BOLSA VOLTA A SUBIR, MAS CAUTELA POR AUXÍLIO NO BRASIL E PACOTE NOS EUA PREVALECE

Blog, Cenário
A quinta-feira, que começou bastante positiva para a Bolsa, após a aprovação tranquila da autonomia do Banco Central trazer a leitura de que a agenda de reformas pode andar, terminou morna em praticamente todos os mercados. Além de mais um pregão volátil em Nova York, que terminou sem sinal único, os investidores em ativos brasileiros entraram em modo de espera pelo que será definido em relação ao auxílio emergencial. As incertezas sobre o início do pagamento, a origem dos recursos e, principalmente, se o gasto ficará dentro ou fora do teto deixam os agentes com o pé atrás. Após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) prometeu "caminho técnico" para viabilizar o auxílio, mas falou da necessidade de uma medida imediata. Assim, num dia de indicadores em linha com o previsto, como a leve queda de 0,2% do setor de Serviços em dezembro, o ritmo dos negócios perdeu fôlego à tarde. O Ibovespa, que chegou a superar os 120 mil pontos mais cedo, terminou com alta de 0,73%, aos 119.299,83 pontos. Apesar do avanço mais discreto, interrompeu uma sequência de três quedas consecutivas, quando desceu ao nível de 118 mil pontos. Dólar e juros terminaram em alta discreta, mas oscilaram ao redor da estabilidade em grande parte do pregão, inclusive com pequena baixa. A moeda americana subiu 0,32%, a R$ 5,3883 no mercado à vista. Na renda fixa, houve uma recomposição de prêmios na segunda metade do dia, após a oferta menor de prefixados longos pelo Tesouro ter dado viés de queda às taxas. Nos Estados Unidos, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, afirmou que o pacote pode ser aprovado nesta Casa e seguir para o Senado até o fim do mês, incluindo um aumento gradual no salário mínimo federal, de US$ 7,25 a US$ 15. Mas foi insuficiente para dar grande ânimo aos investidores, com fechamento misto nas bolsas, embora o S&P 500 e o Nasdaq tenham renovado recordes históricos. Já o petróleo cedeu, depois que a Opep cortou projeção para avanço na demanda em 2021.  
  • BOLSA
  • CÂMBIO
  • JUROS
  • MERCADOS INTERNACIONAIS
  BOLSA A piora do humor em Nova York, após recentes renovações de máximas históricas, contribuiu para o Ibovespa reduzir o ganho do dia a 0,73%, a 119.299,83 pontos, ainda assim interrompendo série de três perdas que o haviam colocado a 117.969,94 no piso intradia da semana, ontem. Hoje, saiu de mínima na abertura aos 118.439,75 pontos e encontrou fôlego para ganhos acima de 1%, elevando-se a 120.282,76 pontos na máxima da sessão, acima do nível de fechamento da última sexta-feira, então a 120.240,26 pontos. Na semana, as perdas estão agora em 0,78%, com ganho no mês a 3,68% e leve avanço de 0,24% no ano. O giro totalizou hoje R$ 33,6 bilhões.   "O ímpeto da compra perdeu bastante força após Bolsonaro confirmar que o governo estuda renovar o auxílio emergencial por mais três ou quatro meses a partir de março. Segundo o presidente, a equipe econômica estuda, com o Congresso, uma alternativa para não violar o teto de gastos. A questão é que essa contrapartida não seria por novas alternativas de receita, agenda de reformas ou redução de gastos, mas sim por nova 'PEC da Guerra' com uma cláusula de calamidade pública, como citado por Guedes nesta semana, vide a urgência", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.   Na B3, o segundo dia de recuperação parcial nas ações de Petrobras (PN +1,01%, ON +0,93%) contribuiu para mitigar o efeito da perda de 1,69% em Vale ON na sessão, de desempenho ao final moderada e majoritariamente positivo para bancos (BB ON +0,38%, Santander +1,02%) e também no de siderurgia, apesar da queda de 3,98% para CSN, maior perda do dia no Ibovespa, à frente de PetroRio (-2,64%) e de CVC (-1,98%). Na ponta do índice, Totvs subiu 7,77%, com Natura em alta de 5,99% e TIM, de 5,43%.   