DI INCLINA, DÓLAR SOBE E BOLSA APARA ALTA SEMANAL AINDA COM ATAQUE DE LULA A BC

Blog, Cenário

Os mercados locais viveram mais um dia de mau humor nesta sexta-feira, destoando da busca por risco na cena externa, à medida que os ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à autonomia do BC e ao nível dos juros seguem incomodando os agentes. O temor é de que eles se traduzam em uma pressão para que a meta de inflação do Conselho Monetário Nacional (CMN), onde o governo tem maioria, seja alterada. O mercado também monitora a substituição de Bruno Serra na diretoria de Política Monetária, cuja solução pode ser caseira - o chefe do Departamento das Reservas Internacionais, Alan Mendes, conforme apurou o Broadcast. Nos juros futuros, a inclinação passou a ser positiva da curva anteontem e vem subindo desde então. O diferencial entre as taxas de janeiro de 2025 e janeiro de 2029 passou de 5 para 18,5 pontos-base de ontem para hoje. O nível de 13%, que o janeiro 2029 abandonara no dia 5, voltou a aparecer no fechamento: 13,01%. Nos contratos mais curtos, o mercado também buscou se antecipar a uma eventual piora nas medianas de IPCA do Boletim Focus na segunda-feira. Esse mal-estar carregou o dólar de volta a R$ 5,20. No segmento à vista, a moeda americana fechou em R$ 5,2077, valorização de 0,72% em relação a ontem e 1,98% ante a sexta-feira passada. No mercado de ações, a crise na Americanas derrubou o papel da companhia 29,00% nesta sexta-feira e 77,46% na semana. A empresa deixa de fazer parte de todos os índices da B3 a partir de segunda-feira. O Ibovespa cedeu hoje aos 112.040,64 pontos, queda de 0,78%. Contudo, o ganho semanal foi de 1,01%, amparado no bom desempenho de ações expostas a commodities, na esteira da reabertura da China. No exterior, o diretor do Federal Reserve Christopher Waller apoiou a diminuição de 50 para 25 pontos o ritmo de aperto dos juros, ajudando as bolsas a saltarem no dia e reduzirem as perdas semanais. Waller se alinhou, nos últimos tempos, à ala mais hawkish do Fed e sua fala mostra uma disposição ao consenso do colegiado na primeira reunião do ano, entre 31 de janeiro e 1º de fevereiro. O Dow Jones subiu 1,00% na sessão e perdeu 2,70% na semana. O S&P 500 ganhou 1,89% hoje e perdeu 0,66% ante sexta-feira passada. E o Nasdaq teve salto diário de 2,66% e acumulou alta semanal de 0,55%.

•JUROS

•CÂMBIO

•BOLSA

•MERCADOS INTERNACIONAIS

JUROS

Os juros futuros encerraram a sexta-feira em alta, mais pronunciada nos vencimentos de longo prazo e com ganho de inclinação na curva não só hoje como na semana, que foi marcada pela piora na percepção de ingerência política no trabalho do Banco Central. As taxas longas subiram mais de 20 pontos-base ante os ajustes de ontem e entre 60 e 70 pontos na semana. Às críticas do presidente Lula sobre o nível dos juros e das metas de inflação e à autonomia do Banco Central (BC), que vêm atormentando os agentes nos últimos dias, somou-se o receio quanto à diretoria de Política Monetária depois que Bruno Serra deixar o cargo. O governo atua para indicar um substituto, enquanto o presidente Roberto Campos Neto tenta construir um consenso para a escolha. O mercado também buscou se antecipar a uma eventual piora nas medianas de IPCA do Boletim Focus na segunda-feira. Nesse contexto, o ambiente externo ficou em segundo plano.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 13,54%, de 13,48% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 12,82% (12,61% ontem no ajuste) e a do DI para janeiro de 2027, em 12,85%, de 12,53% ontem. O DI para janeiro de 2029 terminou com taxa de 13,01%, de 12,66%.

