BOLSA SUPERA OS 116 MIL PONTOS E DÓLAR CEDE AOS R$ 5,17, COM PÓS-ELEIÇÕES E EXTERIOR

Blog, Cenário

A segunda-feira pós-primeiro turno eleitoral foi de rali dos ativos domésticos, na esteira também da propensão à tomada de risco no cenário externo. Localmente, os investidores ponderam os resultados das urnas e deles depreendem duas mensagens. A primeira é que o Congresso eleito tem um perfil mais à direita ainda do que o atual, o que, em tese, facilitaria o andamento de reformas estruturantes, algo que foi constatado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em fala hoje. E a segunda é que tanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto Jair Bolsonaro (PL) terão de moderar na radicalização para vencer a disputa, fazendo acenos ao centro político para conquistar mais votos. Desta forma, uma eventual vitória petista, como projetam casas como Eurasia e Capital Economics, se daria num cenário de equilíbrio de forças, com as chances de políticas econômicas mais heterodoxas bastante diminuídas. Caso o bolsonarismo seja reeleito, pautas caras ao mercado, como privatização, tendem a ganhar fôlego. Olhando então com otimismo para o futuro do País em ambos os cenários, o investidor foi às compras do chamado 'Pacote Brasil'. Com a disparada de estatais como Petrobras (ON +8,86% e PN +7,99%) e Banco do Brasil (ON +7,63%), o Ibovespa saltou aos 116.134,46 pontos, alta de 5,54%, o maior avanço porcentual desde abril de 2020. O dólar à vista desceu aos R$ 5,1737 (-4,09%), maior queda porcentual desde 8 de junho de 2018. E a ponta longa dos juros futuros recuou mais de 20 pontos-base, sob a aposta de um cenário fiscal menos desolador. Mas esse bom humor todo seria difícil se não houvesse a ajuda dos ativos externos. Lá fora, o mercado recebeu bem a desistência do governo do Reino Unido de cortar alguns impostos e os dados mais brandos dos Estados Unidos. No caso da economia americana, os números sugerem um aperto monetário não tão forte como vinha sendo projetado. O Dow Jones subiu 2,66%, o índice para o dólar DXY recuou à casa de 111,6 pontos e a T-note de 10 anos cedeu aos 3,654%.

•BOLSA

•CÂMBIO

•JUROS

•MERCADOS INTERNACIONAIS

BOLSA

Com o surpreendente desempenho do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de candidatos aliados ou simpatizantes ao governo nas disputas por assentos no Congresso e nas administrações estaduais, a sessão desta segunda-feira foi, desde cedo, conduzida por forte apetite pelo “kit Brasil”, com juros futuros em queda, real em apreciação e Bolsa com o maior ganho diário desde abril de 2020. A agenda liberal e reformista voltou a ganhar peso nas considerações dos investidores, com destaque para a vitória parcial, não prevista, de Tarcísio de Freitas (Republicanos) no primeiro turno para o governo de São Paulo, bem à frente de Fernando Haddad, do PT.

Assim, Sabesp (+16,94%), conforme antecipavam analistas na noite de ontem (Tarcísio é favorável a privatizá-la), foi o carro-chefe na B3, que teve também entre seus destaques Gol (+12,54%), Azul (11,35%) e Via (+10,97%), na ponta do Ibovespa na sessão. Estatais como Petrobras (ON +8,86%, PN +7,99%) e Banco do Brasil (ON +7,63%) também se posicionaram entre as maiores ganhadoras do dia, em que apenas duas ações do Ibovespa (Yduqs -1,59%, Cogna -0,34%) fecharam em baixa.

Nesta segunda-feira, o índice de referência da B3 subiu 5,54%, aos 116.134,46 pontos, no que foi o seu maior avanço diário, em porcentual, desde 6 de abril de 2020, então em alta de 6,52% naquela sessão. A máxima de hoje correspondeu exatamente ao fechamento do dia, com giro financeiro bem reforçado nesta segunda-feira, a R$ 46,2 bilhões. O nível de encerramento foi o maior desde 14 de abril (116.181,61). Hoje, a mínima correspondeu à abertura, aos 110.047.56.

