ATIVOS LOCAIS VÃO NA CONTRAMÃO EXTERNA E TÊM SEMANA DE PERDAS COM CAUTELA ELEITORAL

Blog, Cenário

As dúvidas em relação ao desfecho e ao pós-eleições no Brasil guiaram o mercado doméstico nesta semana, e se sobrepuseram à tendência externa de tomada de risco. À medida que as pesquisas eleitorais mostraram que o acirramento da disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro fora passageiro, as posições montadas na semana passada em caso de reeleição - em especial, em relação a estatais - foram sendo desfeitas nos últimos dias. Tanto que Petrobrás e Banco do Brasil mergulharam na semana - as ON da petroleira cederam 13,91% em relação à sexta passada, as PN recuaram 13,65% e as ON do BB retraíram 13,12%. Com exceção de certo alívio ontem, o Ibovespa teve quatro sessões de perdas. O efeito da carta de Lula ficou limitado ao pregão de quinta-feira, com os agentes ponderando que o texto trouxe pouca novidade. No radar dos agentes está o risco de uma eventual contestação do resultado por parte de Bolsonaro, embora líderes do Centrão descartem apoio a essa postura. Assim, o Ibovespa recuou hoje aos 114.539,05 pontos, queda de 0,09% hoje e 4,49% na semana. Ainda assim, no mês há avanço de 4,09%. No dólar, a postura de cautela perdeu força nos minutos finais da sessão, com pressões técnicas no mercado futuro relacionadas à Ptax levando o dólar à vista para um fechamento quase estável (R$ 5,3004, queda de 0,12%, na mínima). Ao fim, a moeda americana subiu 2,96% em relação à sexta-feira passada. Nos juros futuros, as taxas subiram em bloco na semana, com avanço de 13 pontos nos principais contratos. No exterior, as bolsas subiram, na esteira de resultados corporativos em sua maioria positivos. O índice Dow Jones saltou 2,59% hoje e 5,72% na semana. O S&P 500 ganhou 2,46% e 3,95%. E o Nasdaq avançou 2,87% e 2,24%. O DXY teve queda semanal de 1,12%, com a visão de que o Federal Reserve pode adotar uma postura menos intensa de aperto monetário a partir de dezembro. O mesmo movimento fez com que Treasuries cedessem ante a sexta passada - a T-note de 10 anos recuou 20 pontos-base.

•BOLSA

•CÂMBIO

•JUROS

•MERCADOS INTERNACIONAIS

BOLSA

A última sessão antes do segundo turno da eleição presidencial, e a penúltima do mês, como era de se esperar foi marcada por cautela, com o Ibovespa desconectado do bom humor externo, que resultou em ganhos acima de 2% para Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq no fechamento desta sexta-feira em Nova York. Aqui, além da incerteza eleitoral - que no pior cenário, de eventual contestação do resultado, estenderia-se por um "terceiro turno" -, o balanço trimestral da Vale, de ontem à noite, pressionou as ações da mineradora (ON -4,88%) neste encerramento da semana. No intervalo, o Ibovespa acumulou perda de 4,49%, após ganho de 7,01% na anterior.

Hoje, o índice ficou bem perto de zerar as perdas do dia perto do encerramento, ao fechar em baixa de 0,09%, a 114.539,05 pontos, entre mínima de 113.336,06 e máxima de 114.712,07 pontos, com abertura a 114.636,18 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 31,0 bilhões nesta sexta-feira. No mês, o Ibovespa avança 4,09%, com ganhos no ano a 9,27%.

O CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou hoje que o terceiro trimestre mudou as perspectivas da companhia. "Foi bem sólido com relação à produção, custo em linha, frete também. Enfim, foi um pouco frustrante em relação a questões contemporâneas, mas estamos indo bem nas variáveis que a gente controla, como custo", disse.

A queda sustentada nos preços do minério de ferro, em meio ao enfraquecimento do ritmo de atividade econômica da China, produz efeito também sobre as ações do setor de siderurgia, que operou em forte retração nesta sexta-feira, com destaque para CSN (ON -5,74%). A falta de relaxamento na política de Covid-zero no país asiático tem afetado diretamente os preços e a demanda por materiais básicos, pressionando as ações das empresas do setor.

