DIS CAEM COM ATA DO COPOM, ENQUANTO BOLSA SOBE COM COMMODITIES E SEGURA DÓLAR

Blog, Cenário
O clima externo majoritariamente negativo foi insuficiente para limitar o bom desempenho dos ativos brasileiros, em reação a fatores locais e reservados a cada um. Os juros futuros, por exemplo, tiveram queda firme na ponta curta e intermediária, após a ata do Copom reforçar a ideia de ajuste apenas parcial da política monetária. Assim, mesmo com o IPCA de abril um pouco acima da mediana, as apostas num ritmo de aperto mais intenso, da ordem de 1 ponto porcentual, perderam terreno para aquelas de 0,75 ponto. E até os vencimentos longos, que chegaram a subir pela manhã, perderam vigor e encerraram com pequena devolução de prêmios, após o dólar arrefecer diante do real. A divisa americana chegou a bater em R$ 5,28 mais cedo, justamente por causa da leitura de que, mesmo com novas altas da Selic contratadas, a taxa básica seguirá abaixo da neutralidade. Mas com a melhora da Bolsa, no começo da tarde, e relatos de fluxo de entrada de recursos, o dólar cedeu e tocou na mínima de R$ 5,20, até terminar perto da estabilidade, com leve baixa de 0,18%, a R$ 5,2227. O Ibovespa, que ainda opera atrasado ante os pares, deixou o desempenho dos índices em Wall Street completamente em segundo plano e, amparado pelo forte desempenho de papéis ligados a commodities, encerrou o dia com ganhos de 0,87%, na máxima de 122.964,01 pontos. Hoje, ao contrário da véspera, as ações da Vale refletiram de perto a recente valorização do minério de ferro no mundo, ao passo que Petrobras também acompanhou a alta das cotações do petróleo. Em Nova York, as bolsas até reduziram as perdas à tarde, mas ainda fecharam em baixa consistente, sobretudo S&P 500 e Dow Jones, em meio ao temor de pressão inflacionária nos mercados globais, um dia antes da divulgação do índice de preços ao consumidor dos EUA. Os dirigentes do Fed, por outro lado, voltaram a adotar um discurso dovish nas diversas aparições públicas que fizeram, mas isso não impediu novo avanço dos yields dos Treasuries.
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JUROS A ata do Copom e o IPCA de abril se mantiveram como principais condutores dos negócios com juros durante à tarde, mas a virada do dólar para baixo na segunda etapa zerou a alta da ponta longa e as taxas deste trecho acabaram fechando em leve queda, neutralizando o ganho de inclinação que prevaleceu ao longo da sessão. As curtas e, principalmente, as do miolo, tiveram recuo firme desde cedo, com o mercado digerindo a ideia reforçada no documento de que o Copom encerrará o ciclo de alta da Selic antes que esta alcance o chamado patamar neutro, mantendo algum nível de estímulo. As apostas de aperto monetário mais forte no Copom de junho, de 1 ponto porcentual, se enfraqueceram, na medida em que os diretores endossaram a intenção de aplicar novo aumento de 0,75 ponto. O IPCA veio ligeiramente acima das estimativas, mas sem comprometer as projeções de inflação para 2022, agora horizonte da política monetária nos próximos meses. A sessão foi de volume robusto de contratos negociados. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou em 4,78% (4,849% ontem no ajuste) e a do DI para janeiro de 2023, em 6,505%, de 6,653% ontem. O DI para janeiro de 2025 passou de 8,165% para 8,04% e a do DI para janeiro de 2027, de 8,714% para 8,66%. As longas subiam pela manhã, pressionadas pelo avanço do dólar e do rendimento dos Treasuries, mas à tarde a moeda americana passou a cair, devolvendo a ponta longa para os ajustes de ontem, enquanto os demais trechos mantiveram-se sob a influência da ata do Copom. "O mercado comprou a ideia de um ciclo menor, mas acredito que vai acabar sendo maior do que se imagina. O mundo todo está preocupado com a inflação", disse o operador de renda fixa da Terra Investimentos Paulo Nepomuceno. O destaque da ata foi o parágrafo 14, no qual o Copom