Em mais um pregão de liquidez enxuta, uma vez que os mercados americanos funcionaram apenas por meio período, devido à tradicional Black Friday, o apetite por risco voltou a prevalecer ao redor do globo, resultando em uma semana bastante favorável também para os ativos domésticos. Enquanto notícias positivas sobre vacinas seguem ditando o ritmo dos mercados no mundo, os negócios no Brasil também se beneficiam de uma melhora do humor - ou redução da desconfiança - em relação às contas públicas. Os investidores passaram a trabalhar com a possibilidade de que alguma das pautas fiscais volte a andar no Congresso passado o segundo turno das eleições. Além disso, o fluxo de estrangeiros para o Brasil tem se refletido tanto na Bolsa quando no real, que seguiu ganhando terreno ante o dólar. Hoje, os índices S&P 500 e Nasdaq voltaram a renovar recorde histórico de fechamento, com ações de grandes varejistas sustentadas pelo otimismo com as vendas na Black Friday. O Ibovespa pegou carona nesse ambiente positivo e reconquistou mais um degrau, ao subir 0,32%, aos 110.575,47 pontos. Na semana, acumulou ganho de 4,27%, reduzindo as perdas no ano para "apenas" 4,38 O fluxo também garantiu nova queda do dólar ante a moeda brasileira, de 0,18%, a R$ 5,3256. Assim, a divisa dos EUA teve a segunda semana consecutiva de baixa ante o real, desta vez de 1,12%, caminhando para encerrar novembro com queda superior a 7%, que seria o maior recuo mensal em dois anos. Com o câmbio mais leve e o "voto de confiança" em relação à pauta fiscal, os juros futuros cederam pela quarta sessão consecutiva, com destaque para a queda firma dos vencimentos de longo prazo nesta semana, resultando em perda de inclinação da curva.
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