DIVULGAÇÃO DE DEPOIMENTO DE MORO ESTRESSA, DÓLAR VAI A R$5,59 E BOLSA DESACELERA

Blog, Cenário
A divulgação do depoimento do ex-ministro Sérgio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro, faltando cerca de 30 minutos para o fim do pregão, levou o dólar a renovar máximas, acima de R$ 5,60, e tirou o fôlego do Ibovespa que voltou a ser negociado abaixo dos 80 mil pontos e por lá ficou. Moro disse à Polícia Federal que Bolsonaro queria a superintendência do Rio e que recebeu, por Whatsapp, a seguinte mensagem do presidente: "Moro você tem 27 Superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro". Os temores do mercado são de que as revelações do ex-ministro resultem em nova crise política e, em último caso, até mesmo na abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro. Assim, o dólar, que já refletia a cautela pelo que a divulgação poderia acarretar, terminou o dia com valorização de 1,30%, aos R$ 5,5925, no terceiro dia consecutivo de alta. Enquanto isso, o empenho da Câmara em aprovar o projeto de ajuda a Estados e municípios e a PEC do Orçamento de Guerra ajudava a garantir novo alívio aos juros futuros. Ao mesmo tempo, no entanto, a queda dos DIs também alimentou o avanço da moeda dos EUA, na medida em que a fraqueza da produção industrial de março reascende o debate sobre o tamanho do afrouxamento monetário nesta e nas próximas reuniões do Copom (o mercado precifica 60% de chances de corte de 0,50 ponto e 40% de redução de 0,75 ponto), o que significa a possibilidade de reduzir ainda mais o diferencial dos juros do Brasil com o resto do mundo. No fim, alguns vencimentos de DI, já na sessão estendida, praticamente zeraram a queda devido ao depoimento de Moro. Enquanto isso, a Bolsa, ainda que tenha deixado um pouco do ímpeto para trás, conseguiu se sustentar no azul, favorecida pelo otimismo externo e pela alta do petróleo. Com Petrobras e bancos mantendo avanço consistente, o Ibovespa ganhou 0,75%, aos 79.470,78 pontos. Em Wall Street, os principais índices também chegaram a perder um pouco de força nos minutos finais, mas avançaram com a perspectiva de reabertura da economia dos EUA e de alguns países europeus, bem como em meio a declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, que podem sugerir mais estímulos à atividade.  
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  CÂMBIO O dólar teve o terceiro dia seguido de valorização, destoando da melhora vista mais cedo na Bolsa, que acompanhou o bom humor externo com o início da reabertura de algumas economias e estados americanos. Profissionais de câmbio relatam que o ambiente político conturbado pesou novamente e fez o real mais uma dia ser destaque de piora ante o dólar no exterior, considerando uma cesta de 34 divisas, além também da perspectiva de novo corte de juros amanhã pelo Banco Central. No final da tarde, a moeda americana acelerou o ritmo de alta e renovou máximas após a divulgação da íntegra do depoimento do ex-ministro Sergio Moro, feito no último sábado na Polícia Federal em Curitiba. No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 1,30%, cotado em R$ 5,5925. No futuro, o dólar junho era negociado no final da tarde acima do nível de R$ 5,60.   O dia foi novamente de liquidez muito fraca, com o giro ficando na metade do volume de negócios de uma sessão normal. As mesas de câmbio até relataram a perspectiva de atuação do Banco Central hoje, mas assim como ontem, não houve operações extraordinárias.   A economista-chefe e estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, ressalta que novamente a questão política pesa no mercado cambial. Hoje, o presidente Jair Bolsonaro voltou a se exaltar com a imprensa e segue passando a imagem ao exterior de estar na contramão mundial no processo de combate à pandemia, ressalta ela. Além disso, desde ontem já havia o temor do conteúdo do depoimento de Moro, que agora começa vir à tona. "Embora a Bolsa esteja repercutindo a melhora externa, com a reabertura de algumas economias, o dólar capta as questões locais, e aqui dentro a gente vê queda de braços no mundo político."   