COM FED DISPOSTO A AJUDAR E POSSÍVEL REMÉDIO À COVID, INVESTIDOR TOMA RISCO

Blog, Cenário
A agenda de indicadores e eventos, aqui e no exterior, foi cheia, mas o fio condutor para o otimismo dos mercados chegou logo cedo e prevaleceu em todo o pregão: sinais promissores de um medicamento do laboratório Gilead para o tratamento do novo coronavírus. Como o Federal Reserve, ao manter os juros perto de zero nos EUA, se mostrou disposto a continuar apoiando a economia com novas medidas, se necessário, os investidores mantiveram o apetite por risco e deixaram de lado o PIB americano abaixo do previsto, bem como, no caso do Brasil, as idas e vindas na indicação do novo diretor-geral da Polícia Federal. Em Wall Street, os principais índices de ações subiram entre 2% e 3%, ajudados também pelo petróleo, que fechou em forte alta após um aumento menor do que o esperado nos estoques da commodity em solo americano. Os ativos domésticos pegaram carona nesse otimismo e, apesar do avanço da covid-19 no País, mas com o ambiente político menos tensionado, engataram o terceiro dia de recuperação. O Ibovespa fechou o pregão com ganho de 2,29%, aos 83.170,80 pontos, guiado por Petrobras, Vale e siderúrgicas. Na semana, já acumula avanço de 10,41%, caminhando para um fechamento de mês positivo. Nesse ambiente, os investidores encontraram espaço para a desmontagem técnica de posições contra o real no mercado futuro, o que, num dia de apetite por risco, amplificou a queda do dólar ante a divisa brasileira. No fim, a moeda no mercado à vista tombou 2,90%, a R$ 5,3552, devolvendo mais de 10 centavos apenas nessa sessão e também registrando o terceiro dia de baixa, período no qual cedeu 5,4%. Nos juros futuros, com dólar acomodado e otimismo global, houve nova desinclinação da curva, com os juros longos devolvendo perto de 25 pontos. Não deixou de contribuir o discurso do ministro da Economia, Paulo Guedes, mais cedo, reforçando que tem apoio do presidente Jair Bolsonaro, para dar prosseguimento à política econômica traçada antes da pandemia. Os juros curtos, por sua vez, ficaram de lado, mantendo precificação majoritária de corte de 0,50 ponto para a Selic na próxima semana.  
  • MERCADOS INTERNACIONAIS
  • BOLSA
  • CÂMBIO
  • JUROS
  MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York aceleraram o ritmo de alta no fim do pregão, reforçando o movimento visto desde a manhã em reação à notícia de avanço nos testes de um medicamento para covid-19. A perspectiva de um tratamento eficaz contra o coronavírus minimizou o foco sobre a decisão do Federal Reserve (Fed) de manter os juros em nível próximo de zero. O BC americano sinalizou preocupação com os impactos do coronavírus, mas o presidente Jerome Powell se comprometeu a fazer o que for necessário para apoiar a economia, mostrando-se disposto a injetar mais liquidez no sistema financeiro. O dólar respondeu e ampliou a queda ante outras moedas fortes. Na renda fixa, os juros dos Treasuries ficaram sem direção única e, entre as commodities, o petróleo fechou em forte alta após um aumento menor do que o esperado nos estoques da commodity em solo americano.   "Estamos comprometidos a usar todos os nossos instrumentos nessa crise", disse o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na coletiva de imprensa após a instituição anunciar a manutenção dos juros na faixa entre 0% e 0,25% ao ano. O dirigente ressaltou que talvez o Fed precise adotar mais medidas para combater a recessão causada nos EUA pela pandemia de coronavírus. "A primeira fase das ações de emergência do Fed consistiu em fornecer liquidez a instituições financeiras e garantir que os mercados não se deteriorassem", avalia o economista-chefe para EUA da Capital Economics, Paul Ashworth. Segundo o especialista da consultoria britânica, a segunda fase das medidas do BC americano está sendo implementada, com compras de títulos de dívida do setor privado e empréstimos diretos a empresas não financeiras.   