ATIVOS TÊM FORTE MELHORA COM REDUÇÃO DAS TENSÕES FISCAIS E ANÚNCIO DE ALTA DE TRUMP

Blog, Cenário
O bom humor dos investidores ganhou novos ingredientes na segunda metade do dia. Primeiramente, por volta de 12h30, o senador Marcio Bittar, relator do Orçamento, disse, após se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que a proposta do Renda Cidadã estará dentro do teto e que qualquer demanda sobre o tema terá de passar pelo "carimbo" da equipe econômica. Tal fato ajudou a reduzir as tensões de sexta-feira, com troca de farpas dentro do governo, renovou o apetite por risco e levou os ativos brasileiros, que já tinham um dia positivo alinhados ao exterior, às máximas. Só que o mercado internacional maximizou ainda mais esse comportamento no fim da tarde, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou pelo Twitter que deve sair nesta noite do hospital no qual é tratado da covid-19, o que levou os principais índices acionários em Wall Street aos picos do dia - todos terminaram com avanço superior a 1,5%. Antes disso, porém, a possibilidade de novo pacote de estímulo fiscal colaborava e as bolsas eram ainda apoiadas pela força do petróleo, que registrou ganhos superiores a 5%, devido a uma greve que pode afetar a produção da Noruega e a uma nova tempestade tropical no Golfo do México. Com todos esses fatores no radar, o Ibovespa ganhou mais de dois mil pontos neste pregão inaugural da semana, ao subir 2,21%, aos 96.089,19 pontos. O principal destaque foi justamente Petrobras, cujas ações PN dispararam mais de 5%. E o real foi a moeda emergente que mais ganhou força frente ao dólar na comparação com seus pares na sessão desta segunda-feira. Após tocar na mínima de R$ 5,55 já na última hora de negócios, a moeda americana fechou com desvalorização de 1,82%, a R$ 5,5673. Com o câmbio mais comportado e as tensões fiscais reduzidas, a curva de juros também teve alívio, com as taxas devolvendo praticamente todos os prêmios acumulados na sexta-feira, auge das tensões entre Guedes e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que teria dito que o Renda Cidadã sai de qualquer maneira e, nos bastidores, aconselhado Bittar a tentar tirar o programa do teto de gastos.  
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  BOLSA O Ibovespa acentuou ganhos à tarde, em alta na casa de 2%, recuperando a linha de 96 mil pontos neste começo de semana, com o suporte proporcionado por Nova York, pelo petróleo e por melhor percepção quanto aos sinais que chegam do Renda Cidadã. Ao final, o índice de referência da B3 mostrava avanço de 2,21%, aos 96.089,19 pontos, o melhor desde 1º de setembro (+2,82%), tendo oscilado hoje entre mínima de 93.984,23 e máxima de 96.414,17 pontos, com giro financeiro acomodado a R$ 21,9 bilhões na sessão. No mês, passa a subir 1,57%, ainda acumulando perda de 16,91% no ano.   Em razão de temores pelo lado da oferta - greve que pode afetar a produção da Noruega e nova tempestade tropical no Golfo do México -, o forte desempenho do petróleo colocou as ações da Petrobras entre os destaques do dia, com a PN em alta de 5,31% e a ON, de 4,90%, no fechamento. O setor de mineração e siderurgia também foi bem na sessão, em que Vale ON teve alta de 2,18%, Gerdau PN, de 5,83%, e CSN, de 5,60%. Os bancos também avançaram, com destaque para BB ON (+1,75%) e Bradesco ON (+2,21%).   Com o democrata Joe Biden cada vez mais à frente na disputa pela Casa Branca, por até 14 pontos percentuais de diferença nas pesquisas de intenção de voto, a troca de comando na maior economia do mundo começa a se delinear para o mercado, que passa a olhar como ficará a composição do Congresso. "A condição (de saúde) do presidente Trump melhorou no fim de semana e o otimismo é alto de que se recuperará, mas parece improvável que seja capaz de quebrar a liderança maciça de Biden", escreve em nota o analista Edward Moya, da OANDA, em Nova York.   