A piora na percepção de risco não somente fez a curva empinar como também colocou taxas de prazos mais distantes, como por exemplo da janeiro de 2029, de volta aos 13%. O diferencial entre as taxas de janeiro de 2029 e janeiro de 2025, que anteontem passou a ficar positivo, saltou de -40 pontos-base na terça-feira para 19 pontos hoje - ontem era de apenas 5 pontos.

O mercado operou sob estresse desde a abertura, com as máximas atingidas no período da tarde, principalmente a partir da formação dos preços de ajuste depois das 16 horas. Apesar da tentativa de membros do governo de apaziguar os ânimos ontem com relação às críticas de Lula ao BC, o mercado sustentou a desconfiança sobre o que pode ocorrer com a política monetária nos próximos meses. Apuração da jornalista Adriana Fernandes mostra que Campos Neto tem tentado, nos bastidores, fechar um nome para substituir Bruno Serra - que fica no BC até 28 de fevereiro - em consenso com o governo, mas estaria enfrentando resistências, pois o governo busca alguém novo que possa começar a mudar a "cara" do Copom.

Essa tentativa se dá ao mesmo tempo em que o presidente Lula questiona os atuais níveis das metas de inflação, defendendo um alvo maior contra o risco de "arrocho" na economia, e a própria autonomia da autoridade monetária para tomar decisões. O economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, afirma que o momento é de tensão sobre as diretrizes da política econômica. "Começou com o risco fiscal, evoluiu para as metas de inflação e agora chegou no BC", disse.

A disparada das medianas de IPCA de longo prazo na pesquisa Focus desta semana já havia sido considerada um efeito da discussão sobre as metas e, depois das críticas de Lula, hoje o mercado buscou se proteger contra uma possível nova alta a ser trazida pelo Boletim da segunda-feira - hoje é data crítica para inserir projeções.

Os agentes trabalham não só com o risco de que a meta de 2026, a ser estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de junho, fique acima do alvo central de 3,00% para 2025 como também o de mudanças nos atuais níveis de 3,25% para 2024 e daqueles 3,00% para 2025. "Se forem mudar, vão mexer em todos os horizontes e isso implica em ajustes nas medianas do Focus e mais prêmio na curva", diz Lima. A desancoragem das expectativas também é vista na negociação das NTN-B no mercado secundário, com avanço das taxas de inflação implícitas (veja detalhes em matéria das 16h37).

A economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitoria, disse, no Twitter, que uma meta de inflação de 4% não vai resultar em juros menores. "Já tivemos meta de 4,5% no passado e juros reais superaram 7% e taxas pré 16%. Para reduzir juros é preciso credibilidade nas políticas monetária e fiscal. Já vimos Selic a 6% e inflação a 3%, não é impossível", afirmou.

Na parte mais técnica, operadores observaram forte movimento de zeragem de posições, sobretudo à tarde, por players estrangeiros, que vinham bem mais otimistas com o Brasil do que os locais, dado o bom momento da China e perspectiva de desaceleração do ritmo de aperto monetário nos Estados Unidos. Não por acaso, o volume de contrato negociados hoje ficou acima da média diária dos últimos 30 dias nos principais contratos. (Denise Abarca - [email protected])

CÂMBIO

Temores crescentes de que o governo tente interferir na condução da política monetária, depois de seguidas críticas de Lula à autonomia do Banco Central e à atual meta de inflação, dominaram os negócios no mercado doméstico de câmbio nesta sexta-feira, 20.

Na contramão da perda de força da moeda americana em relação a divisas emergentes e de exportadores de commodities, em especial ao longo da tarde, o dólar terminou o dia em alta de 0,72%, cotado a R$ 5,2077, após ter alcançado máxima a R$ 5,2396 pela manhã. Foi o terceiro pregão seguido de avanço da divisa, que encerra a semana com valorização de 1,98%. Em janeiro, a moeda ainda acumula baixa de 1,37%.