Projetos de votação estão avançando no Congresso, com a análise hoje na Câmara, em segundo turno, da PEC do Orçamento de Guerra e também do socorro a Estados e municípios. Mas ficaram em segundo plano com o depoimento de Moro. Os primeiros relatos do depoimento mostraram que o ex-juiz disse a investigadores que Bolsonaro explicitou que queria mudanças na superintendência da PF no Rio de Janeiro. O ex-ministro relatou uma mensagem de Bolsonaro que tinha o seguinte teor: "Moro você tem 27 Superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro".   A consultoria de risco político Eurasia, com sede em Washington, avalia que o conteúdo do depoimento de Moro pode ajudar a balizar a probabilidade de impeachment de Bolsonaro, por enquanto considerada baixa. Contudo, os analistas políticos da Eurásia só esperavam que o teor das declarações viessem a públicos em meses, e não em dias, como ocorreu.   Investidores fizeram forte movimentação no mercado futuro ontem, influenciado em parte pelo vencimento do contrato de maio do dólar futuro. Estrangeiros ampliaram ainda mais suas posições "compradas", que ganham com a alta do dólar. Só ontem, elevaram em 24,8 mil contratos, ou US$ 1,25 bilhão. Já os fundos e gestoras locais saíram de posição "comprada" em 29 mil contratos em dólar futuro e passaram a ficar "vendidos" (ganham com a queda do dólar) em 61 mil contratos, de acordo com dados da B3 compilados pela corretora Renascença.   No exterior, o dólar subiu ante divisas fortes influenciado pela decisão de uma corte alemã, que julgou nesta terça-feira que o programa de compras de ativos do Banco Central Europeu (BCE) viola parcialmente a Constituição. Mas a moeda americana caiu ante a maioria dos emergentes, principalmente aqueles produtos de petróleo, como Rússia (-1,50%), Colômbia (-1,21%) e México (-0,77%). O barril do WTI disparou mais de 20% hoje, marcando o quinto dia seguido de valorização. Fonte: Altamiro Silva Junior - [email protected]     Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.59250 1.2987 5.60450 5.48340 Dólar Comercial (BM&F) 5.4357 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5592.500 0.64789 5614.000 5491.500 DOLAR COMERCIAL 5598.000 0.66477 5602.500 5565.000     BOLSA O Ibovespa mantinha-se em faixa de variação estreita ao longo da maior parte da tarde, mas, na reta final de sessão, acabou cedendo a linha de 80 mil pontos, que havia recuperado mais cedo na sessão, enquanto a CNN Brasil antecipava o teor do depoimento do ex-ministro Sergio Moro na PF, momento em que o dólar renovava máxima do dia. Assim, o principal índice da B3 encerrou esta terça-feira em alta de 0,75%, a 79.470,78 pontos, com o expressivo avanço do petróleo tendo ajudado as ações da Petrobras, em dia marcado também por desempenho positivo dos mercados de ações nos EUA e na Europa.   Aqui, prevalecia também expectativa para a decisão de amanhã do Copom - e para aguardado corte de ao menos 0,50 ponto porcentual na Selic -, e, em especial, para a deliberação do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), a qualquer momento, sobre o pedido de suspensão do sigilo do depoimento de Sergio Moro na Polícia Federal, apresentado pela defesa do ex-juiz e ex-ministro do governo Bolsonaro.   Em depoimento à Polícia Federal no último sábado, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública disse a investigadores que o presidente Jair Bolsonaro explicitou que queria mudanças na superintendência da PF no Rio de Janeiro - afinal, iniciadas pelo novo diretor-geral da PF, Rolando de Souza, que tomou posse ontem rapidamente, em evento fechado e sem discursos no gabinete presidencial. Ainda na segunda-feira, Souza convidou o atual superintendente da PF no Rio para ser o diretor-executivo, número 2 na hierarquia da instituição, em Brasília.   Moro afirmou no depoimento que recebeu mensagem pelo aplicativo WhatsApp do Presidente da República, solicitando a substituição do Superintendente do Rio de Janeiro. O ex-ministro relatou que a mensagem tinha mais ou menos o seguinte teor: "Moro você tem 27 Superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro".   "Se pararmos para pensar, o problema maior que temos no momento é o político, e um agravamento da situação pode testar a recuperação do Ibovespa, podendo levá-lo a mínimas", diz Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus. "Será preciso acompanhar com atenção o que pode emergir das denúncias do Moro contra Bolsonaro. Sabemos, desde o governo Dilma, que ele é muito hábil no uso de provas, como naquela ocasião em que impediu a posse de Lula como ministro da Casa Civil (em 2016, no fim do governo Dilma). A suspensão do sigilo do depoimento de Moro pode causar muito estresse ao mercado", acrescenta.   Apesar dos ruídos políticos que chegam de Brasília, a melhora da confiança observada nos mercados do exterior tem contribuído para dar sustentação ao índice. "Lá fora, a reabertura das economias tem resultado em rápida recuperação dos preços de commodities como o petróleo e o minério de ferro, um fator muito positivo para a Bolsa daqui", observa Laatus. Assim, estendendo os ganhos do dia anterior, o contrato do Brent para julho fechou hoje em expressiva alta de 13,86%, ou US$ 3,77, negociado a US$ 30,97 por barril, na ICE, levando a ação ON da Petrobras a encerrar a sessão em alta de 3,43% - o quinto melhor desempenho do dia entre os componentes do Ibovespa - e a PN, com ganho de 3,22%. Mais cedo, antes do teor do depoimento de Moro, os ganhos nas ações da Petrobras superavam 5%.   Nesta terça-feira, o índice da B3 oscilou entre mínima de 78.886,34 e máxima de 81.065,90 pontos, limitando as perdas da semana e do mês a 1,29% - no ano, o Ibovespa cede agora 31,28%. O giro financeiro totalizou R$ 20,0 bilhões, assim como no dia anterior, abaixo do observado na semana passada, de recuperação do índice e volume financeiro diário entre R$ 24 bi e R$ 27,5 bilhões no período.   Na ponta negativa do Ibovespa, IRB fechou em baixa de 6,05% e Cogna, de 4,98%. Apesar da sinalização do presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, de que o banco pretende manter seu investimento no IRB Brasil Re, o desempenho das ações do ressegurador reflete o adiamento, de 11 de maio para 18 de junho, da publicação do balanço do primeiro trimestre, o que gera dúvidas no investidor. As ações da Embraer também estiveram entre as de pior desempenho na sessão, em baixa de 2,85%, a terceira perda consecutiva, após o secretário do Tesouro, Mansueto de Almeida, ter dito desconhecer qualquer negociação entre o governo e a empresa para aporte de US$ 1 bilhão.   Depois de ter estado entre as maiores perdedoras no dia anterior, com a divulgação do balanço do primeiro trimestre, Gol liderou os ganhos no Ibovespa nesta terça-feira, em alta de 5,65%, seguida por Klabin (+5,17%). Após ter divulgado balanço depois do fechamento de ontem - com redução de lucro em função de aumento de provisões -, a ação do Itaú Unibanco subiu 3,70% nesta terça-feira, o melhor desempenho entre as do segmento na sessão e o quarto melhor entre as componentes do Ibovespa. Fonte: Luís Eduardo Leal - [email protected], com Matheus Piovesana e Renato Carvalho   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 79470.78 0.75379 Máxima 81065.90 +2.78 Mínima 78886.34 +0.01 Volume (R$ Bilhões) 1.99B Volume (US$ Bilhões) 3.61B   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 79875 0.97977 Máxima 81300 +2.78 Mínima 79235 +0.17     JUROS Sinais de uma atividade mais fraca do que o previsto e a chance de acordos na Câmara em torno dos pacotes para diminuir o impacto da crise do coronavírus na economia provocaram a queda dos juros futuros nesta terça-feira pré-Copom. O recuo bem mais forte do que o previsto da produção industrial embasou, inclusive, a apostas de corte mais robusto na taxa amanhã. A divulgação da íntegra do depoimento do ex-ministro Sérgio Moro à Polícia Federal, no entanto, deu fôlego às taxas longas na sessão estendida.   