BOLSAS GANHAM IMPULSO À TARDE, COM AÇÕES DE TECNOLOGIA E JUROS MENORES NO RADAR

Cenário

Depois de uma manhã vacilante e majoritariamente negativa, boa parte dos ativos de risco ganhou fôlego à tarde, com igual perda de força dos juros e do dólar ante pares. E não é que alguma coisa muito nova ou boa tenha acontecido, ainda mais em um pregão de agenda esvaziada. Mas os dados da China, que decepcionaram investidores ao redor do mundo, e também o IBC-Br brasileiro muito mais fraco do que o previsto, foram transformados, no fim das contas, em um gatilho positivo para alguns setores. Afinal, se a economia chinesa patina e os preços das commodities caem, há menos inflação global e, portanto, menos juros. E essa visão do copo "meio cheio", junto com notícias positivas do setor de tecnologia, catapultou o Nasdaq para um avanço de quase 1%, com destaque para os papéis da Apple (+1,73%), após o Morgan Stanley elevar o preço alvo para a ação da empresa, e para Tesla (+3,20%), diante de planos de abrir uma fábrica na Alemanha. Com isso, o abrangente S&P 500 pegou carona e também fechou com ganhos, mesmo que mais contidos, de 0,39%, enquanto o Dow Jones, mas sujeito aos impactos negativos da China sobre o setor de bens global, subiu 0,22%. O Ibovespa, que também sofre mais diante da redução da demanda das commodities, conseguiu driblar o recuo das blue chips Vale ON (-1,11%) e Petrobras PN (-0,21%) e subiu 0,43%, aos 118.219,46 pontos, em linha com os pares em Wall Street e amparado pelo setor de bancos. A intensificação da queda dos juros futuros, diante do recuo dos yields dos Treasuries, também deu sua fatia de contribuição para o aumento da busca por risco à tarde. O real, ainda que tenha recuperado um pouco de terreno frente ao dólar, em meio à melhora dos mercados em geral, não conseguiu reverter completamente as perdas. Com isso, a moeda dos EUA encerrou com valorização de 0,25% no mercado à vista, a R$ 4,8069.

•MERCADOS INTERNACIONAIS

•BOLSA

•JUROS

•CÂMBIO

MERCADOS INTERNACIONAIS

O apetite por risco nas bolsas americanas contrariou o clima negativo dos mercados de commodities e renda fixa no exterior, pressionados pela desaceleração no crescimento da China. Assim, petróleo e cobre caíram cerca de 2%, apesar do dólar fraco no exterior. Na Europa, o euro ganhou força, após comentários de autoridades reforçarem que a persistência da inflação, e, entre emergentes, o peso argentino corrigiu perdas, em meio a expectativa pelo fim das negociações do governo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). De olho na América Latina e Caribe, a União Europeia anunciou que investirá 45 bilhões de euros na região até 2027, mas negou que esteja numa disputa de influência com a China.

As bolsas de Nova York ampliaram ganhos nesta tarde, colocando em segundo plano a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) da China que pesou sobre boa parte das bolsas europeias e asiáticas nesta segunda-feira. O PIB da China cresceu 6,3% no segundo trimestre deste ano, na comparação anual, aquém da previsão de alta de 6,9% de analistas do Wall Street Journal.

Para o BBVA Research, será necessário redobrar o apoio monetário e fiscal do governo chinês para aliviar a deterioração da situação financeira do mercado de trabalho e das empresas, além de restabelecer a confiança do mercado. A Mizuho analisa que o crescimento mais fraco da China pode ter efeitos sobre a atividade global, o que gera argumentos sobre o aumento de forças deflacionárias de longo prazo.