Apesar de o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ter afirmado ontem que não há "predisposição" do governo de mudar a relação com o Banco Central, a crença dominante é a de que as falas de Lula são sinal claro de que o Planalto pretende encampar um debate em torno das metas de inflação e da própria atuação do BC sob o comando de Roberto Campos Neto.

Já estaria em curso, segundo apurou o Broadcast, uma guerra nos bastidores para indicação do substituto do diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, cujo mandato termina em 28 de fevereiro. O governo gostaria de um nome que possa começar a mudar "a cara" do Comitê de Política Monetária (Copom).

"O principal 'drive' para que o real não acompanhe as outras moedas emergentes é a preocupação dos investidores com a guerra do governo com o BC. Além disso, o dia é de liquidez reduzida e poucos negócios", afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Analistas observam que o governo abriu nova frente de batalha sem ainda ter sanado as dúvidas sobre a condução da política fiscal, o que contribui para a demanda defensiva pela moeda americana. O dólar não está em níveis ainda mais elevados porque há o vento positivo vindo da reabertura da economia da China, que abandonou a política de covid zero, e se acumulam sinais de que o Federal Reserve (Fed, o BC americano) vai reduzir o ritmo de aperto monetário.

O CIO da Alphatree Capital, Rodrigo Jolig, observa que há no mundo inteiro um debate sobre o prazo de retorno da inflação à meta, dado o impacto do choque de custos provocado pela pandemia de Covid, que desarranjou as cadeias produtivas globais, e a guerra na Ucrânia. Definidas no Brasil pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), as metas de inflação são de 3,25% neste ano e de 3% em 2024 e 2025, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual.

"A meta brasileira é difícil de atingir mesmo. Tem que haver discussão de convergência em prazo maior. Mas o 'timing' deste debate é muito ruim, porque tem muita incerteza fiscal", afirma Jolig, para quem o governo primeiro deveria ancorar as expectativas fiscais antes de partir para discussão sobre as metas. "O que segura as projeções de inflação para 2024 e 2025 na faixa de 3% é justamente a meta. Se revisarem para cima, as expectativas vão subir para se ancorar na nova meta. Com isso, não haverá espaço para o BC cortar os juros, ao contrário do que o governo pensa".

Em queda frente a divisas emergentes, o dólar esboçou uma alta na comparação com seus pares fortes pela manhã, mas acabou perdendo fôlego ao longo da tarde, em meio a declarações de dirigentes do Fed. O índice DXY, que na máxima atingiu os 102,552 pontos, era cotado aos 101,992 pontos, em baixa de 0,06, quando o mercado local fechou.

Diretor do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller expressou hoje apoio a um aumento de 25 pontos-base nos juros na próxima decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), em 1° de fevereiro. Ele se otimista com a possibilidade de um "pouso suave" da economia americana e ressaltou que, se houver recessão, ela "será breve e leve".

Quem impediu um tombo maior do DXY foi o iene, que chegou a subir mais de 1% frente ao dólar, após o presidente do Banco do Japão (BoJ), reafirmar que seguirá com política monetária acomodatícia, a despeito de o núcleo índice de preços ao consumidor no Japão ter subiu 4% em dezembro na comparação anual, o maior nível em 41 anos.

Por aqui, além do leilão tradicional de rolagem de swap cambial, em que vendeu oferta integral de 6.320 contratos (US$ 316 milhões), encerrando a rolagem dos vencimentos em fevereiro, o BC vendeu US$ 2 bilhões em leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), para rolagem dos vencimento de 2 de fevereiro. (Antonio Perez - [email protected])

18:32

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.20770 0.7156 5.23960 5.16580

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5221.000 0.79151 5250.000 5177.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5225.000 0.18572 5255.000 5220.000

BOLSA

O Ibovespa interrompeu a sequência de três dias de ganhos ao cair 0,78% hoje, aos 112.040,64 pontos. Os papéis de bancos foram destaque negativo da sessão, penalizados pelo risco em torno da exposição dessas empresas à Americanas. A disparada dos juros futuros, na esteira das críticas feitas esta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central, impactou os setores de consumo e imobiliário, que contribuíram para a baixa do índice.

