DÓLAR RENOVA RECORDE A R$ 5,40 COM CHANCE DE SELIC MENOR, MAS PETRÓLEO AMPARA BOLSAS

Blog, Cenário
O avanço de 20% do petróleo do tipo WTI até impulsionou o apetite por risco nos mercados acionários, mas a moeda brasileira e os juros futuros tiveram um gatilho local e comum: a postura mais dovish do Banco Central e, consequente, perspectiva de cortes mais agressivos na Selic. Isso significa menor atratividade do Brasil para o estrangeiro, ainda mais diante das perspectivas de forte tombo da economia do País em 2020, com importante deterioração fiscal.Como resultado, o dólar renovou novas máximas nominais históricas - intraday e de fechamento - e encerrou o pregão, mesmo com uma intervenção do BC ao vender US$ 330 milhões em contratos de swap, com valorização de 1,90%, a R$ 5,4087. O real teve o pior comportamento ante o dólar quando comparado a uma cesta de 34 moedas. E o avanço da divisa dos EUA ante a brasileira no ano já se aproxima de 35%. Esse movimento encontrou respaldo nas declarações do diretor de Política Econômica do BC, Fabio Kanczuk, referendadas pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto, na segunda-feira, no sentido de que a autoridade monetária pode levar a Selic mais para baixo, pois a situação mudou desde o último encontro. Tais palavras foram o gatilho para os investidores, ao fim da sessão de hoje, precificarem 85% de chance de o juro básico ser reduzido em 0,75 ponto no próximo encontro do Copom, para 3% ao ano. Mas já há casas, como o ASA Bank, que projetam corte de 1 ponto porcentual. Com a queda das taxas curtas e os intermediários e longos perto da estabilidade, até por conta da incerteza fiscal, a curva a termo experimentou nova inclinação, num sinal de aversão ao risco. Alheio a isso, o Ibovespa pegou carona no avanço firme dos índices de ações norte-americanos e terminou com alta de 2,17%, aos 80.687,15 pontos. A bolsa local foi favorecida pela alta consistente dos papéis da Petrobras, diante da recuperação dos preços do petróleo. E ainda que o preço do commodity continue sendo uma fonte de preocupação para países exportadores, como o México, a recuperação de hoje sustentou os ganhos em Wall Street. A alta, depois que o barril chegou a ser negociado abaixo de zero, o que significa que os traders pagaram para não terem a entrega física do produto na liquidação dos contratos de maio, esteve relacionada a declarações do presidente dos EUA, Donald Trump. Ele ameaçou o Irã, o que significa preocupações sobre o estreito de Ormuz, por onde passa parte importante da commodity negociada no mundo. Também houve especulações em torno de cortes de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).  
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  CÂMBIO O dólar subiu 1,90% e fechou a quarta-feira em nova máxima histórica, cotado em R$ 5,4087. O real destoou de outras moedas emergentes, que ganharam força ante a moeda americana hoje, e teve o pior desempenho em uma cesta de 34 divisas internacionais. O principal fator para a disparada do dólar hoje, de acordo com analistas de câmbio atribuem, é a consolidação da visão que o Banco Central vai cortar os juros de forma mais agressiva nos próximos meses, além de um ajuste nos preços por conta do feriado aqui ontem, enquanto o mercado externo operou e o dólar se fortaleceu com a queda livre das cotações do petróleo.   O BC fez intervenção no mercado de câmbio hoje no horário que vem fazendo regularmente, entre 15h30 e 16 horas. A oferta inicial foi de US$ 500 milhões de swap cambial (venda de dólar no mercado futuro), mas desse total só foi vendido US$ 330 milhões, um sinal de que o mercado pode estar querendo mais dólar à vista, segundo um gestor de multimercados. A ação do BC levou o dólar a cair abaixo de R$ 5,40 por algum tempo, recuando a R$ 5,38, mas a moeda americana voltou a acelerar a alta e a superar este nível logo depois. No mercado futuro, o dólar para maio operava em R$ 5,41 no final da tarde.   "Especulações sobre cortes de juros estão pressionando o real", avalia a analista de moedas do banco alemão Commerzbank, You-Na Park-Heger. Ela menciona que a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil vem sendo constantemente revisada para baixo e ainda declarações de dirigentes do BC reforçam essa visão de corte maior. Hoje, o banco Fibra passou a prever queda de 6% no PIB este ano e a Fitch Ratings espera contração de 4%.   Para a economista e estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, o movimento de hoje no câmbio foi em maior parte interno, com a curva futura de juros passando a precificar cortes mais intensos da Selic. Este movimento ganhou força, ressalta ela, após México e Turquia reduzirem suas taxas ontem em reuniões extraordinárias. Isso ajudou a aumentar a aposta aqui, de um corte maior na reunião de maio ou mesmo antes, de forma extraordinária. Por isso, o real teve desempenho hoje pior que seus pares.   A analista do Banco Ourinvest destaca que também não contribui para a melhora do real o clima político. Além do comportamento recente de Jair Bolsonaro, trocando farpas com o Congresso e indo a manifestações, ela ressalta que falta um plano nacional sobre como sair da quarentena.   Nos juros, entre os bancos, o ASA Bank passou a prever corte de 1 ponto porcentual em maio e o Barclays elevou sua estimativa de redução de 0,50 ponto para 0,75. Desde sexta-feira o aumento da visão de cortes mais intensos de juros pela frente tem levado grandes investidores a reforçarem apostas contra o real no mercado futuro, o que acaba pressionando ainda mais as cotações no mercado à vista.   As gestoras de recursos elevaram as posições "compradas" no dólar futuro, que ganham com a alta da moeda americana, em US$ 752 milhões apenas na segunda-feira, mostram dados da B3 compilados pela corretora Renascença. Já os investidores estrangeiros não fizeram alterações relevantes na segunda, mas na sexta-feira haviam reduzido as apostas "vendidas" em dólar futuro, que ganham com a queda da moeda americana, em US$ 735 milhões. As gestoras nacionais estão no maior nível de posição "comprada" desde o último dia 3 e os estrangeiros no menor nível de posição "vendida" do mês. Fonte: Altamiro Silva Junior - [email protected]     Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.40870 1.901 5.41470 5.30450 Dólar Comercial (BM&F) 5.2433 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5439.000 2.20802 5457.000 5305.500 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5414.000 1.83391 5414.000 5354.000   JUROS A percepção de uma postura dovish do Banco Central provocou uma forte reação de baixa na curva de juros nesta quarta-feira, levando a quedas consistentes no trecho curto. Na avaliação de agentes do mercado, ao ressaltar que a política monetária segue eficaz e que consegue enxergar o cenário com mais clareza, o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, abre as portas para uma redução consistente da Selic na próxima reunião. A perspectiva de inflação baixa e recessão econômica também influenciou no recuo das taxas.   Ao fim da sessão regular, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 2,650%, de 2,830% no ajuste de segunda-feira, renovando mínima histórica. O contrato para janeiro de 2022 passou de 3,370% para 3,190%. O janeiro 2025 caiu de 5,960% para 5,860%. E o janeiro 2027 foi de 6,830% para 6,800%.   A precificação de um corte de 0,75 ponto porcentual na reunião de maio chegou a 85% no fim da sessão, com 15% em aposta de redução de 0,50 pp, nas contas do economista-chefe do Haitong Banco de Investimento, Flávio Serrano. Para junho, 85% das apostas são de baixa de 0,25 pp e 15%, de 0,50 pp.   O principal motor das quedas de hoje foram as declarações de Campos Neto no fim da tarde de segunda-feira. Naquele dia, ao JPMorgan, ele já teria sido dovish, assim como o diretor de Política Econômica, Fábio Kanczuk, ao Itaú BBA. Ao Estadão Live Talks, o presidente da autarquia afirmou que "as condições de política monetária mudaram muito com o coronavírus". "O cenário estava nebuloso, entendemos agora que conseguimos enxergar com mais clareza", disse. Ele declarou ainda que "em nenhum momento dissemos que a política monetária não era efetiva".   "Após a ata do último Copom, havia ficado no ar a sensação de que o BC tinha medo de que o corte de juros poderia se tornar improdutivo. As últimas sinalizações de Campos Neto, no entanto, vão no sentido oposto. Ele tem apontado no sentido do corte", disse o analista de Mercados da Harrison Investimentos, Renan Sujii.   Para ele, a Selic deve ter um corte de 50 pontos-base ou mais em maio. "Espero um piso (para os juros) um pouco abaixo de 3%. Mas a tendência não é só cortar. Vamos ter um juro baixo por bastante tempo." Com apostas de corte maiores estão o JPMorgan e o Barclays, que estimam queda de 0,75 pp em maio. Já o Asa Bank está mais agressivo: passou a estimar redução de 100 pontos-base, ante -75 anteriormente. O economista e operador de Renda Fixa da Nova Futura, André Alírio, afirmou que o BC deixa claro que vai utilizar um pouco mais a política monetária neste estágio da economia. "Na crise em que estamos, a baixa de juros, em conjunto com outras questões, pode ter um resultado que, mesmo pequeno, vai ser um dos instrumentos que o Brasil terá de usar."   Alírio chama a atenção para o fato de a subida do dólar - ocorrida inclusiva na esteira da chance de juro mais baixo ainda - não gerar impacto sobre a inflação até o momento. Ele também pontuou a questão do recuo do petróleo no mercado internacional como fatores para o comportamento dos juros curtos.   Sujii, da Harisson, ponderou que no trecho longo da curva pode estar sentindo o efeito da piora fiscal, derivada das ações anticrise, e do clima político tenso em Brasília. "Não sabemos como será a governabilidade (do presidente Jair Bolsonaro) quando a crise passar. Temos no horizonte a sucessão da Câmara e do Senado em fevereiro, bem como, a priori, eleições municipais este ano", disse. Fonte: Mateus Fagundes - [email protected]     Operação CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 3.25 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 3.65 Over Selic (%a.a) 3.65     MERCADOS INTERNACIONAIS Mesmo com a alta de quase 20% no petróleo WTI nesta sessão, o preço do commodity segue sendo uma forte preocupação para países exportadores, como México. As ameaças de Donald Trump ao Irã e especulações em torno de cortes de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) deram impulso não só ao óleo, mas também às empresas de energia em Nova York. Setores de tecnologia e serviços de comunicação contribuíram para o movimento ascendente nas bolsas americanas e levaram o índice Nasdaq a subir mais de 3% nesta sessão. A menor busca por segurança levou para cima os retornos dos bônus, e o dólar voltou a se fortalecer ante outras divisas principais, com o euro pressionado após a confiança do consumidor na região baixar ao menor nível desde março de 2009.   O petróleo WTI para junho fechou em alta de 19,10%, a US$ 13,78 o barril, na Nymex, e o Brent para o mesmo mês subiu 5,38%, a US$ 20,37 o barril, na ICE. A commodity continua a ter uma semana de grandes oscilações, após o contrato para maio do WTI, que venceu ontem, chegar a ser negociado em território negativo, diante da informação sobre menor espaço disponíveis para os estoques globais, sobretudo nos EUA. Hoje, a ameaça de Trump ao Irã apoiou a reação. Para a Eurasia, o fato de que Teerã fez um lançamento surpresa de um satélite militar nesta manhã e o comentário de Trump são uma mostra das "persistentes tensões" bilaterais, mas a consultoria não vê o episódio como algo que possa elevar de modo significativo o risco de um conflito armado neste ano.   A Rússia afirmou que o corte no petróleo liderado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados poderia ser de até 20 milhões de barris por dia. De qualquer modo, especialistas mantêm cautela com o mercado. Em comentário ao Broadcast, o analista Michael Hockberg, afirmou ser "improvável" um "alívio significativo imediato" nos preços e também disse que a fraqueza do contrato WTI para junho indica a visão de que a pandemia de coronavírus continuará a limitar a demanda "de modo severo".   