BOLSA CAI 0,33%, MAS VOLTA A SUBIR NO ANO; REAL TEM 2º PIOR DESEMPENHO GLOBAL EM 2020

Blog, Cenário
O avanço das bolsas americanas não foi suficiente para colocar o Ibovespa em nível recorde no fechamento. E foi por pouco. Pela manhã, o índice chegou a romper o nível de 120 mil pontos, mas os investidores viram nesse patamar uma oportunidade de realizar um pouco dos lucros. Afinal, a Bolsa chegou a acumular perda de 45% no auge da crise, no fechamento de 23 de março, então aos 63.569,62 pontos. Desde então, subiu o suficiente para encerrar 2020 com ganhos, mesmo que de apenas 2,92%. Hoje, já com giro de negócios enfraquecido, o Ibovespa perdeu 0,33%, aos 119.017,24 pontos, encerrando dezembro com alta de 9,30%. Mas se o mercado acionário brasileiro ficou no quase, em Nova York os principais índices subiram e o Dow Jones renovou a máxima histórica de fechamento, mesmo sem uma definição no Senado dos Estados Unidos sobre o aumento dos auxílios individuais para US$ 2 mil. Enquanto isso, no mercado de câmbio, o dólar manteve a tendência de enfraquecimento em relação aos pares, mas não em relação ao real. O dia, aliás, foi de bastante instabilidade no mercado cambial brasileiro. A manhã foi marcada por alta firme da moeda dos EUA ante a local, em meio à disputa pela formação da Ptax de dezembro. Passada a definição da taxa, logo no começo da tarde, o dólar passou a cair e a renovar mínimas. Mas, na reta final, voltou para o terreno positivo, até terminar com leve alta de 0,11%, a R$ 5,1887 no mercado à vista. No ano, o dólar acumulou avanço de 29,34% e o real foi umas das divisas com pior desempenho - só performou melhor que o peso argentino em uma cesta de 34 moedas -, em um cenário marcado por aumento do risco fiscal, após a explosão de gastos na pandemia, e desconfiança em relação ao andamento das reformas. Esses mesmo fatores fizeram a curva de juros futuros terminar 2020 mais inclinada. O diferencial entre os DIs de janeiro de 2022 e 2027 passou de 150 pontos em 30 de dezembro passado a 355 pontos hoje, nível, aliás, bem perto da média de 350 pontos de 2020. Hoje, as taxas dos DIs terminaram com leve queda, em um ambiente de pouca liquidez e de indefinição do dólar.  
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  BOLSA O Ibovespa manteve o nível de 119 mil pontos pela terceira sessão consecutiva, chegando à inédita marca de 120 mil pontos no melhor momento da sessão, mas não encontrou fôlego para romper a máxima histórica de fechamento, de 119.527,63, estabelecida em 23 de janeiro. Nesta última sessão de 2020, após quatro ganhos seguidos, o índice encerrou em leve baixa de 0,33%, aos 119.017,24 pontos, tendo oscilado entre a mínima de 118.919,43 e o novo pico histórico intradia, de 120.149,85, revogando a marca que vigorava desde 24 de janeiro, então a 119.593,10 pontos.   O giro financeiro totalizou R$ 32,5 bilhões neste último dia de ajuste de carteira. No ano, vindo de alta de 31,58% em 2019, a maior desde 2016, o Ibovespa alcançou leve avanço de 2,92%, assegurado pelo sprint nos dois últimos meses de 2020: ganho de 9,30% em dezembro, após salto de 15,90% em novembro, o maior desde a recuperação iniciada em abril (+10,25%), interrompida entre agosto e outubro.   Após perda 8,43% em fevereiro e tombo de 29,90% em março, ainda no início da pandemia, o Ibovespa teve uma recuperação de 40,93% até o começo do segundo semestre, encerrando a série abril-julho acima da sequência positiva de quatro meses entre fevereiro e maio de 2009, quando o Ibovespa teve avanço de 39,32%. Assim, o desempenho do Ibovespa entre abril e o fechamento de julho foi o melhor desde o agregado de 46,54% entre setembro e dezembro de 2003, segundo o AE Dados. Contudo, a recuperação sofreu revés a partir de agosto e só viria a ser restaurada em novembro, com o retorno do investidor estrangeiro à B3, em fluxo líquido recorde de R$ 33,3 bilhões naquele mês, o maior da série iniciada em 1995.   