BOLSONARO FAZ APOIO PÚBLICO A GUEDES E GARANTE FÔLEGO ADICIONAL PARA ATIVOS

Blog, Cenário
O presidente Jair Bolsonaro garantiu, no fim da tarde, um fôlego adicional para os ativos brasileiros. Após o estresse da véspera, com a mudança no comando da Petrobras, os mercados já experimentavam alguma correção frente a exageros, mas ao elogiar publicamente o ministro da Economia, Paulo Guedes, em um evento no Planalto, o presidente minimizou os temores dos agentes sobre o enfraquecimento de seu "Posto Ipiranga" dentro do governo. Assim, o Ibovespa foi às máximas do dia, acima de 115 mil pontos, o dólar firmou leve baixa ante o real e os juros renovaram mínimas na sessão estendida. Até então, as ações da Petrobras já recobravam parte das fortes perdas recentes, impulsionando o mercado acionário local em um dia majoritariamente negativo em Nova York. Os investidores viram no tombo da estatal nos últimos dois dias, período em que a empresa perdeu mais de R$ 100 bilhões em valor de mercado, uma oportunidade de compra. Ao mesmo tempo, o governo prometeu para hoje uma Medida Provisória (MP) para dar andamento à capitalização da Eletrobras, o que deu fôlego adicional aos papéis da empresa. Com Banco do Brasil também recuperando parte das perdas da véspera, a trinca de estatais ajudou a Bolsa a subir 2,27%, aos 115.227,46 pontos. Os juros futuros, que já tinham terminado a sessão regular em queda, diante da movimentação do governo para acelerar a agenda de reformas e privatizações, deixou um pouco da cautela com a questão fiscal e inflacionária de lado e aprofundou a devolução de prêmios na hora final de negócios, após as palavras de Bolsonaro, que também afetaram o dólar. Após um dia de muita volatilidade em que a moeda caminhava para fechar perto da estabilidade, o presidente "consolidou" a queda de 0,21%, a R$ 5,4422 no mercado à vista; no mercado futuro, o recuo era maior, na casa dos 0,60%. Até então, os investidores guardavam cautela diante das tensões e incertezas que ainda permanecem em Brasília. Ao longo do pregão, o presidente do Fed, Jerome Powell, até ajudou no bom humor dos negócios, ao reforçar sua postura dovish e minimizar os riscos inflacionários. Nesse ambiente, Dow Jones e S&P 500 conseguiram firmar pequeno ganho no fim do dia, enquanto o Nasdaq cedeu 0,5%, com as big techs, que haviam se beneficiado do home office na pandemia, pressionadas pelos sinais de retomada das economias e o avanço na vacinação contra a covid-19.    
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  BOLSA Após a Petrobras ter perdido mais de R$ 102 bilhões em valor de mercado ao longo das duas sessões anteriores, o dia foi de recuperação parcial tanto para as ações da empresa como para o Ibovespa, que fechou em alta de 2,27%, aos 115.227,46 pontos, mantendo-se em terreno positivo praticamente desde a abertura, aos 112.675,98 pontos. Na mínima, esteve aos 112.667,40, chegando na máxima aos 115.380,38 pontos, com giro financeiro mais uma vez reforçado, a R$ 48,1 bilhões nesta terça-feira. O elogio público do presidente Jair Bolsonaro ao ministro Paulo Guedes, no fim da tarde, contribuiu para que o Ibovespa recuperasse sem abandono a linha dos 115 mil pontos, que havia sido tocada antes, no meio da tarde.   Na semana, o índice da B3 acumula perda de 2,70% e, no mês, volta a mostrar ganho, de 0,14% - em 2021, cede 3,18%. O rebote visto na sessão decorreu mais de correção técnica, depois da queda superior a 20% observada ontem nas ações ordinárias e preferenciais da estatal, do que propriamente de novidades de peso que mitiguem o clima de intervenção política construído desde a live semanal do presidente Bolsonaro, na noite de quinta-feira, na qual indicou insatisfação com os reajustes nos preços dos combustíveis, em especial o diesel. Na ocasião, também insinuou a disposição de sacar Roberto Castello Branco do comando da empresa, intenção que se efetivaria na noite seguinte, com a indicação de Joaquim Silva e Luna para o cargo. Hoje, a atenção do mercado se voltou para a reunião do Conselho de Administração da Petrobras, que deve convocar Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em até 30 dias para votar a indicação de Luna.   