DÓLAR E DIS TOMBAM COM FISCAL E FLUXO, ENQUANTO NY EM RECORDE PÕE BOLSA A 111 MIL PTS

Blog, Cenário
O forte apetite global por risco, com mais notícias positivas sobre vacinas e dados de atividade acima do previsto na China, fez com que o ambiente mais ameno no Brasil, com sinalizações positivas sobre a pauta fiscal, amplificasse a performance dos ativos locais. O real teve o melhor comportamento dentro de uma cesta de 34 divisas, os juros futuros tombaram e o Ibovespa saltou cerca de 2.500 pontos de uma só vez. O movimento de todos os ativos ganhou ainda mais fôlego na segunda metade do dia, na medida em que novas indicações positivas sobre reformas eram conhecidas e que Joe Biden confirmava sua equipe econômica com Janet Yellen no comando do Tesouro, reforçando as expectativas por novas rodadas de estímulo. Hoje, no caso do câmbio, não apenas o fluxo para emergentes derrubou o dólar ante o real, como também perspectiva de votação da LDO ainda neste mês, sinais de que o Congresso pode avançar com a reforma tributária e a declaração do presidente Jair Bolsonaro, de que "perpetuar benefícios é o caminho certo para o insucesso". Com isso, a moeda dos EUA recuou 2,21% no mercado à vista, a R$ 5,2278 - menor valor desde 31 de julho. O dólar acomodado e o andamento da agenda legislativa após o segundo turno das eleições fez os investidores em juros deixarem totalmente em segundo plano as revisões em alta para o IPCA, com as taxas dos DIs, inclusive as curtas, terminando o dia em forte queda. Ontem, a Aneel decidiu aplicar a bandeira vermelha 2 nas tarifas de energia já em dezembro, o que fez os economistas preverem inflação acima do centro da meta neste ano. Vale notar, ainda, que os investidores se protegeram tanto no mercado primário quanto no secundário de NTN-B, como mostra o leilão recorde de papéis atrelados a inflação feito hoje pelo Tesouro. No mercado acionário, com relatos de mais fluxo para a bolsa, os papéis ligados à retomada da economia, como as de aviação e exportadores de commodities, além dos bancos, conduziram a alta de 2,30% do Ibovespa, aos 111.399,91 pontos. Em Nova York, esse conjunto de informações favoráveis ainda ganhou combustível da retomada de negociações por um pacote fiscal de US$ 908 bilhões nos EUA. Com isso, S&P 500 e Nasdaq renovaram máximas históricas e o DXY, mede a variação da moeda americana ante seis pares, bateu mínima desde abril de 2018.      
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  CÂMBIO O dólar começou dezembro com forte queda ante o real. A entrada de fluxo externo, em novo dia de busca por ativos de risco no mercado financeiro internacional, o aumento da rolagem de contratos de swap pelo Banco Central e notícias positivas internas sobre o fiscal ajudaram o real a ter o melhor desempenho hoje ante a divisa americana, considerando uma cesta de 34 moedas mais líquidas. Assim, o dólar fechou em baixa de 2,21% no mercado à vista, a R$ 5,2278, no menor nível desde 31 de julho (R$ 5,21). No mercado futuro, o dólar para janeiro recuava 2,25%, a R$ 5,2160 às 18h10.   A terça-feira foi marcada por uma conjunção de notícias favoráveis. No exterior, cresceu a expectativa de vacinação mais rápida da população, ainda em dezembro, e também de algum pacote fiscal nos Estados Unidos, após nova aproximação hoje da Casa Branca com a democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara. Assim, o dólar caiu no menor nível em quase 30 meses, considerando o DXY, índice que mede a divisa americana ante moedas fortes. "O dólar retomou a trajetória de enfraquecimento", comentam os estrategistas de moedas do banco americano Brown Brothers Harriman (BBH).   Internamente, o noticiário fiscal agradou. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, confirmou na tarde de hoje que o Congresso votará a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) no próximo dia 16. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse que prorrogar o auxílio "é caminho para o insucesso". Ainda nas reformas, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) disse que é possível votar a reforma tributária na comissão que preside até o próximo dia 10.   "A situação fiscal do Brasil é precária", afirmam os estrategistas do Bank of America. Contudo, a avaliação deles é que há espaço para reduzir o risco fiscal no País e o banco americano espera que no primeiro trimestre de 2021 o cenário esteja menos incerto. Por isso, passou a ficar "cautelosamente otimista" com o real e reduziu a previsão das cotações do dólar no País de níveis ao redor de R$ 5,38 esperados até o terceiro trimestre do ano que vem para R$ 5,10.   "Os ativos locais seguirão à mercê do cenário e dos fluxos internacionais, mas com um olho nos avanços (ou não) da agenda política interna", avalia o diretor de investimentos e sócio da Tag Investimentos, Dan Kawa. O fluxo não dá sinais de perda de fôlego. Operadores reportaram novas entradas hoje na B3 e, em novembro, os aportes somavam quase R$ 33 bilhões, um recorde mensal.   Para os emergentes, dados preliminares do Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos do mundo, mostram ingressos de US$ 76,5 bilhões em novembro de investidores não residentes para aplicações nas bolsas e renda fixa. É o maior valor mensal da história que a região recebe e também bem acima do de outubro, que somou US$ 23,5 bilhões.   Com liquidez em alta e o noticiário mais positivo, grandes investidores seguem reduzindo apostas contra o real. Na movimentação técnica, fundos nacionais fizeram forte aumento de US$ 2,8 bilhões apenas ontem em suas apostas vendidas (ganham com a queda) em dólar futuro ante o real na B3, segundo dados da bolsa monitorados pela corretora Renascença. Já na Bolsa de Mercados de Chicago (CME, na sigla em inglês) tem sido crescente o aumento de posições vendidas no dólar, ou seja, acreditando na queda da moeda americana, ressaltam os estrategistas de moedas do holandês Rabobank.   Um fator adicional a retirar pressão do câmbio foi o aumento da rolagem de swap pelo Banco Central, conforme a instituição havia sinalizado no comunicado que anunciou a rolagem dos contratos que vencem em janeiro. Até sexta (27), o BC vinha fazendo diariamente a rolagem de 12 mil contratos, em operações que somavam US$ 600 milhões por dia para este vencimento. Desde ontem, estas operações subiram para 16 mil contratos (US$ 800 milhões). (Altamiro Silva Junior - [email protected])       18:31   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.22780 -2.2147 5.32500 5.21780 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL 5208.500 -2.35283 5330.500 5205.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5376.000 30/11       Volta   JUROS Os juros tombaram nesta terça-feira, embalados pelo forte aumento do apetite pelo risco que impulsionou ativos de economias emergentes de forma generalizada e também por fatores internos. O mercado gostou de ouvir o presidente Jair Bolsonaro dizer que "perpetuar benefícios é o caminho certo para o insucesso" e, ao mesmo tempo, mostrou mais confiança no andamento da agenda de reformas, passado o segundo turno das eleições municipais das quais os partidos de Centro foram considerados os grandes vencedores. A decisão da Aneel, ontem à noite, de aplicar a bandeira vermelha 2 nas tarifas de energia já em dezembro provocou uma enxurrada de revisões em alta no IPCA para este ano, mas não impediu que a curva fechasse, até porque o mercado se protegeu tanto no mercado primário quanto no secundário de NTN-B. Não por acaso, o Tesouro conseguiu vender 8 milhões de NTN-B para 2023, num leilão histórico deste tipo de papel para um único vencimento. Com a curva recuando mais ou menos em bloco, a inclinação não teve grandes alterações.   A sessão foi de forte volume, especialmente na ponta curta. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 girou em torno de 750 mil contratos, ante média diária de 417 mil nos últimos 30 dias, fechando com taxa de 3,130% (regular) e 3,115% (estendida), de 3,315% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2023 encerrou com taxa de 4,81% (regular) e 4,76% (estendida), de 5,006% ontem, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 6,775% para 6,57% (regular) e 6,51% (estendida). A taxa do DI para janeiro de 2027 fechou em 7,36% (regular) e 7,31% (estendida), de 7,554%.   