reitera o recado do comunicado de que o processo de normalização da Selic será "parcial", argumentando que um ajuste total poderia levar as expectativas de inflação para muito abaixo da meta. "Elevações de juros subsequentes, sem interrupção, até o patamar considerado neutro implicam projeções consideravelmente abaixo da meta de inflação no horizonte relevante", afirma o texto. O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Lima Gonçalves, disse que o mercado viu a ata mais "dove" do que o comunicado. "A ata garantiu mais 75 pontos, mas não garantiu nada à frente", escreveu. Nos cálculos do economista, o processo de flexibilização monetária do ano passado levou o juro real a até -0,89% com a Selic a 2,0%, descontado o IPCA esperado para 12 meses da Focus. "Zerar a Selic real hoje, por esse critério é fixá-la em 4,0%. Esse ainda seria nível estimulativo. Para levar a taxa real a seu nível 'neutro', a taxa nominal deveria ir a 7,0% hoje", afirmou. Ele destaca que o Copom parece ter buscado sinalizar algo abaixo desse nível como teto do primeiro movimento, ao considerar apropriada uma normalização parcial. A precificação da curva apontava nesta tarde 80 pontos-base de alta para a Selic em junho, de 83 pontos ontem, ou 80% de chance de aumento de 0,75 ponto e 20% de probabilidade de 1 ponto. Os números são da Greenbay Investimentos. O economista-chefe Flávio Serrano conta ainda que, para a reunião de agosto, a chance de aumento de 0,75 ponto caiu de 40% ontem para 30% hoje e a de alta de 0,5 ponto subiu de 60% para 70%. Para o fim de 2021, a curva projeta Selic de 6,25%. Na avaliação do estrategista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, o mercado vinha muito pressionado por fatores técnicos nos últimos dias, com investidores montando posições tomadas em DI como hedge para ficarem vendidos em dólar, o que ajudou a potencializar a reação hoje à ata e ao IPCA. "O IPCA em 12 meses veio alto, mas a dinâmica parece ser favorável, pois a inflação não parece estar espalhada", afirmou. O índice subiu 0,31% em abril e ficou pouco acima da mediana das previsões de 0,29%, com a taxa em 12 meses passando de 6,10% em março para 6,76%. Alguns especialistas alertam que esse movimento está contaminado pelos números atípicos de deflação de 2020 - em abril do ano passado foi de -0,31%. A Capital Economics observa que o choque de alimentos está dando mais sinais de dissipação, com a menor taxa em 12 meses desde setembro (15,54%). "A alta dos preços dos alimentos já está se dissipando, a de energia deve seguir o mesmo caminho depois e a inflação subjacente está modesta. Assim, o índice geral deve desacelerar drasticamente no final deste ano", afirmam os profissionais da consultoria. A terça-feira teve ainda leilão de NTN-B, com oferta reduzida (1,9 milhão) ante a da semana passada (2,4 milhões) e vendida integralmente. A instituição colocou a maior parte (1,5 milhão) no prazo mais curto (2024), com mais 300 mil para 2028 e 100 mil para 2040. De acordo com a Renascença DTVM, o DV01 (risco para o mercado), que no leilão anterior era de R$ 6,38 milhões hoje ficou em R$ 2,91 milhões. (Denise Abarca - [email protected]) 17:19 Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 3.50 Capital de Giro (%a.a) 6.16 Hot Money (%a.m) 0.60 CDI Over (%a.a) 3.40 Over Selic (%a.a) 3.40 BOLSA O Ibovespa conseguiu não apenas se sustentar no nível dos 122 mil pontos, marca esta que alcançou na sexta-feira da semana passada, mas quase tocou os 123 mil pontos muito embora diante de um ambiente externo arredio. De acordo com analistas de renda variável, a força das empresas ligadas às commodities e, marginalmente, os bons resultados corporativos na média, ajudaram o principal índice do mercado acionário brasileiro no desempenho desta terça-feira na qual o temor de uma alta da inflação global - e, por consequência, a necessidade de uma elevação das taxas de juros - tomou os investidores. Após oscilar mais de 2,5 mil pontos entre a máxima e a mínima intraday, o Índice Bovespa encerrou na máxima com alta de 0,87% aos 122.964,01 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 30,1 bilhões. Destaque do dia, as ações da Vale e empresas correlatas surfaram na onda do aumento das commodities e a mineradora encerrou o pregão ganhando 3,51%. Já as preferenciais e ordinárias de Petrobras subiram, pela ordem, 1,82% e 1,32%. O petróleo encerrou a sessão em alta, diante de gargalos na oferta de derivados da commodity energética na Costa Leste dos Estados Unidos por conta do fechamento de um dos maiores gasodutos do país, após um ataque cibernético. O barril do petróleo WTI com entrega prevista para junho avançou 0,55%, a US$ 65,28, enquanto o do Brent para julho aumentou 0,34%, a US$ 68,55. "Foi o que fez segurar o índice em contraposição aos pares em Nova York", disse Antônio Duarte Jr, sócio da Aplix Investimentos. Em Wall Street, o Dow Jones recuou 1,36% e o S&P500, 0,87%. Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, complementa dizendo que a alta de commodities que se vê no mundo está muito forte, ainda que tenha havido certa realização na cotação do minério de ferro hoje mais cedo. "E as empresas ligadas a esse segmento de commodities surfam na onda positiva", Moliterno. "Há uma incerteza maior por conta da expectativa de alta da inflação. O aumento da cotação das commodities continua acontecendo e isso puxa preço de alimentos e preços de produtos industriais para cima", ressalta o especialista da Aplix Investimentos, ressaltando que esse risco inflacionário está ocorrendo tanto nos países emergentes quanto desenvolvidos. E, completa, uma das formas tem de conter o movimento é elevando as taxas de juros, com isso, o mercado acionário sempre fica um pouco menos atrativo. O temor que toma conta dos investidores externos ocorre a despeito dos discursos, ato contínuo, dos dirigentes do Federal Reserve (Fed) no qual dizem que picos de inflação devem ser temporários e que a autoridade monetária está monitorando as expectativas no médio prazo. Aqui no Brasil, hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou abril com alta de 0,31% ante avanço de 0,93% em março. Em 12 meses, o resultado foi de 6,76%, dentro das projeções dos analistas, que iam de 6,68% a 6,89%, com mediana de 6,73%. O sócio da Aplix investimentos lembra ainda que a contenção pela pandemia ajuda a elevar a demanda por alimentos e, consequentemente, abre espaço para a alta de preços. Nesse contexto, o Banco Central indicou na ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) a intenção de promover novo aumento de 0,75 ponto no encontro de junho, caso não haja mudança nos condicionantes de inflação. A semana passada, a taxa Selic foi elevada para 3,50% ao ano. Mais uma vez, o Copom destacou essa visão para as próximas reuniões pode ser alterada caso haja mudança nas projeções de inflação ou no balanço de riscos. Ainda que os resultados das empresas no primeiro trimestre tenham vindo, na média, acima das expectativas dos analistas, Moliterno diz que o lado corporativo não foi fato que pesou mais na sessão de negócios de hoje. Para ele, o ambiente micro está positivo, ajudou na sustentação do índice, mas não o determinou. "Também a ausência de notícia no ambiente macroeconômico, mas, principalmente, ruídos no ambiente político, acabou sendo um fator positivo", disse o head de renda variável da Veedha, lembrando que a questão do orçamento, apesar de ter tido algum desfecho no mês passado, ainda será revisitada durante o ano. (Simone Cavalcanti - [email protected]) 17:17 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 122964.01 0.86538 Máxima 122964.01 +0.87 Mínima 120145.44 -1.45 Volume (R$ Bilhões) 3.01B Volume (US$ Bilhões) 5.74B 17:21 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 123160 0.79797 Máxima 123220 +0.85 