DI CAI COM EXPECTATIVA POR ARCABOUÇO, ENQUANTO IMPASSE DO TETO DOS EUA TRAZ CAUTELA

Blog, Cenário

Na contramão da tendência de cautela vista nos mercados internacionais, e que teve alguma reverberação na sessão local hoje, os juros futuros terminaram a terça-feira em queda. A percepção dos agentes é que a regra deve passar com folga no plenário da Câmara e que o texto pode até ser endurecido frente ao apresentado na semana passada. A previsão é de votação hoje. O relator da matéria, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), falou até em ampliar o placar a favor da proposta. Na atualização do Placar do Arcabouço, feito pelo Broadcast e o Estadão, eram 111 favoráveis à integralidade do texto e 39 parcialmente, enquanto os contrários eram 51. Dos 513 deputados, 256 não quiseram responder. Há aposta também que o arcabouço passe com rapidez no Senado, uma vez que o presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prometeu entregar o marco fiscal ainda neste semestre. Enquanto no Brasil o clima de harmonia parlamentar segue neste momento, o impasse entre os governistas do Partido Democrata e os oposicionistas do Partido Republicano segue nos Estados Unidos. Apesar de novas rodadas de discussões, não há sinal de consenso. Os republicanos agora duvidam das projeções da secretária do Tesouro, Janet Yellen, de que o país ficará sem recursos para honrar obrigações financeiras já em 1° de junho se não houver resolução para o caso. Os Credit Default Swap (CDS) de 1 ano voltaram a subir e as bolsas de Nova York terminaram em queda - Nasdaq cedeu 1,26%, S&P 500 perdeu 1,12% e Dow Jones recuou 0,69%. Aqui no Brasil, o Ibovespa piorou à tarde e não conseguiu reter a linha dos 110 mil pontos. Ao fim, o índice marcava 109.928,53 pontos, queda de 0,26%. No câmbio, por sua vez, o dólar à vista teve leve valorização, de 0,03%, aos R$ 4,9722, em um pregão de margens bastante estreitas. A divisa oscilou apenas cerca de quatro centavos entre a máxima (R$ 4,9938) e a mínima (R$ 4,9510).

•JUROS

•MERCADOS INTERNACIONAIS

•BOLSA

•CÂMBIO

JUROS

O otimismo sobre a votação do novo arcabouço fiscal na Câmara embalou a queda dos juros futuros nesta terça-feira, atuando com mais força na ponta longa, o que provocou nova redução da inclinação da curva. Sinais de confiança emitidos pelos principais atores envolvidos na tramitação do texto em Brasília e o placar elaborado pelo Estadão/Broadcast indicando aumento na projeção de votos favoráveis deram apoio à devolução de prêmios, acelerada a partir do meio da tarde com a virada para baixo nos juros dos Treasuries.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 encerrou em 13,30%, de 13,313% no ajuste de ontem, e a do DI para janeiro de 2025 fechou a 11,68%, de 11,73% ontem. O DI para janeiro de 2027 fechou com taxa de 11,20%, de 11,33% ontem, e a taxa do DI para janeiro de 2029 caiu de 11,65% para 11,51%.

Até meados da manhã, houve certa volatilidade na curva, com o mercado reticente em montar posições firmes na ponta vendedora, aguardando o desfecho das reuniões que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teria com os presidentes da Câmara e Senado e com o relator da proposta do arcabouço, Claudio Cajado (PP-BA). Além disso, o avanço dos rendimentos dos Treasuries segurava o alívio nas taxas locais.

Ainda na etapa matutina o mercado começou a melhorar, quando o Placar do Arcabouço mostrou avanço nos votos a favor de 140 ontem para 149 - no fim da tarde eram 150. Cajado, à GloboNews, disse acreditar que o placar a favor possa ficar igual ou maior ao registrado na votação sobre a urgência do texto na Câmara, que foi de 367 votos. A aprovação do novo marco fiscal precisa dos votos de 257 deputados.