As bolsas de Nova York, que subiam desde o início do pregão, chegaram a reduzir marginalmente os ganhos diante das sinalizações do Fed de que o efeito do coronavírus sobre a atividade econômica preocupam, mas voltaram a ganhar fôlego com o foco na disposição da autoridade monetária em agir. O otimismo no mercado acionário com a reabertura econômica em alguns países e também nos estados americanos foi impulsionado hoje pelo anúncio da farmacêutica Gilead Sciences de que houve avanços nos testes para o uso do medicamento remdesivir contra a codiv-19. Além disso, os balanços da Alphabet, controladora do Google, e da Boeing agradaram e ampliaram o bom humor.   Para o analista Chris Rupkey, do MUFG Union Bank, o comunicado do Fed mostra que a instituição vê riscos no médio prazo, mas o mercado acionário já aposta no longo prazo. "As ações estão subindo como loucas, em parte por causa dos movimentos decisivos que o Fed fez no início do mês passado", diz Rupkey, ao destacar o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês). Com um impulso na última hora de negócios hoje, o índice Dow Jones subiu 2,21%, a 24.633,86 pontos, o S&P 500 avançou 2,66%, a 2.939,51 pontos e o Nasdaq ganhou 3,57%, a 8.914,71 pontos. As ações da Boeing registraram alta de 5,86% e as da Alphabet, de 8,89%.   Com o tom positivo nos mercados, a retração anualizada de 4,8% no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre do ano ficou em segundo plano. No entanto, o ING destaca que o consumo das famílias, motor da economia americana, foi o dado "mais fraco", com queda anualizada de 7,6%. O banco holandês espera, agora, que o segundo trimestre mostre uma contração de 40% do PIB em termos anualizados.   No mercado de renda fixa, os juros dos Treasuries não mostraram direção única e os títulos mais longos passaram a subir após a decisão do Fed. No final da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos recuava a 0,191% e o da T-note de 10 anos avançava a 0,613%. O dólar, por sua vez, acelerou a queda ante outras moedas fortes, com a promessa do Fed de injetar mais liquidez no sistema financeiro. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante seis divisas principais, fechou em baixa de 0,30%, a 99,565 pontos.   O petróleo, por sua vez, registrou forte ganho, em meio ao otimismo com o possível remédio para coronavírus e após os estoques da commodity terem aumentado menos do que o esperado nos EUA na última semana, segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para junho avançou 22,04%, a US$ 15,06. Já o Brent para julho ganhou 6,55%, a US$ 24,23, na Intercontinental Exchange (ICE). Fonte: Iander Porcella - [email protected]     BOLSA O Ibovespa conseguiu sustentar a terceira sessão de alta consecutiva, na véspera do encerramento de abril, encaminhando bom fecho para um mês chacoalhado por tensão política e incerteza quanto ao grau de reabertura da economia, em meio a sinais de que a curva do novo coronavírus ainda não atingiu o ápice no País. O principal índice da B3 encerrou esta quarta-feira em alta de 2,29%, aos 83.170,80 pontos, no maior nível desde 11 de março, quando havia fechado aos 85.171,13 pontos naquela data. Agora, o Ibovespa acumula ganho de 13,90% no mês e de 10,41% na semana, cedendo 28,08% no ano.   Assim como no dia anterior, o giro financeiro foi consistente, a R$ 25,7 bilhões, com o índice oscilando entre 81.312,89 pontos na mínima e 83.598,01 pontos na máxima da sessão. A forte recuperação do petróleo, embora ainda em níveis depreciados, também contribuiu para a retomada do apetite por risco. Assim como no dia anterior, as ações da Petrobras tiveram bons ganhos na sessão, de 5,44% (ON) e de 5,51% (PN), enquanto outra blue chip, Vale ON, avançou 4,75%, impulsionada por reação favorável aos resultados da mineradora.   Após a forte progressão do dia anterior, com o balanço do Santander, as ações de bancos tiveram desempenho mais discreto nesta quarta-feira, embora ainda em terreno positivo, após terem se dividido entre leves ganhos e perdas mais cedo. Bradesco ON fechou em alta de 3,87% e Santander, de 3,97%. Na ponta do Ibovespa, CSN fechou em alta de 15,62%, seguida por IRB (+13,89%) e Cogna (+12,25%), enquanto, no lado oposto, Magazine Luiza cedeu 2,28%, Raia Drogasil, 2,18%, e Klabin, 2,17%.   