DÓLAR CAI A R$ 5,27 DE OLHO EM SELIC MAIOR, MAS COMUNICADO DÚBIO DEIXA DI VOLÁTIL

Blog, Cenário
A reação dos mercados ao comunicado que acompanhou a decisão do Copom, de elevar a Selic em 0,75 ponto porcentual, foi tão distinta quanto a interpretação que os analistas fizeram do texto. Houve quem achasse o comunicado mais dovish do que o previsto, diante do fato de o Banco Central ter mantido a ideia de "ajuste parcial" da política monetária e reduzido as projeções para a inflação de 2022, e também quem enxergasse uma posição mais hawkish, uma vez que o colegiado afirmou não ter "compromisso" com sua posição de não levar a Selic para o nível neutro. No caso do câmbio, os investidores se apegaram ao fato de o BC já ter contratado uma nova alta de 0,75 ponto da Selic, em junho, e à sinalização de que pode ser mais rigoroso, se necessário. Assim, em um dia de enfraquecimento global do dólar, a perspectiva de aumento de fluxo com o juro maior e a desmontagem de posições contra o real fizeram a moeda brasileira ter o melhor desempenho dentro de uma cesta de 34 pares. No fim, a divisa americana cedeu 1,62%, a R$ 5,2779, depois de testar mínima em R$ 5,25, no menor patamar desde janeiro. Na renda fixa, os DIs curtíssimos, que já indicavam apostas majoritárias em mais um aperto de 0,75 ponto da Selic, migraram definitivamente para essa possibilidade. Mas as taxas intermediárias e longas que chegaram a cair, alinhadas ao cenário considerado pelos investidores em câmbio, zeraram o movimento na reta final e terminaram em alta, diante das interpretações dúbias em relação ao Copom e à espera da ata desta decisão, na próxima semana. Enquanto isso, a Bolsa brasileira operou com leve queda em boa parte do dia, mas a aceleração de ganhos em Wall Street, que levou o Dow Jones a renovar o recorde histórico de fechamento, diante da oposição da chanceler alemã, Angela Merkel, à quebra de patentes de vacinas contra a covid-19, conseguiu trazer o Ibovespa para o positivo, com alta de 0,30%, aos 119.920,61 pontos. Além de Nova York, que também operou com fôlego contido e com alguma volatilidade enquanto os investidores esperam pelo relatório de empregos de abril dos EUA, que será divulgado amanhã, o desempenho da B3 contou com a ajuda de Vale, que subiu quase 4% após o preço do minério de ferro superar US$ 200 por tonelada, e de Ambev, que disparou cerca de 9% em meio a resultados financeiros melhores do que o previsto.
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CÂMBIO O dólar operou todo o dia em forte queda ante o real, chegando na mínima a recuar a R$ 5,25, no menor nível diário desde 18 de janeiro. As projeções de mais altas de juros no Brasil e a perspectiva de ingresso de capital externo no País ajudaram o real a ter o melhor desempenho no mercado internacional nesta quinta-feira, considerando as 34 divisas mais líquidas. O movimento foi ajudado pelo dia de baixa do dólar nos emergentes. Além disso, grandes investidores têm feito grande desmonte de posições contra a moeda brasileira no mercado futuro da B3, que só ontem somou US$ 2 bilhões. No fechamento, o dólar à vista terminou em queda de 1,62%, a R$ 5,2779, no menor valor deste o dia 14 de janeiro. No mercado futuro, o dólar para junho cedia 1,45% às 17h07, a R$ 5,2895. O volume de negócios foi mais forte hoje, superando US$ 15,5 bilhões. Apesar de divergências quanto ao tom do comunicado do Banco Central sobre a alta de juros, a visão consensual é que mais altas virão pela frente e o real tende a ganhar força nesse ambiente, recuperando o espaço perdido a outros emergentes. O Bank of America prevê mais duas elevações de 0,75 ponto porcentual, uma em junho e outra em agosto. Já a consultoria inglesa TS Lombard vê o risco de o BC ter de elevar a Selic a 6,5% até o fim do ano, caso haja piora do risco fiscal e uma desancoragem das expectativas de inflação para 2022. O banco suíço Julius Baer elevou a previsão de Selic ao final de 2021 de 4,5% para 5%. Caso não