O dia também foi negativo para Petrobras (ON -1,51%, PN -1,18%), com o petróleo em baixa superior a 1% na sessão, levemente positiva para os grandes bancos (Itaú PN +0,78%, Bradesco ON +0,74%), o que ajudou a conter as perdas do Ibovespa.

Na ponta positiva do índice na sessão, destaque para Méliuz (+8,33%), Cogna (+5,30%), Americanas (+4,84%) e Sul América (+4,40%). No lado oposto, além de CSN (-5,74%) e Vale (-4,88%), pela ordem as duas maiores perdedoras do dia, destaque também para Usiminas (-4,17%), Gerdau (PN -3,65%) e Bradespar (-3,32%). O índice de materiais básicos, que reúne as ações de commodities, fechou a sessão em baixa de 1,29%, enquanto o de consumo, com exposição à economia doméstica, avançou 1,87%.

Apesar do viés negativo que prevaleceu nesta última sessão da semana, o Ibovespa conseguiu manter a linha dos 114 mil pontos, que havia perdido anteontem quando fechou aos 112,7 mil pontos. Na mínima intradia da semana, também na quarta-feira, chegou aos 112,5 mil pontos, menor patamar desde o último dia 17.

"O volume de hoje ficou mais fraco e é natural essa cautela antes de uma eleição ainda indefinida, com parte das pesquisas ainda mostrando empate técnico, dentro da margem de erro. Não dá para fazer posição em cima, então se deixa em caixa, à espera do resultado", diz César Mikail, gestor de renda variável da Western Asset.

Em Nova York, os índices acionários continuaram a surfar nesta última sessão da semana a expectativa por moderação no ritmo de alta dos juros do Federal Reserve ainda este ano, bem como uma temporada de balanços trimestrais que, à exceção das grandes empresas de tecnologia, tem se mostrado “ok” até o momento, acrescenta o gestor.

Aqui, ontem, perto do fechamento, a carta do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o "Brasil do Amanhã", em que se faz referência a responsabilidade fiscal, foi rapidamente posta de lado pelo mercado como uma manifestação vaga e, em alguns pontos, contraditória.

"Ainda há dúvida sobre o que virá em caso de um terceiro mandato de Lula: se será como um 'Lula 1', do Henrique Meirelles no BC, ou um 'Dilma 2', do Guido Mantega na Fazenda, com ações muito 'desenvolvimentistas' na agenda econômica. Embora a carta tenho sido um aceno para o mercado, ficou muito vaga em termos de propostas concretas", diz Paulo Henrique Duarte, economista da Valor Investimentos.

Ante a incerteza no horizonte imediato, o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira traz um quadro de maior equilíbrio das expectativas para as ações no curtíssimo prazo, em comparação à pesquisa anterior. Entre os participantes, a previsão de alta para o Ibovespa caiu de 72,73% para 44,44%, sendo ainda majoritária, enquanto a de queda saltou de 18,18% para 33,33%. Para 22,22%, a Bolsa fechará a próxima semana com estabilidade, porcentual bem maior do que os 9,09% que no último Termômetro esperavam variação neutra. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

17:32

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 114539.05 -0.08872

Máxima 114712.07 +0.06

Mínima 113336.06 -1.14

Volume (R$ Bilhões) 3.10B

Volume (US$ Bilhões) 5.80B

17:34

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 116535 0.8001

Máxima 117050 +1.25

Mínima 114300 -1.13

CÂMBIO

Após tocar o nível de R$ 5,38 já na abertura do pregão e trabalhar em alta firme pela manhã, o dólar à vista perdeu fôlego ao longo da tarde e, com um tombo na reta final dos negócios, encerrou a sessão desta sexta-feira (28) em baixa de 0,12%, cotado a R$ 5,3004 (mínima do dia). Com valorização em três dos últimos cinco pregões, o dólar fecha a semana no mercado doméstico de câmbio com ganhos de 2,96%, o que faz do real a moeda de pior desempenho divisas de emergentes no período.

Segundo operadores, a formação da taxa de câmbio no mercado à vista na sessão de hoje foi muito influenciada pelo o tombo da divisa no mercado futuro, em razão de fatores técnicos típicos de encerramento de mês. Às vésperas da formação da última Ptax de outubro e da rolagem de posições, na segunda-feira (31), o contrato de dólar futuro para novembro - principal termômetro do apetite por negócios - teve giro forte, acima de US$ 18 bilhões.