O Julius Baer, por sua vez, diz ter visão neutra para o preço no curto prazo, mas acredita que o Brent avance para além de US$ 30 o barril até o fim do verão europeu. De qualquer modo, um nível ainda bem baixo, se comparado a um passado recente. Nesse contexto, a Capital Economics avalia em outro relatório que a Arábia Saudita e outros países do Golfo Pérsico devem conseguir suportar o "colapso nos preços" sem abandonar as faixas de paridade entre suas dívidas e o dólar, enquanto a Rússia deve recorrer a uma política fiscal mais relaxada neste ano do que no anterior. O maior problema para a consultoria, porém, é em outras partes do mundo: ela vê como "uma perspectiva muito realista" que a estatal mexicana Pemex tenha de passar por uma reestruturação da dívida e também um maior risco de defaults soberanos em Angola, Nigéria e Gana. Sobre a Pemex, mais informações podem ser encontradas na especial publicada pelo Broadcast em 26 de março, às 8h57.   Hoje, de qualquer modo, a forte alta do petróleo apoiou o apetite por risco. Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com ganho de 1,99%, em 23.475,82 pontos, o Nasdaq subiu 2,81%, a 8.495,38 pontos, e o S&P 500 avançou 2,29%, a 2.799,31 pontos. O setor de tecnologia esteve entre os destaques, com Apple em alta de 2,75% e Microsoft, de 3,40%. Com a menor busca por segurança, os retornos dos Treasuries também avançaram: o juro da T-note de 2 anos subia a 0,217% e o da T-note de 10 anos, a 0,609%.   A questão da reabertura de economias também seguiu no radar. Em entrevista coletiva, o comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a enfatizar a necessidade de se testar a população, a fim de identificar e controlar focos de coronavírus, mas também disse que será preciso se preparar para um "novo normal", quando ocorrer a gradual volta da atividade, alertando porém para o risco de outras ondas de contágio. Diante da pandemia, a Fitch afirmou hoje que a economia global deve encolher 3,9% em 2020, em recessão de "profundidade sem precedentes no período pós-guerra".   No câmbio, o dólar voltou a se fortalecer, com o euro penalizado pela queda do índice de confiança do consumidor na zona do euro a -22,7, na mínima desde março de 2009. Nesta tarde, o Banco Central Europeu (BCE) afrouxou requisitos de qualidade dos ativos para garantia em operações de crédito, a fim de mitigar efeitos de possíveis rebaixamentos de rating por causa da pandemia. Em comunicado, o banco central disse ainda que pode adotar outras medidas para mitigar os efeitos desses rebaixamentos, se preciso.   No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 107,73 ienes, quase estável ante a moeda japonesa, o euro recuava a US$ 1,0822 e a libra tinha alta a US$ 1,2322. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, subiu 0,13%, a 100,388 pontos. O Danske Bank avalia que o euro mostra agora certa estabilização ante o dólar, mas com viés de baixa para a moeda comum. O banco acredita que não deve haver grande otimismo em relação ao euro, no momento atual. Fonte: Gabriel Bueno da Costa - [email protected]   BOLSA Na retomada dos negócios após o feriado de Tiradentes, o Ibovespa foi beneficiado pelo dia positivo no exterior, depois de segunda e terça-feira de pressão sobre o petróleo e os ativos de risco como um todo. Assim, enquanto o índice Brazil Titans 20 encerrou a terça-feira com perdas acima de 3% em Nova York, o principal índice da B3 subiu hoje 2,17%, aos 80.687,15 pontos, tendo oscilado entre mínima de 78.972,76 e máxima de 81.183,73 pontos na sessão, com giro financeiro a R$ 24,4 bilhões. Em Nova York, os ganhos do dia ficaram entre 1,99% (Dow Jones) e 2,81% (Nasdaq), em recuperação puxada pelas ações de tecnologia.   No mês, o Ibovespa acumula ganho de 10,50% e, na semana, de 2,15%, cedendo 30,23% no ano. Nesta quarta-feira, atingiu o maior nível de fechamento - e o primeiro acima de 80 mil pontos - desde o dia 13 de março, quando havia encerrado aos 82.677,91 pontos.   