Refletindo a descompressão política no plano doméstico e alguma retomada do apetite por risco no exterior, em meio a novo sinal promissor do laboratório Gilead em desenvolvimento de tratamento para o covid-19, o dólar à vista retrocedeu pelo terceiro dia, negociado a R$ 5,3552, em baixa de 2,90% no fechamento da sessão e acumulando perda de 5,41% até aqui na semana. Em Nova York, os três principais índices fecharam o dia com ganhos entre 2,21% (Dow Jones) e 3,57% (Nasdaq).   No exterior, o mercado reagiu bem ao tom moderado do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, quanto à perspectiva de recuperação da economia americana, que no primeiro trimestre sofreu contração anualizada de 4,8%, a maior desde 2008, no pior momento daquela crise global. Em coletiva após a decisão de política monetária, Powell disse hoje que a recuperação econômica depende muito do sucesso do combate ao coronavírus, e que as medidas de distanciamento social devem ser retiradas de modo gradual, com retomada paulatina do nível de atividade - evitando assim uma "segunda onda" da doença.   "O Fed veio em linha com o que se esperava, mantendo o 'guidance' frouxo (para a política monetária)", em momento em que a falta de novidade neste front acaba sendo recebida como uma boa notícia pelo mercado, que não fez preço nisso, aponta Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset. Por aqui, "o retraimento inicial do presidente Bolsonaro em relação à mudança na Polícia Federal, após a liminar do ministro Alexandre de Moraes (do STF), também foi um desdobramento positivo", contribuindo para acalmar um pouco mais a situação política, acrescenta Vieira. "Assim, a tendência é de que o mercado volte a se concentrar na economia e no coronavírus", diz.   Após a decisão do Supremo Tribunal Federal, o presidente Jair Bolsonaro anulou a nomeação de Ramagem e tornou sem efeito a exoneração dele da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A decisão do STF foi em resposta a ação apresentada pelo PDT, que acusava o Planalto de desvio de finalidade. A posse estava marcada para as 15h desta quarta e a Advocacia-Geral da União disse que está "avaliando procedimentos cabíveis".   O presidente indicou ainda nesta quarta-feira, contudo, que não desistiu de nomear o delegado Alexandre Ramagem para o cargo de diretor da Polícia Federal (PF). Na cerimônia de posse dos novos ministros da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, e advogado-geral da União, José Levi, Bolsonaro disse que, em breve, o "sonho" de nomear Ramagem se concretizará.   Fora do País, em desdobramento positivo no combate à pandemia, o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos e conselheiro de Saúde da Casa Branca, Anthony Fauci, afirmou hoje que os testes desenvolvidos pela Gilead Science para utilizar redemsivir no tratamento de covid-19 trazem "boas notícias".   Em coletiva ao lado do presidente Donald Trump, Fauci destacou que o medicamento teve um "claro efeito" na diminuição do tempo de sintomas dos pacientes. "Foi um teste internacional envolvendo não apenas os Estados Unidos, mas vários países, incluindo Alemanha, Dinamarca, Espanha, Grécia, Reino Unido", acrescentou. Fonte: Luís Eduardo Leal - [email protected]     Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 83170.80 2.28572 Máxima 83598.01 +2.81 Mínima 81312.89 0.00 Volume (R$ Bilhões) 2.56B Volume (US$ Bilhões) 4.72B   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 83830 2.8589 Máxima 83865 +2.90 Mínima 81810 +0.38     CÂMBIO O dólar teve o terceiro dia seguido de queda, período em que recuou 20 centavos, embalado pelo mercado externo mais favorável, com notícias de avanço de um tratamento para o coronavírus, que tem contribuído para enfraquecer a moeda americana internacionalmente, e pelo clima menos tenso na política doméstica, além de desmontagem técnica de posições contra o real no mercado futuro da B3.   