Hoje, o Goldman Sachs cortou de 25% para 20% a probabilidade de que os Estados Unidos entrem em recessão nos próximos 12 meses, apontando que os a economia continua resiliente e que os últimos dados aumentaram a confiança de que reduzir a inflação não vai exigir uma recessão. Em entrevista à Bloomberg, o comissário europeu para Economia, Paolo Gentiloni, também comentou que atualmente o bloco não está em situação de estagflação e que o crescimento deve ganhar força a partir do quarto trimestre, evitando uma recessão ao mesmo tempo em que a inflação retorna "lentamente" à meta de 2% até 2024. Em relatório, o BC da Alemanha afirma que o país voltou a crescer no segundo trimestre, saindo da recessão técnica. Mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a economia alemã irá se contrair 0,3% neste ano.

As preocupações sobre o crescimento chinês pesaram sobre o mercado de títulos europeus e americanos, ameaçando pontualmente eliminar a tentativa de recuperação dos juros dos Treasuries e mantendo a T-note de 10 anos no vermelho no final do pregão. Por volta das 17h (de Brasília), o juro da T-note de 2 anos subiu a 4,733%, o da T-note de 10 anos recuou a 3,807% e o do T-bond de 30 anos avançou a 3,927%.

Porém, em Wall Street prevaleceu a perspectiva de firmeza das pressões desinflacionárias globais - sustentando o argumento de que o Federal Reserve (Fed) deve pausar o aperto monetário após a decisão de julho - e a espera por balanços corporativos nesta semana, avaliou o analista da Oanda, Edward Moya. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,22%, o S&P 500 subiu 0,39% e o Nasdaq ganhou 0,93%.

Entre as ações de destaque, a Tesla subiu 3,20%, na esteira de anúncios sobre a produção da picape elétrica Cybertruck e de planos para criar a maior fábrica automotiva da Alemanha. Já Nvidia, Intel e Micron subiram 2,18%, 3,68% e 1,68%, em meio a notícias sobre discussões com o governo Biden para tentar minimizar sanções contra a China no campo de semicondutores.

No mercado de commodities, os temores de que a falta de fôlego na recuperação chinesa possa afetar a demanda global pesaram principalmente sobre o cobre e o petróleo. Em relação ao óleo, os dados chineses se sobrepuseram ao anúncio de novos cortes de exportação da Rússia e de nova reunião ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), agendada para 3 de agosto, segundo o Interfax. No fechamento, o cobre com entrega prevista para setembro caiu 2,26%, a US$ 3,8440 por libra-peso na Comex. O petróleo WTI fechou em queda de 1,68% (US$ 1,27), a US$ 74,15 o barril na Nymex, enquanto o Brent para setembro fechou em baixa de 1,71% (US$ 1,37), a US$ 78,50 o barril na ICE.

A intensificação de perdas de commodities nesta tarde aconteceu apesar do enfraquecimento do dólar no exterior. No horário citado, o dólar recuava a 138,70 ienes e a libra caía a US$ 1,3080.O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em queda de 0,07%, a 99,842 pontos.

O euro subiu a US$ 1,1242. Hoje, o dirigente do Banco Central Europeu, Joachim Nagel, voltou a afirmar que espera alta de 25 pontos-base em julho, comentando que o núcleo da inflação tem se mostrado muito persistente e não está diminuindo como fez em ciclos anteriores. Entre emergentes, o dólar blue corrigiu ganhos no mercado paralelo da Argentina, mas ainda ficou no nível de 520 pesos argentinos, segundo o Ámbito Financeiro. Investidores mantém alerta sobre possível assinatura do acordo entre o governo da Argentina e o FMI até sexta-feira.

Ainda de olho na América Latina, presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que a União Europeia irá investir 45 bilhões de euros na América Latina e Caribe durante a III Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), evento que contou com a participação do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ainda no evento, o dirigente europeu Josep Borrell afirmou que o bloco não está em uma corrida com a China pela América Latina. (Laís Adriana - [email protected])

BOLSA

Com redução de perdas em Petrobras (no fechamento, ON +0,03%, PN -0,21%), e acentuação de ganhos entre os grandes bancos (Itaú PN +1,94%, na máxima do dia no encerramento), o Ibovespa conseguiu trocar de sinal ainda no começo da tarde e recuperar os 118 mil pontos, em dia moderadamente positivo para os índices de Nova York, em que o destaque foi o Nasdaq (+0,93%).

