ATA DO FED CONFIRMA VISÃO SOBRE APERTO, DÁ FÔLEGO A NY E ZERA QUEDA DA BOLSA

Blog, Cenário

Principal evento desta quarta-feira, a ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) trouxe um roteiro mais ou menos em linha com o esperado pelo mercado. A mensagem ao fundo é de uma política monetária hawkish, haja visto a preocupação dos dirigentes com os riscos ampliados para a inflação e a necessidade de avançar rapidamente para um nível neutro com os juros. Porém, o tom final foi menos duro do que algumas casas esperavam. A ausência de debate em torno de uma elevação dos Fed funds em 0,75 ponto somada ao fato de o documento não citar a possibilidade de recessão foram as senhas para o mercado reforçar apostas em ativos de risco, uma vez que o cenário de altas de 0,50 ponto porcentual - consenso para o próximo par de reuniões, conforme o documento revelou - já está precificado. Assim, o investidor aproveitou que as ações em Nova York estavam muito descontadas e foram às compras. Não à toa, o índice que mais sofreu este ano, o Nasdaq, foi o que teve a maior alta do dia 1,51%. Por sua vez, S&P 500 subiu 0,95% e Dow Jones, 0,60%. Esse apetite por risco tirou a Bolsa do vermelho e a fez galgar até uma máxima acima dos 111 mil pontos. No fechamento, o índice marcava 110.579,81 pontos (estável). Destaque para a recuperação das ações da Petrobras (ON +2,03% e PN +1,42%), em meio ao processo de mais uma mudança de comando da estatal. No câmbio, tal cenário levou o dólar a zerar alta ante o real durante alguns minutos e terminando no segmento à vista em R$ 4,8209 (+0,18%). O alívio da moeda americana ajudou a reduzir o ritmo de alta da ponta longa de juros, com o mercado operando também de olho no noticiário sobre o projeto que reduz o ICMS para energia e combustível, que pode ser votado ainda hoje na Câmara. A sessão da Casa foi aberta por volta de 15h30, inicialmente com a eleição da mesa diretora. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 fechou a sessão regular em 12,09%, de 12,009% ontem no ajuste.

•MERCADOS INTERNACIONAIS

•BOLSA

•CÂMBIO

•JUROS

MERCADOS INTERNACIONAIS

A ata referente à última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) consolidou as expectativas por aumentos de 50 pontos base na taxa de juros dos Estados Unidos nos próximos encontros da autoridade. Com isso, as bolsas de Nova York tomaram fôlego na última etapa desta sessão, enquanto os rendimentos dos Treasuries tiveram reação tímida e operaram sem sinal único. O dólar reduziu seu ganhos, mas ainda sustentou alta ante a maioria das moedas fortes e emergentes. Mesmo sem o incentivo cambial, o petróleo subiu, com investidores observando riscos à oferta e a divulgação de dados de estoques nos Estados Unidos. Apesar de o Fed nem sitar a possibilidade de recessão, o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) alertou para o tema e reduziu sua projeção de crescimento em 2022 de 4,6% para 2,3%. Em paralelo, o Banco Central Europeu (BCE) destacou em seu relatório de estabilidade financeira, publicado hoje, riscos decorrentes da guerra na Ucrânia e alertou para uma possível correção no mercado imobiliário da região.

A Oxford Economics acredita que a ata da última reunião de política monetária Fed ressalta que o banco central vê a necessidade de continuar com aumentos de 50 pb nas duas próximas reuniões a fim de diminuir as pressões inflacionárias. O documento não fez menção à altas de 75 pb e nem à possibilidade de recessão nos EUA. Na visão de Edward Moya, analista da Oanda, as bolsas ganharam impulso na sequência já que os investidores antecipam que uma economia rapidamente enfraquecida forçará o Fed ser mais cuidadoso com seu ciclo de aperto. Além disso, Moya acredita que o Fed está otimista com a economia, mas está cada vez mais preocupado com os mercados de Treasuries e commodities. Entre os rendimentos, os juros dos Treasuries tiveram pouca movimentação após a ata, e ao fim da tarde, o da T-note de 2 anos subia a 2,500%, o da de 10 anos recuava a 2,743% e o do T-bond de 30 anos tinha baixa a 2,966%.