Mesmo assim, a Bolsa brasileira encerrou a semana com ganho de 1,01% e sobe 2,10% em 2023, reflexo do aumento dos preços de commodities com a reabertura da China e da expectativa de desaceleração do aperto monetário nos Estados Unidos. A alta do petróleo - de 1,28% (WTI) e 1,71% (Brent) - e o avanço de 1,76% do minério de ferro na Dalian Commodity Exchange sustentaram ganhos da Petrobras (+2,09% PN, +1,12% ON) e Vale (+0,27%), que limitaram as perdas do Ibovespa hoje.

Em um dia de agenda esvaziada, o mercado doméstico voltou as atenções para a incerteza em torno dos rumos da Americanas, que teve o processo de recuperação judicial aceito pela Justiça, e para os rumos da política econômica do governo. Os investidores repercutiram ao longo do dia a entrevista concedida pelo presidente Lula à GloboNews na última quarta-feira, 18, quando o petista criticou a autonomia do Banco Central e o nível das metas de inflação, que exigiriam um juro elevado para "arrochar a economia".

"Após a entrevista de Lula, os juros futuros subiram bastante e o dólar teve alta, o que mostra o medo do mercado em relação à política econômica do governo. O que me surpreende, no final do dia, é a Bolsa não ter caído mais, ainda está com movimento forte de compra", diz o chefe de renda variável da SVN Investimentos, André Luzbel. "No fim das contas, tivemos bancos para baixo e Petrobras e Vale para cima, acompanhando o movimento das commodities."

As ações dos principais bancos credores da Americanas cederam, em meio à incerteza em torno da recuperação judicial da varejista. O índice setorial financeiro da B3 encerrou o dia em baixa de 1,02%, na mínim do dia, com quedas dos papéis de BTG Pactual (-3,31%), Itaú Unibanco (-1,77%), Santander (-1,29%) e Bradesco (-1,91% ON, -1,41% PN). As ações do BB subiram 2,45%, em um dia em que o banco anunciou um payout de 40% para o exercício de 2023, por meio de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio (JCP).

Outros índices setoriais também cederam na sessão, com destaque para consumo (-1,16%) e imobiliário (-0,73%), penalizados pela abertura da curva de juros futuros. Para o sócio e chefe de renda variável da Legend Investimentos, José Simão, o movimento pressionou os segmentos, que já enfrentam margens apertadas no início deste ano. "Sem falar que o varejo, por exemplo, vai acabar sofrendo muito mais para tomar crédito por causa do 'efeito Americanas'", afirma.

No seu último dia nos índices da B3, a Americanas liderou as perdas do Ibovespa, com baixa de 29,0%, e encerrou o dia com as ações cotadas em R$ 0,77 - o menor nível no fechamento de toda a história da empresa. Alpargatas (-5,90%), Cosan (-4,47%), Suzano (-4,46%) e Rede D'or (-4,37%) completam a lista das maiores baixas do índice hoje.