“As bolsas americanas, em recuperação hoje, abriram espaço para que o Ibovespa apresentasse movimento expressivo, após o resultado das eleições trazer viés positivo para os ativos de risco, principalmente para as empresas mistas e estatais”, diz Ariane Benedito, economista especializada em mercado de capitais. Ela destaca o desempenho das ações de empresas de varejo e das companhias aéreas, entre as maiores altas e também entre as mais negociadas na sessão. “Esse movimento pode ser explicado pela expectativa de continuidade de deflação para as próximas medições, e com as curvas de juros, tanto os títulos curtos como os longos, registrando queda, combinada a um câmbio mais baixo do que esperado”, acrescenta.

Em dia de muita avaliação sobre desdobramentos políticos da noite anterior, a força mostrada pelos candidatos alinhados ao governo na conquista de assentos no Congresso e nos Estados não passou despercebida, e mantém o atual presidente bem vivo para a eleição em segundo turno, no dia 30, com chance de palanque em estados vitais como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Rio Grande do Sul, o ex-ministro Onyx Lorenzoni, próximo a Bolsonaro, passou para o segundo turno na frente do ex-governador Eduardo Leite (PSDB), algo também não antecipado pelas pesquisas.

“O bolsonarismo é muito mais forte do que se imaginou. Sua capilaridade local e sua resiliência asseguraram a candidatos associados a Bolsonaro uma vitória tranquila, por vezes maiúscula. Das Assembleias ao Senado, teremos legislaturas ainda mais conservadoras que em 2018”, observa o cientista político Guilherme Casarões, professor da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Ele acrescenta que, mesmo que Lula seja eleito, a capacidade de governar tende a ficar “muito estreita”, levando em conta Legislativo e governadores na oposição, o que dificulta discussões sobre questões vitais e que dividem opiniões, como as reformas fiscal e tributária.

“A disputa entre Lula e Bolsonaro no primeiro turno veio com uma margem bem mais apertada do que se antecipava. A definição, em segundo turno, virá do redirecionamento dos votos dos demais candidatos, como Simone (Tebet) e Ciro (Gomes). O segundo turno leva adiante esse acirramento, que deve trazer mais volatilidade para os papéis, setorialmente, na medida em que a disputa ingressa agora na etapa final“, diz Davi Lelis, sócio da Valor Investimentos. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

17:32

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 116134.46 5.54148

Máxima 116134.46 +5.54

Mínima 110047.56 +0.01

Volume (R$ Bilhões) 4.62B

Volume (US$ Bilhões) 8.88B

17:32

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 116745 5.27051

Máxima 116800 +5.32

Mínima 113605 +2.44

CÂMBIO

O dólar derreteu na sessão desta segunda-feira (3) e voltou a ser negociado abaixo da linha de R$ 5,20 no mercado doméstico de câmbio. A onda de enfraquecimento da moeda americana no exterior, em dia e ganhos firmes das bolsas em Nova York e avanço das cotações do petróleo, foi turbinada por aqui pelo resultado das eleições no primeiro turno - o que levou o real a ostentar o melhor desempenho entre as principais divisas do mundo.

Segundo analistas, a formação de um Congresso mas inclinado à direta diminui temores de uma guinada heterodoxa na política econômica em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já Bolsonaro, se reeleito, verá sua base de apoio no Parlamento reforçada, em especial no Senado, e poderá avançar na agenda liberal tão ao gosto do mercado. Temia-se que o petista, caso vencesse no primeiro turno, entendesse que tinha uma "carta branca" para governar.

Esse conjunto de fatores teria levado a uma redução expressiva dos prêmios de risco embutidos em ativos brasileiros antes do primeiro turno, dada a baixa visibilidade sobre a política econômica a partir de 2023. Aliado de Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), reforçou essa narrativa hoje à tarde ao dizer que o país tem um "Congresso liberal e reformista" e que voltará a trabalhar com pautas como a reforma tributária.