Ao fim da sessão regular, a taxa do contrato do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 cedeu de 2,77% ontem para 2,71% hoje. O janeiro 2022 foi de 3,66% para 3,53%. E o janeiro 2027 caiu de 7,50% para 7,45%. Ao fim do dia, a curva precificava cerca de 60% de chances de redução de 0,50 ponto porcentual pelo Banco Central amanhã e 40% de baixa de 0,75pp, segundo cálculos da Quantitas Asset Management.   Pela manhã, o IBGE informou que a produção industrial brasileira despencou 9,1% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal. A queda foi bem maior que a mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, negativa em 3,34%. O intervalo todo apontava retração, de 10,20% a 1,80%. A atividade no setor agora recuou em 23 das 26 categorias pesquisas e chegou ao nível de agosto de 2003.   O estrategista-chefe do Banco Mizuho para América Latina, Luciano Rostagno, pontua que o dado se refere ao mês de março, quando começou-se a endurecer as medidas de isolamento social. O impacto maior, diz, virá a partir de abril.   "O dado da atividade muito ruim sugere que o impacto está sendo maior do que se imaginava, o que pode levar o BC a acelerar o ritmo de corte de juros", comentou. A aposta de Rostagno é de um corte de 50 pontos-base da Selic amanhã, embora ele pondere que não se deve descartar de todo uma atitude mais agressiva da autoridade monetária.   Ao comentar os dados da produção industrial, a consultoria Pantheon Macroeconomics diz estar preparada para "números terríveis da produção industrial brasileira nos próximos meses". "Esperamos uma recuperação gradual a partir do terceiro trimestre, mas os riscos são fortemente inclinados para o lado negativo", afirmam.   Ao falar dos dados recentes da atividade econômica brasileira, o BofA Merrill Lynch estima corte de 0,5 pp amanhã e taxa a 2,75% no final de 2020. "O cenário de recessão econômica amplifica as pressões desinflacionárias que vêm da demanda doméstica deprimida, enquanto os preços do petróleo historicamente baixos se somam a essas pressões para baixo na inflação. A robustez da resposta fiscal ao Covid-19 até agora, junto ao afrouxamento monetário e de liquidez, devem amortecer uma desaceleração mais profunda, mas é improvável que impeçam uma recessão", afirma o texto.   Outro fator que impulsionou a queda nas taxas durante a sessão regular foi a possibilidade de entendimento da pauta da Câmara. A chance de votação do segundo turno hoje da PEC do Orçamento de Guerra e do início da apreciação do socorro a Estados e municípios justificaram o alívio, segundo um operador.   Durante o leilão da sessão regular, contudo, a íntegra do depoimento de Sérgio Moro foi divulgada pela CNN Brasil e, posteriormente, pelo Broadcast/Estadão. O ex-ministro da Justiça confirmou a pressão que sofreu do presidente Jair Bolsonaro para trocar o comando da superintendência do Rio de Janeiro.   Minutos após a abertura da sessão estendida, o juro do DI para janeiro de 2027 estava em 7,50%, devolvendo a baixa da etapa regular. Fonte: Mateus Fagundes - [email protected]     Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 3.05 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 3.65 Over Selic (%a.a) 3.65     MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York mantiveram força à tarde, ainda com leituras mais otimistas de investidores sobre a gradual reabertura econômica em importantes economias e em meio a declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que podem sugerir mais estímulos à frente. Já o petróleo ganhou ainda mais fôlego, com a avaliação de que a retomada apoiará a demanda. No câmbio, o dólar se manteve em alta ante outras moedas principais, com o euro penalizado por uma decisão judicial da Alemanha que considerou parcialmente inconstitucionais estímulos recentes do Banco Central Europeu (BCE). O BCE respondeu nesta tarde à questão, porém com uma nota em que diz ter sido informado sobre a decisão e que continua comprometido com a inflação, sem especificar se recorrerá. Entre os Treasuries, os retornos ficaram sem sinal único, mas na maioria em alta, em um quadro de menor busca por segurança e em meio a discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed).   