[BOLETIM] PMIS FRACOS NA EUROPA TRAZEM CAUTELA, ENQUANTO CAMPOS NETO E GUEDES FICAM NO RADAR

Blog, Cenário
Dados de atividade fracos na Europa limitam uma melhora das bolsas da região e dos futuros de Nova York com mais um dia de alta acentuada do petróleo. Os índices de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, Alemanha e Reino Unido atingiram as mínimas históricas e o PMI dos Estados Unidos será monitorado de perto, juntamente com os pedidos de auxílio-desemprego. No Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fica no foco, com sua participação em mais um evento de um grande banco fechado à imprensa. Foi por declarações consideradas bem 'dovish' feitas por ele e pelo diretor de política econômica, Fabio Kanczuk, em eventos fechados na segunda-feira, que o mercado aumentou para uma dose cavalar de 75 pontos-base, a aposta no corte da Selic no mês que vem, para 3,00%. A curva de juro a termo precificava no fim da tarde 85% de chance de uma decisão do Copom nesse sentido. Essa percepção ajuda a dar mais força ao dólar ante o real, sem que o BC esboce uma reação e é isso que o mercado vem testando, o sangue frio de Campos Neto. O dólar à vista fechou ontem a R$ 5,40. Na política, depois da fritura do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o investidor monitora um possível cozimento lento do ministro da Economia, Paulo Guedes. O plano Pró-Brasil, anunciado ontem pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, sem a presença de Guedes, prevê aumento de R$ 300 bilhões dos gastos com investimentos públicos para os próximos anos. O militar negou, no entanto, que haja oposição da equipe econômica ao programa de crescimento pós-covid 19. Uma hora antes do anúncio, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, havia dito que o Brasil não tem dinheiro público para fazer um “Plano Marshall dos trópicos”. Conforme apurou o Broadcast, os defensores do Plano Pró-Brasil querem "driblar" o teto de gastos e executar as despesas por meio de créditos extraordinários. No radar também fica o sucessor de Luis Henrique Mandetta, Nelson Teich. É que Teich disse que ainda está estudando a situação do vírus no Brasil. O que ele sabe com certeza é que o País está entre os melhores no combate ao Covid-19, conforme disse ontem na primeira coletiva da qual participou, gerando incômodo entre técnicos do ministério e gestores de saúde, que dizem que a afirmação é incorreta já que não há testes suficientes. Ou seja, Teich ignora a subnotificação de casos. O que se sabe pela Fiocruz é que o número de mortes provocadas pelo vírus Covid-19 no Brasil tem dobrado a cada cinco dias. Nos Estados Unidos, essa duplicação ocorre a cada seis dias, e na Itália e na Espanha, a cada oito. Até ontem eram 2.906 mortes por covid-19 e 45.757 casos de contágio no País. No radar hoje fica a Petrobras diante de notícias sobre alta incidência de Covid-19 na estatal, embora o avanço do petróleo possa ter mais peso. E hoje, após cancelar por cinco semanas consecutivas, o Tesouro retoma os leilões ordinários de venda de NTN-F.   Sessão da Câmara, Mansueto e Campos Netto na agenda - A Câmara dos Deputados realiza sessão, que pode votar projeto que suspende pagamento de Fies na crise ((11 horas). O Tesouro Nacional retoma os leilões ordinários de venda de NTN-F, com oferta de 100 mil papéis (11h00). Secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, participa de debate do Lide Ceará com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o presidente do Insper, Marcos Lisboa (12h30). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de videoconferências promovidas pelo Banco Morgan Stanley (13h30); e com Shelly Shetty, chefe da área de Soberanos para América Latina da Fitch Ratings e equipe (15h00). Essas reuniões são fechadas à imprensa.   Auxílio-desemprego e PMI dos EUA no radar - A agenda dos Estados Unidos traz os pedidos de auxílio-desemprego até 18/04 (9h30) e o índice de gerentes de compras (PMI) composto (preliminar) de abril (10h45). Dois presidentes regionais do Federal Reserve (Fed) que votam nas reuniões deste ano, discursam:, John Williams, de Nova York (15h00), e Robert Kaplan, de Dallas (20h00). A Intel divulga balanço do primeiro trimestre após o fechamento dos mercados em Nova York. Estão previstas reuniões virtuais de ministros de emprego do G20 e dos membros do Conselho Europeu, para discutir impactos da crise do coronavírus.   Senado amplia auxílio emergencial - O Senado aprovou a ampliação do auxílio emergencial de R$ 600 pago a trabalhadores informais durante três meses. O projeto garante o benefício para mães adolescentes e o dobro do valor (R$ 1,2 mil) para pais chefes de família. Atualmente, apenas as mães solteiras e maiores de idade são beneficiadas. A proposta depende agora de sanção do presidente Jair Bolsonaro para entrar em vigor e alterar as regras do pagamento. A ampliação terá um custo extra de R$ 9,7 bilhões, além dos R$ 98 bilhões previstos inicialmente.   Câmara aprova linha de crédito a micro e pequenas empresas - A Câmara concluiu a votação do projeto de lei para criar linha de crédito a micro e pequenas empresas durante a crise da covid-19. A aprovação do texto-base foi simbólica, sem a contagem de votos, e nenhum destaque foi aprovado. A proposta voltará ao Senado, Casa de origem, antes de ir à sanção.   Projeto que cria empréstimo compulsório e lucro de empresas é tirado de pauta - A pressão de setores da indústria e do comércio levou à retirada de pauta do requerimento de urgência do Projeto de Lei Complementar 34/2020 a pedido de seu autor, o deputado Wellington Roberto (PL-PB). O texto institui o empréstimo compulsório para atender às despesas urgentes provocadas pela situação de calamidade pública relacionada ao coronavírus.   