As declarações do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, reverberaram positivamente nos mercados. Além de reafirmarem compromisso com a disciplina fiscal, afastaram qualquer ideia de ingerência na política de preços da Petrobras, dizendo apenas que irão propor uma mudança na incidência do ICMS sobre os combustíveis. Como o exterior já vinha positivo, foi o que bastou para o Ibovespa chegar a testar os 121 mil pontos, impulsionado pelas ações de Vale, siderúrgicas e da Petrobras, neste último caso, beneficiadas pela garantia de manutenção de sua política de preços e pelo avanço do petróleo no mercado internacional. No fim, porém, a Bolsa perdeu um pouco de fôlego e terminou com alta de 0,82%, aos 120.240,26 pontos, mas voltando a ter ganho semanal, de 4,50%, após três períodos consecutivos de quedas. Os índices acionários em Wall Street também subiram e, inclusive, renovaram recordes, a despeito do payroll fraco. Esse dado, por sinal, trouxe a leitura de que estímulos são ainda mais necessários e, portanto, devem fortalecer os argumentos dos democratas nas negociações para o pacote fiscal que negociam no Congresso americano. Com o apetite por risco aqui e lá fora, o dólar encerrou o dia com baixa ante diversas moedas, inclusive em relação ao real, a R$ 5,3837 no mercado à vista (-1,20%). E mesmo após forte oscilação nestes primeiros dias de fevereiro, chegando a bater em R$ 5,50, encerra a semana com queda de 1,66%, reduzindo a alta no ano para 3,8%. O alívio do câmbio não foi suficiente, desta vez, para manter os juros futuros em queda. As taxas dos DIs, após passarem grande parte do dia com viés de baixa, foram ganhando fôlego na reta final, até encerrarem com acúmulo de prêmios nos trechos curtos e intermediários, com os longos perto da estabilidade. Operadores atribuíram o movimento a ajustes técnicos de zeragem de posições.
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