,60 pontos. No ano, as perdas totalizam agora 31,63%.
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  CÂMBIO O dólar começou a semana em alta, refletindo um cenário de cautela tanto externo como interno. No exterior, a moeda americana subiu ante divisas fortes e emergentes após relatos de novos casos de coronavírus na Ásia e na Alemanha, o que aumentou o temor de uma segunda onda de contaminação da doença, colocando em risco as reaberturas das economias. No mercado doméstico, preocupações com o cenário político e com a piora da atividade pesaram, contribuindo para o real ter novamente o pior desempenho no mercado internacional ante o dólar, considerando uma cesta de 34 moedas. No ano, o dólar já sobe 45%.   No final da tarde, o Banco Central fez o único leilão extraordinário do dia, vendendo US$ 500 milhões de contratos de swap cambial. Com isso, o ritmo de alta do dólar se reduziu e a moeda, que havia batido pouco antes nos R$ 5,84, passou a operar na casa dos R$ 5,82. No fechamento, o dólar à vista terminou com valorização de 1,37%, cotado em R$ 5,8206. No mercado futuro, o dólar junho era negociado na casa dos R$ 5,82 no final da tarde.   Nas mesas de câmbio, não faltaram relatos de preocupações em várias frentes. Na política, a expectativa é pelo veto do presidente Jair Bolsonaro aos reajustes de categorias do funcionalismo público, como quer o ministro da Economia, Paulo Guedes. Há ainda depoimentos no inquérito que investiga interferência de Bolsonaro na Polícia Federal e as primeiras informações da oitiva do delegado Maurício Valeixo, ex-chefe da PF, são de que ele afirmou que Bolsonaro lhe disse que queria um diretor-geral com quem tivesse mais "afinidade". Há ainda relatos de paralisações de caminhoneiros em alguns locais, como na cidade de São Paulo.   "Estamos cada vez mais pessimistas sobre as perspectivas com o Brasil", afirma o economista sênior para América Latina da consultoria inglesa Pantheon Macroeconimics, Andres Abadia. Para ele, a forma como Bolsonaro está lidando com a pandemia, minimizando seus riscos, e o aumento dos conflitos políticos gerados pelo presidente, só vão tornar o cenário de recuperação ainda mais difícil após o pico do coronavírus passar. "As condições econômicas no Brasil estão se deteriorando rapidamente."   Com o avanço da economia e o cenário político conturbado, a expectativa é de economia em forte contração. O JPMorgan revisou sua projeção e passou a prever contração de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano. O banco americano também alerta que o cenário político conturbado pode dificultar ainda mais a recuperação da atividade.   O Itaú Unibanco também revisou sua estimativa e projeta o PIB encolhendo 4,5% este ano, além de maior deterioração fiscal, com a dívida bruta podendo bater em 92% do PIB este ano. O risco de contas públicas ainda piores, a contração mais intensa da atividade e os juros mais baixos fizeram o banco revisar o cenário para a taxa de câmbio, prevendo uma moeda americana ainda mais forte. Para 2020, a projeção do dólar foi elevada de R$ 4,60 para R$ 5,75. Em 2021, a estimativa subiu para R$ 4,50, ante R$ 4,15.   A piora fiscal e a economia enfraquecida devem seguir limitando o fluxo de capitais para o Brasil ao longo deste ano, alerta o Itaú Unibanco. Com isso, fica mais difícil o real se apreciar. O banco estima que o valor do dólar que estaria mais de acordo com os fundamentos da economia brasileira seja entre R$ 4,00 a R$ 4,20, nível que ainda não deve ser alcançado no ano que vem.   A cautela com o real também é vista em Chicago. Especuladores da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CME, em inglês), a maior de futuros do mundo, voltaram a aumentar posições "vendidas" nos contratos futuros da moeda brasileira, que ganham com a queda da divisa ante o dólar. Estes contratos subiram para 11,4 mil na semana passada, de 9,4 mil na semana anterior, de acordo com o relatório Commodity Futures Trading Commission (CFTC).   Na B3, investidores estrangeiros seguem com posição comprada no mercado futuro de dólar em 557,4 mil contratos (considerando cupom cambial e dólar futuro), o equivalente a US$ 27,8 bilhões. Estas apostam ganham com a alta do dólar e vem sendo elevadas diariamente. Em abril, ao contrário, os estrangeiros começaram o mês com apostas "vendidas" (que ganham com a queda da moeda americana) e, com a piora do cenário doméstico, inverteram as posições. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.82060 1.3724 5.84010 5.76630 Dólar Comercial (BM&F) 5.8375 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5827.500 1.33901 5848.000 5772.000 DOLAR COMERCIAL 5766.500 08/05     BOLSA A preocupação em torno do ritmo de recuperação da economia global, e as implicações que terá para o PIB brasileiro, em um cenário também marcado por incertezas políticas, colocou o Ibovespa em terreno negativo nesta segunda-feira, após a retomada observada na sessão anterior, que deixou o índice da B3 perto de zerar as perdas da semana passada. Assim, após recuo de 0,30% acumulado no período anterior, o Ibovespa iniciou esta semana em baixa de 1,49%, a 79.064,60 pontos no fechamento, tendo tocado os 78.993,75 pontos, em queda de 1,58% na mínima do dia, saindo de máxima a 80.722,75 pontos.   O giro financeiro da sessão totalizou R$ 21,4 bilhões e, com o fechamento de hoje, o Ibovespa acumula perda de 1,79% no mês e de 31,63% no ano.   Na reta final da sessão, um protesto de caminhoneiros na Avenida Paulista contra o governo João Doria contribuiu para alimentar a cautela dos investidores domésticos, colocando o Ibovespa nas mínimas do dia, na semana em que os depoimentos de uma série de autoridades policiais e do governo tendem a orientar a investigação da PF sobre a acusação do ex-ministro da Justiça Sergio Moro sobre eventual interferência política do presidente Jair Bolsonaro na instituição. Amanhã cedo, Moro estará presente em Brasília, com procuradores federais, para acompanhar a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril em que Bolsonaro o teria ameaçado de demissão.   Anunciado na semana passada, o prolongamento das medidas de distanciamento social no Estado de São Paulo, acompanhado hoje por medidas mais restritivas na cidade do Rio de Janeiro, reforça as dúvidas quanto ao momento em que a economia brasileira iniciará o processo gradual de normalização, enquanto a curva da covid-19 permanece em elevação, sem sinais de perda de fôlego. A retomada das atividades, ora em curso na Europa e na Ásia, indica que a reabertura pode ser ainda mais complexa do que o fechamento da economia.   "A preocupação de que futuros 'lockdowns', como o (parcial) iniciado no Rio de Janeiro, pode arrefecer ainda mais a economia pesa nos players domésticos, assim como a queda das commodities metálicas deprecia as siderúrgicas, com a China registrando cinco novos casos de coronavírus na província de Hubei, que foi o epicentro da contaminação", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. "A agenda política segue pressionando o mercado doméstico, com o dólar próximo da máxima do ano, e queda do Ibovespa diante também de dúvida sobre (se haverá) o veto ao reajuste dos servidores prometido por Bolsonaro ao ministro Guedes, que até agora não foi decidido", acrescenta.   No exterior, o dia foi sem direção única em Wall Street, e negativo na maior parte dos mercados europeus, com o petróleo em queda, resultando também em ajuste nas ações da Petrobras (no fechamento, -1,79% para a PN e -2,66% para a ON). Dúvidas em torno da recuperação da demanda chinesa também colocaram pressão sobre as ações da Vale (-2,29%) e de siderúrgicas (CSN -5,76% e Gerdau PN - 3,85%), embora tanto as ações da mineradora como da petrolífera tenham chegado, em certo momento, a limitar as perdas em relação ao observado mais cedo na sessão. Outro carro-chefe do Ibovespa, o segmento de bancos teve desempenho misto, com Santander (+0,33%) e Itaú Unibanco (+0,27%) em leve alta no encerramento, limitando os ganhos vistos mais cedo, enquanto do Banco do Brasil trocou de sinal, subindo 0,63%, e Bradesco fechou em baixa de 1,74% na ON e de 1,51% na PN.   Na ponta positiva do Ibovespa, BRF subiu hoje 11,26%, seguida por Braskem (+8,34%) e Marfrig (+3,77%), com dólar spot em alta de 1,37%, a R$ 5,8206 no fechamento desta segunda-feira. No lado oposto, IRB cedeu 14,82% e CVC caiu 6,14%.   "O momento era de melhora na expectativa de demanda por commodities, mas o reaparecimento de casos de coronavírus, especialmente na China, acaba resultando em reavaliação. A retomada econômica que chegou a parecer em forma de V, está ficando com cara de U e pode vir a assumir outras formas, como W", diz Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos. Mais uma vez, os analistas financeiros ouvidos na pesquisa semanal Focus, do BC, reduziram a expectativa para o PIB do país em 2020, em retração agora a 4,11%, comparada a -3,76% no levantamento anterior. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 1,96%. (Luís Eduardo Leal - [email protected])     Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 79064.60 -1.49352 Máxima 80722.75 +0.57 Mínima 78993.75 -1.58 Volume (R$ Bilhões) 2.13B Volume (US$ Bilhões) 3.68B Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 78900 -2.12132 Máxima 80840 +0.29 Mínima 78865 -2.16     JUROS A permanência do risco fiscal, a alta do dólar e renovadas apreensões com a cena política brasileira, agravadas nesta tarde pelo temor de uma paralisação de caminhoneiros em São Paulo, fizeram com que os juros fechassem a sessão regular desta segunda-feira em alta. Até mesmo os vencimentos mais curtos - mais expostos à política monetária - zeraram a baixa, em um movimento de espera do teor da ata do Copom, amanhã de manhã. O temor de uma segunda onda de coronavírus na Ásia deu o tempero para uma piora externa, elevando a aversão global a ativos de maior risco.   No fim da sessão regular, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 2,475%, o mesmo nível do ajuste de sexta-feira. O janeiro 2022 subia de 3,240% para 3,270%. O janeiro 2023 ia de 4,420% para 4,460%. E o janeiro 2027 avançava de 7,440% para 7,490%. Desta forma, a curva ganhou nova inclinação hoje.   A semana política promete ser intensa - e os ativos brasileiros refletem isso. A segunda-feira é marcada pelo depoimento do ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, no inquérito que apura denúncias do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro. Segundo apurou o repórter Fausto Macedo, a oitiva ocorre desde as 10h10 e nela Valeixo afirmou que o presidente lhe disse que não tinha nada contra ele, mas queria um diretor-geral com quem tivesse mais afinidade.   Outros delegados, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e os ministros Augusto Heleno (GSI), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Walter Braga Netto (Casa Civil) serão ouvidos nos próximos dias.   Nesta tarde, a temperatura política brasileira aumentou um grau, diante de relatos de ameaças de paralisações de caminhoneiros contra a extensão das medidas de isolamento social determinadas pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), desafeto de Bolsonaro.   "Estes relatos de protestos de caminhoneiros são mais um item de volatilidade, um novo componente de risco no meio desta discussão de reabertura em algumas cidades, aumento das restrições em outras. A covid-19 segue fazendo preço e estressando os mercados", comentou o estrategista de Mercado da Harrison Investimentos, Renan Sujii.   O mercado aguarda ainda a decisão de Bolsonaro sobre o veto ao trecho que amplia as categorias que não sofrerão com o congelamento de salários no âmbito do projeto de socorro a Estados e municípios. "O risco fiscal é muito grande. Não é porque temos o veto ao congelamento que não temos outras pautas-bomba", acrescentou Sujii.   O estrategista diz ainda que há grande expectativa em torno da ata do Copom, que é divulgada amanhã de manhã. Ele afirma esperar comentários em relação à efetividade da política monetária.   Em relação à Selic, nesta tarde, o Itaú Unibanco revisou a projeção de taxa ao fim do ano de 2,5% para 2,25%. A taxa de 2,50%, contudo, é a que aponta o relatório de Mercado Focus desta manhã.   Para a semana, o mercado aguarda indicadores de atividade de março - volume de serviços (amanhã), varejo (quarta-feira) e IBC-Br (sexta-feira).   Segundo pesquisa do Projeções Broadcast, com 22 instituições, a mediana das expectativas para a variação do volume de serviços ante fevereiro, com ajuste sazonal, é de queda de 6,0%, o que superaria a menor taxa da história, de -4,8%, na greve dos caminhoneiros, em maio de 2018. A série da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) foi iniciada em 2011.   