ATIVOS LOCAIS TÊM PREGÃO DE RECUPERAÇÃO EM DIA DE AGENDA FRACA E EXTERIOR MORNO

Blog, Cenário

Nem mesmo o desempenho vacilante dos mercados externos ou a decepção com a meta de crescimento da China impediram uma recuperação dos ativos domésticos nesta segunda-feira, após acumularem perdas nas últimas semanas. E foi justamente esse movimento negativo recente que abriu espaço para compras de algumas ações na Bolsa, desmontagem de posições defensivas no câmbio e devolução de prêmios nos juros. Até porque, a agenda, tanto local quanto internacional, esteve esvaziada, restando aos investidores precificarem fatores pontuais. No caso do Brasil, por exemplo, as taxas dos DIs bateram mínimas à tarde, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterar que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, está participando do processo de indicações para as duas diretorias da autarquia. Além disso, o chefe da Fazenda disse que "fechou" o novo arcabouço internamente, o que foi bem recebido, ainda que não tenha mostrado o desenho a Lula. O cenário mais benéfico, contudo, não se restringiu aos juros. Aliás, a queda do dólar ante o real, a R$ 5,1699 no fechamento (-0,58%), ajudou na retirada de gordura da curva a termo. E, por outro lado, o fortalecimento do real foi atribuído, em alguma medida, à entrada de recursos externos para a Bolsa. Os bancos, por exemplo, recobraram parte do espaço perdido nos últimos dias e ajudaram a garantir a alta de 0,80% do Ibovespa, aos 104.700,32 pontos. Por fim, no exterior, com o avanço dos yields dos Treasuries, uma vez que os agentes optaram pela cautela antes da participação do presidente do Fed, Jerome Powell, em audiência no Congresso dos EUA, amanhã e depois. O movimento de alta dos juros acabou limitando o apetite por risco, resultando no fechamento lateral dos índices acionários em Wall Street.

•JUROS

•CÂMBIO

•BOLSA

•MERCADOS INTERNACIONAIS

JUROS

Os juros futuros não somente resistiram em queda à virada para cima das taxas dos Treasuries como bateram as mínimas da sessão no período da tarde, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterar que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, está participando do processo de indicações para as duas diretorias da autarquia cujos mandatos expiraram na semana passada. Havia alguma expectativa de novidades relativas ao novo arcabouço fiscal, mas Haddad disse que a regra não foi apresentada na reunião que teve com o presidente Lula nesta segunda-feira. Também colaborou para um maior alívio na curva a melhora do câmbio, com o dólar atingindo mínimas na casa de R$ 5,16 à tarde, e, pela manhã, houve reação positiva ao Boletim Focus mostrando pausa na deterioração de boa parte das medianas de IPCA.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 caiu de 13,36% no ajuste de sexta-feira para 13,27% e a do DI para janeiro de 2025 passou de 12,84% para 12,69%. O DI para janeiro de 2027 fechou com taxa de 13,10%, de 13,19%. O DI para janeiro de 2029 encerrou com taxa de 13,50%, de 13,56%.

O avanço das taxas na semana passada abriu espaço hoje para alguma correção, enquanto o mercado aguarda a evolução da agenda nos próximos dias. A maior expectativa é pelo arcabouço fiscal que Haddad prometeu apresentar em março, com chances de sair antes do Copom no dia 22. O ministro já havia antecipado que o trabalho na Fazenda sobre o novo marco seria finalizado na semana passada e que as conclusões seriam levadas ao presidente. Por isso, as atenções estavam hoje voltadas ao desfecho da reunião com Lula. Ao deixar o encontro, o ministro confirmou que o texto já foi definido pela Fazenda, mas será apresentado aos outros ministérios que compõem a equipe econômica e depois será submetido ao chefe do Executivo.

"A apresentação da proposta é a grande aposta do governo para convencer o BC a alterar o tom e abrir espaço para corte dos juros nos próximos meses", lembra o economista da Tendências Silvio Campos Neto.

Mas o mercado nem teve tempo de se frustrar porque Haddad, ao sair da reunião da qual participou ainda o secretário-executivo Gabriel Galípolo, também disse que tem mantido conversas com Campos Neto sobre nomes para as diretorias de Fiscalização e Política Monetária e que tem levado os nomes sugeridos para Lula. "Isso diminui a preocupação com o risco de indicações de viés mais alinhado à ideologia do PT influenciando uma antecipação da queda de juros", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

"(Lula) vai dedicar o mês de março para conhecer essas pessoas", disse Haddad, segundo o qual não há prazo definido para anunciar os escolhidos já que as comissões do Senado encarregadas de sabatinar indicados não foram instaladas. Dois mandatos expiraram no dia 28, o de diretor de Fiscalização, Paulo Souza, e o de Política Monetária, Bruno Serra. Souza tem disposição de renovar o mandato, mas Serra já indicou que vai deixar o órgão.