A depender da composição do Legislativo, eventual governo democrata tenderia a conceder mais estímulos fiscais e, na condução da política exterior, a expectativa é por menos tensão com a China.   "Lá fora, o mercado começa a mostrar satisfação com eventual vitória do Biden. O debate da semana passada foi um fracasso para a tática divisiva de Trump, que começa a perder apoio inclusive nos segmentos da população em que tinha aprovação, entre os cidadãos de mais idade, e americanos brancos e protestantes. Assim, alguns fatores que submergiram no fim da semana passada, com a doença de Trump, foram para o preço hoje, como a ajuda sinalizada para as companhias aéreas nos EUA e a possibilidade de novos estímulos fiscais para a economia", diz Shin Lai, estrategista-chefe da Upside Investor Research.   O fato de Nova York ter renovado máximas no momento em que era confirmada a saída de Trump do hospital, para o início desta noite, sugere que ainda possa haver expectativa de recuperação não apenas da saúde do candidato à reeleição, mas também de sua inserção na campanha.   "Dia 15 de outubro é uma data importante para Trump, com compromissos na Flórida, estado vital para as suas chances. O fato de ter recebido logo alta mostra que ele pode estar de volta a uma agenda eleitoral antes do que se previa, em busca de reversão neste tempo que resta de campanha", observa Paloma Brum, economista da Toro Investimentos. "Trump é pró-mercado, e há preocupação, inclusive sinalizada por Jerome Powell, presidente do Fed, quanto ao nível de endividamento dos EUA. O estímulo de hoje é o imposto de amanhã - já há preocupação com esta calibragem", acrescenta a economista.   Aqui, a atenção segue concentrada na definição do Renda Cidadã e, após os ruídos políticos da semana passada entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, o relator do Orçamento de 2021 e da PEC do Pacto Federativo, Márcio Bittar (MDB-AC), indicou hoje que Guedes e a equipe econômica continuam de posse do "carimbo" e que a solução necessariamente respeitará o teto de gastos. "É um sinal positivo e, quando veio a público, contribuiu não só para a Bolsa, como também para aliviar o câmbio e desinclinar a curva de juros, com efeitos especialmente visíveis nas partes média e longa", diz Paloma, da Toro.   Em outro desdobramento positivo, um jantar nesta noite pode contribuir para reaproximação entre Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que voltaram a entrar em choque na semana passada, com acusações mútuas sobre a falta de avanço das privatizações e da reforma tributária.   Na ponta do Ibovespa nesta segunda-feira, IRB subiu 6,02%, seguido por PetroRio (+6,59%) e por Gerdau Metalúrgica (também +6,59%) e. No lado oposto, CVC caiu hoje 2,82%, à frente de Cogna (-1,67%) e de Embraer (-1,08%). (Luís Eduardo Leal - [email protected])     17:22   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 96089.19 2.20549 Máxima 96414.17 +2.55 Mínima 93984.23 -0.03 Volume (R$ Bilhões) 2.18B Volume (US$ Bilhões) 3.88B         17:33   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 96030 2.94811 Máxima 96460 +3.41 Mínima 93670 +0.42     MERCADOS INTERNACIONAIS O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou pelo Twitter que deve sair nesta noite (19h30 de Brasília) do hospital no qual é tratado da covid-19. Trump disse se sentir "muito bem" e ainda recomendou que as pessoas "não tenham medo" da doença, enquanto seus médicos confirmaram a melhora do quadro do paciente durante entrevista coletiva, mas apontaram que ele não está totalmente fora de perigo. Nos mercados internacionais, a notícia sustentou o quadro de apetite por risco e menor busca por segurança, com bolsas de Nova York e juros dos Treasuries em alta e o dólar em baixa. A possibilidade de novo pacote de estímulo fiscal colaborava e as bolsas eram ainda apoiadas pela força do petróleo, que registrou ganhos superiores a 5%, com o quadro de apetite por risco, o câmbio e a formação de uma tempestade tropical que pode prejudicar a produção da commodity no Golfo do México.   