O dia já começou com dados positivos da China e alguns PMIs melhores do que o previsto no exterior, e o otimismo ganhou impulso após o presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden, exortar o Congresso a aprovar uma nova rodada de estímulos ficais. Na mesma linha, a secretária do Tesouro, Janet Yellen defendeu que o governo americano deve agir "com urgência" para lidar com os efeitos do coronavírus. "Com esse clima externo mais favorável, dada a perspectiva de mais estímulos fiscais e avanço nas vacinas, o mercado acaba passando por cima de uma série de questões", disse o estrategista-chefe da CA Indosuez Brasil, Vladimir Caramaschi, quando perguntado sobre o bom desempenho das taxas mesmo com o anúncio da Aneel.   A decisão da Agência disparou revisões em alta para a inflação por várias casas, que já superam o centro da meta de 4% para este ano. A mudança da tarifa este ano não estava nas contas do mercado e foi considerada uma espécie de "manobra" para permitir que o impacto inflacionário ficasse em 2020, ano que teria mais espaço para acomodar essa alta. "A interpretação é de que quiseram preservar a inflação no ano que vem dada a leitura de que o BC não vai subir o juro tão cedo. Foi um pecadilho, não um pecado mortal", afirmou Caramaschi.   De todo modo, o mercado buscou proteção nos papéis atrelados à inflação, principalmente NTN-B curtas como a de 15/5/2023 ofertada no leilão de hoje. O Tesouro colocou 8 milhões de títulos, o maior da história para um único vencimento de NTN-B, com giro de R$ 30,4 bilhões. Em meio à repercussão do aumento dos preços da energia, a inflação implícita para 2020 disparou mais de 40 pontos-base nesta manhã, alcançando 4,30%, após 3,89% no fechamento de ontem, obtida a partir do derivativo DAP (futuro de Cupom de IPCA), usado para a precificação do IPCA, alcançando o maior nível do ano.   A ponta longa teve alívio não só com a melhora de humor externo, mas também na percepção de risco fiscal e político. O mercado, que dava como certo que as reformas só voltariam a andar no ano que vem, se animou com a sinalização de que alguma coisa ainda pode sair este ano. O presidente da Comissão Mista da Reforma Tributária, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), disse que o colegiado pode votar a reforma até o dia 10, enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que o Congresso votará a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) no próximo dia 16.   Para Caramaschi, o fato de os partidos do centro terem sido bem sucedidos nas eleições municipais "empurra o governo para fazer um acordo". "Viram que a defesa que aqueles partidos fizeram da agenda liberal não impediu vitória nas urnas", disse. "Porém, por ora, a retomada das votações ainda está no 'vamos'", emendou.   Pela manhã, o alívio da curva teve grande contribuição de declaração de Bolsonaro, na linha de defesa da austeridade fiscal. Sem citar diretamente o pagamento do auxílio emergencial, ele ressaltou que "alguns querem" perpetuar benefícios. "Ninguém vive dessa forma, é o caminho certo para insucesso", declarou, durante visita às obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai. (Denise Abarca - [email protected])       18:31   Operação   Último CDB Prefixado dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 5.07 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90       BOLSA O dia de notícias amplamente positivas em relação à retomada da economia tanto global quanto local impulsionou a busca pelos ativos de risco levando o Ibovespa a se firmar na casa dos 111 mil pontos, em uma sessão na qual o índice oscilou três mil pontos entre a máxima e a mínima intraday, para fechar aos 111.399,91 pontos, em alta de 2,30%. O giro financeiro foi de R$ 38,5 bilhões.   Os bons ventos dos pares em Nova York também sopraram a favor em um ambiente no qual a efetividade das vacinas contra o coronavírus se torna cada vez mais próxima. Dados indicando forte retomada econômica chinesa também levaram disposição às compras por parte dos investidores, que engrossaram o fluxo de recursos em direção ao mercado brasileiro. Na sessão, o dólar acentuou o ritmo de queda, encerrando o dia no segmento à vista em baixa de 2,21%, a R$ 5,2278.   "O avanço de papéis mais tradicionais e do gosto de estrangeiros, mostra que os fluxo de não-residentes aporta novamente no mercado acionário brasileiro", afirmou um operador, ressaltando a performance de ações de primeira linha, como bancos, Petrobras e Vale. Especialmente os papéis de bancos ganharam destaque na sessão, uma vez que estão muito descontados. As ações preferenciais de Bradesco, Itaú Unibanco, as units do Santander e as ordinárias de Bando do Brasil ganharam 5,60%, 4,20%, 7,15% e 2,75%, respectivamente. O profissional chama a atenção para o fato de que, no acumulado de 2020, as perdas são de 21,19%, 16,85%, 9,80% e 32,06%, pela ordem. No ramo de commodities, Petrobras ON fechou em alta de 2,94% e Vale ON, 4,17%.   No meio da tarde, a notícia dada pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, de que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) será pautada no Congresso Nacional no dia 16 de dezembro deu ânimo pontual em um ambiente já favorável. A notícia foi confirmada pelo presidente do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP). No entanto, segundo apurou o Broadcast Político, o movimento sinaliza que a Comissão Mista de Orçamento (CMO) não será instalada neste ano. A presidência do colegiado é disputada entre os grupos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Centrão, liderado por Arthur Lira (PP-AL).   Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora, ressalta que o que realmente fez preço, foi a fala do presidente Jair Bolsonaro ao sinalizar que o governo não pretende estender o auxílio emergencial. "Isso acaba aliviando o estresse do mercado quanto ao rumo do fiscal", diz. "Prova maior deste alívio foi vista na curva de juros que derreteu hoje e devolveu parte do prêmio que está implícito em vista do risco do fiscal, ao passo que uma queda da curva implica em maior 'upside' para os modelos de precificação de ações e elevando o apetite ao risco".   Segundo Ribeiro, também Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmando que a reforma tributária tem cerca de 320 votos e pode ser aprovada até o final do ano mesmo sem o apoio do governo ajudou.   Já na avaliação de Luís Sales, analista de mercado Guide Investimentos, por enquanto, o mercado deixou de lado os problemas fiscais do País, uma vez que não está contando com a dinâmica no Congresso. "Por enquanto as questões políticas estão um pouco quietas. Mas em janeiro é possível que voltem a preocupar nossas questões internas, com a cena política e as questões fiscais", afirmou.   No entanto, tanto Ribeiro quanto Sales concordam que, para o mercado seguir com o viés de alta, o governo deverá seguir apoiando a pauta fiscal. "Mas, principalmente, transformar palavras em ações", diz o analista de Clear.   Do ponto de vista externo, as sinalizações sobre o posicionamento mais dovish (favorável para políticas monetárias expansionistas) do gabinete do presidente-eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, como da futura secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, reforçando a urgência em aprovar um pacote de estímulos para não retroalimentar os efeitos negativos da crise na economia, são combustível para as compras. (Simone Cavancanti - [email protected])     18:23   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 111399.91 2.30188 Máxima 111839.86 +2.71 Mínima 108897.29 0.00 Volume (R$ Bilhões) 3.85B Volume (US$ Bilhões) 7.29B         18:31   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 111365 1.7032 Máxima 111955 +2.24 Mínima 110335 +0.76     MERCADOS INTERNACIONAIS A volta definitiva das discussões sobre um novo pacote fiscal ao centro da pauta legislativa em Washington foi a oportunidade para que ordens de compras dessem a tônica em Wall Street nesta terça-feira, em detrimento de ativos seguros, como os Treasuries. Líder republicano no Senado, Mitch McConnell apresentou uma nova proposta de auxílio direcionado, enquanto a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, reabriu o canal de diálogo com o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. Já o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu que seu governo vai trabalhar por uma legislação de alívio econômico, em esforços chefiados pela indicada ao cargo de secretária do Tesouro, Janet Yellen. Embaladas por expectativas por novos estímulos, as bolsas de Nova York fecharam com ganhos superiores a 1%, com Nasdaq e S&P 500, mais uma vez, em recorde histórico. O dólar, por sua vez, acentuou queda na comparação com rivais e operou nos menores níveis desde abril de 2018. O petróleo, por outro lado, não capitalizou o apetite por risco e encerrou a sessão no vermelho.   "Um pacote adicional de alívio está muito atrasado e precisa ser aprovado [antes da posse de Biden]", defendeu Pelosi, em comunicado após a conversa telefônica com Mnuchin. Antes do encontro, o secretário havia dito que argumentaria em favor de um projeto de lei direcionado para os setores que mais precisam. No Senado, o líder da bancada republicana, Mitch McConnell, opinou que o país não pode esperar até o ano que vem para implementar estímulos. Agora há pouco, um repórter do Politico divulgou a nova proposta de McConnell, que inclui US$ 31 bilhões para a distribuição de vacinas, US$ 20 bilhões para apoio a fazendeiros, US$ 500 milhões para a pesca e cerca de US$ 15 bilhões em assistência a crianças.   Ao oficializar o anúncio da composição de sua equipe econômica, nesta tarde, Joe Biden voltou a exortar o Congresso a acelerar as discussões e firmar um entendimento. Nomeada por ele para liderar o Departamento do Tesouro, Janet Yellen ressaltou que o governo deve agir "com urgência" para aplacar o vírus. "Estamos enfrentando crises históricas causadas pela pandemia e seus impacto econômicos", disse.   Com o debate sobre estímulos de volta ao centro da política, passadas as eleições, investidores se sentiram confiantes para buscar ações e, como resultado, as bolsas de Nova York tiveram forte pregão. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,62%, a 29823,46 pontos; o S&P 500 avançou 1,13%, a 3662,45 pontos; o Nasdaq subiu 1,28%, a 12355,11 pontos - os dois últimos em recordes históricos.   "Os mercados ficaram em clima otimista no segundo dia de negociações da semana com os índices acionários em altas históricas enquanto investidores seguem otimistas sobre a aprovação de uma vacina para a covid-19 e os prospectos de uma política monetária acomodatícia", explicaram analistas do BK Asset Management.   Em audiência no Comitê Bancário do Senado, o presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou compromisso em manter as condições monetárias relaxadas, o que inclui evitar aumentar juros antes que haja efeito claro e sustentado na inflação. Embora tenha dito que preferia que os instrumentos emergenciais do Fed pudessem ficar em vigor por mais tempo, Powell ponderou ponderou que não questiona a decisão do Departamento do Tesouro de encerrá-los no fim deste ano.   Na mesma linha, a presidente da distrital de São Francisco do Fed, Mary Daly, ressaltou que os juros vão ficar nos níveis atuais por um bom tempo, enquanto a diretora Lael Brainard comentou que novos estímulos fiscais são essencia. "É de vital importância fornecer uma salvação para famílias e empresas duramente atingidas, e que enfrentam a dura realidade de uma segunda onda de covid-19, até que uma vacina eficaz esteja amplamente disponível", afirmou a dirigente.   Os prospectos por estímulos fiscais e monetários devem elevar o volume de dólares em circulação no mercado e, como consequência, a moeda americana preserve tendência de enfraquecimento. O índice DXY, que mede a variação da divisa dos EUA ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em baixa de 0,58%, a 91,268 pontos, no nível mais baixo em mais de dois anos. No fim da tarde em Nova York, a libra subia a US$ 1,34185 euro avançava a 1,20565. A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, voltou a dizer hoje que a instituição pretende recalibrar seus instrumentos na reunião de dezembro.   No mercado de Treasuries, os juros subiram e, no fim da tarde, o retorno da T-note de 2 anos estava em 0,164% e o da T-note de 10 anos em 0,917%.   Entre commodities, o petróleo se desvalorizou, com o WTI com entrega prevista para janeiro em baixa de 1,74%, a US$ 44,555, e o Brent para fevereiro com perda de 0,96%, US$ 47,42, em meio à indefinição a respeito da extensão dos cortes na produção da commodity pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). (André Marinho - [email protected])                              
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