[BOLETIM] DESACELERAÇÃO DA COVID-19 SUSTENTA RALI NO EXTERIOR E MANDETTA NO CARGO PODE ANIMAR

Blog, Cenário
Os sinais de desaceleração dos casos de coronavírus em vários países seguem dando fôlego a um rali nos mercados globais. A China teve hoje o primeiro dia sem novas mortes, desde que a primeira vítima fatal foi identificada, em 11 de janeiro. Há ainda rumores sobre um novo pacote fiscal do governo americano e o Japão aprovou nesta terça-feira um pacote econômico de 108 trilhões de ienes (US$ 988,83 bilhões) para lidar com os efeitos adversos da pandemia. O covid-19 já matou perto de 68 mil pessoas e contaminou ao menos 1,2 milhão de pessoas no mundo. Uma das vítimas é o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que segue na UTI nesta manhã. No Brasil, os mercados podem seguir embalados pelo otimismo internacional, como ocorreu ontem, quando o Ibovespa disparou 6,52%, mas o cenário doméstico merece atenção uma vez que os conflitos políticos têm aumentado rapidamente, assim como os casos de coronavírus no País. No saldo dos ruídos quase sempre vindos do Planalto, o Brasil sai perdendo com o desvio de foco na condução da crise na área de saúde e econômica com o covid-19. E o presidente Jair Bolsonaro fica cada vez mais isolado. Rumores sobre a saída do ministro da Saúde, Henrique Mandetta, circularam ontem ao longo do dia. No final das contas, Bolsonaro não conseguiu usar sua caneta, Mandetta disse que fica e pediu "paz" para continuar o trabalho de combate ao novo coronavírus. Os militares do governo teriam convencido Bolsonaro pela permanência de Mandetta. Mas outros ministros do governo e os presidentes do Senado, da Câmara e do STF também agiram nos bastidores para impedir sua demissão, segundo apurou o Broadcast. O Ministério da Saúde também reforçou a importância do isolamento social. O Brasil superou ontem a marca dos 500 mortos, com 12.056 casos. Também no foco está o risco de deterioração da relação entre Brasil e China, após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, publicar declarações irônicas no Twitter em que insinua que a China sairia fortalecida da crise mundial, semanas após o deputado Eduardo Bolsonaro ter provocado uma crise diplomática ao culpar a China pela epidemia de coronavírus. A China é o principal destino das exportações brasileiras e, no ano passado, comprou 28% de tudo o que o Brasil vendeu ao exterior. O temor do setor de agronegócio é de que os ataques ameacem a venda de alimentos para o gigante asiático. O mercado também começa o dia digerindo as informações de que o Senado adiou a votação da PEC do Orçamento de guerra para dia 13. Além disso, o governo continua sem apresentar uma data para o pagamento da renda extra emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais prejudicados pela crise do novo coronavírus. A equipe do Ministério da Economia alega que a aprovação da PEC é necessário para livrar o governo de amarras que travam o pagamento do auxílio de R$ 600 a trabalhadores informais. Os primeiros pagamentos do voucher, destinados a profissionais autônomos, vão começar a acontecer nesta terça-feira, 7, para quem está no Cadastro Único do governo e tem conta na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil. Para quem recebe Bolsa Família, os depósitos devem cair no próximo dia 16. E a S&P reafirmou ontem o rating BB- do Brasil, mas alterou perspectiva de positiva para estável.   Varejo em destaque - No Brasil, saem as vendas no varejo de fevereiro (9h00). Para o varejo restrito, a mediana do levantamento Projeções Broadcast indica -0,45%, com intervalo de -1,7% a +0,5%. Em janeiro, houve baixa de 1,0%. Ante fevereiro de 2019, a mediana indica +2,0%, com intervalo de estabilidade (0,0%) a +4,0%. Para o acumulado de 2020, as estimativas vão de -5,4% a +0,8%, com mediana de -1,2%, o primeiro resultado negativo desde 2016 (-6,2%), com os impactos negativos da pandemia do coronavírus sobre a atividade. Já para o varejo ampliado, a mediana é positiva em +0,30%, com intervalo de -1,10% a +1,30%. Em janeiro, o avanço foi de 0,60%. Frente a fevereiro de 2019, as expectativas variam de -1,30% a 4,90%, com mediana de 2,75%. Em janeiro do ano passado, o resultado foi de +3,5%. No segundo mês de 2019, o   Relatório de empregos dos EUA (Jolts) sai hoje - Nos Estados Unidos, estão programados o relatório sobre empregos Jolts de fevereiro (11h00), os dados de crédito ao consumidor de fevereiro (16h00) e o relatório da API sobre estoques de petróleo e derivados na semana até 04/03 (17h30). O Departamento de Energia (DoE) também divulga relatório de curto prazo. Na Zona do Euro, os ministros de finanças realizam vídeoconferência para discutir coronavírus (13h30).   Ministério da Saúde propõe afrouxar isolamento a partir do dia 13 - O Ministério da Saúde propôs afrouxar a partir de 13 de abril o isolamento social em regiões que não comprometeram mais do que metade da capacidade de atendimento instalada antes da pandemia do novo coronavírus. A nova diretriz foi publicada no boletim epidemiológico divulgado pela pasta nesta segunda, 6. Nesses estados e municípios, o distanciamento amplo deverá ser substituído pelo isolamento seletivo, voltado aos grupos que correm mais riscos, como idosos e pessoas com doenças crônicas.   