Nesta véspera de divulgação dos resultados trimestrais - programados para a noite de amanhã -, Petrobras ON fechou em alta de 8,96%, a R$ 23,48, enquanto a PN avançou 12,17%, a R$ 24,06, dividindo com Eletrobras a ponta do Ibovespa na sessão, após as ações da petrolífera terem liderado as perdas na sexta e na segunda-feira. O dia foi de desempenho positivo para as ações de outras estatais que estiveram em evidência ontem, pressionadas então por novo rumor sobre troca de comando no Banco do Brasil e pela promessa de Bolsonaro, no fim de semana, de que também colocará o "dedo" no setor elétrico - o que gerou reação da diretoria da Eletrobras, ao esclarecer que eventuais planos de mudança em política de tarifas precisam ser informados pelo canal correto, o fato relevante. Hoje, após perda superior a 11% no dia anterior, BB ON fechou em alta de 6,92%, e Eletrobras ON, que havia contido ontem as perdas a 0,69%, saltou hoje 13,01%, com a ação PNB em avanço de 10,81% no fechamento.   O mal-estar decorrente da intervenção ensaiada pelo Planalto em estatais chegou à reunião de hoje entre analistas de mercado e a diretoria do Banco Central, para avaliação de conjuntura, em especial inflação. De acordo com relato do repórter Francisco Carlos de Assis, do Broadcast, houve comentários sobre o aumento da incerteza em relação à política econômica, em razão dos últimos episódios envolvendo a Petrobras. "Muitos se questionaram sobre as reais intenções do presidente [Bolsonaro] porque isso está gerando pressões inflacionárias de curto e longo prazo", disse um participante do encontro.   Na B3, "houve exagero na correção de ontem, o que abriu espaço para a recuperação vista hoje. Esta questão da Petrobras é recorrente, porque de certa forma a Petrobras é um veículo de política pública. Quando o câmbio e os preços internacionais sobem muito, há esta preocupação quanto a repasses ao consumidor", observa Marina Braga, líder de alocação na BlueTrade. "O que precisa ser visto agora é se o Luna e Silva manterá o programa de desinvestimentos, especialmente nas refinarias e quanto ao 'stake' (participação) na BR Distribuidora", acrescenta Marina.   Ela chama atenção também para novo desgaste do ministro Paulo Guedes, tutor da agenda liberal do governo e que vem sofrendo uma série de derrotas, a última das quais a demissão de Roberto Castello Branco, por ele indicado ao cargo. "Ele continua em silêncio, um silêncio incômodo - por mais que tenha perdido força, eventual saída de Guedes seria um fator adicional para correção dos preços (dos ativos)", acrescenta.   Hoje, em evento no Palácio do Planalto, Bolsonaro fez afago público a Guedes. "Vivemos um momento muito difícil ano passado, e pude contar com grupo de 22 e depois 23 ministros para levar à frente as propostas e os meios. Uma das pessoas mais importantes nessa luta foi o ministro Paulo Guedes", destacou o presidente, acrescentando que, "por decidir as finanças do governo", Guedes tem "amigos e opositores". Na cerimônia, o ministro também foi elogiado pelo articulador político do Planalto, Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo. "Guedes tem feito o que é possível para o nosso País, com resiliência, determinação e força de vontade", observou Ramos.   Mais cedo, a reunião entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro da Economia, para tratar das reformas fiscais, já contribuía para alguma melhora de humor no mercado. Em outro desdobramento favorável, destaque para a notícia de que o governo federal pretende publicar ainda hoje a Medida Provisória da privatização da Eletrobras, como forma de reiterar ao mercado a intenção da vender a participação da União na estatal - o que contribuiu para o avanço das ações da empresa nesta terça-feira.   No Congresso, o relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial no Senado aciona os gatilhos do teto de gastos quando as despesas obrigatórias superarem 95% do total de despesas primárias na aprovação da lei orçamentária no Congresso. A medida altera o mecanismo atual, que aciona as medidas de contenção se o teto for rompido durante a execução do orçamento, ao longo do ano, relatam a repórter especial Adriana Fernandes e o repórter Daniel Weterman, de Brasília.   