Na medida em que as autoridades manifestavam otimismo e alinhamento sobre o texto no decorrer do dia, a queda das taxas foi se consolidando, especialmente nos vértices longos, mesmo em meio à dúvida sobre se a votação seria hoje ou ficaria para amanhã. No fim da tarde, o relator informou que a votação será ainda hoje. Haddad disse que a reunião "foi boa porque firmou entendimento para votar o marco fiscal e a reforma tributária". O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), destacou a interlocução do Executivo com o Congresso, a harmonia entre as duas Casas.

O estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, disse que o mercado buscou se antecipar à votação que, na sua avaliação, deve ser "expressiva", "com boa margem". Para ele, se concretizado este cenário, fica a impressão de que o governo deve ter amplo apoio também para outras matérias. "O que não é bem verdade. Deve haver dificuldades, por exemplo, em pautas como a redução de benefícios fiscais", previu.

Em boa parte do dia, a confiança na votação do arcabouço favoreceu não só os juros como também o real, que era destaque entre seus pares, com o dólar aqui operando na contramão da alta no exterior. À tarde, porém, a moeda americana zerou as perdas com o aumento da aversão ao risco lá fora. Os DIs, contudo, não só se mantiveram em baixa, como ampliaram a queda, na medida em que os yields dos Treasuries passaram a cair. A piora em Wall Street refletiu a falta de progressos na negociação entre a Casa Branca e a Câmara dos Representantes de um acordo para elevação ou suspensão do teto da dívida dos Estados Unidos, que precisa ser fechado até o começo da junho para evitar um calote.

Segundo Rostagno, a melhora na perspectiva de votação do arcabouço também acabou favorecendo os demais trechos, mais ligados à expectativa para a política monetária. "Além disso, teve o IPC-S bem abaixo do esperado, embora muito concentrado na área de Educação, Leitura e Recreação", disse. O índice desacelerou a 0,45% na terceira quadrissemana de maio, após subir 0,60% na segunda leitura do mês.

Na precificação para a Selic, a curva do DI aponta manutenção dos 13,75% para o Copom de junho e 50% de probabilidade de queda de 0,25 ponto porcentual, para 13,50%, na reunião de agosto. Para o fim de 2023, a curva projetava taxa básica de 12,50% e para o fim de 2024, em 10,13%.

A melhora da percepção fiscal abriu espaço para o Tesouro colocar lote grande de NTN-B no leilão desta terça-feira. A instituição vendeu integralmente a oferta de 2,5 milhões de títulos, com risco para o mercado de 21% maior do que na semana passada, segundo a Warren Rena. Especialista em renda fixa, Alexandre Cabral destacou no Twitter que o volume, de R$ 10,685 bilhões, foi o maior do ano e que o papel para 15/8/2028 foi o único dos três ofertados com taxa em alta em relação ao último leilão. "Muito bom leilão. Tesouro está conseguindo emitir sem esforço", observou. (Denise Abarca - [email protected])

MERCADOS INTERNACIONAIS

O prolongamento do impasse sobre o teto da dívida dos EUA pesou sobre os mercados e impulsionou compras de Credit Default Swap (CDS) do país, apesar das novas rodadas de negociações. As bolsas de Nova York aceleraram queda durante a tarde, após republicanos e democratas sinalizaram persistente divergência sobre o tema. A deterioração no apetite por risco pressionou os rendimentos dos Treasuries e beneficiou o dólar ante rivais, em detrimento de commodities. O petróleo, contudo, ganhou mais de 1% nesta sessão, de olho na possibilidade de aperto em sua cadeia de oferta.