haja piora dos riscos fiscais, os economistas do Citi avaliam que o juro mais alto tende a igualar as taxas do Brasil a de outros emergentes, trazendo de volta as operações de 'carry trade', quando um investidor toma recurso em um país de juro zero e aplica em outro de taxa mais alta. Atualmente, o México, com juro de 4%, era o mercado na América Latina que vinha sendo alvo desse tipo de operação, enquanto no Brasil o câmbio passou a ser usado como um instrumento de proteção (hedge) para outras estratégias, por causa do custo baixo. Esse movimento pressionava adicionalmente o real. Neste contexto, o Citi espera que o real tenha desempenho levemente melhor em comparação a outras moedas emergentes do que nos últimos anos, quando acumulou o posto de pior divisa internacional. "Tende agora a ter atratividade maior para o investidor estrangeiro alocar seus recursos aqui", afirma o economista da Amplla Assessoria em Câmbio, Alessandro Faganello, destacando que o BC não só elevou os juros em 0,75 ponto ontem como sinalizou outro aumento da mesma magnitude em junho. Para o analista de pesquisa de estratégia de mercados emergentes do Julius Baer, Mathieu Racheter, a mensagem do BC é de juros mais altos e deve ajudar o real no curto prazo. Mas mesmo com a Selic em alta, o grupo financeiro suíço está mais cauteloso com o Brasil e recomenda a seus clientes que sejam "seletivos" com ativos brasileiros, em meio a um cenário incerto, com a antecipação da campanha presidencial de 2022, com a volta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao jogo, além de uma retomada econômica ainda lenta por causa da pandemia. Na movimentação técnica na B3, esperando um BC mais duro com a política monetária, investidores estrangeiros fizeram ontem forte redução de posições compradas em dólar futuro, que ganham com a alta da moeda americana, de US$ 1,4 bilhão, segundo dados da B3 monitorados pela corretora Renascença. Já os fundos de investimento nacionais aumentaram posição vendida em dólar futuro, que ganham com a queda da moeda dos EUA, em US$ 577 milhões. Considerando todos os contratos - dólar futuro, minicontratos de dólar futuro, cupom cambial (DDI) e swap - também houve ajuste importante a favor do real. Estrangeiros reduziram ontem posição comprada em US$ 851,5 milhões. Já os fundos diminuíram estas apostas em US$ 657 milhões, mostram dados da B3 monitorados pela corretora Commcor. Com isso, o saldo total comprado dos estrangeiros caiu a US$ 29,9 bilhões. Em meados de março, ele chegou a superar os US$ 34 bilhões. O dos fundos recuou a US$ 6,6 bilhões. Operadores comentam que estes movimentos de redução de posições prosseguiram ao longo dos negócios de hoje. No exterior, o dólar caiu forte hoje ante moedas principais, como o euro, e nos emergentes. Dados mais fracos de auxílio-desemprego ajudaram, mas a expectativa maior é pelo relatório mensal de emprego (payroll), que será divulgado na manhã desta sexta-feira (7). Os economistas do canadense TD Bank esperam criação forte de vagas em abril nos EUA, de 875 mil, por causa dos estímulos fiscais e do avanço da vacinação. O número, porém, deve ser menor que o de março (916 mil) e vir acompanhando por queda nos salários. Surpresas no relatório podem fortalecer o dólar e os juros longos americanos, prejudicando as moedas de emergentes. (Altamiro Silva Junior - [email protected]) Volta JUROS A sessão pós-Copom foi de volatilidade nos juros futuros, com o mercado digerindo o comunicado sobre a decisão de elevar a Selic para 3,5% e sob o impacto do recuo do dólar abaixo dos R$ 5,30. O dia ainda teve leilão de títulos prefixados, com volume bem menor de NTN-F em relação ao anterior e ligeiramente acima no caso da oferta de LTN. A sinalização do Copom para os próximos meses resultou em ajustes na precificação da curva para a taxa básica, fortalecendo a aposta de novo aumento de 0,75 ponto porcentual para o encontro de junho, como indicaram os diretores. As taxas começaram o dia perto da estabilidade, engataram queda a partir do fim da manhã, mas na última hora de negócios passaram a exibir alta nos vencimentos longos. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou a sessão regular em 4,80%, estável ante o ajuste de ontem, e a do DI para janeiro de 2025 subiu de 7,956% para 8,03%. O DI para janeiro de 2027 encerrou em 8,65%, de 8,564% ontem no ajuste. Como esperado para o dia seguinte ao Copom, o volume de contratos foi acima da média diária padrão nos últimos 30 dias, refletindo os ajustes ao comunicado. O DI para janeiro de 2022, normalmente o mais líquido, girava 570 mil contratos no fechamento da regular, contra média diária de 405 mil desde 6 de abril. A interpretação do texto do Copom foi difusa, com dificuldade em se qualificar como hawkish ou dovish, o que trouxe hesitação para as taxas no começo do dia. Ao mesmo tempo em que manteve a ideia de que o ciclo será de recomposição parcial da Selic, o Copom preferiu se precaver afirmando que isso não necessariamente representa um compromisso e deixando algum espaço para reconduzir a Selic para o chamado nível neutro. Também contratou novo aumento de 0,75 ponto para junho, o que não foi surpresa, mas ao mesmo tempo visto como um sinal conservador, uma vez que em apenas três reuniões o ajuste já terá chegado a 2,25 pontos. Para Sérgio Machado, sócio-gestor da Trópico SF2, o Copom "se esmera" em ser confuso na comunicação. "A prova disso é a percepção diversa dos agentes", escreveu em sua conta no Twitter. "Vamos ver quem ganha a briga: as pombas ou os falcões. Nada como um BC para imputar volatilidade na curva de juros." Na avaliação do economista Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, um ajuste parcial no processo de normalização é insustentável. "A melhor alternativa seria reconhecer explicitamente que perseguirá o ajuste integral, sem, contudo, comprometer-se por atingir no novo equilíbrio dentro do ano calendário nem com a magnitude dos próximos reajustes", afirmou, em entrevista ao Broadcast (veja íntegra publicada às 15h15). Como resultado do Copom, a curva tinha precificação de 82 pontos-base de alta para o encontro de junho, ainda com cerca de 25% de chance de aumento de 1 ponto porcentual. Para a reunião de agosto, estavam precificados 52 pontos, 75% de probabilidade de aperto de 50 pontos e 25% de probabilidade de 75. Os cálculos são do economista-chefe da Greenbay Investimentos, Flávio Serrano, que pondera que o mercado esteve hoje muito contaminado pelos ajustes técnicos típicos de pós-Copom. "Isso deve se acomodar nos próximos dias, a probabilidade de 1 ponto para junho ainda está muito forte", disse. Para o fim de 2021, a curva projetava Selic de 6,25% nesta tarde. Profissionais afirmam que os momentos de queda firme das taxas durante a sessão foram assegurados pelo dólar, que chegou a rodar nos R$ 5,25 nos níveis mais baixos do dia. As mínimas do juros se deram no começo da tarde, logo após o leilão do Tesouro. Passada a operação, o mercado se livrou das influências técnicas de posições de hedge contra o risco prefixado dos papéis, abrindo espaço para acompanhar mais a moeda e os sinais do Copom. A instituição vendeu integralmente o lote de 20 milhões, contra 19 milhões na semana passada, de LTN, e parcialmente (323.400) a oferta de 350 mil NTN-F, que na semana passada chegou a 800 mil. O DV01 (risco para o mercado) ficou em R$ 3,21 milhões, de R$ 3,61 milhões no leilão anterior, conforme a Renascença DTVM. (Denise Abarca - [email protected]) 17:08 Operação   Último CDB Prefixado 32 dias (%a.a) 3.46 Capital de Giro (%a.a) 5.60 Hot Money (%a.m) 0.59 CDI Over (%a.a) 3.40 Over Selic (%a.a) 3.40 BOLSA Em um pregão vespertino marcado pela estabilidade, o Ibovespa acabou ganhando tração na reta final da sessão de negócios diante da aceleração do ritmo de alta de seus pares em Nova York e, localmente, um avanço mais forte das ações da Vale -que passou o dia valorizada impulsionada pela cotação do