Mínima 120475 -1.40 CÂMBIO O dólar teve novo dia de volatilidade, operando sem firmar tendência. A ata do Copom sinalizando nova alta de juros em junho, mas reforçando a visão de ajuste parcial na Selic, fez as cotações subirem mais cedo. No início da tarde, porém, a moeda americana chegou a cair e testou os R$ 5,20, refletindo a melhora do Ibovespa e fluxo externo, segundo operadores. A divisa caiu ante pares fortes, mas subiu em relação a alguns emergentes, como o México, refletindo a alta dos juros longos americanos em meio a renovadas preocupações com a inflação nos Estados Unidos. Na parte técnica, estrangeiros seguem reduzindo apostas contra o real, o que ajuda aliviar a pressão no câmbio. Nesse ambiente, com a cena política também no radar, a divisa dos EUA acabou terminando o dia em leve queda de 0,18%, cotado em R$ 5,2227. O dólar futuro para junho cedia 0,11% às 17h10, em R$ 5,2275. O estrategista de moedas do banco Brown Brothers Harriman (BBH), Ilan Solot, destaca que há um emaranhado de fatores afetando os ativos locais, alguns positivos, outros negativos. Entre eles, a pandemia dá sinais de melhora, mas ao mesmo tempo a CPI da covid-19 no Senado inspira cautela. Os juros estão em alta pelo Banco Central, mas o cenário fiscal exige atenção e permanece como peça essencial a ser ajustada na economia brasileira. Ainda é cedo para afirmar, mas a própria valorização recente do real, caso dure, pode ajudar a tornar o ciclo de alta da Selic mais curto, avalia Solot. Na ata de hoje, a visão de normalização parcial da taxa de juros prevaleceu, comenta o economista-chefe do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos, em relatório. Ele prevê nova elevação de 0,75 ponto porcentual em junho e a Selic indo a 5,25% ao final do ano. O ciclo de elevação provavelmente se dará em dois estágios, afirma Ramos, destacando que esta sinalização é uma das principais inovações da ata. Assim, a primeira fase deve terminar com a Selic ainda em território estimulativo, abaixo do nível neutro. Após uma pausa, as elevações prosseguiriam em um segundo momento, levando a taxa básica a 6,5% ao final de 2022. Neste contexto, para a gestora Franklin Templeton, o dólar pode recuar para um nível mais próximo de R$ 5,00, se houver melhora na percepção de risco político. Na carta mensal divulgada hoje, o diretor de renda variável, Frederico Sampaio, ressalta que, no quadro externo, o Brasil está sendo "amplamente favorecido" pela valorização expressiva dos preços dos produtos básicos de exportação, como o minério de ferro e soja. "Os termos de troca da economia brasileira voltaram aos patamares de 2009/10, quando eram recorde. Claramente, os fundamentos econômicos jogam a favor de uma maior valorização do real." Mas Sampaio alerta que a gestora "continua achando o cenário doméstico desafiador, com muita incerteza política e quadro fiscal delicado". Já outro fator positivo para o real é que os investidores estrangeiros voltaram a entrar com recursos na Bovespa, com saldo de R$ 7 bilhões em abril, destaca o gestor da Franklin Templeton. Este mês, até o dia 7, o saldo está positivo em R$ 3,4 bilhões. Mesmo em um pregão sem muitas oscilações como o de ontem, estrangeiros seguiram reduzindo posições compradas contra o real, que ganham com a valorização do dólar. No pregão da segunda-feira, cortaram em mais US$ 628 milhões estas apostas, considerando dólar futuro, minicontratos de dólar futuro, cupom cambial (DDI) e swap cambial, segundo números da B3 monitorados pela Commcor. Com isso, o saldo comprados nestes ativos caiu a US$ 27,4 bilhões. Na terça-feira da semana passada estavam em US$ 30,8 bilhões. (Altamiro Silva Junior - [email protected]) Volta MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York reduziram as perdas à tarde, mas ainda fecharam em baixa, em meio ao temor de pressão inflacionária nos mercados globais. O índice Nasdaq chegou a operar no