As novas rodadas de negociações entre republicanos e democratas ainda parecem distantes de um acordo capaz de satisfazer ambos os lados. Após reunião com o presidente Joe Biden ontem, o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, revelou em reunião fechada do partido republicano que manteve a exigência de cortes nos gastos públicos para elevar a dívida, segundo o Punchbowl News. O veículo também apurou que republicanos questionam o prazo estipulado pelo Departamento do Tesouro americano para esgotamento dos recursos em junho, quando o país ficaria impossibilitado de cumprir obrigações financeiras.

Em coletiva, a Casa Branca rebateu críticas de republicanos e alertou que a falta de um acordo pode reverter progressos econômicos americanos. O governo Biden afirmou que não é possível dar uma data para acordo sobre o teto, embora o presidente e McCarthy concordem que um calote da dívida está "fora de cogitação". Ao Punchbowl, McCarthy observou que ambos os lados estão cientes de que o acordo precisaria de 72 horas de tramitação na Câmara antes de ser votado.

De acordo com reportagem do Washington Post, o Tesouro americano já está sondando entre agências federais a possibilidade de adiar alguns pagamentos para conservar recursos e prevenir um calote. Este contexto de impasse e proximidade da data limite estipulada elevou em 2,57 pontos-base o CDS dos EUA de 12 meses, ao nível de 145,13 pontos-base, conforme dados da FactSet. O ativo funciona como uma espécie de seguro contra inadimplência.

O impasse sobre o teto da dívida pesou sobre os mercados acionários. Para a Oanda, os negócios foram afetados ainda por dados macroeconômicos dos EUA que renovaram temores de que o processo de desinflação pode enfrentar dificuldades. Hoje, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços avançou de 53,6 para 55,1 na leitura preliminar de maio, demonstrando a resiliência do setor, avalia o Citi. Tudo somado, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,69%, o S&P 500 caiu 1,12% e o Nasdaq recuou 1,26%.

Na contramão, o setor bancário apresentou viés positivo, com destaque para o avanço do PacWest (+ 7,74%), ainda em resposta ao anúncio de venda de empréstimos. Já a Chevron subiu 2,89%, diante da alta do petróleo e à medida que investidores digeriam notícia sobre aquisição da rival PDC Energy.

Em relatório, o BMO analisa que um acordo sobre a dívida dos EUA até a próxima semana poderia eliminar o risco de calote, o que incentivaria alta no mercado de ações. O efeito, porém, não seria claro para a curva dos juros dos Treasuries. Nesta sessão, os rendimentos recuaram e, no horário citado, a T-note de 2 anos caía a 4,346%, o da T-note de 10 anos recuava a 3,703% e o do T-bond de 30 anos diminuía a 3,954%. Investidores também permanecem em compasso de espera pela ata da última reunião monetária do Federal Reserve (Fed) amanhã, 24. Ainda no radar, a plataforma de monitoramento do CME Group aponta expansão nas expectativas (32,7%) por elevação de 25 pontos-base nos juros em junho pelo BC americano, embora a chance de manutenção permaneça cotada como majoritária (67,3%).

O cenário de cautela beneficiou a alta do dólar ante boa parte das divisas globais No horário citado, o dólar subia a 138,58 ienes, o euro caía a US$ 1,0770 e a libra tinha baixa a US$ 1,2413. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou ganho de 0,28%, a 103,488 pontos.

Apesar da força do dólar no exterior, o petróleo conseguiu avançar mais de 1% nesta sessão, após o ministro de Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, alertar sobre a possibilidade de novos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), em junho. Assim, o petróleo WTI para julho fechou em alta de 1,19% (US$ 0,86), em US$ 72,91 o barril, na Nymex, e o Brent para o mesmo mês subiu 1,12% (US$ 0,85), a US$ 76,84 o barril, na ICE. (Laís Adriana - [email protected])

BOLSA

O Ibovespa piorou à tarde e não conseguiu reter a linha dos 111 mil pontos - vista no intradia pela terceira sessão seguida -, tendo lutado em parte do dia contra o sinal externo, negativo, mirando nos melhores momentos o maior nível de encerramento desde 1º de fevereiro, então aos 112 mil.