Em fevereiro, a retomada do Ibovespa ainda conta com o apoio do investidor estrangeiro, embora com ingressos líquidos mais acomodados do que os observados entre novembro e janeiro. Caminhando para a metade de um mês mais curto - e com B3 fechada na próxima segunda e terça-feira, pelo Carnaval - o saldo estrangeiro está positivo em R$ 905,665 milhões, com entrada até aqui em 2021 de R$ 24,461 bilhões, de acordo com dados referente até o dia 9.   Hoje, com o mercado refeito do tombo nas vendas do varejo em dezembro, prevaleceu especialmente pela manhã o otimismo suscitado pela aprovação da autonomia do BC, na Câmara. A princípio, a tranquila aprovação da proposta foi vista como sinal de força do governo no Congresso, em momento no qual precisa do alinhamento do Centrão tanto para avançar as reformas como para encaminhar nova rodada de auxílio emergencial, mais curta e modesta, de forma a minimizar o custo fiscal. O "caminho técnico" prometido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), é bem-vindo, mas a incerteza sobre de onde sairão os recursos para bancar a extensão do auxílio mantém na mesa a preocupação do mercado quanto à situação fiscal.   "Guedes mostrou habilidade política ao falar em responsabilidades compartilhadas entre Executivo e Legislativo, no que seria um conselho fiscal, para evitar que, depois, o Executivo venha a ser acusado de furar o teto. De saída, ele segura a pressão, mas há muito ainda por ser definido, daí a cautela que se viu nesta tarde", diz Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset. "Embora positiva, a autonomia do BC era algo não tão complicado para aprovar, de forma que ainda se espera pela devida ênfase nas reformas, que precisam voltar a andar", acrescenta.   Em meio às negociações para retomada do auxílio emergencial, o Congresso avalia a possibilidade de colocar novos gastos para um programa assistencial dentro do Orçamento de 2021, mas deixando a despesa condicionada à aprovação da PEC Emergencial, que prevê cortes de despesas. O diretor executivo para as Américas da consultoria Eurasia, Christopher Garman, considera que o governo tem capital político para obter novas vitórias em pautas de interesse, mas ressalva que a janela para aprovação de reformas tende a se fechar até o fim do ano, dada a aproximação do calendário eleitoral. Paralelamente, a agenda segue exposta ao risco de agravamento da crise sanitária, acrescenta o analista político.   Em entrevista ao Broadcast Ao Vivo, o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, disse hoje que a atividade econômica dificilmente escapará de uma contração no primeiro trimestre, mas ainda assim o PIB deve fechar 2021 com crescimento de 3,6%. O banco estima recuo entre 0,5% e 1,0% para o PIB do primeiro trimestre. "Está mais perto de queda de 0,5%", acrescenta.   Após o frustrante comportamento das vendas do varejo em dezembro, em retração muito superior à esperada, o mercado passa a questionar o ritmo de crescimento projetado para este ano, "gerando senso maior de urgência por nova rodada de auxílio", diz Rafael Ribeiro, da Clear Corretora, destacando a importância da leitura de amanhã do IBC-Br, índice visto como antecedente do PIB. (Luís Eduardo Leal - [email protected])     18:20   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 119299.83 0.72993 Máxima 120282.76 +1.56 Mínima 118439.75 0.00 Volume (R$ Bilhões) 3.36B Volume (US$ Bilhões) 6.26B         18:26   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 119500 1.11266 Máxima 120320 +1.81 Mínima 118435 +0.21     CÂMBIO O dólar operou hoje sem muito fôlego, com forte volatilidade pela manhã e quedas em alguns momentos pela entrada de fluxo. Nos negócios da tarde, tentou firmar alta, por causa da preocupação com a situação fiscal do Brasil. Profissionais das mesas de câmbio comentam que, na ausência de detalhes concretos de como o governo pretende financiar a esperada prorrogação do auxílio emergencial, o câmbio ficará volátil. Por isso, mesmo com o dólar em queda ante emergentes, como o México, Colômbia e África do Sul, o real novamente não acompanhou o movimento.   Após reunião com o ministro Paulo Guedes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) prometeu "caminho técnico" para viabilizar o auxílio, mas falou da necessidade de uma medida imediata, sem esperar o ajuste fiscal. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também pressionou novamente o governo para a medida, mas a visão nas mesas de operação é que o assunto vai ficar para ser resolvido depois do feriado de Carnaval, o que ajuda a reforçar o clima de cautela. Na tarde de hoje, Jair Bolsonaro falou em auxílio a partir de março, por "três ou quatro meses".   No fechamento, o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,32%, a R$ 5,3883. No mercado futuro, o dólar para março era negociado em leve queda de 0,11% às 18h15, a R$ 5,3850.   Para o economista-chefe de uma grande gestora, o mercado ainda está reagindo de forma até comedida, em meio ao vaivém de informações, esperando uma solução mais definitiva para o auxílio. A visão, disse ele, ainda é que Guedes vai conseguir uma solução e, mesmo sem ela, o Congresso não reagiria à revelia do Planalto neste momento, especialmente quando se leva em conta que Lira e Pacheco foram eleitos com apoio de Bolsonaro, disse este executivo.   Na avaliação do estrategista de mercados emergentes do banco suíço Julius Baer, Mathieu Racheter, o cenário mais provável é de extensão do auxílio no Brasil, o que ocorre em momento particularmente difícil, com atividade perdendo fôlego e falta de espaço fiscal do governo. Por isso, o risco é a aprovação da medida, dependendo de como for feita, levar a uma piora adicional do câmbio e mais inclinação da curva de juros. "O governo tem pouco espaço para estender o estímulo fiscal sem burlar o teto, principal âncora fiscal do Brasil", escreve em nota a clientes.   Pelo lado positivo, Racheter destaca a aprovação do projeto de autonomia do Banco Central, que diminuiu a pressão política sobre a autoridade monetária. Mais cedo, a aprovação ajudou a retirar certa pressão do câmbio, na medida em que sinaliza que mais pautas podem andar no Congresso. A vice-presidente da agência de classificação de risco Moody's, Samar Maziad, disse que a perspectiva agora, após o projeto do BC, é a de avançar com reformas fiscais para assegurar o cumprimento do teto de gastos, fator essencial para manter o rating do Brasil.   Após elevar as posições contra o real anteontem em US$ 2,4 bilhões, investidores estrangeiros diminuíram parte deste movimento no pregão da quarta-feira. No dólar futuro, reduziram posição comprada, que ganha com a valorização da moeda americana, em 26.230 contratos, o equivalente a US$ 1,3 bilhão, segundo dados da B3 monitorados pela corretora Renascença. Apesar da redução, o saldo comprado dos estrangeiros segue um dos mais elevados dos últimos meses. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:26   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.38830 0.3202 5.41150 5.33520 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5375.000 -0.29679 5414.000 5336.500 DOLAR COMERCIAL 5400.500 0.19481 5400.500 5400.500     JUROS Os juros continuaram rondando os ajustes anteriores ao longo da tarde, mas, diferentemente do que foi visto de manhã, quando oscilavam com sinal de queda, passaram a exibir viés de alta. A pouca movimentação reflete o compasso de espera pela definição do auxílio emergencial, com a curva reagindo pontual e moderadamente a declarações de autoridades sobre o tema durante o dia. Pela manhã, o viés de baixa era amparado na oferta menor de prefixados longos do Tesouro em relação à semana passada e, à tarde, passada a operação, as taxas foram para os ajustes, sob leve pressão altista. A pesquisa de serviços não chegou a influenciar os negócios, enquanto a aprovação do projeto de autonomia do Banco Central já estava precificada, embora não deixasse de ter sua importância reconhecida.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 terminou a sessão regular e a estendida em 6,43% e 6,42%, de 6,395% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 fechou a regular em 4,875% e a estendida em 4,865%, de 4,866% ontem no ajuste. A do DI para janeiro de 2027 terminou em 7,12% (regular e estendida), de 7,094%. Na contramão das demais, o DI para janeiro de 2022 caiu de 3,367% para 3,34% (regular) e 3,32% (estendida).   