Trump disse estar se sentindo "realmente bem" e recomendou que os americanos "não tenham medo da covid" e não deixem a doença "dominar sua vida". "Nós temos desenvolvido, no governo Trump, alguns medicamentos e conhecimento realmente ótimos", celebrou. "Eu me sinto melhor do que 20 anos atrás", afirmou ainda no Twitter o presidente dos EUA. Durante entrevista coletiva, a equipe médica da Casa Branca confirmou a melhora no quadro, mas advertiu que ele ainda não está totalmente fora de perigo. A equipe médica se disse "cautelosamente otimista" e informou que Trump não teve febre nas últimas 72 horas nem apresenta problemas respiratórios. Para os médicos, o presidente pode seguir o tratamento na Casa Branca.   Após o anúncio, houve máximas nas bolsas de Nova York, prolongando o movimento de mais cedo. O atual presidente é apontado como candidato preferido dos mercados e seu rival, o democrata Joe Biden, já prometeu elevar impostos para empresas caso seja eleito. Além disso, o bom humor foi apoiado por declarações recentes em Washington que sugerem a possibilidade novo pacote de estímulos fiscais nos EUA. A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, teve um telefonema sobre o assunto com o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, e a informação do governo é que amanhã haverá novo contato entre os dois. Nesta tarde, Pelosi disse que uma solução dependerá do Partido Republicano.   Entre os dirigentes do Federal Reserve (Fed), Charles Evans (Chicago) foi mais uma voz a insistir na importância de novo apoio fiscal, ao notar que, sem isso, a dinâmica de recessão pode ganhar força. Evans disse ver melhoras no quadro recente na economia, mas ainda com "um longo caminho pela frente" até uma recuperação total. Na agenda de indicadores, o índice de atividade do setor de serviços do ISM subiu acima do previsto em setembro nos EUA, a 57,8. A High Frequency Economics diz que o setor de serviços continua a se recuperar no país, mas vê risco de baixa com a possibilidade de novas ondas da covid-19 e medidas para conter o vírus.   Nas bolsas, de qualquer modo hoje predominou o bom humor com o noticiário dos EUA. O setor de energia esteve entre os destaques, com a força do petróleo. O índice Dow Jones fechou em alta de 1,68%, em 28.148,64 pontos, o S&P 500 subiu 1,80%, a 3.408,62 pontos, e o Nasdaq avançou 2,32%, a 11.332,49 pontos.   O petróleo WTI para novembro fechou em alta de 5,86%, a US$ 39,22 o barril, na Nymex, e o Brent para dezembro subiu 5,14%, a US$ 41,29 o barril, na ICE. Além do bom humor geral e do dólar fraco, o óleo foi influenciado pela queda na oferta da Noruega e pela formação de uma tempestade no Golfo do México, a qual pode ameaçar adiante a produção da área.   No câmbio, o dólar caiu em geral, com o maior apetite por risco. O índice DXY, que mede a moeda americana ante uma cesta de outras principais, recuou 0,35%, a 93,513 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 105,78 ienes, o euro tinha alta a US$ 1,1783 e a libra avançava a US$ 1,2984.   Entre os Treasuries, os retornos subiram com a menor busca por segurança. O BMO Capital destaca em relatório que, caso Biden vença e os democratas controlem as duas Casas do Congresso, isso pode significar "estímulo fiscal agressivo e déficits mais profundos". No horário citado, o juro da T-note de 2 anos avançava a 0,136% e o da T-note de 10 anos, a 0,768%. (Gabriel Bueno da Costa - [email protected]) Volta   CÂMBIO O real foi a moeda emergente que mais ganhou força frente ao dólar na comparação com seus pares, considerando uma cesta de 34 divisas mais líquidas, na sessão desta segunda-feira. De acordo com especialistas no mercado de câmbio, houve uma correção técnica no exterior que enfraqueceu a divisa americana, com os investidores também de olho na melhora do presidente Donald Trump, que recebeu alta médica e deve deixar o hospital ainda hoje. Porém, foi a perspectiva - mesmo que pontual - de alívio nos ruídos políticos domésticos, principalmente ligados aos riscos fiscais, que ajudaram o real a se valorizar. Nesse sentido, o dólar fechou em queda de 1,82%, cotado a R$ 5,5673.   "A semana tem início mais leve, tanto no exterior quanto no Brasil, principalmente após sinais aparentes de melhora na articulação política no sentido de respeito às regras fiscais", ressalta o estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz.   Na sua avaliação, tem peso positivo sobre a decisão dos agentes que se desfazem da moeda americana, levando a um momento de valorização do real, o jantar-reunião agendado entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), hoje à noite. "Maia quer sair da presidência da Câmara com selo de reformista. Por mais que tenham trocado farpas (Maia e Guedes), é interesse fazer as pazes com a equipe econômica para avançar na agenda que ele (Maia) tem interesse", afirmou o estrategista.   Fernanda Consorte, economista-chefe da Ouroinvest, acrescenta que, apesar do recuo do dólar no exterior, a que chamou de ajuste técnico pelas altas recentes, majoritariamente o movimento de hoje no mercado de câmbio brasileiro se dá pela sinalização positiva do governo de não romper o teto de gastos.   No início da tarde de hoje, as declarações do senador Márcio Bittar (MDB-AC), de que a proposta de financiamento do novo programa social do governo, o Renda Cidadã, vai respeitar o teto de gastos, deram motivos para a busca por risco nos mercados. O Ibovespa ganhou fôlego para uma alta que levou o principal índice da B3 à oscilar na casa dos 96 mil pontos, enquanto o dólar aprofundou o ritmo de queda que, na mesma sessão, levaria a moeda a operar mais perto da mínima do dia (R$ 5,5513).   "Soluções, quaisquer que sejam, serão dentro do teto", disse Bittar, ressaltando que a ideia é apresentar proposta quarta-feira de manhã. O senador disse ainda que "toda demanda tem que passar por carimbo da equipe de Paulo Guedes".   "Foi um alívio, mas é importante estar atento ao fato de que viveremos nesse ambiente de volatilidade até que, de fato, se concretize a ideia de um programa que ocorra respeitando os limites fiscais", ressaltou Fernanda.   Para os analistas do banco holandês Rabobank, com todo o ruído político, a projeção para o dólar passou a R$ 5,35 no final deste ano e para R$ 4,95 em dezembro de 2021. "A atenção ainda permanece na potencial divulgação de detalhes do programa social Renda Cidadã", escreveram em relatório. "O mercado vira rápido se perceber que a equipe econômica ficou escanteada e vai atender a desejos políticos", complementa Cruz.   Muito embora o peso local tenha pautado o dia, por volta de 40 minutos antes do fechamento da sessão à vista, o dólar acelerou o ritmo de queda ante o real com a confirmação de que o presidente Trump sairá do hospital hoje, por volta das 19h30, pelo horário de Brasília. Trump declarou estar se "sentindo muito bem". Com isso, a moeda americana acelerou o ritmo de queda tanto em relação a divisas fortes quanto a emergentes, registrando mínimas na casa dos R$ 5,55 - o menor nível intraday desde 28 de setembro último. (Simone Cavalcanti - [email protected])     17:33   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.56730 -1.8182 5.67680 5.55130 Dólar Comercial (BM&F) 5.6421 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5571.500 -2.14279 5681.500 5556.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5662.000 02/10     JUROS A semana começou com alívio curva de juros, com as taxas em baixa e devolvendo boa parte dos prêmios de risco adicionados na sexta-feira, quando os níveis de tensão com o cenário fiscal e político dispararam. Hoje, o mercado deu um voto de confiança ao governo com base na afirmação do senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que abarcará o Renda Cidadã, de que quaisquer soluções de financiamento do programa precisarão observar o teto de gastos. Também favoreceu a trajetória de queda o bom humor no exterior, dada a expectativa de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acometido por Covid, teria alta hospitalar ainda hoje, confirmada no meio da tarde, e em torno do acordo para o pacote fiscal norte-americano.   