COLETIVA DE TRUMP SOBRE CHINA TRAZ CAUTELA EM MEIO A PIB LOCAL E CRISE INSTITUCIONAL

Blog, Cenário
Expectativas por uma coletiva de imprensa do presidente Donald Trump para falar sobre a China, após o republicano assinar ontem à noite um decreto que limita a proteção legal que a lei federal dá as companhias de mídia social, impõem cautela no exterior, que deve respingar nos mercados locais. As bolsas internacionais e o dólar operam em baixa com a busca de proteção. O resultado do PIB brasileiro do primeiro trimestre e o embate entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF) podem reforçar a cautela neste último dia útil de maio e de definição da taxa Ptax no mercado de câmbio.  A previsão dos analistas financeiros é de que a economia do País deve mostrar a maior queda em 11 anos. E após Bolsonaro ameaçar descumprir decisões do STF, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) falou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e ministros do Supremo e, em seguida, foi ao Palácio do Planalto dizer a Bolsonaro que é preciso “pacificar o País” e, como resposta, ouviu mais reclamações sobre a atuação de ministros da Corte. A avaliação é de que os ataques que o presidente faz aos ministros Alexandre de Moraes e Celso de Mello atingem todos os demais integrantes da Corte, sugerindo que poderia partir do colegiado uma resposta coletiva. À noite, Bolsonaro disse que daria uma vaga ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para o Supremo, justamente agora que Aras pode denunciá-lo no âmbito de inquérito que tramita no STF para investigar se o chefe do executivo interferiu na Polícia Federal para proteger sua família e amigos. Bolsonaro admitiu também, em transmissão ao vivo no Facebook ontem à noite, que cargos de segundo e terceiro escalão têm sido negociados com o Centrão para garantir a governabilidade, esse grupo de partidos apoiou o governo para evitar a mudança de cálculo do valor do benefício proposto pelo relator da MP 936, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) e que chegou a ser aprovada na votação do texto-base. Na votação do destaque para barrar a mudança, o governo conseguiu reverter a alteração, que traria um custo adicional de R$ 23 bilhões. Agora, o texto segue para o Senado. Na agenda, duas videoconferências com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, podem mexer também com os ativos locais. Em uma live do BTG Pactual, ontem à noite, Campos Neto disse que a política monetária "não está exaurida", descartou o uso de outras ferramentas agora porque podem causar prejuízo, e mostrou otimismo sobre a aprovação de reformas estruturantes no segundo semestre. Também disse que o BC seguirá com as intervenções no câmbio e citou a incerteza em relação à duração do isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus. Ontem, o Brasil registrou novo recorde, com mais de 26 mil novos casos da doença em 24 horas e 1.156 óbitos. No total, há 438.238 diagnósticos confirmados e 26.754 vítimas fatais, de acordo com o Ministério da Saúde.   Trump e Powell em destaque - O destaque desta sexta-feira é o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fará uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira para falar sobre a China. Ainda nos EUA, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em webinar da Princeton Economics (12h00) e também será divulgado o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan de maio (11h00).   PIB e Campos Neto no radar - Nesta sexta-feira será divulgado o Produto Interno Bruto (PIB) do 1º trimestre (9h00). A mediana das estimativas do Projeções Broadcast aponta queda de 1,50% margem, após alta de 0,50% no trimestre anterior. Também será revelado o resultado do setor público consolidado de abril (9h30), com mediana estimada de -R$ 97,6 bilhões na margem, de -R$ 23,655 bilhões em março. O ministro da Economia, Paulo Guedes, fala em evento virtual do BNDES sobre gás natural (9h00). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa também participa de uma Live (14h00). à tarde.   Governo de SP incentivará empresa a testar funcionário - Para tentar reduzir os riscos do crescimento do contágio por coronavírus, após o flexibilização da quarentena, o governo de São Paulo irá incentivar empresas a testarem voluntariamente seus funcionários. O protocolo, previsto para ser apresentado nos próximos dias, prevê testes em larga escala para que os focos de contaminação sejam identificados e isolados rapidamente. A adesão das empresas será voluntária.   Senado aprova abertura de linha crédito para profissionais liberais - O Senado aprovou nesta quinta-feira, em sessão remota, projeto que cria linha de crédito para profissionais liberais no período da pandemia da covid-19. O projeto estabelece limite de R$ 100 mil por beneficiário, os juros máximos anuais serão a taxa Selic mais 5% e a linha deve ficar disponível por até seis meses após a publicação da lei. O prazo de reembolso é de 36 meses, sendo 8 deles para carência.. O projeto agora segue para a Câmara dos Deputados.   Salles provoca racha entre ruralistas e ambientalistas pedem sua saída do governo - As declarações do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na reunião ministerial do 22 de abril - de que "precisa haver um esforço (...) enquanto estamos nesse período de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, focada na covid-19, e ir passando a boiada e mudando o regramento e simplificando normas" - provocaram um racha em uma das principais entidades ruralistas do País e fortes reações de ambientalistas, que se manifestaram publicamente a favor da saída de Salles do governo. Contrariado com o posicionamento de apoio da Sociedade Rural Brasileira (SRB) ao ministro Salles, Pedro de Camargo Neto, vice-presidente da entidade, renunciou ao seu posto.   