No dia 23 de janeiro, quando o Ibovespa renovou máxima histórica de fechamento, aos 119.527,63 pontos, o índice dolarizado estava em 28.688,46 e, no encerramento de 2019, a 28.826,29 pontos. No encerramento de abril, primeiro mês do ciclo de retomada do índice, o Ibovespa dolarizado estava a 14.802,41 pontos, refletindo avanço do índice no mês (+10,25%), acima do observado no dólar (+4,66%). Agora, no fechamento de 2020, o índice em dólar ficou em 22.937,77, com a moeda à vista em baixa de 2,95% no mês, e o Ibovespa dolarizado vindo de 20.368,35 pontos no encerramento de novembro. No ano, o dólar à vista subiu 29,34%.   "Quando dá tudo errado, o mercado coloca no preço que o mundo vai acabar - como se viu no auge da crise, quando ativos se depreciaram em até 50%, o que não faz nenhum sentido. Agora, parece que estamos indo para o outro lado do pêndulo: o excesso de otimismo, de que tudo vai dar certo", observa Leonardo Milane, sócio e economista da VLG Investimentos.   "O que aconteceu de novembro para cá nada tem a ver com o Brasil, com os fundamentos do País. A vitória de Biden e o enfraquecimento do dólar foram os fatores decisivos. Em movimentos de 'risk on' muito bruscos, o estrangeiro sai comprando tudo, até na periferia dos emergentes", diz Roberto Attuch, CEO da Ohmresearch, que prevê um primeiro trimestre difícil, no qual, sem prosseguimento do auxílio emergencial, a demanda agregada será afetada no Brasil - em um ambiente também marcado por atraso na vacinação, "que não deve vir antes do Carnaval".   "Há outros fatores de risco. Lá fora, embora não esteja muito no radar, é preciso conferir se os estímulos monetários e fiscais não resultarão em inflação em algum momento, o que poderia levar a aumento de juros nos EUA - algo ruim para os emergentes", acrescenta Attuch. "Aqui, o mercado precisa acreditar que o Brasil vai conseguir estabilizar a relação dívida-PIB. De forma geral, os investidores devem também olhar mais para a eficácia da vacinação na contenção da pandemia. Ontem, pela primeira vez houve mais de mil mortes na Alemanha, o que é preocupante."   Para Milane, da VLG, a definição de quem será o próximo presidente da Câmara será fundamental para questões que determinarão a segunda metade do mandato de Bolsonaro, como a governabilidade, o teto de gastos e a progressão da agenda de reformas, há meses emperrada. "A situação fiscal é uma sinuca de bico, ainda sem solução", acrescenta. "Para quem já está na Bolsa, talvez seja momento de reduzir exposição. É preciso cautela, ainda há muita incerteza."   Nesta última sessão de 2020, Vale ON coroou o avanço de 70,43% em 2020 com um leve ganho de 0,44%, enquanto Petrobras também esteve em terreno positivo nesta quarta-feira (PN +0,25% e ON +0,63%), mas ainda negativo no ano (PN -6,10% e ON -8,93%). Entre as siderúrgicas, CSN brilhou em 2020, com avanço de 125,73% no período - nesta quarta, fechou em baixa de 2,15%. Entre os bancos, o desempenho foi negativo, assim como o que prevaleceu para o setor em 2020, com BB ON acumulando perda de 24,04% e Bradesco ON, de 20,03%, em 2020. (Luís Eduardo Leal - [email protected])     18:28   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 119017.24 -0.32821 Máxima 120149.85 +0.62 Mínima 118919.43 -0.41 Volume (R$ Bilhões) 3.25B Volume (US$ Bilhões) 6.25B         18:30   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 119200 -0.29276 Máxima 120375 +0.69 Mínima 119000 -0.46       MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York encerraram o penúltimo pregão do ano em alta e o índice acionário Dow Jones renovou a máxima histórica de fechamento, mas os ganhos foram reduzidos após o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, se recusar a destravar a votação do aumento dos auxílios individuais do pacote fiscal para US$ 2 mil. No mercado cambial, o dólar manteve a tendência de enfraquecimento em relação aos pares, com a libra e o euro impulsionados pelo noticiário do Brexit e de um acordo de investimentos entre União Europeia e China. Os juros dos Treasuries recuaram, em meio a temores com a escalada da pandemia no curto prazo. O petróleo, por sua vez, subiu após uma queda maior do que a esperada dos estoques nos Estados Unidos.   "Os ventos favoráveis fundamentais que impulsionaram o mercado a níveis históricos ainda estarão presentes na próxima semana e ao longo de 2021", afirma o chefe de estratégia de investimento da Haverford Trust, Hank Smith. "Política monetária extraordinária, estímulo fiscal extraordinário, uma economia que está prestes a crescer", resume. Em Nova York, os investidores resolveram apostar nessa combinação e comprar ações. Com uma redução dos ganhos no final do pregão, o Dow Jones subiu 0,24%, a 30.409,56 pontos, na máxima histórica de fechamento, o S&P 500 avançou 0,13%, a 3.732,04 pontos, e o Nasdaq registrou ganho de 0,15%, a 12.870,00 pontos.   O imbróglio no Senado americano em torno dos pagamentos diretos do pacote fiscal para cidadãos que ganham até US$ 75 mil por ano, contudo, ainda não foi resolvido. Em coletiva de imprensa, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, acusou os republicanos de "negar as dificuldades que povo americano está enfrentando agora". A democrata pediu que McConnell interrompesse sua "obstrução" e colocasse em votação o projeto que aumenta os auxílios de US$ 600 para US$ 2 mil, já aprovado na Câmara. McConnell, porém, não cedeu e disse que só colocará o tema em votação se ele estiver vinculado a outras duas pautas, uma referente a fraude eleitoral e a outra às grandes empresas de tecnologia.   Em meio à indefinição, os juros dos Treasuries recuaram, também pressionados pelo avanço da covid-19. Ontem, os EUA registraram o maior número diário de mortes pelo coronavírus desde o início da pandemia, 3.725. Hoje, o Reino Unido expandiu as recentes restrições à circulação de pessoas para mais regiões do país, a fim de tentar controlar a disseminação da nova variante do vírus. No final da tarde em NY, o rendimento da T-note de 2 anos caía a 0,121%, o da T-note de 10 anos recuava a 0,924%.   "Vamos continuar tendo esse 'puxa-empurra', vacina versus vírus, política versus economia, por um tempo ainda", afirma Altaf Kassam, chefe de estratégia de investimento da State Street Global Advisors na Europa.   No mercado cambial, o dólar continuou a se desvalorizar ante os pares. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA contra seis rivais, registrou baixa de 0,35%, a 89,680 pontos. A libra, impulsionada pelo avanço do acordo do Brexit no Parlamento britânico e a aprovação do uso emergencial da vacina da AstraZeneca no Reino Unido, avançava a US$ 1,3623. O euro, por sua vez, subia a US$ 1,2293, depois de ter ultrapassado a marca de US$ 1,23. A moeda única foi beneficiada pela conclusão de um acordo de investimentos entre a União Europeia e a China, que prevê compromissos ambientais e o acesso a mercados.   Para analistas da Eurasia, o acordo entre Pequim e Bruxelas ainda enfrentará obstáculos no processo de ratificação pelo Parlamento Europeu e será "difícil de vender" para o governo Joe Biden, que inicia em 20 de janeiro. "Esta é uma grande vitória geopolítica para Pequim, que conseguiu garantir o acordo antes que Biden pudesse formar uma frente unida com a Europa em questões comuns de preocupação", diz a consultoria de risco político.   O petróleo, por sua vez, fechou em alta, após o Departamento de Energia dos EUA informar que os estoques da commodity no país caíram 6,07 milhões de barris na semana passada, ante previsão de um recuo de 2,5 milhões de barris. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para fevereiro subiu 0,83%, a US$ 48,40 o barril. O Brent para o mesmo mês avançou 0,49%, a US$ 51,34 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). (Iander Porcella - [email protected])   Volta   CÂMBIO Num pregão em que operou sem tendência definida, oscilando entre a mínima de R$ 5,1532 (queda de 0,57%) e a máxima de R$ 5,2357 (alta de 1,02%), o dólar fechou o dia marcando valorização de 0,11%, cotado a R$ 5,1887. No fim da sessão, o real acabou se descolando do movimento de apreciação das moedas internacionais num dia em que os mercados foram guiados por expectativas de estímulos fiscais nos Estados Unidos e notícias de evolução das campanhas de vacinação no exterior - em especial, no Reino Unido.   Com o resultado de hoje, o último pregão de 2020, o dólar encerra o ano 29,34% acima da cotação final de 2019. Num contexto de atraso das reformas, o risco fiscal, após a explosão de gastos na pandemia, impediu que a divisa americana voltasse ao patamar inferior a R$ 5,00 de antes do avanço do coronavírus para fora da China.   Em 2020, dentro de uma cesta de 34 moedas, a depreciação do real só não foi maior do que a do peso argentino.   Hoje, como esperado, a disputa entre comprados e vendidos na formação da Ptax acentuou a volatilidade natural das sessões de liquidez reduzida. Depois de alternar altas e baixas, o dólar alcançou a mínima do dia praticamente junto com a definição da taxa de referência, que ficou em R$ 5,1967, com alta de 0,05% em relação ao fechamento da Ptax de terça-feira.   Sem a pressão do desmonte do overhedge (proteção cambial), que puxou para cima o câmbio até a última segunda-feira, o dólar parecia firmar trajetória de queda durante a tarde. Porém, no fim da sessão, a volatilidade voltou a subir, levando a moeda dos Estados Unidos ao terreno positivo.   Segundo avaliação de operadores, esse comportamento na reta final da sessão foi influenciado pela decisão do ministro do Supremo Ricardo Lewandowski de manter a vigência de medidas sanitárias de enfrentamento da pandemia, o que levou a preocupações, equivocadas, de prorrogação do estado de calamidade que permitiu a suspensão de regras fiscais em 2020.   Apesar disso, o dólar futuro, com vencimento em fevereiro, mostrava queda de 0,33% às 18h17, cotado a R$ 5,2025.   "Ventilou-se a prorrogação do estado de calamidade pelo Supremo. Talvez, não fosse isso, o dólar fecharia mais perto das mínimas e o Ibovespa nos 120 mil pontos. Mas não parece ser algo que tenha estragado o movimento do mercado pró-risco", comenta Cleber Alessie Machado Neto, gerente da mesa de derivativos financeiros da Commcor DTVM.   Jefferson Rugik, superintendente da corretora Correparti, diz que, após ter sido regido na parte da manhã pela formação da Ptax, o câmbio passou a ser durante a tarde mais influenciado pelo cenário externo de valorização de moedas globais, incluindo emergentes.   "O dólar vem se enfraquecendo nos últimos dias por conta, principalmente, da perspectiva de o auxilio emergencial nos Estados Unidos subir para US$ 2 mil", afirma Rugik, para quem avanços na vacinação não têm feito mais preço.   Na cesta de moedas de países emergentes e produtores de commodities, o dólar recuou hoje 0,93% e 0,68% em relação ao dólar australiano e o peso chileno, respectivamente.   As exceções, além do real, foram o peso argentino e o rublo russo, contra quem o dólar teve ganhos de 0,14% e 0,88%, respectivamente, nesta quarta-feira. (Eduardo Laguna - [email protected])     18:30   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.18870 0.1119 5.23570 5.15320 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL 5196.500 -0.29739 5217.000 5155.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5196.000 -0.45023 5237.500 5152.500       JUROS A curva de juros futuros termina 2020 mais inclinada, em um ano marcado pela pandemia de covid-19, que propiciou que a Selic renovasse continuamente as mínimas históricas. O diferencial entre os DIs de janeiro de 2022 e 2027 passou de 150 pontos-base em 30 de dezembro passado a 355 pontos hoje, nível, aliás, bem perto da média de 350 pontos de 2020. Contudo, o cenário de mais aversão, por essa métrica, foi colocado para traz, diante do empurrão da ampla liquidez mundial. A perspectiva fiscal brasileira, contudo, inspira preocupações nos agentes do mercado.   