Na tarde de hoje, a disposição mostrada pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, de fazer mais se necessário para contar a crise da economia americana e ainda não sinalizar pressa em retirar as medidas já adotadas ajudou a sustentar a queda do dólar lá fora e aqui. A moeda americana terminou em baixa de 2,90% no mercado à vista, cotada em R$ 5,3552, a menor cotação desde o dia 20.   Um indício da maior calmaria no câmbio é que, desde ontem, o Banco Central não faz intervenções extraordinárias no mercado. Somente entre sexta-feira, dia da saída do ex-Juiz Sergio Moro do governo, e segunda, foram 12 intervenções, considerando injeção de dinheiro novo e rolagens de swap cambial.   No mercado futuro, o dólar maio, que vence amanhã, era cotado em R$ 5,35 no final da tarde de hoje, com giro relativamente baixo, US$ 18 bilhões, considerando que é uma sessão antes da disputa pelo referencial Ptax, nesta quinta-feira.   A influência principal para o comportamento do dólar hoje veio do exterior. Primeiro, o dólar começou a se enfraquecer no mercado mundial após a divulgação da primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, que teve contração de 4,8% no primeiro trimestre. "A trajetória de descida da economia americana começou", ressaltam os analistas do grupo financeiro ING, prevendo que a queda do PIB no segundo trimestre pode chegar a 40%.   Pela tarde, o dólar acelerou o ritmo de queda após a reunião do Fed e as declarações de seu presidente, Jerome Powell. O dirigente disse que a piora da atividade será sem precedentes, mas o Fed "não tem pressa" de retirar os estímulos e está pronto para fazer mais, se for necessário.   "Em suma, Powell sinalizou que o Fed está pronto para dar mais apoio", disse a economista-chefe para os EUA da High Frequency Economics, Rubeela Farooqi. O índice DXY, que mede o dólar ante divisas fortes, como o euro e a libra, passou a tarde em queda, abaixo do nível de 100 pontos.   No mercado doméstico, o dólar só chegou a subir pela manhã, superando momentaneamente o nível de R$ 5,50, quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal (PF).   Após fazer forte reforço de posições contra o real no mercado futuro da B3, investidores estrangeiros reduziram ontem em US$ 915 milhões suas apostas "compradas" em dólar futuro, que ganham com a alta da moeda americana.   Os fundos de investimento não fizeram movimentação relevante ontem, mas suas posições "compradas", que bateram em 86,3 mil contratos dias 20, estavam ontem em 50,5 mil - uma redução de 35 mil contratos, ou US$ 1,8 bilhão em cinco dias.   O economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, revisou suas previsões para o dólar, por conta da maior incerteza política e perspectiva de mais cortes de juros pelo Banco Central. Com isso, ele espera para o final do ano a moeda americana em R$ 4,90, acima dos R$ 4,50 previstos anteriormente.   Em análise publicada no Broadcast, ele observa que a manutenção dos rumos econômicos e da agenda do ministro Paulo Guedes "permitiria ao real acompanhar a esperada melhora externa", cenário contemplado na previsão de R$ 4,90 para o final do ano. Por outro lado, uma eventual saída do ministro resultaria em um ambiente distinto, e o potencial alcance do patamar de R$ 6,00. Fonte: ltamiro Silva Junior - [email protected]     Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.35520 -2.8993 5.52780 5.35220 Dólar Comercial (BM&F) 5.6909 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5348.000 -2.69287 5528.500 5342.500 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5356.500 -2.94437 5535.000 5351.500     JUROS A curva de juros perdeu mais inclinação nesta quarta-feira, em função da melhora do humor nos mercados internacionais e da leitura de que os ruídos políticos domésticos estão arrefecendo. O destaque do dia foram as taxas longas, que fecharam em torno de 25 pontos e nas mínimas da sessão. Já recuavam desde manhã, em meio às expectativas otimistas quanto ao medicamento para tratar a Covid-19, à suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem para comandar a Polícia Federal e ao discurso de Paulo Guedes reforçando que tem apoio do presidente Jair Bolsonaro, mas ampliaram a baixa à tarde, após entrevista do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Ele afirmou que o Fed pode "fazer mais" para combater os efeitos da crise do coronavírus na economia americana. As taxas curtas tiveram oscilação discreta e encerraram de lado, num dia sem grandes "drivers" para apostas na Selic.   