O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 terminou com taxa de 4,67%, ante 4,855% no ajuste anterior e a do DI para janeiro de 2022 caiu de 3,405% para 3,23%. O DI para janeiro de 2025 fechou com taxa de 6,51%, de 6,715%, e a do DI para janeiro de 2027 terminou a 7,44%, de 7,604%.   Pela manhã, as taxas de curto e médio prazo davam continuidade ao estresse da sessão anterior, ainda pressionadas pela a indefinição sobre o Renda Cidadã e repercutindo as divergências entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), enquanto a ponta longa recuava, respondendo ao exterior. No fim da primeira etapa, o cenário começou a desanuviar, após o término da reunião entre Guedes e Bittar, que havia estado mais cedo com o ministro Marinho, o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Bittar afirmou que a proposta da Renda Cidadã estará dentro do teto no relatório que será apresentado na quarta-feira (7) e que toda a demanda relacionada programa terá que passar pelo "carimbo" da equipe de Guedes.   Foi a senha para as taxas inverterem a mão e passarem a recuar com força, especialmente no miolo da curva que vinha sendo principal alvo das zeragens de posições. O DI para janeiro de 2023 chegou a recuar mais de 30 pontos-base na mínima do dia. "Aquela sensação de ruptura da quinta e sexta, com Campos Neto ameaçando o forward guidance e Guedes em conflito com ministro Marinho e com Maia esfriou, e hoje temos tudo mais calmo com sinais de convergência dentro do governo para a continuidade do teto", disse o operador de renda fixa da Terra Investimentos Paulo Nepomuceno.   À tarde, o senador Renan Calheiros, do mesmo MDB de Bittar e um dos articuladores do movimento para manter o teto com medida de ajuste fiscal, defendeu o corte de subsídios ineficientes, a eliminação salários acima do teto remuneratório no serviço público e alíquotas de Imposto de Renda maiores para quem ganha salários de mais de R$ 50 mil, R$ 70 mil e R$ 100 mil. Há ainda expectativa em torno de um jantar nesta noite entre Maia e Guedes para aparar as arestas, mas ao sair da reunião Guedes não confirmou se participará do evento.   As taxas, porém, não devolveram na íntegra tudo o que avançaram na sexta e o volume de contratos, embora hoje acima da média para uma segunda-feira, não foi tão forte também quanto na subida na sexta. Para Nepomuceno, ainda que Executivo e Legislativo hoje tenham "acendido o cachimbo da paz", "depois de tudo o que aconteceu na semana passada" é difícil ver os prêmios voltarem ao que eram enquanto não houver ações concretas.   Os vértices intermediários têm sido os mais demandados no recente ajuste de posições. Este trecho combina expectativas para a cena fiscal e para a política monetária de médio prazo, considerando que o forward guidance do Banco Central, que indica Selic em 2% por um período prolongado, pode ser levantado a qualquer momento caso não seja respeitada a regra do teto, como sinalizado por Campos Neto, na live do JPMorgan na quinta-feira. Não por acaso, as apostas de aperto monetário vêm crescendo nos últimos dias na curva, embora hoje tenham perdido um pouco de fôlego com a melhora generalizada do apetite pelo risco.   Na sessão estendida, as taxas longas tiveram um gás extra de queda, renovando mínimas e reagindo com algum delay à confirmação de que o presidente Donald Trump terá alta nesta segunda-feira à noite, que foi divulgada já bem perto do encerramento da etapa regular. (Denise Abarca - [email protected])     17:31   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 5.56 Hot Money (%a.m) 0.42 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90              
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