Ao final, a referência da B3 mostrava ganho de 0,43%, a 118.219,46 pontos, após ter cedido 1,30% na sexta-feira. Hoje, oscilou entre mínima de 116.591,12 e máxima de 118.302,34 pontos, saindo de abertura aos 117.710,54. Muito fraco, o giro financeiro desta segunda-feira ficou em R$ 18,4 bilhões. No mês, o Ibovespa volta a subir (+0,11%) e, no ano, avança 7,73%.

Pela manhã, as ações de commodities, como Petrobras e Vale (ON -1,11%), refletiram a decepção dos investidores com a leitura sobre o PIB chinês. Mas o desempenho positivo do setor bancário, amplificado à tarde, contribuiu para mitigar as perdas do Ibovespa desde mais cedo e, na etapa vespertina, conferiu dinamismo para que o índice de referência fechasse o dia no azul, ganhando fôlego perto do fim.

Destaque para Santander Brasil (Unit +2,15%) e Bradesco (ON +1,17%, PN +1,59%), além de Itaú, com as ações de bancos sendo favorecidas pelo bom início de temporada de resultados trimestrais de instituições financeiras nos Estados Unidos, deflagrado na semana passada.

Na ponta do Ibovespa nesta abertura de semana, destaque também para Raízen (+3,68%), BTG Pactual (+3,13%) e MRV (+2,96%). No lado oposto, IRB (-3,15%), BRF (-2,70%), WEG (-1,94%) e Locaweb (-1,67%).

"No primeiro momento do dia, o que movimentou foram os dados do PIB da China no segundo trimestre, até um pouco acima do esperado, mas o acumulado anual decepcionou, bem abaixo da expectativa. E quem sofreu mais com isso foram as commodities, em meio a dúvidas sobre o efetivo crescimento da maior economia asiática, que a princípio era uma grande aposta como propulsora global para 2023", diz Bruno Madruga, sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos.

"O petróleo recuou na sessão, mais de 1% no WTI e no Brent, com retração também nos preços do minério de ferro, mais cedo, na China e em Cingapura", acrescenta.

"Depois de uma sexta em queda forte, houve [à tarde] alguma busca por pechinchas, com movimento de recompra, mas com o Ibovespa mostrando dificuldade em torno dos 118 mil, sem avançar muito na ausência de ajuda das commodities", diz Dennis Esteves, sócio e especialista da Blue3 Investimentos. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

17:32

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 118219.46 0.43235

Máxima 118302.34 +0.50

Mínima 116591.12 -0.95

Volume (R$ Bilhões) 1.83B

Volume (US$ Bilhões) 3.79B

17:41

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 119655 0.56732

Máxima 119685 +0.59

Mínima 117820 -0.97

JUROS

Os juros futuros, que pela manhã operavam apenas com um viés de baixa, aprofundaram o movimento no período da tarde, com a devolução de prêmios ganhando tração a partir da melhora do humor no exterior. Os rendimentos dos Treasuries passaram a cair, as bolsas renovaram máximas e o dólar perdeu força ante as demais moedas, embalando a trajetória baixista das taxas já vista após o IBC-Br abaixo do piso das estimativas e a deflação do IGP-10 de julho. Na fala do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, em live, profissionais da renda fixa até viram sinais de avanço institucional na possibilidade por ele aventada de entrevistas coletivas após as reuniões do Copom, mas afirmam que não foi suficiente para fazer preço sobre a curva.

Às 17h25, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 estava em 12,795%, de 12,838% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2025 caía de 10,88% para 10,80%. O DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 10,25%, de 10,30% no ajuste anterior, enquanto a do DI para janeiro de 2029 esta a em 10,55% (de 10,59%).