Mandetta diz que foi pressionado a editar protocolo de hidroxicloroquina - Após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que foi pressionado por dois médicos a editar um protocolo de hicroxicloroquina para tratamento do novo coronavírus no Brasil por meio de decreto. Mandetta disse que recusou por falta de embasamento científico e recomendou que os profissionais procurassem o secretário de Ciência e Tecnologia da pasta, Denizar Vianna. O uso da hidroxicloroquina, remédio contra malária e doenças autoimunes, tem sido alvo de divergências entre Mandetta e Bolsonaro.   Governo registra 7 mil acordos individuais de emprego antes de decisão de Lewandowski - Mais de 7 mil acordos individuais para redução de jornada e salário ou suspensão de contrato já foram registrados na plataforma Empregador Web, segundo apurou o Broadcast. O diagnóstico é anterior à decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que os acordos individuais apenas terão validade após a manifestação de sindicatos da categoria do empregado. Na proposta do governo, os sindicatos apenas seriam comunicados, mas sem necessidade de avalizar ou não a negociação.    OTIMISMO PREDOMINA   Bolsas europeias e futuros de NY sobem - As bolsas da Europa e os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, assim como os juros dos Treasuries avançam, dando continuidade ao movimento de ontem e ainda reagindo a sinais de desaceleração do coronavírus em várias partes do mundo, como Itália, Espanha, Alemanha, Reino Unido e Irã, seja em termos de novos casos ou de mortes provocadas pela covid-19. Além disso, o Federal Reserve (Fed) adotou novas medidas de estímulos ontem e há expectativas sobre um novo pacote fiscal trilionário do governo americano. Na Alemanha, um avanço inesperado de 0,3% da produção industrial em fevereiro também ajuda no humor. Às 7h24, a Bolsa de Londres subia 2,85%, a de Frankfurt avançava 4,05% e a de Paris se valorizava 3,45%. No mercado futuro em NY, Dow Jones subia 4,10%, S&P 500 avançava 3,63% e Nasdaq se valorizava 3,19%. Entre os Treasuries, o rendimento da T-note de 2 anos subia a 0,2918%; o da T-note de 10 anos, +0,7447%; e o do T-bond de 30 anos, +1,3493%. O euro subia a US$ 1,0882, ante US$ 1,0791 fim da tarde de ontem. A libra avançava a US$ 1,2322, de US$ 1,2237 no fim da tarde de ontem.   EUA: Biden e Trump se falam por telefone em meio à crise do coronavírus - A crise sobre o coronavírus fez com que o presidente Donald Trump e o ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden conversassem nesta segunda-feira, 6, por telefone, em um movimento pouco comum de diálogo entre dois rivais políticos que pretendem disputar a presidência neste ano.   Bolsas da Ásia fecham em alta - As bolsas asiáticas fecharam em alta pelo segundo pregão consecutivo nesta terça-feira, em meio a sinais recentes de desaceleração do coronavírus na região e em outras partes do mundo. Neste terça, a China não registrou mortes por coronavírus nas últimas 24 horas e identificou apenas 32 novos casos, todos de pessoas que haviam retornado do exterior. Ecoa ainda um rali das bolsas de Nova York, que ontem saltaram mais de 7%. Nos mercados da China continental, que ontem não operaram devido a um feriado nacional, o Xangai Composto subiu 2,05% hoje. No Japão, o Nikkei teve alta de 2,01%. O sul-coreano Kospi subiu 1,77% em Seul. O Hang Seng avançou 2,12% em Hong Kong. Na Oceania, a bolsa de Sydney destoou e caiu 0,69%, após o Banco Central da Austrália (RBA) decidir manter sua taxa básica de juros inalterada, na mínima histórica de 0,25%, e alertar que a economia do país sofrerá forte impacto da pandemia de coronavírus no segundo trimestre. Às 7h29, o dólar caía a 109,10 ienes, ante 109,19 ienes no fim da tarde de ontem.   China: reservas internacionais caem a US$ 3,061 trilhões em março - As reservas internacionais da China caíram em março ao menor nível desde outubro de 2018, para US$ 3,061 trilhões, em meio à pandemia de coronavírus, segundo dados publicados hoje pelo banco central chinês (PBoC). Houve queda de US$ 46,09 bilhões em relação a fevereiro.   Petróleo sobe - Os contratos futuros do petróleo operam em alta nesta manhã, enquanto investidores especulam sobre a possibilidade de a Opep+ - grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e dez aliados, incluindo a Rússia - fechar um acordo para um corte adicional na produção do grupo, numa tentativa de estabilizar o mercado em meio aos efeitos da pandemia de coronavírus. Uma reunião virtual da Opep+ para discutir o assunto foi adiada para esta quinta-feira (09). Às 7h29, o petróleo WTI para maio subia 3,30% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 26,98 o barril, enquanto o petróleo Brent para junho avançava 2,75% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 33,93 o barril.  
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