Entusiasta da moeda brasileira, o economista-chefe do Instituto Finanças internacionais (IIF), Robin Brooks, observa que está é a primeira semana em 2022 na qual o real apresenta performance inferior a de seus pares. "Com as pesquisas apertadas, os mercados começam a se preocupar com o risco de transição e de contestação do resultado", afirma Brooks, no Twitter. "Colocamos o prêmio de risco eleitoral ao redor de 10%. Portanto, com um resultado ordeiro, podemos ver o dólar vir bem abaixo dos R$ 5,00".

Segundo noticiou o Broadcast Político, há rachaduras na estratégia dentro da campanha de Jair Bolsonaro, cuja última cartada para minar a credibilidade do pleito foi o caso das inserções de propaganda nas rádios - frente de batalha que já abandonada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, teria sugerido postergação das eleições. Mas a ideia encontra forte resistência no Centrão, que teme ser associado à defesa de um golpe ou à tática para vencer no "tapetão".

Para a economista Ariane Benedito, especialista em mercado de capitais, o mercado foi muito contaminado nesta semana pela expectativa em torno das eleições. Ela mantém uma visão otimista para ativos domésticos e acredita que, com a perspectiva de prolongamento de juro real alto (após a decisão do Copom na quarta-feira) e a possibilidade de preços de commodities elevados em razão da guerra da Ucrânia, pode haver um retorno do fluxo estrangeiro após as eleições.

"O real tende a ganhar com o juro real alto por tempo prolongado e crescimento econômico melhor que de outros emergentes. Por enquanto, com o impasse fiscal, uma faixa de dólar entre R$ 5,20 e R$ 5,40 ainda é saudável", afirma Ariane, acrescentando que, mais do que o comportamento da moeda americana no exterior, o que vai ditar a formação da taxa de câmbio são os sinais sobre a política fiscal.

No exterior, houve também uma desaceleração dos ganhos do dólar frente a pares fortes ao longo da tarde, com o índice DXY, que chegou a atingir máxima acima dos 111,000 pontos, operando entre leve alta, ao redor dos 110,600 pontos. A maioria de divisas emergentes e de exportadores de commodities perdeu fôlego, em meio ao avanço das taxas dos Treasuries. As cotações do petróleo caíram mais de 1%, com o tipo Brent para janeiro, referência para a Petrobras, em baixa de 1,33%, a US$ 93,77 o barril. As cotações do minério de ferro também recuaram com preocupações sobre a demanda chinesa, na esteira de eventuais medidas restritivas para combater a Covid-19.

Nos EUA, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) - medida de inflação preferida pelo Fed - subiu 0,3% em setembro, ao passo que o núcleo (exclui alimentos e energia) avançou 0,5%, ambos em linha com as expectativas. Na comparação anual, o PCE subiu 6,2% em setembro e seu núcleo aumentou 5,1%. Renda pessoal e gastos com consumo vieram levemente acima das expectativas, mas não assustaram os mercados.

As apostas de que o Federal Reserve, cujos membros estão em período de silêncio, promova nova alta de 75 pontos-base na taxa básica americana no dia 2 de novembro permanecem amplamente majoritárias. Também segue em pé a tese de que haverá desaceleração do ritmo de alta para 50 pontos-base em dezembro - seja em razão de sinais de perda de fôlego, ainda que tímida, da inflação, seja por declarações recentes de dirigentes do BC americano.

"Os números americanos de hoje vieram em linha com o esperado. Ainda tem trabalho a ser feito para esfriar a demanda, mas a sensação é que o Fed e outros bancos centrais já atingiram o pico de agressividade monetária e talvez não precisem vir mais com mensagens tão duras", afirma o CIO da Gama Investimentos, Ian Cao. (Antonio Perez - [email protected])

17:34

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.30040 -0.1187 5.38300 5.30040

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5294.500 -0.75914 5383.500 5287.500

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5328.000 -1.26019 5402.500 5321.500

JUROS

Os juros futuros terminaram a última sessão antes do segundo turno da eleição com taxas de lado ante os ajustes de ontem, mas avançaram na semana marcada pela elevação das tensões políticas. E foi justamente o compasso de espera pelo resultado do pleito presidencial no domingo que travou hoje o mercado, com a disputa considerada em aberto e dado o risco de contestação de resultado caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saia vencedor. Na semana, as taxas subiram em bloco, cerca de 13 pontos-base nas curtas e longas, configurando estabilidade na inclinação.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 12,965%, de 12,958% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 passou de 11,83% para 11,82%. A do DI para janeiro de 2027 encerrou na mínima de 11,65%, de 11,66%.