Após o derretimento observado especialmente no contrato de maio do WTI, que expirou ontem, o vencimento de junho da referência americana de petróleo encerrou a sessão de hoje em alta de 19,10%, ou US$ 2,21, a US$ 13,78 por barril, em nível ainda muito depreciado, enquanto a referência global para o mesmo mês, o Brent, encerrou o dia na ICE, em Londres, com ganho de 5,38%, ou US$ 1,04, a US$ 20,37 por barril. Assim, após a relativa resiliência mostrada pelas ações da Petrobras na segunda-feira, quando caíram moderadamente, o dia foi de alívio tanto para a ON como para a PN da petrolífera, em alta respectivamente de 3,63% e de 5,02% no encerramento da sessão.   A expectativa de corte adicional na produção da Opep+ e a promessa do presidente Donald Trump de retaliar de forma esmagadora eventuais ataques iranianos a navios americanos na região do Golfo deram suporte aos preços da commodity, em momento no qual as posições vendidas vinham se impondo. Além da Petrobras, outras blue chips também se mantiveram em terreno positivo na sessão, com Vale ON em alta de 1,04%, enquanto os bancos perderam fôlego em direção ao fechamento do dia, em baixa. Bradesco PN cedeu 0,36%, enquanto Itaú Unibanco e Santander caíram respectivamente 1,19% e 2,35%, em meio à crescente percepção de que o BC poderá reduzir a Selic a 3% em maio, ante os sinais "dovish" recentemente emitidos pela autoridade monetária.   "A curva de juros está sinalizando juros mais baixos e por mais tempo, apontando agora Selic a 2,60% em 2021. Há uma correção muito forte em andamento nos juros futuros, o que resulta em ajuste das expectativas e dos prêmios de risco, ajudando a entender o movimento de hoje nas ações, e favorecendo em especial as de varejo", diz Matheus Soares, analista da Rico Investimentos.   Para Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante, além da recuperação importante do petróleo, especialmente após o tom duro de Trump contra o Irã, e da aprovação de pacote do Senado dos EUA em apoio a pequenas e médias empresas, o "gap" do Ibovespa em relação a outros índices de referência - "tínhamos ficado muito para trás" - começa a ser fechado por algumas notícias positivas. "Hoje o Pão de Açúcar divulgou prévia do primeiro trimestre com crescimento de 15% na receita em relação ao ano passado, forte em um setor defensivo como esse", diz. "E há números do e-commerce, tudo colaborando para essa alta", acrescenta.   Assim, beneficiadas também pelos sinais de que municípios e Estados dão os primeiros passos em direção ao afrouxamento da quarentena, as ações de varejo estiveram entre as vencedoras do dia, com destaque para Via Varejo (+12,29%), Lojas Americanas (+9,39%) e Pão de Açúcar (+8,80%), na ponta do Ibovespa nesta sessão, superadas apenas por B2W (+17,15%). No lado oposto, IRB cedeu 7,29%, Embraer, 2,50%, e Santander, 2,35%. Na avaliação de Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, "o afrouxamento da quarentena" leva também o mercado a antever "retomada de alguns setores da economia".   Nesta quarta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, confirmou que o estado adotará um plano de reabertura "gradual" da economia a partir do dia 11 de maio. Na prática, municípios como Diadema, na região metropolitana, e São José dos Campos, no Vale do Paraíba, já vinham tomando à frente, anunciando iniciativas próprias para reabertura do comércio e de atividades, assim como em outras partes do País, como Florianópolis (SC), ainda que a covid-19 permaneça uma questão em aberto. Fonte: Luís Eduardo Leal - [email protected]   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 80687.15 2.17086 Máxima 81183.73 +2.80 Mínima 78972.76 0.00 Volume (R$ Bilhões) 2.44B Volume (US$ Bilhões) 4.53B     Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 80825 1.59638 Máxima 81490 +2.43 Mínima 78355 -1.51  
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