minério de ferro, que rompeu marca dos US$ 200 por tonelada no porto chinês de Qindao. Também contribuiu o dólar em queda atingindo o menor nível desde 14 de janeiro. A divisa americana fechou o dia no segmento à vista em queda de 1,62%, a R$ R$ 5,2779. O Ibovespa encerrou o dia em alta de 0,30%, aos 119.920,61 pontos com giro financeiro de R$ 36,3 bilhões. "A gente teve a Vale com movimento muito expressivo e os outros ativos chamados de primeira linha, os mais negociados, em queda. Há, pontualmente, movimentos relacionados às questões corporativas, com o resultados dos balanços", nota Ariane Benedito, economista da CM Capital. Pelo lado negativo, ações do setor financeiro e da Petrobras, que acompanhou a queda das cotações dos contratos futuros de petróleo nesta quinta-feira em razão da percepção no mercado de que a piora da pandemia na Índia representa riscos para a demanda. Vale ON avançou 3,92%. Por outro lado, Petrobrás ON recuou 1,41%, Itaú Unibanco PN, -0,62% e as units do Santander, -0,49%. Ainda que os índices pares em Nova York oscilassem em alta nesta tarde, analistas apontam que a agenda esvaziada deixou os investidores na bolsa local em compasso de espera pelo resultado dados do mercado de trabalho americano, o payroll, amanhã. "Vamos para o tudo ou nada no mercado acionário com o payroll", disse Benedito, que espera que as informações venham melhores do que as divulgadas no mês anterior, mas abaixo das expectativas dos agentes do mercado, o que pode amenizar o mau humor. Pesquisa do Projeções Broadcast mostra que os EUA podem ter gerado de 780 mil a 1,3 milhão de empregos em abril, segundo estimativas de 28 analistas. A mediana é de geração de 1 milhão de postos de trabalho. Thomas Giubert, economista e sócio da Golden Investimentos, afirma que o comportamento do mercado acionário nesta sessão mostra que está difícil romper o nível dos 120 mil pontos porque não há clareza de informações tanto do ponto de vista corporativo, com quais setores estariam melhores para se posicionar, quanto do noticiário. "Falta ainda o comprador marginal para fixar uma direção. Se há uma resistência na pontuação e o setor de material básico não para de subir, os gestores começam a rebalancear suas carteiras", afirma, fazendo uma leitura mais técnica do movimento da sessão. "Há pitadas de coisas aleatórias, como mais uma questão envolvendo a China e o presidente Jair Bolsonaro. Vão se somando ruídos, coisas de curto prazo e as pessoas vão perdendo o ânimo de alocar capital", afirmou Giubert, colocando nesse contexto também o avanço do coronavírus com descobertas de nova variante no Brasil. Hoje o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, afirmou que o país se opõe "firmemente" à tentativas de "politizar e estigmatizar" o coronavírus. "O vírus é o inimigo comum da humanidade. A tarefa urgente agora é que todos os países se unam na cooperação antiepidêmica e se esforcem por uma vitória rápida e completa sobre a epidemia", disse Wenbin. Nesse contexto, Ariane Benedito, da CM Capital, coloca o Ibovespa com suporte nos 118 mil pontos, mas com tendência a buscar a estabilidade em 120 mil pontos e nível de resistência nos 121 mil.(Simone Cavalcanti - [email protected]) 17:22 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 119920.61 0.29789 Máxima 119966.42 +0.34 Mínima 119071.04 -0.41 Volume (R$ Bilhões) 3.63B Volume (US$ Bilhões) 6.86B 17:24 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 120155 0.0458 Máxima 120315 +0.18 Mínima 119300 -0.67 Volta MERCADOS INTERNACIONAIS Com um impulso nos minutos finais do pregão, as bolsas de Nova York fecharam em alta, e o Dow Jones renovou máxima histórica. Durante a sessão, os índices acionários já haviam ganhado força com a oposição da chanceler alemã, Angela Merkel, à quebra de patentes de vacinas contra a covid-19. Ontem, o presidente dos EUA, Joe Biden, se colocou a favor da medida, o que impactou ações de farmacêuticas. Na expectativa pelo relatório