Na ponta positiva, os destaques do dia foram 3R Petroleum (+3,48%), Usiminas (+2,73%), Pão de Açúcar (+2,46%) e CSN (+2,41%), além do BB. (Cícero Cotrim - [email protected])

18:27

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 112040.64 -0.7804

Máxima 113024.87 +0.09

Mínima 111734.58 -1.05

Volume (R$ Bilhões) 3.14B

Volume (US$ Bilhões) 6.04B

18:33

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 112970 -0.49326

Máxima 113990 +0.41

Mínima 112540 -0.87

MERCADOS INTERNACIONAIS

O ingresso do diretor do Federal Reserve (Fed) Christopher Waller no grupo de dirigentes que apoiam um aumento mais brando, de 25 pontos-base, nos juros em fevereiro intensificou o bom humor em Wall Street nesta tarde. Já beneficiadas desde cedo pelo salto nos papéis de tecnologia, as bolsas de Nova York ganharam força, enquanto a migração para a renda fixa impulsionou os juros dos Treasuries. O dólar, por sua vez, perdeu força ante boa parte das rivais. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, alertou que uma eventual incapacidade do governo americano de aumentar o teto da dívida pode gerar um quadro de recessão no país e uma consequente crise financeira global.

Christopher Waller se disse otimista de que os EUA alcançarão o pouso suave, isto é, a redução da inflação sem um impacto significativo no emprego. O dirigente também expressou apoio a um aumento de 25 pontos-base dos juros na decisão de 1° de fevereiro, o que representaria uma desaceleração no ritmo de aperto, após a alta de 25 pontos-base em dezembro.

Embora Waller tenha rejeitado a expectativa de relaxamento monetário já neste ano, os comentários turbinaram o fluxo de busca por risco nas mesas de operações globais. Em Nova York, o índice Dow Jones fechou em alta de 1,00%, a 33.375,49 pontos. O S&P 500 avançou 1,89%, a 3.972,61 pontos; e o Nasdaq aumentou 2,66%, a 11.140,43 pontos. As ações de grandes empresas de tecnologia avançaram em bloco, mas Netflix (+8,46%%) emergiu como particular destaque, após balanço que mostrou forte avanço na base de assinantes. Já Alphabet ganhou 5,34%, após a notícia de que a controladora do Google demitirá 12 mil funcionários. Na contramão, Goldman Sachs perdeu 2,54%, após o The Wall Street Journal informar que o banco é alvo de uma investigação do Fed.

Mas não foram apenas os mercados acionários que reagiram às declarações de Waller. No câmbio, o dólar devolveu os ganhos de mais cedo ante euro e libra, enquanto moedas emergentes ganharam algum fôlego. O índice DXY, que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, fechou em queda de 0,04%, a 102,012 pontos. Apesar disso, a Capital Economics considera mais provável que a divisa dos EUA se aprecie ao longo do ano. "Acreditamos que a fraqueza na economia global (com exceção da China) continuará a estimular a demanda por dólares como ativo de refúgio", avalia.

Mesmo com essas incertezas, investidores de commodities demonstram estar otimistas com a reabertura da economia chinesa. Tanto que o petróleo acumulou a segunda semana consecutiva de ganhos. Em Nova York, o petróleo WTI para março fechou em alta 1,28% (US$ 1,03), a US$ 81,64 o barril, enquanto o Brent para igual mês negociado em Londres avançou 1,71%, a US$ 87,63.

Na renda fixa, os juros dos Treasuries corrigiram parte da queda registrada no começo da semana e avançaram tanto ontem quanto hoje. A percepção no mercado é de que dados macroeconômicos recentes vieram melhores que o esperado nos EUA, o que permite ao Fed continuar com o processo de alta de juros. As vendas de moradias usadas, por exemplo, tiveram queda menor que a esperada nos EUA, conforme informou Associação Nacional de Corretores (NAR). Assim, por volta das 18h (de Brasília), o retorno da T-noe de 2 anos subia a 4,193%; da T-note de 10 anos avançava a 3,485% e o do T-bond de 30 anos aumentava a 3,661%.

Em Washington, a discussão sobre o teto da dívida pública se intensificou nesta semana, depois que o limite foi atingido ontem. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse à CNN nesta tarde que, se o impasse se prolongar e o país não conseguir honrar compromissos financeiros, a maior economia do planeta poderá entrar em recessão e jogar o mundo a uma crise global. (André Marinho - [email protected]

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