Após a informação, as taxas renovaram mínimas, especialmente nos trechos curto e intermediário, mais sensíveis às apostas para a política monetária nos próximos meses. De acordo com Rostagno, a curva precificava nesta tarde 100% de chance de manutenção da Selic em 13,75% no Copom de março. As apostas de corte começam a aparecer para o encontro de junho, com 50% de probabilidade de uma queda de 25 pontos-base. Para o fim do ano, a precificação é de Selic em 12,68%.

Na pesquisa Focus, as medianas de IPCA para este e os próximos anos pararam de piorar, o que permitiu um alívio nos prêmios de risco logo cedo. A de IPCA 2023 segue 5,90%; a de 2024, em 4,02%; e a de 2025, 3,80%. A exceção foi a de 2026, que passou de 3,75% para 3,77%. A pausa na deterioração, no entanto, é muito pouco para justificar início do ciclo de distensão monetária no curtíssimo prazo, como parecem defender setores do PT dentro do governo, até que expectativas convirjam para as metas. Ou que as metas convirjam até expectativas, dentro do debate sobre a mudança nos alvos estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

No exterior, os juros dos Treasuries estavam bem comportados pela manhã, mas passaram a subir à tarde com o mercado computando riscos de que o Federal Reserve prolongue o aperto monetário em meio à resiliência apresentada pela economia a partir de dados recentes. Nesse contexto, o mercado redobrará as atenções ao testemunho do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Congresso, amanhã e na quarta-feira. (Denise Abarca - [email protected])

CÂMBIO

Após ensaiar uma rodada de alta pela manhã, em meio a perdas de divisas emergentes diante da decepção com a nova meta de crescimento anunciada pela China, o dólar se firmou em baixa no mercado doméstico de câmbio ao longo da tarde e encerrou a sessão desta segunda-feira, 6, em queda de 0,58%, cotado a R$ 5,1699. Houve variação de cerca de cinco centavos entre mínima (R$ 5,1622) e máxima (R$ 5,2176). Nos quatro primeiros pregões de março, a moeda americana acumula desvalorização de 1,05%.

Operadores atribuíram o desempenho do real hoje a fluxo pontual de recursos estrangeiros para a bolsa doméstica e a desmonte parcial de posições defensivas no mercado futuro de câmbio. Agentes aparam prêmios de risco embutidos na taxa de câmbio à espera do anúncio da regra fiscal que vai substituir o teto de gastos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje à tarde que "fechou" o novo arcabouço internamente, mas ainda não o apresentou ao presidente Lula, com quem se reuniu pela manhã para tratar do Desenrola, o programa de renegociação de dívidas. A intenção é que a proposta seja divulgada antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês (dias 21 e 22).

Haddad disse também que apresentou nomes para ocupar diretorias do Banco Central a Lula e que tem mantido conversas com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o tema. Há, no momento, dois mandatos que expiraram em 28 de fevereiro: o de diretor de Fiscalização, Paulo Souza, e o de Política Monetária, Bruno Serra. Souza tem disposição de renovar o mandato, mas Serra já indicou que vai deixar o órgão.

A economista Cristiane Quartaroli, do Banco Ourinvest, observa que não houve indicadores macroeconômicos que justificassem uma rodada de apreciação do real, que acabou destoando hoje das perdas da maioria das divisas emergentes. "Parece que o mercado reagiu bem às falas de Haddad sobre a perspectiva de anúncio do novo arcabouço fiscal, embora ele não tenha dado detalhes nem apresentado o plano ao Lula. Isso acabou contribuindo para a queda do dólar por aqui hoje", afirma Quartaroli.

No exterior, o índice DXY teve leve recuo, em especial por conta da recuperação do euro, após nova rodada de falas duras de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE). A maioria das divisas de países emergentes e de países exportadores de commodities perderam força em relação ao dólar, com exceção do real e dois de seus pares, o peso chileno e o colombiano.

As atenções estão voltadas nesta semana à fala, amanhã, do presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, no Senado americano, e à publicação, na sexta-feira, do relatório de emprego americano (payroll). Após uma rodada mais forte de dados de atividade e sinais de arrefecimento lento da inflação, investidores passaram a trabalhar com taxas de juros terminais mais altas no atual ciclo de aperto monetário conduzido pelo Fed.

Segundo o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, investidores parecem reforçar posicionamento em dólar no exterior diante da agenda cheia, que começa com Powell amanhã e culmina com o payroll na sexta-feira. Emergentes também sofreram com vacilo das commodities, em especial do minério de ferro, após a China anunciar meta de crescimento de "cerca de 5%", abaixo do esperado por analistas.