Nos juros, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 fechou a sessão regular na mínima de 7,36% (7,602% ontem no ajuste) e a do DI para janeiro de 2029 voltou a rodar abaixo de 8%, ao fechar em 7,95%, ante ajuste ontem de 8,172%. O DI para janeiro 2025 também fechou com taxa na mínima, de 6,44%, ante 6,623% ontem no ajuste. A do DI para janeiro de 2022 caiu de 3,74% para 3,68%. O DI para janeiro de 2021 terminou com taxa de 2,835%, ante 2,825% ontem.   Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, afirma que o contexto geral hoje foi favorável à continuidade da redução da inclinação da curva, na medida em que o exterior ajudou e Bolsonaro, ao cancelar a nomeação de Ramagem para a PF após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter suspendido, "deu uma apaziguada" nos ânimos. "Isso praticamente encerra a polêmica. O dólar também ajudou um pouco", completou. A moeda americana esteve em queda na maior parte do dia e fechou aos R$ 5,3552.   Jefferson Lima, gerente da mesa de Reais da CM Capital Markets, lembra que nos últimos dias, com o fortalecimento do ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltado por Bolsonaro e a aproximação do presidente com os parlamentares do Centrão, a curva vem tendo grande alívio na ponta longa, a despeito do cenário fiscal desafiador. "E hoje tivemos ainda as notícias sobre o antiviral e as declarações de Powell dando estímulo extra", disse.   Powell disse que a atividade econômica americana encolherá em "ritmo sem precedente" no segundo trimestre, mas que o Fed adotará os instrumentos de política monetária para que a recuperação da demanda agregada nos EUA ocorra da forma mais robusta possível. Ainda destacou que o Fed precisará adotar mais medidas para mitigar a recessão. “Diria que sim, ainda há mais a se fazer”.   Para se ter ideia do alívio, o diferencial entre os DIs janeiro de 2027 e janeiro de 2021 saiu de 547 pontos na fatídica sexta-feira, quando a curva empinou após a saída e discurso de Sérgio Moro, para 452 pontos hoje. Entre os vencimentos janeiro de 2025 e janeiro de 2023, o spread caiu de 203 pontos na sexta para 165.   Porém, o BofA afirma ter posição neutra nas taxas locais, após o aumento do ruído político. "A curva dissipou muito da precificação de cortes da Selic na ponta curta após a saída do ministro Sergio Moro causar depreciação aguda no real", afirma a instituição, em relatório. "Ruído político e volatilidade no câmbio certamente adicionam risco para nossa previsão de queda de 100 pontos-base da Selic este ano", dizem os analistas. O BofA afirma que permanecerá neutro na curva curta após terem zerado posições vendedoras no DI para janeiro de 2023.   Nos longos, a instituição acredita que o trecho seguirá sob pressão se o ambiente global e local, diante do conturbado contexto político e fiscal, permanecer volátil. Com isso, sustentam posição comprada na NTN-B para maio de 2021, uma vez que veem o risco de repasse do câmbio aos preços subestimado. Fonte: Denise Abarca - [email protected]     Operação CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 3.22 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 3.65 Over Selic (%a.a) 3.65                
Gostou do post? Compartilhe:

Pesquisar

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Categorias

Newsletter

Captcha obrigatório
Seu e-mail foi cadastrado com sucesso!

Posts relacionados

Receba nossos conteúdos por e-mail
Captcha obrigatório
Seu e-mail foi cadastrado com sucesso!

Copyright © 2023 Broker Brasil. Todos os direitos reservados

Abrir bate-papo
Olá!
Podemos ajudá-lo?