de empregos de abril dos EUA, que será divulgado amanhã, o mercado de Treasuries teve um pregão volátil, e os juros longos acabaram recuando. O índice DXY também caiu, com o dólar pressionado pelo euro, após indicadores econômicos mostrarem avanço da retomada na União Europeia. O petróleo, por sua vez, seguiu pressionado pela piora da pandemia na Índia, o que impõe riscos à perspectiva para a demanda da commodity energética. De acordo com um porta-voz do governo da Alemanha, o país considera que a suspensão de direitos de propriedade intelectual de vacinas, como defendido pelos EUA, criaria "severas complicações" para a produção dos imunizantes. Ontem, a representante comercial de Washington, Khaterine Tai, havia dito que as circunstâncias da pandemia exigem medidas extraordinárias. As ações das principais farmacêuticas que fabricam vacinas contra o coronavírus reduziram as perdas após vir a público a posição de Merkel sobre o tema, mas ainda fecharam em baixa. Pfizer recuou 0,99% e Moderna, 1,44%. Nas bolsas de Nova York, o índice acionário Nasdaq subiu 0,37%, a 13.632,84 pontos, o Dow Jones avançou 0,92%, a 34.548,53 pontos, na máxima histórica, e o S&P 500 teve ganho de 0,81%, a 4.201,62 pontos. No mercado de Treasuries, os investidores ficaram em compasso de espera pelo payroll de abril dos EUA. A mediana das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast indica criação de 1 milhão de empregos no período, devido aos estímulos fiscais do governo e ao avanço da vacinação. Na visão do analista Michael A. Goshko, da Western Union, a queda nos pedidos de auxílio-desemprego nas semana passada aumentou o expectativa otimista no mercado para o payroll. No fim da tarde em NY, após certa volatilidade durante a sessão, o rendimento da T-note de 2 anos operava estável em 0,152%, o da T-note de 10 anos recuava a 1,567% e o do T-bond de 30 anos cedia a 2,245%. Em meio às discussões sobre o impacto das pressões inflacionárias nos EUA, o presidente da distrital de Dallas do Federal Reserve, Robert Kaplan, defendeu o início do debate sobre a redução das compras de ativos. O líder da regional de Atlanta, Raphael Bostic, por outro lado, ecoou o discurso majoritário no Fed e disse que não está pronto para discutir a diminuição do programa de relaxamento quantitativo (QE). Bostic tem direito a voto nas reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) este ano, mas Kaplan, não. Dados macroeconômicos da zona do euro deram força à moeda do bloco comum hoje, o que pressionou o índice DXY do dólar. Em março, as vendas no varejo da região cresceram 2,7%, na comparação com fevereiro, acima da projeção de alta de 1,6%. "O crescimento mais forte e um esforço de vacinação aprimorado estão ajudando a transformar a visão dos investidores para uma direção positiva em relação ao euro", afirma Goshko, da Western Union. No fechamento, o DXY caiu 0,39%, a 90,951 pontos. O euro subia a US$ 1,2064, no final da tarde em NY, enquanto a libra recuava a US$ 1,3897. A divisa britânica chegou a se valorizar após o Banco da Inglaterra (BoE) reduzir o ritmo das compras de ativos, mas acabou perdendo força ao longo do pregão. O petróleo, por sua vez, fechou em queda. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para junho recuou 1,40%, a US$ 64,71 o barril, enquanto o Brent para julho caiu 1,26%, a US$ 68,09 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). A commodity energética continuou pressionada pela percepção no mercado de que a piora da pandemia na Índia representa riscos para a demanda. Na avaliação do analista de mercado financeiro Edward Moya, da Oanda, a situação na Índia é um "grande entrave" para os preços do petróleo. "Embora alguns acreditem que a curva [de casos de covid] esteja começando a dobrar, a situação nos hospitais permanece sombria e provavelmente levará a confinamentos mais longos", diz o profissional. (Iander Porcella - [email protected])
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