"Por aqui, ficamos no morde e assopra do ministério da Fazenda. Por enquanto, falta um plano econômico mais consistente. O dólar continua orbitando R$ 5,20. Hoje opera abaixo com o mercado mais calmo", afirma Galhardo.

O Bradesco afirma, em relatório que "modelos mais estruturais" continuam apontando para uma taxa de câmbio de R$ 5,25. Embora as contas externas exibam folga menor que à esperada há alguns meses, seguem em nível confortável, com o déficit em conta corrente sendo financiado pela entrada do investimento estrangeiro direto.

"Reconhecemos que outros fatores continuarão a influenciar o movimento da moeda nos próximos meses, como a incerteza fiscal e a manutenção de uma política monetária restritiva nos países desenvolvidos, que deve manter um movimento de dólar forte, ao menos no curto prazo", afirma o Bradesco. (Antonio Perez - [email protected])

18:29

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.16990 -0.5827 5.21760 5.16220

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL 5183.000 -0.86075 5247.000 5182.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5261.000 02/03    

BOLSA

Vindo de perdas de 1,83% e de 3,09% nas últimas duas semanas, o Ibovespa fechou nesta segunda-feira em alta de 0,80%, aos 104.700,32 pontos, em dia de moderados ganhos na maioria das bolsas dos Estados Unidos, Europa e Ásia. Aqui, a referência da B3 oscilou hoje entre mínima de 103.170,44 e máxima de 105.170,97, saindo de abertura aos 103.864,62 pontos. Enfraquecido como na sexta-feira, o giro financeiro ficou em R$ 22,3 bilhões. No mês, o Ibovespa quase zera as perdas (-0,22%), e ainda cai 4,59% no ano.

Apesar do desempenho negativo do setor de mineração (Vale ON -3,53%) e siderurgia (CSN ON -3,84%, Gerdau PN -3,20%, Usiminas PNA -0,84%), com a fraca projeção oficial de crescimento para a China em 2023, em torno de 5%, os bancos tiveram boa recuperação na sessão, com Bradesco (ON +2,99%, PN +3,34%) à frente, o que deu suporte ao Ibovespa, ao lado de Petrobras (ON +1,48%, PN +1,01%).

Na ponta do índice, destaque para forte desempenho das companhias aéreas Azul (+37,98%) e Gol (+23,78%), à frente de CVC (+19,29%), em dia de queda de 0,58% para o dólar à vista, a R$ 5,1699 no fechamento. “A Azul conseguiu chegar a acordo e rolar dívidas em relação a arrendamentos de aviões”, observa José Simão, sócio da Legend Investimentos. No lado oposto, destaque para os nomes da mineração e siderurgia, além de Bradespar (-1,38%).

“Não fosse o desempenho do setor de commodities metálicas na semana passada, o do Ibovespa teria sido ainda pior. Juros nos Estados Unidos e crescimento na China são situações dadas, estão nos preços. Precisamos fazer o dever de casa por aqui, e isso envolve um arcabouço fiscal que seja convincente e também avanço nas reformas, como a tributária, para a qual nunca houve ambiente tão favorável - consenso é difícil alcançar, mas a oposição de Estados e municípios parecia bem mais forte no passado”, diz Simão.

Pelo lado corporativo, o patamar de juros e condições mais restritas de crédito desde a crise da Americanas tornam o cenário desafiador, acrescenta. “Os ativos estão bem depreciados, mas é preciso de uma sinalização forte (para uma retomada)”, diz Simão. “As empresas estão precisando de um respiro.” Equacionar a questão fiscal é pressuposto incontornável para que o Banco Central comece a cortar juros, por critérios técnicos, não por pressão política, avaliam analistas de mercado.

Hoje, o ministro Fernando Haddad afirmou que "fechou" o novo arcabouço fiscal na Fazenda, mas ainda não apresentou a proposta ao presidente Lula. "Vou tratar com a área econômica antes", disse o ministro, que afirmou estar conversando com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre os nomes para a diretoria do colegiado, e tem apresentado sugestões a Lula. "O presidente Lula usará março para avaliar currículos para o BC que apresentei a ele", disse.

O ministro também afirmou que apresentou o "desenho" do programa Desenrola a Lula. Segundo ele, o presidente autorizou que a Fazenda contrate o desenvolvimento de um sistema e somente após essa entrega é que o programa será lançado. Por meio do Desenrola, os credores oferecerão descontos para pessoas com o CPF negativado quitarem as dívidas.