"O mercado gostou bastante de o Lula não ganhar no primeiro turno. Ele vai ter que apresentar um plano de governo agora. A composição do Congresso também agradou, porque vai reforçar o apoio ao Bolsonaro ou obrigar o Lula a ser mais moderado", afirma o chefe da área de investimentos da gestora Alphatree Capital, Rodrigo Jolig.

Em queda firme desde a abertura dos negócios, o dólar rompeu o piso de R$ 5,20 ainda pela manhã e aprofundou o ritmo de baixa ao longo da tarde, quando registrou mínima a R$ 5,1544 (-4,45%). No fim do dia, com uma moderação das perdas, a moeda era cotada a R$ 5,1737, em baixa de 4,09%, maior queda porcentual no fechamento desde 8 de junho de 2018 (-5,35%). Naquela época, em meio à turbulência com a corrida eleitoral, o Banco Central interveio no mercado com oferta massiva de swaps cambiais. Com o tombo de hoje, o dólar passa a acumular baixa de 7,49% no ano, o que faz do real ser uma das poucas moedas a escapar do fortalecimento global do dólar ao longo de 2022.

"Parte das incertezas que o mercado tinha com as eleições parece ter se reduzido com a definição de alguns postos e principalmente do Congresso. Isso reduz a pressão sobre a nossa moeda", afirma a economista Cristiane Oliveira, do Banco Ourinvest. "O substancial rali do real hoje é apenas um sinal de quão grande o risco eleitoral tem sido e continuar a ser. Colocamos esse prêmio de risco entre 5% e 10%. Então, o real, pode ir facilmente abaixo da barreira de R$ 5,00 assim que as eleições terminarem", escreveu no Twitter o economista-chefe do Instituto Finanças internacionais (IIF), Robin Brooks.

No exterior, o dia foi marcado por uma forte rodada de baixa do dólar. Termômetro do comportamento da moeda americana frente a seis divisas fortes, o índice DXY - que chegou a superar os 114,000 pontos na semana passada - hoje operou abaixo dos 112,00 pontos, com recuperação do euro e, em especial da libra esterlina, após sinais de que a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, pode recuar em parte de seu pacote fiscal. Temores relacionados a saúde financeira do banco suíço Credit Suisse ficaram em segundo plano.

O dia foi de ganhos generalizados entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities, amparadas pelo bom humor externo. As bolsas em Nova York engataram ganhos superiores a 2% e as taxas dos Treasuries, que dispararam na semana passada, caíram em bloco, com o retorno do papel de 10 anos em baixa de mais de 4%, para a casa de 3,65%. As cotações do petróleo subiram mais de 4% diante da expectativa de que a Opep+ poderá anunciar, sem sua reunião na próxima quarta-feira, em mais de um milhão de barris sua cota de produção diária para novembro.

"Vieram uma sequência de notícias boas do exterior hoje que acabaram ajudando os ativos brasileiros. Mas a eleição teve um peso grande. Está claro que o real está posicionado para ter um desempenho melhor que outras moedas nesse clima ainda de muita incerteza no exterior", afirma Jolig, da Alphatree, para quem o dólar tem espaço para descer até o patamar de R$ 5,00. (Antonio Perez - [email protected])

17:32

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.17370 -4.0948 5.31180 5.15440

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5203.500 -4.17127 5346.500 5189.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5447.000 30/09    

JUROS

O desenho do primeiro turno das eleições e o clima de apetite ao risco no exterior sustentaram os juros futuros em queda da abertura ao fechamento da sessão regular, com destaque para a forte devolução de prêmios na ponta longa onde normalmente estão alocados os riscos externo e fiscal. Mais até do que o fato de a eleição presidencial não ter sido definida em primeiro turno, trouxe alívio aos ativos a configuração do Congresso, com maioria à direita e de perfil conservador, vista como um freio a eventuais opções heterodoxas na política econômica caso vença o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que segue favorito para levar a Presidência. Dólar e rendimento dos Treasuries em baixa também favoreceram a trajetória das taxas, a despeito do salto do petróleo.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 caiu de 12,777% no ajuste de sexta-feira para 12,725%. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 11,465%, de 11,581%, enquanto a do DI para janeiro de 2027 terminou em 11,295%, de 11,533%. A taxa do DI para janeiro de 2029 fechou 25 pontos-base, passando de 11,44% para 11,69%.