As taxas até começaram o dia em alta, mas viraram para baixo ainda pela manhã. O desempenho fraco da economia brasileira traduzido pela queda de 2% do IBC-Br de maio - pior do que apontava o piso das estimativas (-1,2%) - juntamente com o IGP-10 estimularam uma correção de parte da alta acumulada nas últimas três sessões. A deflação do indicador, de 1,10%, foi ligeiramente maior do que a mediana das previsões (-1,07%) e sugere certo conforto para o cenário inflacionário.

O impulso de queda dos DIs, no entanto, era limitado pelos Treasuries. À tarde os rendimentos dos títulos do Tesouro americano passaram a cair, dando espaço à evolução do desempenho da curva local. "A devolução de prêmio nos Treasuries vem provavelmente com esse quadro de enfraquecimento da economia chinesa, que reforça a preocupação com a desaceleração da economia global e pode trazer alguma implicação na política monetária de economias desenvolvidas. Esse movimento acaba influenciando o Brasil", resumiu a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack. Houve alívio da curva local também via câmbio com o dólar, que pela manhã chegou a R$ 4,85, desacelerando à casa de R$ 4,80.

O PIB da China cresceu 6,3% o segundo trimestre ante igual período de 2022, abaixo das previsões de expansão de 6,9%, o que pressionou para baixo as cotações das commodities e as moedas relacionadas.

O recuo das taxas locais foi maior nos vencimentos intermediários, mais sensíveis à percepção sobre o ciclo de queda da Selic. A ponta curta apresenta maior rigidez com o quadro de apostas ainda dividido sobre como o Copom vai abrir o processo de distensão monetária em agosto. A curva precifica -36 pontos-base para a próxima reunião, ou seja, 55% de chance de queda de 0,25 ponto porcentual na Selic e 45% de probabilidade de que seja de 0,50 ponto. Para o Copom de setembro, a possibilidade de 0,5 ponto salta para 80%, contra 20% de chance de 0,25 ponto, traduzida pela precificação de -45 pontos. A curva indica Selic de 11,75% no fim de 2023 e entre 9,0% e 9,25% no fim de 2024.

Considerando o tamanho do alívio visto na curva desde o início de 2023, é cada vez mais crescente no mercado a discussão sobre os níveis de prêmio. A equipe do BTG Pactual lembra que as taxas este ano já fecharam cerca de 250 pontos-base nos vértices mais sensíveis a política monetária. "Contudo, acreditamos que o avanço da reforma tributária no Senado pode melhorar a percepção de risco país pelo mercado, antecipando uma potencial elevação de rating soberano na precificação de queda do CDS e, dada a correlação, reduzindo as taxas de juros nominais de longo prazo", avaliam Álvaro Frasson e Frederico Khouri.

A pesquisa Focus trouxe poucas alterações nas expectativas de inflação - a mediana de IPCA para 2025 caiu de 3,60% para 3,55%, enquanto a de 2023 (4,95%) e a de 2024 (3,92%) não sofreram alteração.

A live do Banco Central nesta segunda-feira foi protagonizada por Diogo Guillen, que falou sobre a importância da comunicação na política monetária. Em tom didático para atingir o grande público, Guillen avaliou que a comunicação do BC não pode perder o "rigor técnico", mas tem o desafio de alcançar o maior número de pessoas. Disse ainda que a ideia de realizar uma entrevista coletiva logo após as reuniões do Copom é uma tema "para se pensar", dada a vantagem de evitar quaisquer dificuldades na interpretação dos comunicadores do colegiado. Vale lembrar que o comunicado da reunião de junho trouxe muitos ruídos ao mercado.