positivo, com uma tentativa de recuperação das ações de tecnologia, mas a cautela prevaleceu, um dia antes da divulgação do índice de preços ao consumidor dos EUA. Os dirigentes do Federal Reserve que discursaram durante o pregão mantiveram o tom dovish, mas os juros dos Treasuries subiram. Apesar do apoio da renda fixa, o dólar se desvalorizou ante os pares, com o euro em alta após as expectativas econômicas na Alemanha atingirem o maior nível em mais de 20 anos. Em sessão volátil, com foco ainda no fechamento de um importante duto na Costa Leste americana e em projeções da Opep, o petróleo encerrou com ganhos. Após recuar mais de 2% na sessão anterior, o Nasdaq oscilou entre altas e baixas hoje. A aversão a risco desencadeada pelo temor de inflação no mundo, após um salto anual de 6,8% no índice de preços ao produtor (PPI) da China em abril, impactou menos o índice acionário, formado sobretudo por ações dos setores de tecnologia e serviços de comunicação. "Os mercados recuam em meio à inflação potencial e restrições de oferta à medida que a economia reabre", escreveram analistas da LPL Financial durante o pregão. No fechamento, o Nasdaq cedeu 0,09%, a 13.389,43 pontos, o S&P 500 recuou 0,87%, a 13.389,43 pontos, e o Dow Jones caiu 1,36%, a 34.269,16 pontos. O foco do mercado na inflação deve aumentar amanhã, na avaliação do banco de investimentos Stifel, por causa da divulgação do CPI americano. De acordo com a mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, a inflação teve avanço anual de 3,6% nos EUA em abril. Analistas ressaltam o impacto de restrições na oferta e dos efeitos da base de comparação, já que os preços despencaram em igual período do ano passado, devido à pandemia, mas há um debate sobre a possível reação do Fed. (Leia mais na reportagem publicada às 12h18 de Brasília). Em evento nesta tarde, o presidente da distrital de Atlanta do Fed, Raphael Bostic, disse que é apropriado manter as medidas de apoio monetário até que o mercado de trabalho americano atinja o pleno emprego. Assim como outros dirigentes da instituição que discursaram hoje, ele manteve a avaliação de que a alta dos preços na economia é temporária. Ainda que o Fed tenha continuado a assegurar que a política monetária permanecerá acomodatícia, os juros dos Treasuries avançaram. No horário de fechamento do mercado em NY, o retorno da T-note de 2 anos subia a 0,156%, o da T-note de 10 anos tinham alta a 1,617% e o do T-bond de 30 anos registrava ganho a 2,354%. Durante o primeiro trimestre, a escalada nos juros dos Treasuries deu força ao dólar. A partir de abril, porém, a moeda americana entrou em uma fase de desvalorização. Hoje, apesar do apoio da renda fixa, o índice DXY, que mede a variação da divisa dos EUA contra seis pares, caiu 0,08%, a 90,141 pontos. "Para apoiar o dólar, o Fed teria que reconhecer as preocupações com a inflação e sinalizar que pode agir mais cedo para reduzir os estímulos, cenários que ainda podem ser prematuros", afirma o analista sênior de mercado Joe Manimbo, da Western Union. No final da tarde em NY, o euro subia a US$ 1,2156, impulsionado pela divulgação do índice de expectativas econômicas da Alemanha, que atingiu o maior nível em mais de 20 anos, segundo dados do instituto ZEW. No mercado de commodities, o petróleo encerrou com ganhos, depois de oscilar durante a sessão. Os investidores continuaram a repercutir o fechamento de um duto nos EUA, devido a um ataque cibernético, e acompanharam a divulgação do relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O cartel manteve a projeção para a alta da demanda da commodity energética em 2021. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para junho fechou em alta de 0,55%, a US$ 65,28, enquanto o do Brent para julho avançou 0,34%, a US$ 68,55, na Intercontinental Exchange (ICE). (Iander Porcella - [email protected])
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