Apesar do exterior ter ajudado, a repercussão do primeiro turno foi o principal evento para o mercado de juros nesta sessão inicial de outubro. "Bolsonaro pode até não ganhar, mas o bolsonarismo certamente venceu", resume um economista para explicar a reação dos ativos, referindo-se ao crescimento das bancadas consideradas conservadoras no Congresso e a competitividade dos candidatos aliados ao governo nas disputas nos Estados. O apoio de Bolsonaro elegeu senadores em 17 Estados e, na Câmara, as siglas à direita arrebataram 382 das 513 cadeiras da casa, ou 74,4% do total.

André Alírio, operador de renda fixa da Nova Futura Investimentos, afirma que o quadro legislativo alimenta a ideia de um governo menos expansionista do ponto de vista fiscal e pró-privatizações, ponderando que o rótulo de que a direita é conservadora nem sempre é válido. "No frigir dos ovos, o que ficou é que não foi uma eleição ganha de lavada e o Congresso conserva o perfil mais à direita", resumiu.

Não por acaso, nas mínimas, o recuo das taxas longas superou 30 pontos-base à tarde, coincidindo com declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), garantindo um Congresso "liberal e reformista" e "que se preocupa em dar andamento às pautas que o Brasil precisa”. Disse também que ainda este ano pautas importantes de reformas andarão. Lira foi reeleito como deputado e a expectativa é que renove também seu mandato como presidente da Casa.

A Oxford Economics vê uma vitória de Lula combinada a um Congresso conservador como o que parece ser o "melhor cenário" para os investidores. "Achamos que essa provável combinação de um líder carismático e progressista com um Congresso conservador está perto de ser o melhor cenário-base para os mercados", diz o economista-chefe da consultoria para a América Latina, Marcos Casarin. "Significa uma probabilidade muito menor de materialização de um cenário 'radical'", acrescenta, em relatório publicado hoje.

O tamanho da reação das taxas pareceu exagerado e os profissionais não descartam que nos próximos dias possa haver alguma correção de excessos, uma vez que a disputa eleitoral tende a ser bastante acirrada neste segundo turno e arroubos populistas podem aflorar. Além disso, está no radar a crise de confiança do banco Credit Suisse, com a ação do banco hoje chegando a cair 12% no pregão em Zurique, batendo nas mínimas históricas.

A agenda do dia teve destaque com o Boletim Focus mostrando que a mediana das estimativas para o IPCA em 2023 ficaram estáveis em 5,00% após seis semanas de queda, mas a projeção atualizada nos últimos 5 dias úteis recuou para 4,98%. Para 2024, a mediana manteve-se em 3,50%. Quanto à Selic, depois da ata do Copom e da entrevista dos dirigentes após a divulgação do Relatório de Inflação (RI), a maioria do mercado continua a projetar que o primeiro corte da taxa Selic deve ocorrer em junho de 2023, cenário com o qual o Banco Central se mostrou confortável na semana passada. (Denise Abarca - [email protected])

17:30

 Operação   Último 

CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 13.66

Capital de Giro (%a.a) 6.76

Hot Money (%a.m) 0.63

CDI Over (%a.a) 13.65

Over Selic (%a.a) 13.65

MERCADOS INTERNACIONAIS

As bolsas de Nova York tiveram fortes alta, enquanto os rendimentos dos Treasuries recuaram, em uma sessão marcada pela divulgação de indicadores, que, de acordo com analistas, apresentaram sinais de uma atividade mais branda nos Estados Unidos. Como resultado, houve maiores perspectivas para um aperto monetário mais leve pelo Federal Reserve (Fed), o que impulsionou ativos de risco ao longo do dia. Por outro lado, o petróleo teve grande avanço, subindo mais de 4% em Londres e Nova York, apoiado por um possível corte na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) nesta semana, que poderia ser o maior realizado pelo grupo desde o começo da pandemia. Uma eventual alta sustentada nos preços da commodity poderia novamente dar impulso às pressões inflacionárias. Na sessão, o dólar recuou na comparação com a maioria das moedas, com destaque para a libra, que teve forte avanço em meio ao desenrolar dos planos fiscais do governo da primeira-ministra Liz Truss.