As taxas começaram o dia em alta, ainda sob um rescaldo da frustração com a cara aberta de Lula divulgada ontem no fim da tarde, que pegou o mercado de juros já na sessão estendida. No meio da manhã a pressão se dissipou e, a partir de então, as taxas passaram a oscilar ao redor dos ajustes, com os investidores evitando posições mais direcionais antes do desfecho eleitoral. É consenso no mercado que uma vitória ao candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, seria positiva para os ativos, mas, com Lula à frente nas pesquisas de intenção de votos - ainda que por margem estreita -, ninguém quis assumir risco.

"Lula tem um certo favoritismo, mas dada a grande diferença que as pesquisas no primeiro turno mostraram com relação ao resultado efetivo, há dúvidas quanto ao desfecho. A eleição tende a ser a mais apertada desde a redemocratização", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, lembrando ainda do papel importante que o debate hoje na TV Globo pode ter nas urnas. "Além disso, tem ainda a questão da abstenção. O candidato que mais conseguir convencer esse eleitorado tende a sair fortalecido", acrescentou.

Na semana do Copom, quem deu as cartas foi o cenário eleitoral. Começou com o impacto negativo do ataque do ex-deputado Roberto Jefferson a policiais federais no domingo sobre a campanha de Bolsonaro, e vieram as pesquisas mostrando que Lula voltou a abrir certa vantagem, após cenários de empate técnico na semana anterior. Culminou com o imbróglio das inserções de propaganda eleitoral que inflamou a massa bolsonarista contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, por sua vez, acabou rejeitando dar seguimento à ação em que a campanha de Bolsonaro acusava rádios de privilegiar Lula.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, acabou abandonando a estratégia de questionar a veiculação. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, sugeriu que, para haver reparação ao pai, as eleições teriam de ser postergadas, mas a ideia conta com forte oposição do Centrão, que teme ser associados à defesa de um golpe e do incentivo a uma tática para ganhar no "tapetão".

De todo modo, o mercado mantém um pé atrás com o risco de Bolsonaro, se perder, não aceitar o resultado e questionar judicialmente. Nesse caso, para os analistas do Citi, a Justiça Eleitoral provavelmente derrubaria uma contestação no prazo de até um mês, o que reduziria o ruído dessa frente para os mercados. Em relatório, avaliam ainda que Lula segue favorito, mas uma vitória do presidente é uma possibilidade clara. Caso Lula se confirme vencedor, o foco do mercado deve rapidamente passar para o Ministério da Fazenda e, para o banco, o mais provável é a nomeação de um político do PT, como o deputado Alexandre Padilha (SP), com apoio de uma equipe econômica respeitada.

A postura defensiva por causa da eleição acabou deixando o cenário externo hoje em segundo plano para o mercado de juros. Lá fora, as taxas dos Treasuries subiram, com os yields das T-Notes de 2 e de 10 anos voltando a rodar acima de 4,40% e de 4% respectivamente. Já o petróleo cedeu, pressionado pela alta do dólar e temor sobre a economia da China, após a retomada dos lockdowns em meio a novos surtos de covid-19. (Denise Abarca - [email protected])

08:26

 Operação   Último 

CDB Prefixado 31 dias (%a.a) 13.66

Capital de Giro (%a.a) 6.76

Hot Money (%a.m) 0.63

CDI Over (%a.a) 13.65

Over Selic (%a.a) 13.65

MERCADOS INTERNACIONAIS

As bolsas de Nova York subiram mais de 2% nesta sexta-feira e acumularam ganhos de até 6% na semana, enquanto investidores pesam os resultados trimestrais de empresas de comunicação e tecnologia. De um lado, a Amazon caiu 6%. De outro, a Apple avançou 7%, acompanhada por altas da Microsoft, Alphabet e Meta. Balanços de petroleiras considerados positivos também deram impulso aos índices acionários. A menor busca por segurança levou à queda no preço dos Treasuries e alta dos rendimentos, enquanto investidores digerem a inflação (PCE) dos Estados Unidos em linha com as projeções e aguardam a decisão do Federal Reserve (Fed) na semana que vem. Hoje, o dólar subiu ante rivais, o que colaborou para pressionar o petróleo, que caiu também diante do temor com a demanda chinesa em meio a novos surtos de covid-19 no país.