No exterior, "investidores se preparam para uma semana cheia de dados econômicos e com dois discursos do presidente do Fed, Jerome Powell", observa em nota a Guide Investimentos. "Powell será sabatinado no Congresso, amanhã e quarta-feira. Muito provavelmente será questionado pelo nível de taxas de juros e criticado pelo risco de gerar uma recessão", acrescenta a casa, destacando que "qualquer sinalização sobre os passos futuros da política monetária deverá ser observada de perto". A agenda da semana reserva também o payroll de fevereiro, na sexta-feira. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

18:27

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 104700.32 0.80328

Máxima 105170.97 +1.26

Mínima 103170.44 -0.67

Volume (R$ Bilhões) 2.23B

Volume (US$ Bilhões) 4.29B

18:29

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 105900 0.90519

Máxima 106440 +1.42

Mínima 104305 -0.61

Volta

MERCADOS INTERNACIONAIS

Os retornos dos Treasuries voltaram a subir nesta segunda-feira, enquanto investidores ajustam expectativas para a política monetária do Federal Reserve (Fed), na semana em que o presidente da instituição, Jerome Powell, fará depoimentos importantes no Congresso americano. A alta dos rendimentos pressionou as bolsas de Nova York, que acabaram fechando mistas, ao passo que o índice DXY caiu, com o euro se valorizando diante do crescimento da perspectiva do Banco Central Europeu (BCE) ser mais agressivo que o Fed. O arrefecimento do dólar, por sua vez, ajudou o petróleo no mercado futuro, mesmo com a demanda da China ainda pesando, depois que o país asiático estabeleceu uma meta de crescimento abaixo do que o mercado esperava.

"Os mercados estiveram, e ainda estão, em um cabo de guerra entre a esperança e o medo quanto ao que o Fed pode dizer ou fazer", disse Brian Jacobsen, estrategista sênior de investimentos da Allspring Global Investments, ao The Wall Street Journal. Já Edward Moya, da Oanda, afirma que esta semana será um momento decisivo para o apetite ao risco, "pois ouviremos o testemunho de Powell ao Congresso e descobriremos se o relatório de empregos de janeiro foi uma 'aberração'. As ações provavelmente não conseguirão ter uma recuperação significativa até ouvirmos o presidente do Fed Powell", conclui ele.

Para o BMO, o testemunho de Powell deve refletir uma determinação agressiva compatível com a força dos dados econômicos de janeiro. "Nesse contexto, tememos que os investidores estejam procurando mais do que Powell está pronto para oferecer na forma de uma surpresa hawkish. Para ser justo, não é totalmente fora do personagem de Powell entregar demais. Em vez disso, acreditamos que o presidente renunciou a várias oportunidades de aumentar a aposta na disposição do Comitê de mover a orientação da taxa terminal além do limite superior de 5,5% atualmente cotado no mercado", diz o banco.

Monitoramento do CME Group estima que apenas em setembro de 2024 a probabilidade de os juros nos EUA estarem abaixo do atual patamar de 4,50% a 4,75% será maior do que a de se encontrarem acima desse nível: a chances de os juros americanos baixarem do atual nível até setembro de 2024 é estimada em 61,6%. Segundo a ferramenta, há 74% de possibilidade de os juros se situarem em algum patamar a partir de 5,25% até o fim de 2023. Nesse contexto, no fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,896%, o da T-note de 10 anos tinha alta a 3,979%, e do do T-bond de 30 anos avançava a 3,916%. O índice Dow Jones subiu 0,12%, aos 33.431,44 pontos, o S&P 500 avançou 0,07%, aos 4.048,42 pontos, e o Nasdaq fechou em queda de 0,11%, aos 11.675,74 pontos.

Já o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, reduziu 0,16%, aos 104,350 pontos. O dólar ainda avançava a 135,99 ienes, e a libra cedia a US$ 1,2019.

O euro tinha alta a US$ 1,0679, com expectativa de um BCE hawkish, até mais que o Fed, em meio aos discursos agressivo de membros da instituição: o economista-chefe, Philip Lane, disse hoje que pressões de inflação subjacente sugerem que a autoridade monetária deverá seguir elevando juros após a reunião de março. Já a presidente Christine Lagarde afirmou ser "muito, muito provável" uma alta de juros de 50 pontos-base neste mês pela instituição, enquanto o dirigente Robert Holzmann defendeu altas de juros de 50 pontos-base nas próximas quatro reuniões do BCE.

A desvalorização do dólar deu força ao petróleo. No entanto, os ganhos foram limitados, já que o óleo foi pressionado em grande parte da sessão após a China estabelecer uma meta de crescimento de cerca de 5%, abaixo do que o mercado esperava. "Muitos traders de energia contavam com uma meta de crescimento próxima a 6%, o que explica por que o petróleo caiu da noite para o dia", aponta Moya. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em alta de 0,98% (US$ 0,78), a US$ 80,46 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,41% (US$ 0,35), a US$ 86,18 o barril.Para a Capital Economics, no entanto, o mercado de ações da China deverá continuar na rota de superar o baixo desempenho registrado entre 2021 e 2022, mesmo que o crescimento econômico do país não atinja a meta oficial de 5% neste ano. (Letícia Simionato - [email protected])

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