Na visão de Edward Moya, analista da Oanda, as ações americanas estão subindo neste início de outubro ajudadas pela queda dos rendimentos dos Treasuries, depois que dados da indústria dos EUA deram sinais de pressão baixista sobre a inflação. Segundo a Pantheon Macroeconomics, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do ISM veio pior que o esperado hoje, mas também mostrou claros sinais de pressões desinflacionárias na economia americana, que enfrenta o aperto monetário agressivo do Fed. Moya pondera, e lembra que é prematuro dizer que o BC está quase terminando o aperto, mas, segundo ele, parece que Wall Street está cada vez mais confiante de que isso pode ser feito em dezembro.

"Os investidores estão começando a duvidar que os bancos centrais em todo o mundo permanecerão agressivos no combate à inflação à medida que os riscos de estabilidade financeira estão crescendo", afirma. "O Credit Suisse está lutando com preocupações de capital", lembra. "É muito cedo para pedir uma mudança do Fed, mas parece que a ação nos mercados de títulos públicos nos EUA sugere que os traders estão cada vez mais confiantes de que a desaceleração do crescimento global está começando a reduzir as pressões de preços", avalia Moya. Nos Treasuries, ao fim da tarde, a T-note de 2 anos caia a 4,125%, a de 10 anos recuava a 3,654% o T-bond de 30 anos tinha baixa a 3,692%.

As bolsas em Nova York ganharam impulso ainda com a alta de petroleiras, que acompanharam a movimentação do petróleo. Chevron (+5,61%) e ExxonMobil (+5,28%) subiram. Por outro lado, as ações da Tesla tombaram 8,61%, depois de notícias sobre entregas abaixo do esperado no final de semana. O índice Dow Jones subiu 2,66%, S&P 500 avançou 2,59% e o Nasdaq teve alta de 2,27%. Na Europa, os ganhos foram mais tímidos, com FTSE 100 subindo 0,22% em Londres e o DAX avançando 0,79% em Frankfurt. Em Zurique, a ação do Credit Suisse caiu 0,93%, em dia de intensa volatilidade com o mercado observando os temores com as condições do banco.

O petróleo subiu com o possível corte na produção em mais de 1 milhão de barris por dia pela Opep+ para novembro. Na visão do Goldman Sachs, o corte ocorreria em meio a um dos mercados de petróleo mais apertados da história registrada, e à frente de um potencial declínio nas exportações russas no final deste ano. O movimento reforçaria a visão de alta nos preços do petróleo, e há a possibilidade de um corte limitar as desvantagens para a cotação da commodity causada por um potencial menor crescimento econômico. O WTI para novembro fechou em alta de 4,95% (US$ 4,14), a US$ 83,63 o barril, e o Brent para dezembro avançou 4,19% (US$ 3,72), a US$ 88,86 o barril.

No câmbio, hoje, o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, afirmou que o dólar fortalecido pressiona o petróleo, ajudando a aliviar a inflação. No fim da tarde, o dólar caía a 144,72 ienes, o euro avançava a US$ 0,9825 e a libra tinha alta a US$ 1,1316. O DXY registrou queda de 0,33%, a 111,745 pontos. A libra esteve apoiada após o ministro das Finanças do Reino Unido, Kwasi Kwarteng, afirmar que o governo desistirá de uma proposta para eliminar o tributo de 45% sobre o imposto de renda dos mais ricos, parte do pacote fiscal visto com ceticismo pelos mercados financeiros. (Matheus Andrade - [email protected])

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