STF forma maioria contra pedido de Bolsonaro para suspender prazos de MPs - A maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) foi contra suspender prazos de vigência de Medidas Provisórias (MP) durante o estado de emergência em saúde pública provocado pela crise do novo coronavírus. O julgamento, iniciado nesta quarta-feira, 22, foi suspenso antes de acabar por um pedido de vista - mais tempo de análise - apresentado pelo presidente da Corte, Dias Toffoli.   Alcolumbre garante sobrevida à CPMI das fake news - O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), garantiu uma sobrevida maior para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News no Congresso Nacional. Na prática, o colegiado terá quase sete meses de funcionamento após o retorno das sessões presenciais, ainda sem data para ocorrer. A decisão é uma derrota para o governo e para os filhos do presidente Jair Bolsonaro, que se movimentam contra o avanço da comissão.   Alexandre dá cinco dias para Bolsonaro se explicar sobre ações contra coronavírus - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, abriu prazo de cinco dias para o presidente Jair Bolsonaro se manifestar perante a Corte sobre medidas adotadas pelo governo federal no combate ao novo coronavírus. A decisão foi tomada em ação movida pelo PT contra suposta ‘postura omissiva’ do Planalto durante a pandemia.   SINAIS MISTOS   Petróleo mantém rali - Os contratos futuros do petróleo voltam a exibir forte alta nesta manhã, ampliando os ganhos de ontem, depois de sofrerem queda históricas nos primeiros dois dias da semana. As tensões entre EUA e Irã e sinais de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) poderão aprofundar o corte na sua produção continuam impulsionando os preços. Às 7h20, o petróleo WTI para junho subia 13,73% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 15,67 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês avançava 8,69% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 22,14 o barril.   Bolsas europeias e Futuros de Nova York sem direção única - As bolsas europeias e os índices futuros de Nova York operam sem direção única em meio a dados europeus de atividade nas mínimas históricas por causa da pandemia de coronavírus e após os ganhos de ontem em meio à recuperação do petróleo. Os investidores seguem atentos ainda aos desdobramentos da pandemia de coronavírus, assim como balanços trimestrais. Às 7h21, a Bolsa de Londres caía 0,08%, a de Frankfurt perdia 0,13% e a de Paris se valorizava 0,21%. Nos mercados futuros de Nova York, Dow Jones cedia 0,14%, S&P500 subia 0,04%, e Nasdaq caía 0,05%. O euro caía a US$ 1,0775, ante US$ 1,0822 no fim da tarde de ontem. A libra era cotada a US$ 1,2349, ante US$ 1,2322 no fim da tarde de ontem.   Alemanha: PMI composto recua a 17,1 em abril, mínima histórica - O índice de gerentes de compras (PMI) composto da Alemanha, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 35 em março para a mínima histórica de 17,1 em abril, em meio ao impacto da pandemia de coronavírus, segundo dados preliminares da IHS Markit. Leituras abaixo de 50 indicam contração econômica.   Alemanha: Confiança do consumidor deve cair à mínima histórica, prevê GFK - O índice de confiança do consumidor da Alemanha despencou de 2,3 pontos em abril para a mínima histórica de -23,4 pontos na pesquisa de maio, em função da pandemia do novo coronavírus, segundo projeção divulgada pelo instituto alemão GfK. O resultado veio pior que a expectativa de analistas (-1,8 ponto).   Reino Unido: PMI composto atinge mínima recorde de 12,9 em abril - O índice de gerentes de compras (PMI) composto do Reino Unido, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 36 em março para a mínima recorde de 12,9 em abril, diante do impacto da pandemia de coronavírus, segundo dados preliminares da IHS Markit em parceria com a CIPS. A leitura abaixo de 50 mostra que a atividade britânica está se contraindo em nível inédito.   Zona do euro: PMI composto cai a 13,5 em abril, mínima histórica - O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 29,7 em março para a mínima histórica de 13,5 em abril, em meio ao impacto da pandemia de coronavírus, segundo dados preliminares da IHS Markit. O resultado do PMI composto ficou bem abaixo da expectativa de analistas, de queda a 26.   Bolsa chinesa cai, mas outras asiáticas sobem - As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, à medida que o petróleo sustenta o rali de ontem, após sofrer quedas históricas no começo da semana. A commodity segue apoiada pelas tensões entre EUA e Irã e os sinais de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) poderá aprofundar o corte na sua produção. O índice japonês Nikkei subiu 1,52% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,98% em Seul, e o Hang Seng se valorizou 0,35% em Hong Kong. Na China, o Xangai Composto recuou 0,19%. Na Oceania, o S&P/ASX 200 caiu 0,08% em Sydney, influenciado principalmente por ações do setor de saúde. Às 7h25, o dólar estava a 107,61 ienes, ante 107,73 ienes no fim da tarde de ontem.   Coreia do Sul: PIB no 1º tri cai 1,4% ante tri anterior - O Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul subiu 1,3% no primeiro trimestre de 2020, na comparação com igual período de 2019, acima da previsão de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que esperavam alta de 0,4%. Em relação ao trimestre anterior, a atividade econômica do país caiu 1,4%, na contração mais severa desde a crise financeira internacional de 2008.   Japão: PMI composto preliminar cai para 27,8 em abril - O índice de gerentes de compras (PMI) composto do Japão recuou de 36,2 em março para 27,8 na leitura preliminar de abril, segundo dados da IHS Markit em parceria com o Jibun Bank. O nível abaixo de 50 indica contração na atividade.
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