De acordo com o estrategista da Tullett Prebon Vinicius Alves, o mercado oscilou ao sabor do noticiário sobre o auxilio, mas com movimentos moderados enquanto não sai a definição sobre como ficará o programa. "O mais relevante é saber qual será a contrapartida fiscal", disse. A partir do que têm dito os líderes do Executivo e do Legislativo, o mercado tenta se antecipar, mas sem convicção.   Enquanto a fala do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), foi bem recebida, a do presidente Jair Bolsonaro gerou cautela. De acordo com o senador, as equipes irão avançar o feriado de carnaval para apresentar um benefício "matematicamente e economicamente possível". Já Bolsonaro afirmou que o governo deve lançar uma nova rodada por até "quatro meses" a partir de março. "O mercado trabalhava com a ideia de três meses", disse Vinicius Alves.   Pela manhã, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), havia cobrado publicamente o ministro da Economia, Paulo Guedes, a nova rodada do auxílio. "Urge que o ministro Guedes nos dê com sensibilidade do governo uma alternativa viável, dentro dos parâmetros da economia como ele pensa e como a sociedade deseja", disse. Como destaca a coluna da repórter especial Adriana Fernandes (veja às 13h13), Lira está, na verdade, cobrando do ministro a "fatura" depois de entregar na bandeja a aprovação do projeto de autonomia formal do Banco Central, ontem.   Para o Departamento Econômico da Renascença, permanece elevada a incerteza sobre a costura de uma alternativa, o que seguirá permeando as negociações. "Em meio ao cenário de grandes dificuldades sanitárias e econômicas, e também levando em consideração o perfil dos políticos do Centrão, não acreditamos ser exagerado afirmar que os aplausos de poucos dias atrás foram demasiadamente apressados", afirmam os profissionais da corretora, em referência à reação positiva do mercado à eleição na Câmara e Senado.   As mesas de renda fixa também acompanharam a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento do JPMorgan, com declarações consideradas "dovish". "Pareceu preocupado com a atividade que, realmente, neste começo de ano, foi para a lama, e o BC pode ter de ser mais cauteloso no aperto da Selic", disse Alves.   Campos Neto afirmou que há sinais claros de desaceleração da atividade na margem. "Teremos um resultado abaixo do que era esperado no primeiro trimestre do ano. Continuamos com muita incerteza, não sabemos como a mobilidade está atuando. Os dados das próximas semanas nos darão a dimensão dessa desaceleração", afirmou. Quanto ao fiscal, voltou a alertar que uma nova onda de programas emergenciais precisa ter uma contrapartida.   Pela manhã, o leilão do Tesouro foi fator de alívio, na medida em que a instituição reduziu a oferta de NTN-F de 5 milhões na última quinta-feira para 2 milhões hoje, vendida integralmente. Já o lote de LTN foi de 16 milhões, de 12,5 milhões na semana passada, também colocado na íntegra. (Denise Abarca - [email protected])     18:26   Operação   Último CDB Prefixado 32 dias (%a.a) 1.96 Capital de Giro (%a.a) 5.17 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90       MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York perderam fôlego à tarde, terminando sem sinal único, mas o S&P 500 e o Nasdaq renovaram recordes históricos de fechamento. Investidores monitoraram a temporada de balanços e também as negociações por estímulo fiscal nos Estados Unidos, por ora sem reviravoltas. A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, afirmou que o pacote pode ser aprovado nesta Casa e seguir para o Senado até o fim do mês, incluindo um aumento gradual no salário mínimo federal, de US$ 7,25 a US$ 15 por hora. Os republicanos criticam este ponto e também outros aspectos do pacote, citando argumentos como o aumento no déficit público. No câmbio, o dólar ganhou força à tarde e subiu, mas ainda próximo da estabilidade, enquanto entre os Treasuries os retornos avançaram, com máximas após leilão de T-bonds de 30 anos. O petróleo, por sua vez, teve baixa, após sequência de ganhos e depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou projeção para avanço na demanda pelo óleo no mundo em 2021.   