As declarações do diretor chegaram a coincidir com algumas mínimas na curva no começo da tarde, mas profissionais consultados afirmam não terem visto nada na fala dele que justificasse o movimento, a despeito de admitirem que entrevistas após o Copom dariam maior transparência às decisões e trariam um ganho de credibilidade ao colegiado. (Denise Abarca - [email protected])

CÂMBIO

O mercado doméstico de câmbio teve alívio ao longo da tarde desta segunda-feira, após testar o rompimento da faixa dos R$ 4,85. O temor com o crescimento da China, que penalizou moedas emergentes, seguiu como pano de fundo, mas a diminuição da queda dos preços das commodities, a alta do Ibovespa e a liquidez minguada colocaram a moeda mais próxima dos R$ 4,80 no fechamento. O dólar à vista terminou o dia com elevação de 0,25%, aos R$ 4,8069. No segmento futuro, às 17h10, a moeda para agosto subia a R$ 4,8215 (+0,34%). Fraco, o giro no mercado futuro era de US$ 9,23 bilhões até o horário mencionado.

Além da liquidez, um termômetro da fraqueza de negócios no mercado de câmbio pode ser visto na variação intradia da moeda americana. Entre a máxima (R$ 4,8502) e a mínima (R$ 4,7987), o dólar à vista andou pouco mais de 5 centavos, margem bastante estreita como tem sido vista no segmento nos últimos dias.

Via de regra, operadores têm relatado que falta ao câmbio um catalisador para movimentos mais robustos ou quebra de níveis de resistência. A divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) da China neste domingo parecia ser um evento a causar movimentos mais contundentes, mas passado o susto inicial - com a cotação migrando para os R$ 4,85 -, o mercado como um todo passou por um arrefecimento.

Analistas chamam a atenção para a possibilidade de a China despejar mais estímulos à atividade econômica ao longo do segundo semestre, caso do analista de mercados para Reino Unido, Europa, Oriente Médio e Ásia da Oanda, Craig Erlam.

Já o economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), Robin Brooks, observa que os principais países latinoamericanos veem entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED) justamente por causa da desaceleração econômica chinesa. "A América Latina é a grande vencedora em um mundo cada vez mais cauteloso com a China", escreveu hoje, no Twitter.

Para o co-CEO e diretor de investimentos na Alphatree Capital, Rodrigo Jolig, o próximo evento-chave para direcionar apostas no mercado de câmbio é a decisão do Federal Reserve para os juros. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) deve elevar o Fed Fund em 25 pontos-base, para a faixa de 5,25% a 5,50%, possivelmente o último aumento do atual ciclo.

"Vamos observar se o Fed na semana que vem vai mudar mesmo de postura ou não. Ainda há dúvidas de como o Fed vai fazer a leitura dos indicadores recentes de emprego. Mas pode ser um ponto de nova realização", afirmou Jolig.

Hoje, disse o diretor da Alphatree, o câmbio se movimentou paralelo ao comportamento das commodities e, ao longo da tarde, com o mercado acionário. Foi, aliás, a partir melhora do momento em que o Ibovespa se firmou em terreno positivo que o dólar passou a flertar com os R$ 4,80. No fim do dia, o índice acionário subiu 0,43%, aos 118.219,46 pontos. O barril do petróleo WTI para agosto fechou em queda de 1,68%, a US$ 74,15, enquanto o do Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 1,71%, a US$ 78,50.

O mercado cambial observou ainda dados da balança comercial brasileira. Entre os dias 10 e 16 de julho, houve superávit de US$ 1,559 bilhão, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Nos próximos dias, os agentes devem observar efeitos da suspensão da importação de produtos avícolas de Santa Catarina pelo Japão após a confirmação de caso de gripe aviária. Entre as commodities agrícolas, o dia também foi de queda majoritária, com o mercado de olho no abandono do acordo de exportação de grãos do Mar Negro pela Rússia. (Mateus Fagundes - [email protected])

17:41

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 4.80690 0.2482 4.85020 4.79870

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4819.500 0.30177 4863.500 4811.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4849.500 0.32065 4849.500 4849.000

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