O dispositivo foi incluído no relatório do senador Marcio Bittar (MDB-AC), formulado para destravar o auxílio emergencial. O Senado deve votar a PEC na próxima quinta-feira, 25. Se houver acordo, os senadores poderão aprovar a medida em dois turnos e enviar o texto para a Câmara logo na sequência. Na mesma proposta, está autorizada uma nova rodada do auxílio emergencial sem redução de despesas para compensação. (Luís Eduardo Leal - [email protected])     18:20   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 115227.46 2.27196 Máxima 115380.38 +2.41 Mínima 112667.40 -0.00 Volume (R$ Bilhões) 4.80B Volume (US$ Bilhões) 8.82B         18:23   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 115605 3.08989 Máxima 115695 +3.17 Mínima 112800 +0.59     CÂMBIO O dólar devolveu hoje parte da alta de ontem, mas o movimento de queda perdeu força na reta final do pregão e a moeda ainda segue acima dos R$ 5,40. O cenário externo ajudou, sobretudo com declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que contribuíram para minimizar temores de disparada da inflação nos Estados Unidos. No noticiário interno, o Congresso e o governo se empenharam em mostrar comprometimento com o avanço das reformas, e Jair Bolsonaro fez elogios públicos ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem evitado dar declarações nos últimos dias. Operadores, porém, ressaltam que o quadro de incerteza com Brasília permanece muito alto e é difícil o real se valorizar neste momento.   No fechamento, o dólar à vista terminou o dia em queda de 0,21%, a R$ 5,4422. No mercado futuro, o dólar para março tinha queda de 0,57% às 18h15, a R$ 5,4380, hoje com giro de negócios bem mais fraco que ontem.   O discurso de Powell teve efeito no mercado de moedas mundial, com o dólar perdendo força ante divisas fortes e emergentes. O DXY, que mede o comportamento da moeda americana ante divisas como euro e iene, chegou a zerar alta logo após o discurso.   O economista do banco canadense CIBC Capital Markets, Avery Shenfeld, comenta que Powell mostrou que o Fed vai seguir apoiando a economia, que ainda tem um caminho longo até se recuperar totalmente. Sobre a inflação, Powell afirmou que não espera elevação "significativa e sustentada" dos preços, que devem ficar voláteis. Este temor, que faz os yields do Treasuries americanos subirem, vinha crescendo nos últimos dias e ajudando a enfraquecer as moedas emergentes. A preocupação é que a volta da inflação faria o Fed e outros bancos centrais a reduzirem estímulos e enxugar a liquidez dos mercados, o que Powell disse hoje que não acontecerá. "Powell se atracou a uma linha 'dovish'", avalia Shenfeld, ressaltando que ele defendeu um ambiente de juros baixos.   No mercado doméstico, o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt, que substituiu Guedes em evento, avaliou que o processo de reformas vai se acelerar agora. “Temos altas expectativas de que a troca do comando na Câmara e no Senado será boa para as reformas. O processo de reformas vai acelerar agora, não estava tão rápido como desejávamos”, avaliou. Já Guedes se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O parlamentar prometeu avançar com as reformas, incluindo a tributária e privatizações. Sobre o auxílio fiscal, ele afirmou ter "esperança, mas não a certeza" de que o Senado aprovará o relatório da PEC Emergencial com a desvinculação dos gastos em saúde e educação.   Para Klaus Spielkamp, responsável em Miami pela área de vendas e trading da Bulltick, o ambiente de "iminente aprovação" do plano de estimulo trilionário dos EUA, deve dar nova onda de otimismo internacional nos mercados de risco. "O Brasil pode se apresentar atrativo nesse momento", destaca ao Broadcast. Mas para isso, destaca que é preciso avançar com as reformas, de forma urgente, o que exige estabilidade política e econômica, fatores que se complicaram nos últimos dias, em meio à pressão por mais gastos com o auxílio emergencial e o episódio da Petrobras.   A analista de mercados da inglesa Capital Economics, Franziska Palmas, não vê melhora política em Brasília pela frente. Com isso, o real deve ser uma das poucas moedas de emergentes a se depreciar ante o dólar nos próximos dois anos, comenta, em nota nesta terça-feira. No cenário da consultoria, o teto de gastos será desrespeitado pelo governo, especialmente com vistas a eleição de 2022. Com isso, o dólar deve terminar o ano ao redor de R$ 5,45 e subir a R$ 5,75 ao final do ano que vem.   Ontem, em dia de forte estresse, houve movimento de aumento de posições contra o real no mercado futuro, mas menos fortes de que em outros pregões recentes da B3. Segundo traders, porque os investidores aguardam mais clareza sobre o cenário antes de tomarem decisões mais firmes. No dólar futuro, fundos reduziram posições vendidas (que ganham com a valorização do real) em 24.745 contratos, o equivalente a US$ 1,24 bilhão. Já estrangeiros elevaram posições compradas, que ganham com a alta da moeda americana, em 19.065, ou US$ 953 milhões, de acordo com números da B3 monitorados diariamente pela corretora Renascença. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:23   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.44220 -0.2145 5.48410 5.40960 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5438.500 -0.55769 5484.000 5409.000 DOLAR COMERCIAL 5449.000 -0.1283 5460.000 5430.000     JUROS Os juros fecharam em baixa, devolvendo, no entanto, apenas parte do prêmio acumulado nas últimas duas sessões, com fatores externos e locais estimulando ordens de venda. Internamente, a movimentação em Brasília para acelerar a agenda de reformas e privatizações amenizou o desconforto com a questão da troca de comando na Petrobras, enquanto lá fora o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Senado, foi considerado "tranquilizador", acalmando o estresse no segmento de Treasuries e enfraquecendo o dólar ante moedas emergentes. O leilão de NTN-B, na véspera de divulgação do IPCA-15 de fevereiro, foi considerado robusto, com lote grande vendido no papel mais longo.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou em 3,465% (regular e estendida), de 3,538% ontem no ajuste e a do DI para janeiro de 2023 caiu de 5,332% para 5,19% (regular) e 5,18% (estendida). O DI para janeiro de 2025 fechou com taxa de 6,81% (regular) e 6,80% (estendida), de 6,925% ontem, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 7,50% (regular) e 7,49% (estendida), de 7,574%.   Na sessão estendida, as taxas caíram mais, uma vez que, no fim da tarde, o presidente Jair Bolsonaro fez defesa do ministro Paulo Guedes, considerado pelo mercado o grande fiador da agenda liberal do governo, mas que saiu enfraquecido do episódio da Petrobras. O presidente disse ter contado com ministros para levar à frente propostas no momento difícil da pandemia e que Guedes foi uma das "pessoas mais importantes nessa luta". "Guedes muito bem assessorado, como no Pronampe, fez um dos mais brilhantes projetos", afirmou o presidente.   Ao longo da sessão, após oscilarem ao redor dos ajustes na etapa matutina, os juros se firmaram em baixa à tarde, em sintonia com o alívio maior no câmbio e sinais positivos sobre as reformas vindos do Congresso. O senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC que vai destravar o auxílio emergencial, protocolou seu parecer, que o Senado deve votar a PEC na quinta. Se houver acordo, os senadores poderão aprovar a medida em dois turnos e enviar o texto para a Câmara logo na sequência.   Apesar do texto prever gatilhos para o teto quando a despesa obrigatória superar 95% do total, há pontos preocupantes, como a autorização para nova rodada do benefício sem redução de gastos para compensação. Na primeira reunião com diretores do Banco Central nesta terça, os economistas demonstraram receio de que o gasto com o auxílio supere R$ 40 bilhões.   Porém, o mercado se apegou na percepção de que as reformas estão andando. "O sentimento é de torcida pelas reformas, com a entrega do relatório, boa perspectiva para a administrativa, e a questão da Eletrobrás", disse o gerente da Mesa de Reais da CM Capital, Jefferson Lima. O Broadcast apurou que o governo vai enviar ao Congresso uma Medida Provisória para privatizar a companhia de energia que deve sair ainda hoje.   Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Camargo Rosa, a descompressão das taxas teve ajuda de Powell, dando uma "esfriada" no impulso dos Treasuries e ajudando moedas emergentes. "O Fed parece muito firme em não sancionar as expectativas do mercado e manter os juros em níveis superestimlativos", disse.   Powell afirmou que o Fed esperará que a própria inflação atinja a meta de 2%, não as expectativas sobre ela, notando que não espera um salto da inflação no curto prazo. Destacou os riscos de baixa para a economia americana e que a volta ao pleno emprego "não será tarefa fácil". Nas últimas semanas, o rendimento da T-Note saiu de 1% muito rapidamente para 1,35%, refletindo as apostas na volta da inflação com base em indicadores mais firmes da economia e vacinação contra Covid em ritmo acelerado nos Estados Unidos.   