Hoje, entre piso de 109.713,06 (-0,45%) e máxima de 111.324,70 pontos, o índice acompanhou Nova York nas mínimas do dia no meio da tarde, e fechou em baixa de 0,26%, aos 109.928,53 pontos. O giro subiu a R$ 24,3 bilhões na sessão. Na semana, o Ibovespa cede agora 0,74%, mas ainda avança 5,26% no mês e 0,18% no ano.

Entre as ações de maior peso e liquidez, as da Petrobras (ON +2,08%, PN +2,46%) e dos grandes bancos (BB ON +2,35%, Bradesco PN +0,82%) foram o contraponto ao efeito de Vale (ON -2,26%) na sessão, refletindo queda de quase 3% do minério na China (Dalian), no limiar de US$ 100 por tonelada, em meio a dúvidas sobre a demanda.

Na ponta do índice, destaque para Suzano (+1,51%), além de Banco do Brasil e das duas ações da Petrobras, que lideraram os ganhos no fechamento. No canto oposto, BRF (-4,91%), com o "estado de emergência zoossanitária" em todo o território nacional por 180 dias, por gripe aviária, o que afetou também as ações de outros frigoríficos, como Marfrig (-5,18%), maior queda na sessão. Destaque também na ponta perdedora para CVC (-5,00%), Usiminas (-4,46%) e Magazine Luiza (-3,68%).

O "estado de emergência" foi decretado ontem pelo Ministério da Agricultura para monitorar casos de infecção pelo vírus da influenza aviária no Brasil. A notícia havia sido antecipada pelo Broadcast Agro, antes da publicação da decisão em edição extra do Diário Oficial da União.

Por outro lado, o bom desempenho de Petrobras, hoje, decorreu do avanço acima de 1% para os preços da commodity, com declarações do ministro de Energia da Arábia Saudita. De acordo com a Reuters, o ministro saudita, Abdulaziz bin Salman, endureceu nesta terça-feira o tom contra os vendedores a descoberto no mercado de petróleo, e os aconselhou a ficarem atentos, poucos dias antes da reunião da Opep+.

Os vendedores a descoberto são investidores que apostam na queda dos preços do petróleo e, portanto, quando um movimento inesperado da Opep+ para cortar a produção causa um rali, são forçados a fechar posições com prejuízo. Os membros do cartel do petróleo devem se reunir em 4 de junho em Viena, Áustria.

Mesmo com apoio do petróleo e das ações da Petrobras nesta terça-feira, o Ibovespa emendou o segundo dia negativo, em grau moderado em ambas as sessões. Ainda assim, foi a primeira vez desde o início do mês, nas sessões dos dias 2 e 3 de maio, que o índice colhe dois reveses consecutivos.

De forma geral, "o sentimento externo continua negativo com a demora para definição do aumento do teto da dívida americana, e hoje também com índices de atividade mais fracos (PMI) na zona do euro - exceção positiva para o Japão, onde não chegou a fazer preço, na Ásia", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

"Aqui, existe uma percepção mais favorável sobre o fiscal, com a expectativa de que o arcabouço avance com celeridade, sem grandes transformações no texto. Passando o arcabouço, a expectativa se volta para a reforma tributária, e para uma agenda que possa melhorar o segundo semestre", acrescenta o analista, observando que a recente moderação na curva de juros doméstica contribuiu para o apetite por ações na B3.