Em meio à liquidez reduzida da sessão, perto do encerramento do pregão regular, às 16h, alguns dos principais vértices tocaram as mínimas. Diante do noticiário muito fraco, o movimento foi atribuído a operações pontuais para reequilíbrio de carteiras, algo já esperado neste último pregão de 2020, o que causa distorções. A indefinição do dólar hoje também ajudou a dar o tom, com a moeda em instabilidade por causa da formação da Ptax de dezembro.   O contrato de DI para janeiro de 2022 fechou com taxa de 2,860% (regular) e 2,865% (estendida), ante 2,884% no ajuste de ontem. O janeiro 2023 passou de 4,235% para 4,190% (regular) e 4,200% (estendida). E o janeiro 2027 foi de 6,413% a 6,410% (regular) e 6,430% (estendida). O spread janeiro 2022 versus janeiro 2027 passou de 353 para 355 pontos-base, levíssima inclinação.   Mas o movimento de abertura da curva no ano foi bem mais forte. Além do movimento de aversão ao risco, que vez ou outra deu as caras a partir de meados de fevereiro, quando a covid-19 se espalhou pela Europa e os Estados Unidos, a diminuição da Selic a níveis cada vez menores e o discurso do Banco Central de manter a taxa baixa por um período mais longo fez a ponta curta da curva baixar.   Os juros básicos chegaram em 2020 a 4,50% e, agora, fecham 2021 em 2%, renovando sequencialmente as mínimas históricas. No futuro, contudo, é esperado movimento de aperto monetário, à medida que o BC ensaia o movimento de abandono do forward guidance e as estimativas de inflação para 2022 caminham para a meta.   Na Focus de segunda-feira, a Selic esperada ao fim de 2021 é de 3,13%, enquanto o Top 5 projeta 3%. A mais recente estimativa colhida pelo Projeções Broadcast (10 de dezembro, após o último Copom do ano) tem mediana de 3,25%.   Além da inflação, o mercado de juros deve monitorar o andamento da questão fiscal no País, com o mês de janeiro já contaminado pela discussão em torno das presidências da Câmara e do Senado. Na prática, as duas pessoas a serem eleitas comandarão o processo legislativo de reformas, emperrado em 2020.   "Acabemos tendo um fim de ano positivo para os ativos de risco, em vista do quão grave foi 2020, diante dos estímulos nas principais economias, as vacinas e a aposta na presidência de Joe Biden (presidente eleito dos EUA). A questão é o que esperar neste janeiro. Não fizemos a lição de casa em 2020, que nos deixaria muito menos vulneráveis a eventuais decepções no cenário externo", afirma a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack.   Para Camila, a curva de juros até experimentou alguma correção desde o último Copom, mas não passaria imune a uma mudança de humor com relação aos ativos brasileiros. "Nossa realidade vem à tona após a virada do ano", frisa.   A economista ressalta, entre outros pontos, o atraso no debate de reformas e os permanentes riscos às contas públicas em 2021.   Ontem, por exemplo, o Tribunal de Contas da União abriu a possibilidade de permitir que R$ 2,5 bilhões em despesas de assistência social para o enfrentamento da calamidade sejam executadas em 2021. O temor é que a medida abra espaço para dribles no teto de gastos ano que vem.   "Restos a pagar, quando pagos, contam para o teto do ano em que esses pagamentos são feitos, mesmo que vindos de orçamentos passados. Ou seja, gastos extraordinários abertos em 2020 durante a calamidade não contam para o teto de 2020. Mas, como a calamidade vence amanhã, então restos a pagar de 2020 executados em 2021 contam para o teto de 2021", diz o economista da Tendências Consultoria Integrada Fábio Klein. (Mateus Fagundes, com Renata Pedini e Francisco Carlos de Assis - [email protected])     18:28   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 4.95 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90                
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