A melhora da curva à tarde favoreceu também o mercado secundário de NTN-B, passado o leilão do Tesouro e após desempenho ruim pela manhã, explica o gestor de renda fixa da Sicredi Asset, Cassio Andrade Xavier. "Quando saiu o edital, o mercado se movimentou. Bateram bastante as NTN-B, 30 pontos pra cima", disse. O Tesouro vendeu integralmente a oferta de 1,8 milhão de títulos, sendo a maior parte (1 milhão) no vencimento longo, de 2055, o que é tido como sinal de melhora no apetite pelo risco. (Denise Abarca - [email protected])     18:23   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 2.04 Capital de Giro (%a.a) 5.17 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90   MERCADOS INTERNACIONAIS O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que a alta nos juros dos Treasuries de longo prazo reflete o otimismo do mercado com a economia dos Estados Unidos. Ele também minimizou os riscos de disparada da inflação durante audiência no Senado. Com o tom dovish do dirigente, as bolsas de Nova York reduziram as perdas e, após uma virada do Dow Jones e do S&P 500, fecharam sem direção única. O Nasdaq, por outro lado, foi afetado por uma queda nos papéis da Tesla. As big techs, que se beneficiaram do home office na pandemia, agora são pressionadas pelos sinais de retomada das economias e o avanço na vacinação contra a covid-19. Além disso, os investidores seguem cautelosos com a inclinação da curva de juros americana, que continuou na sessão de hoje. O índice DXY do dólar, por sua vez, retomou a alta hoje, apesar da força da libra.   "O Nasdaq continua a apresentar desempenho inferior à medida que os juros em alta pressionam as ações de tecnologia de valorização maior", dizem analistas da LPL Financial. Além do recuo de 2,19% nas ações da Tesla, puxado pelo tombo de mais de 10% do bitcoin, o índice acionário americano foi impactado durante o pregão por papéis de big techs, como Apple (-0,11%). À medida que as perspectivas econômicas melhoram, o desempenho acima da média dessas empresas durante a crise de saúde tende a dar lugar a ganhos em ações mais sensíveis ao retorno das atividades sociais, como as de companhias aéreas, operadoras de cruzeiros e petroleiras. Em meio a essa rotação no mercado acionário, o Dow Jones subiu 0,05%, a 31.537,35 pontos, o S&P 500 avançou 0,13%, a 3.881,37 pontos, e o Nasdaq recuou 0,50%, a 13.465,20 pontos.   A inclinação da curva de juros dos Treasuries, por sua vez, se manteve. No final da tarde em Nova York, o rendimento da T-note de 2 anos operava estável em 0,112%, mas o da T-note de 10 anos subia a 1,359% e o do T-bond de 30 anos avançava a 2,199%. Como mostrou o Broadcast, analistas preveem que os juros de longo prazo continuarão a subir e estimam que o da T-note de 10 anos alcançará 1,7% no final do ano. (Leia mais na reportagem publicada às 8h30 de Brasília). Essa precificação começou, também, a afetar os ativos de risco. "A indiferença inicial por parte das ações parece estar mudando à medida que os ativos de risco estão sob pressão crescente em face dos custos de empréstimos mais elevados", dizem analistas do BMO Capital Markets.   Na visão de Powell, a inflação não atingirá níveis "preocupantes". O recente aumento das expectativas inflacionárias é um dos fatores que têm alimentado a inclinação da curva e gerado especulação sobre uma possível mudança na política monetária do Fed. No Senado, contudo, o dirigente disse que uma redução do programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), por exemplo, exigiria progresso "substancial" em direção às metas de inflação e emprego.   Para o ING, um cenário como esse poderia se concretizar já no segundo semestre de 2021. O banco holandês avalia que a imunidade de rebanho contra a covid-19, a ser alcançada com a vacinação, a reabertura da economia e a criação de empregos poderiam ser vistos pelo Fed como um progresso "substancial".   No mercado cambial, o índice DXY, que mede a variação do dólar contra seis pares, fechou em alta de 0,18%, a 90,169 pontos. A valorização da moeda americana ocorreu apesar dos comentários em tom dovish de Powell e da força da libra. De acordo com analistas do Brown Brothers Harriman, a divisa dos EUA ganhou certa tração com a cautela no mercado. No final da tarde em NY, o euro caía a US$ 1,2152 e a libra subia a US$ 1,4113, impulsionada pela decisão do premiê britânico, Boris Johnson, de tirar o Reino Unido gradualmente do lockdown.   O petróleo, por sua vez, fechou perto da estabilidade, antes da divulgação de dados sobre os estoques da commodity energética nos EUA. O barril do WTI para abril recuou 0,05%, a US$ 61,67, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o do Brent para o mesmo mês subiu 0,20%, a US$ 65,37, na Intercontinental Exchange (ICE). (Iander Porcella - [email protected])          
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