BC: Recursos disponibilizados na crise atenderam plenamente demandas de bancos - O Banco Central afirmou ao Broadcast, por meio de nota, que "até o momento os recursos disponibilizados atenderam plenamente as demandas das instituições financeiras". Como demonstrou reportagem publicada ontem, dos R$ 1,2 trilhão anunciados pelo BC em março, para evitar crises bancárias e manter o crédito durante a pandemia do novo coronavírus, apenas R$ 260,2 bilhões (21,4% do total) foram efetivamente liberados.   Celso de Mello pede que Aras opine sobre pedidos de investigação de Heleno - O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, decidiu encaminhar à Procuradoria-Geral da República três pedidos de investigação de partido e parlamentares de oposição contra o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Os pedidos dizem respeito à nota oficial do ministro Heleno envolvendo uma outra decisão do ministro Celso de Mello, que encaminhou na semana passada à PGR um pedido de apreensão do celular de Bolsonaro e do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente.   Justiça suspende redução de salários de trabalhadores da Petrobras na Bahia - A Justiça do Trabalho da Bahia determinou que a Petrobras suspenda imediatamente a redução de salários e o corte de direitos e benefícios impostos a trabalhadores daquele Estado que atuam no regime administrativo e àqueles da área operacional que foram transferidos para trabalhos administrativos por causa da pandemia de Covid-19. Em nota ao Broadcast, a Petrobras informa que vai entrar com recurso contra a liminar.   Fontes: área econômica deve recomendar veto à prorrogação de desoneração se aprovada por Senado - A área econômica deve recomendar veto à proposta de prorrogação da desoneração da folha de salários para 17 setores da economia, caso a medida receba aval do Senado Federal, segundo apurou o Broadcast. A política terminaria em dezembro de 2020, mas foi estendida até o fim de 2021, de acordo com o texto-base da MP da redução de jornada aprovado de forma simbólica com apoio de todas as legendas.   Eletrobras tem lucro líquido de R$ 307 milhões no 1tri20 - A Eletrobras reportou lucro líquido de R$ 306,83 milhões no primeiro trimestre de 2020, o que representa queda de 77,23% na comparação com o lucro líquido de R$ 1,347 bilhão de igual período do ano anterior.   CAUTELA ANTES DE TRUMP   Futuros de NY e Europa em baixa - Os índices futuros das bolsas de Nova York e os juros dos Treasuries operam em baixa na madrugada desta sexta-feira, em meio a crescentes tensões entre EUA e China relacionadas à autonomia de Hong Kong. Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que fará uma coletiva de imprensa sobre a China nesta sexta, gerando cautela nos mercados financeiros. Às 7h15, no mercado futuro, Dow Jones caía 0,35%, S&P 500 recuava 0,27% e Nasdaq cedia 0,29%. A Bolsa de Londres caía 0,86%, a de Frankfurt recuava 0,96% e a de Paris se desvalorizava 0,68%.   Euro atinge maior nível em 2 meses ante dólar - O euro atingiu seu maior nível em dois meses ante o dólar na madrugada desta sexta-feira, diante do otimismo com o processo de reabertura econômica em países da zona do euro e um plano de recuperação da crise do coronavírus proposto pela União Europeia. Às 7h15, o euro subia a US$ 1,1132, de US$ 1,1069 no fim da tarde de ontem.   PIB da França sofre queda de 5,3%, a maior desde 1968, e país entra em recessão - O Produto Interno Bruto (PIB) da França sofreu contração de 5,3% no primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre de 2019, em meio ao impacto da pandemia do novo coronavírus, segundo revisão divulgada nesta sexta-feira. Trata-se da maior queda do PIB francês desde o segundo trimestre de 1968. Como o PIB francês já havia encolhido 0,1% no quarto trimestre do ano passado, a economia do país entrou em recessão técnica com o resultado dos primeiros três meses de 2020.   PIB da Itália cai 5,3% - O Produto Interno Bruto (PIB) da Itália sofreu contração de 5,3% no primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre de 2019. Na comparação anual, o PIB italiano encolheu 5,4% entre janeiro e março. Originalmente, no fim de abril, as estimativas mostravam quedas menores, de 4,7% na comparação trimestral e de 4,8% no confronto anual.   Inflação da zona do euro desacelera a 0,1%, em linha com o esperado - O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu apenas 0,1% na comparação anual de maio, desacelerando em relação ao aumento de 0,3% observado em abril, em linha com a expectativa de analistas. A prévia de maio deixa a inflação anual da zona do euro ainda mais distante da meta do Banco Central Europeu (BCE), que é de uma taxa ligeiramente inferior a 2%.   Bolsas da Ásia fecham mistas - As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, com investidores acompanhando de perto a crescente polêmica em torno do status de Hong Kong, assunto que ajudou a deteriorar ainda mais a relação entre EUA e China desde a semana passada, e na expectativa para uma coletiva de imprensa do presidente americano, Donald Trump. O Nikkei teve queda de 0,18% em Tóquio, enquanto o Hang Seng recuou 0,74% em Hong Kong. O Xangai Composto subiu 0,22%, com esperanças de que Pequim adote medidas de estímulo adicionais. O Kospi teve ganho de 0,05% em Seul. Na Oceania, o S&P/ASX 200 caiu 1,63% em Sydney. Às 7h15, o dólar caía a 98,07 ienes, de 107,63 ienes no fim da tarde de ontem.   Petróleo em queda - Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na madrugada desta sexta-feira, revertendo ganhos da sessão anterior, em meio a crescentes tensões entre EUA e China relacionadas à autonomia de Hong Kong. Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que fará uma coletiva de imprensa sobre a China nesta sexta, gerando cautela nos mercados financeiros. Às 7h16, o barril do petróleo WTI para julho caía 2,64% na Nymex, a US$ 32,82, enquanto o do Brent para agosto recuava 2,28% na ICE, a US$ 35,21.          
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