"O fechamento da curva de juros e a recuperação do mercado acionário têm embutido o otimismo para a aprovação do arcabouço. As sondagens mostram avanço do apoio na Câmara, em uma votação que exige maioria absoluta", diz Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

18:02

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 109928.53 -0.25822

Máxima 111324.70 +1.01

Mínima 109713.06 -0.45

Volume (R$ Bilhões) 2.42B

Volume (US$ Bilhões) 4.88B

18:05

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 111075 -0.14833

Máxima 112140 +0.81

Mínima 110435 -0.72

CÂMBIO

Após trocas de sinal ao longo do dia, o dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira em alta de 0,05%, cotado a R$ 4,9722. Apesar da instabilidade, a divisa oscilou apenas cerca de quatro centavos entre a máxima (R$ 4,9938) e a mínima (R$ 4,9510). O vaivém das cotações ao foi atribuído por operadores a um jogo de forças opostas que influenciaram a formação da taxa de câmbio.

Lá fora, a moeda americana ganhou força na comparação com pares e a maioria das divisas emergentes, em meio a dados fracos na Europa e ao ambiente de cautela diante das negociações para ampliação do teto da dívida americana. No front interno, a perspectiva de uma aprovação célere da proposta de novo arcabouço fiscal, talvez com regras mais duras, e relatos de fluxo davam certo suporte ao real, que operou descolado do exterior em boa parte da tarde.

No dia seguinte ao encontro entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy, representantes dos dois lados voltaram a se reunir para tentar avançar nas negociações sobre o teto da dívida. McCarthy teria informado a correligionários que a Casa Branca e a oposição ainda não estão "nem perto" de um acordo. Republicanos também questionam a estimativa da secretária do Tesouro americana, Janet Yellen, de que o país pode ficar sem recursos para honrar obrigações financeiras já em 1° de junho se não houver resolução para o caso.

À tarde, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que Biden e McCarthy concordaram que um acordo tem de ser fechado antes do prazo estipulado pelo Tesouro americano. Ela ressaltou, porém, que não é possível fornecer uma data para resolução do impasse, que pode ocorrer ainda hoje.

"O dólar segue forte no exterior com essa indefinição sobre o teto da dívida e as expectativas para a política monetária americana. Dirigentes do Fed [Federal Reserve] estão endossando a necessidade de uma postura dura por conta da inflação ainda alta", afirma o diretor de produtos de câmbio da Venice Investimentos, André Rolha, que vê o real com uma boa performance. "De três dias para cá, estamos com desempenho melhor que dos nossos pares. O mercado está comprando a ideia de que o arcabouço caminha para ser aprovado rapidamente e com mais restrições".

A economista Cristiane Quartaroli, do Banco Ourinvest, observa que, além da questão do teto da dívida, o mercado assumiu uma postura mais defensiva hoje em razão da divulgação, amanhã, da ata da reunião de política monetária do Fed em maio. "O mercado está bastante cauteloso por conta desses temas. E o dólar acabou de lado no fim do pregão".

Em Brasília, as atenções estiveram voltadas a encontro entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os presidentes da Câmara, Artur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco. Também estavam presentes os relatores do marco fiscal, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), e da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Lira distribui afagos a Haddad e Pacheco, ao propagar sintonia entre as duas Casas do Congresso, e disse que reunião de hoje "é simbólica" para aprovação "célere" do arcabouço. Haddad se disse "bem impressionado" com consenso em torno da agenda econômica e afirmou que é possível ter não apenas o arcabouço fiscal como a reforma tributária aprovados "ainda neste semestre".

Rolha, da Venice Investimentos, vê o dólar operando, no curto prazo, em uma banda entre R$ 4,90 e R$ 5,10, mas ressalta que há um viés de baixa, que pode se acentuar caso haja aprovação rápida do arcabouço e a moeda americana experimente um desafogo no exterior. "A taxa de juro deve continuar beneficiando o real. Campos Neto tem falado duro e um corte da Selic deve vir somente em setembro. Tem espaço para o dólar testar o nível de R$ 4,80". (Antonio Perez - [email protected])

18:02

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 4.97220 0.0302 4.99380 4.95100

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4979.500 0.07034 5003.000 4958.500

DOLAR COMERCIAL 5005.000 0.1 5028.500 4989.500

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