Pelosi mostrou otimismo sobre a perspectiva de avanço no pacote fiscal, insistindo na necessidade do instrumento, no atual contexto, e defendeu o avanço do salário mínimo. Segundo a imprensa americana, há ressalvas sobre este ponto, entre republicanos e mesmo entre parte dos democratas, já que isso pode levar a cortes de empregos em alguns setores. A Capital Economics avalia em relatório que a elevação do salário para US$ 15 por hora em quatro anos geraria ganho modesto para o Produto Interno Bruto (PIB), mas "levaria quase certamente a alguma perda de empregos como resultado". A consultoria acredita que boa parte do ajuste nesse contexto se daria via aumento de preços, além de apontar a incerteza sobre o efeito da medida nos setores mais atingidos pela pandemia.   Não está claro se o avanço do salário poderá se confirmar, mas permanece a expectativa por um pacote fiscal. Hoje, o presidente americano, Joe Biden, alertou para a postura da China no setor de transportes, cobrando os EUA a também avançar no setor. Biden tem defendido gastos em infraestrutura, como parte da solução para a crise atual. Com a possibilidade de estímulo fiscal, analistas esperam agora crescimento de 4,9% em 2021 no país, de 4,3% anteriormente, segundo pesquisa elaborada pelo Wall Street Journal.   Nas bolsas, os índices em Nova York mostraram pouco fôlego, após recordes recentes e com balanços no radar, mas ainda assim o S&P 500 e o Nasdaq renovaram recordes históricos de fechamento. O Dow Jones fechou em baixa de 0,02%, em 31.430,70 pontos, o S&P 500 subiu 0,17%, a 3.916,38 pontos, e o Nasdaq avançou 0,38%, a 14.025,77 pontos, com o setor de tecnologia em destaque.   No câmbio, o dólar ganhou um pouco de força à tarde, invertendo o sinal de mais cedo, mas ainda próximo da estabilidade. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, avançou 0,05%, a 90,417 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 104,72 ienes, o euro avançava a US$ 1,2139 e a libra tinha baixa a US$ 1,3821. O dólar ainda caía a 19,9486 pesos mexicanos. A divisa do México reduziu levemente seus ganhos, após o Banco Central do México cortar a taxa básica de juros em 25 pontos-base, a 4,00%. O BBVA já previa redução dessa magnitude, mas notava que a inflação local faz com que uma sequência de cortes seja menos provável. Para o BBVA, o Banxico pode voltar a cortar aos juros no fim do segundo trimestre, em quadro de preços mais moderados.   No caso dos Treasuries, houve aumento nos retornos, com máximas à tarde após leilão de T-bonds de 30 anos. No horário citado, o juro da T-note de 2 anos operava estável, em 0,105%, o da T-note de 10 anos avançava a 1,160% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 1,947%.   Entre as commodities, o petróleo WTI para março recuou 0,75%, a US$ 58,24 o barril, na Nymex, e o Brent para abril caiu 0,54%, a US$ 61,14 o barril, na ICE, após ganhos recentes. A Opep reduziu previsão para alta na demanda global pelo óleo, mas previu mais crescimento econômico global neste ano.   Na política europeia, Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), obteve apoio do Movimento 5 Estrelas, maior partido no atual Parlamento italiano, para se tornar o próximo premiê do país. Com isso, a expectativa agora é que Draghi escolha um gabinete de governo. O Rabobank lembra promessa dele de trabalhar por um orçamento comum na zona do euro. O banco diz que um progresso nessa frente poderia reforçar o euro como porto seguro e moeda de reserva, mas pondera que "a realidade é que essa não será uma jornada fácil para a zona do euro, se é que ela ocorrerá". (Gabriel Bueno da Costa - [email protected])
Gostou do post? Compartilhe:
Receba nossos conteúdos por e-mail
Captcha obrigatório
Seu e-mail foi cadastrado com sucesso!

Copyright © 2023 Broker Brasil. Todos os direitos reservados

Abrir bate-papo
Olá!
Podemos ajudá-lo?