Sobre a atividade, em tempo: o banco americano JPMorgan prevê um tomo de 7% para o PIB brasileiro em 2020. Na Focus, o recuo é de 4,11%. (Mateus Fagundes - [email protected])     Operação CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 2.83 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 2.90 Over Selic (%a.a) 2.90     MERCADOS INTERNACIONAIS O fortalecimento de ações dos setores de tecnologia e serviços de comunicação amparou uma melhora à tarde nas bolsas de Nova York, com o Nasdaq em destaque, mas os índices fecharam sem sinal único. Continuou a haver certa apreensão entre investidores após a notícia de novos casos de coronavírus na Coreia do Sul e na China, que reforçou a cautela sobre o ritmo da reabertura econômica pelo mundo e levou o petróleo a fechar em baixa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que a reabertura, embora bem-vinda, deve incluir a possibilidade de novas restrições à circulação caso a doença volte a se disseminar. A busca por segurança levou para cima o dólar frente a outras moedas principais, enquanto os retornos dos Treasuries subiram, com ajustes após quedas recentes e em meio a declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) contrários a juros negativos nos EUA.   Os novos casos da covid-19 na Ásia lembraram investidores de que a recuperação econômica pode ser mais acidentada do que o desejado, com a própria OMS saudando as iniciativas de retorno à atividade, mas também insistindo na necessidade de que existam condições para isso, entre elas que o ritmo de novos casos esteja sob controle; continue a haver monitoramento sobre o desenvolvimento da doença; e que os hospitais tenham capacidade para lidar com eventuais novos saltos no número de pacientes. Além disso, a OMS enfatizou a importância de, em caso de novos surtos, as autoridades recorrerem novamente a restrições à circulação das pessoas.   As dúvidas sobre a retomada econômica pressionaram as bolsas de Nova York, mas os setores de tecnologia e serviços de comunicação ampararam melhora dos índices à tarde, sobretudo do Nasdaq. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,45%, a 24.221,99 pontos, o Nasdaq subiu 0,78%, a 9.192,34 pontos, e o S&P 500 avançou 0,01%, a 2.930,19 pontos. Já o subíndice de tecnologia do S&P 500 registrou ganhos de 0,7%.   A Oxford Economics afirma em relatório que a valorização recente das ações nos EUA não alterou seu cenário base com viés de baixa ("bearish") para os ativos de risco globais. "Nós acreditamos que existe um desconto suficiente para os estímulos no preço, mas não um prêmio de risco adequado para uma recuperação fraca, sem mencionar a ameaça de que a incidência do vírus retorne", adverte. A Oxford Economics acredita que os dados do mês de maio darão um retrato mais claro sobre as chances de uma recuperação em "V", com grandes economias começando sua volta gradual à atividade. "É improvável que os mercados ignorem a realidade econômica indefinidamente", prevê.   No mercado de Treasuries, os retornos dos bônus subiram, com ajustes após quedas recentes e em meio a declarações de dirigentes do Fed. O presidente da distrital de Chicago do BC dos EUA, Charles Evans, afirmou hoje que não vê taxas de juros negativas como uma ferramenta contra os impactos da pandemia, enquanto o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse "não ser muito fã" das taxas de juros negativas, por considerá-las um dos "instrumentos mais fracos" entre as medidas possíveis na formulação da política monetária. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,184% e o da T-note de 10 anos, a 0,710%.   No câmbio, o dólar voltou a se fortalecer, com a cautela sobre a atividade global. A Western Union comenta que um "otimismo sustentado" se mostra "uma tarefa difícil", no quadro atual. No mesmo horário, o dólar subia a 107,68 ienes, o euro caía a US$ 1,0816 e a libra tinha baixa a US$ 1,2338. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, subiu 0,50%, a 100,236 pontos, retomando assim a marca de 100 pontos. O dólar ainda subia a 67,3822 pesos argentinos, após o governo do presidente Alberto Fernández estender negociações para a reestruturação da dívida argentina até 22 de maio.   Entre as commodities, o petróleo WTI para julho fechou em queda de 4,17%, a US$ 25,08 o barril, na Nymex, e o Brent para o mesmo mês caiu 4,42%, a US$ 29,60 o barril, perdendo portanto a marca de US$ 30 o barril. Mesmo após a Arábia Saudita reportar corte de 1 milhão de barris por dia na produção da Saudi Aramco em junho, predominou a perspectiva negativa para a demanda futura, diante das dificuldades na retomada econômica. Houve também um ajuste, no primeiro pregão após uma semana de fortes ganhos para os contratos. (Gabriel Bueno da Costa - [email protected])          
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