O "banho de sangue" em Wall Street causado pelos papéis de tecnologia acabou, diz o analista da Oanda, Edward Moya, que caracteriza como surpreendente o rali liderado pela Apple, dado os resultados "medíocres" da empresa e "buracos" nas perspectivas. "Mas quando você compara os lucros da Apple com os da Meta e Amazon, parecem bem melhores", avalia. A fabricantes de iPhone registrou lucro líquido de US 20 bilhões no quarto trimestre fiscal e receita recorde, e viu sua ação subir 7,56% na sessão. Alphabet (+4,41%), Microsoft (+4,02%) e Meta (+1,29%) também avançaram.

A Amazon, porém, caiu 6,80%, apesar do lucro acima de projeções. O mercado se decepcionou com as vendas líquidas neste trimestre e as projeções para o próximo.

Ainda quanto a balanços, a Exxon Mobil registrou lucro recorde, em meio aos elevados preços de energia, e subiu 2,93% na sessão, acompanhada por alta de 1,17% da Chevron, que também superou as expectativas de analistas.

No fechamento, o Dow Jones se valorizou 2,59%, a 32.861,80 pontos, o S&P 500 teve alta de 2,46%, a 3.901,06 pontos, e o Nasdaq avançou 2,87%, a 11.102,45 pontos. Na semana, os ganhos foram de 5,72%, 3,95% e 2,24%, respectivamente.

A última sessão da semana se deu de olho no resultado da medida favorita de inflação do Fed, o índice PCE, que subiu 0,3% em outubro sobre setembro. O núcleo PCE, por sua vez, avançou 0,5% no período, em linha com previsões. Desse modo, ganharam forças as expectativas por um banco central norte-americano menos agressivo mais adiante no combate à alta de preços. Monitoramento do CME Group mostrava, no fim da tarde em Nova York, 84,1% de probabilidade de aumento de 75 pontos-base (pb) na taxa dos Fed Funds na próxima quarta-feira, 02 de novembro, contra 15,9% para 50 pb. Ontem, tais parcelas eram de 88,5% e 11,5%, respectivamente.

O Citi diz não esperar que haja um pivô 'dovish' do Fed na próxima semana, ainda que seja mais provável que o ritmo de altas seja reduzido de 75 pb para 50 pb na reunião de dezembro. No monitoramento do CME Group, predomina a chance (48,2%) de alta de 50 pb na última reunião do ano, seguida pela de 75 pb (43,1%).

Neste cenário, o rendimento da T-note de 2 anos subia a 4,403%, o da T-note de 10 anos tinha alta a 4,004% e o do T-bond de 30 anos avançava a 4,123%. Para o BMO Capital Markets, na próxima semana, investidores do mercado de Treasuries devem monitorar não apenas o Fed, mas também possíveis anúncios do Departamento do Tesouro nos EUA.

No câmbio, o dólar se valorizou ante rivais, após perdas recentes. Na marcação, a divisa norte-americana subia a 147,44 ienes, depois que o Banco do Japão (BoJ) manteve política monetária acomodatícia, como esperado. Já o euro recuava a US$ 0,9965 e a libra tinha alta a US$ 1,1618, enquanto o índice DXY registrou alta de 0,15%, a 110,752 pontos, com recuo de 1,12% na comparação semanal.

De olho na força do dólar e nos novos lockdowns para conter o avanço da covid-19 na China, o petróleo fechou no vermelho nesta sessão. Com a política chinesa de zero-covid, crescem os temores sobre demanda do país pelo óleo. Hoje, o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 1,32% (US$ 1,18), a US$ 87,90 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro de 2023 perdeu 1,33% (US$ 1,27), a US$ 93,77 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, eles subiram 3,35% e 0,29%, respectivamente.

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