A LPL Financial destacou em relatório que o mercado acionário foi apoiado dos dois lados do Atlântico pelos planos de reabertura econômica, enquanto as tensões entre EUA e China "pareciam arrefecer", após autoridades do Tesouro americano descartarem punição econômica enquanto a China cumprir o acordo comercial bilateral recente. No início da tarde, Trump disse que o governo de Pequim deveria ter sido mais "transparente" sobre o coronavírus, mas também comentou que ele "não fez de propósito". No meio da tarde, Trump foi ao Twitter para defender cortes de impostos para combater os impactos da pandemia, citando a eliminação de tributos sobre a folha de pagamento e "talvez" sobre ganhos de capital.   Em relação à reabertura, o banco suíço Julius Baer avaliou em nota que o formato da recuperação dependerá sobretudo da capacidade de se controlar a disseminação da covid-19 com sucesso, mesmo em meio a medidas menos rígidas de distanciamento social. Economista-chefe para Alemanha do banco, David Kohl afirmou que a adoção rápida de medidas de contenção, a resposta política à quarentena e fatores estruturais determinarão se uma recuperação em "V" pode ser alcançada pelos países.   O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, também tratou do assunto nesta tarde. Ele argumentou durante seminário virtual que a recuperação dos EUA dependerá da resposta do país à pandemia, mas também de saber se as infecções por coronavírus podem ser estabilizadas. Charles Evans, da distrital de Chicago do Fed, por sua vez, disse ser razoável esperar que o crescimento volte ao país no segundo semestre, mas destacou a incerteza sobre as perspectivas. Evans afirmou que a reabertura gradual que deve ser feita nesta semana por cerca de metade dos Estados americanos, segundo a imprensa local, traz "riscos muito altos", mas com ela será possível observar o comportamento dos consumidores e a disposição das pessoas para usar máscaras em público, por exemplo. Vice-presidente do Fed, Richard Clarida também disse esperar recuperação econômica no segundo semestre, mas destacou a "enorme incerteza" e admitiu que mais medidas do banco central podem ser necessárias para ajudar a economia.   Em meio às declarações de dirigentes do Fed, os juros dos Treasuries seguiram sem sinal único, mas na maioria em alta, em dia de menor busca por segurança. No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 0,176% e o da T-note de 10 anos tinha ganho a 0,645%.   Nas bolsas de Nova York, o otimismo com a reabertura apoiou o apetite dos investidores, mas houve certa perda de fôlego na reta final dos negócios. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,56%, em 23.883,09 pontos, o Nasdaq subiu 1,13%, a 8.809,12 pontos, e o S&P 500 teve ganho de 0,90%, a 2.868,44 pontos.   No câmbio, o euro continuou em baixa, de olho na decisão da Justiça alemã que considerou inconstitucional parte das medidas do BCE. O banco central se pronunciou sobre o assunto, mas de modo telegráfico e sem deixar claro se pode recorrer da decisão, apenas reafirmando que age dentro de seu mandato de estabilidade de preços. Para a Eurasia, a decisão de um tribunal alemão sobre o tema não deve impedir a capacidade do BCE para comprar títulos no curto prazo, mas aumenta as preocupações do mercado sobre a capacidade do BCE de continuar a expandir seus estímulos monetários no médio prazo, além de poder fortalecer o sentimento contra a União Europeia.   No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 106,51 ienes, o euro recuava a US$ 1,0849 e a libra tinha baixa a US$ 1,2439. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas fortes, subiu 0,23%, a 99,709 pontos.   Entre as commodities, o petróleo WTI para junho fechou em alta de 20,45%, a US$ 24,56 o barril, na Nymex, e o Brent para julho subiu 13,86%, a US$ 30,97 o barril, na ICE. O banco americano BBH comentou que discussões sobre cortes na oferta do óleo e a reabertura de economias apoiaram o sentimento hoje, levando o Brent a superar a marca de US$ 30 o barril. Fonte: Gabriel Bueno da Costa - [email protected]  
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