Algumas das principais altas dentre os índices estiveram em tecnologia, setor que contou com algumas recuperações importantes depois das quedas de ontem. Snap (10,63%) e Pinterest (9,51%) tiveram fortes ganhos. Neste cenário, o Dow Jones subiu 0,60%, a 32.121,53 pontos, o S&P 500 avançou 0,95%, a 3.979,00, pontos e o Nasdaq ganhou 1,51%, a 11.434,74 pontos. Na Europa, os principais índices também tiveram ganhos, com o FTSE 100 subindo 0,51% em Londres e o CAC 40 avançando 0,73% em Paris.

Já o IIF alerta para os riscos ao crescimento. Para a zona do euro, a previsão caiu de 3% para 1% no PIB neste ano, o que seria uma projeção de recessão, já que antecipa uma queda no PIB na segunda metade de 2022, destaca o IIF. A escalada da inflação deve conter o crescimento do consumo na Alemanha e jogar a maior economia da Europa a um quadro de recessão técnica no segundo semestre, avalia a Pantheon Macroeconomics, em relatório. As condições de estabilidade financeira na zona do euro pioraram em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia, que impulsionou os preços de energia e de commodities e agravou os riscos para a inflação e o crescimento do bloco, segundo relatório de estabilidade financeira publicado pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta quarta-feira. Diante de uma alta de juros e do avanço da inflação, a autoridade destaca ainda que correções de preços de imóveis são mais prováveis de ocorrer em mercados supervalorizados.

Depois de quedas recentes, o dólar avançou ante a maioria das moedas. Para a Western Union, as perspectivas de longo prazo do euro permanecem mais fracas, já que se espera que os aumentos das taxas do Fed ultrapassem em muito os do BCE, enquanto as preocupações contínuas sobre o crescimento global apoiam jogadas mais seguras como o dólar. Ao fim da tarde, o euro se desvalorizava a US$ 1,0683 e o DXY, que mede o dólar ante seis rivais, subiu 0,20%.

Sobre a China, o IIF aponta que a previsão de crescimento de caiu 5,1% para 3,5% neste ano, dadas as medidas restritivas contra o coronavírus, que devem provocar queda do PIB neste segundo trimestre, avalia o instituto. Hoje, o primeiro-ministro do país, Li Keqiang, admitiu hoje que a segunda maior economia do planeta enfrenta um quadro, "em alguns aspectos", mais desafiador do que o observado no início da pandemia, em 2020. Segundo a imprensa estatal, o premiê afirmou que, desde março, indicadores de indústria, consumo de eletricidade e transporte "caíram significativamente".

O petróleo fechou em alta, enquanto nos EUA, os estoques da commodity recuaram mais de 1 milhão de barris na semana passada, acima do previsto, enquanto os de gasolina caíram menos que o esperado. O WTI para julho fechou em alta de 0,51% (US$ 0,56), a US$ 110,33, enquanto o Brent para o mês seguinte avançou 0,43% (US$ 0,43), a US$ 111,12. (Matheus Andrade - [email protected])

BOLSA

Evento mais aguardado do dia, a ata do Federal Reserve - 'hawkish' mas em linha com o esperado - chegou a colocar o Ibovespa no limiar mais baixo dos 110 mil pontos, em queda em torno de 0,5%, enquanto Dow Jones e S&P 500 mostravam indecisão e o Nasdaq limitava ganhos. O que prevaleceu, contudo, ao menos lá fora, foi a visão do copo meio cheio: o viés restritivo da política monetária americana está aí, mas sem surpresas adicionais na tarde desta quarta-feira que cortassem a demanda por ações em Nova York, onde o S&P 500 fechou em alta de 0,95% e o Nasdaq, de 1,51%, com as três referências renovando máximas da sessão após a ata.

Após retomada que chegou a devolvê-lo aos 111 mil pontos no melhor momento da tarde, ao final o Ibovespa mostrava estabilidade aos 110.579,81 pontos, em esvaziamento que impediu a quinta alta consecutiva do índice. Aos 111.006,05 pontos na máxima da sessão, atingiu o maior patamar intradia desde 29 de abril (111.819,21). O nível de fechamento desta quarta-feira, por sua vez, parecia que seria o melhor desde 22 de abril, então aos 111.077,51 pontos, antes de o índice perder força perto do encerramento e ficar no zero a zero.

Fraco, o giro de hoje foi de R$ 23,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa avança 1,93%, elevando o ganho do mês a 2,51% e o do ano a 5,49%. Hoje, saiu de abertura a 110.579,87 e chegou, na mínima, aos 109.699,18 pontos.

"Opinião (do Fed) está bem direcionada, uniforme, para que levem a taxa de juros para território mais restritivo, priorizando o combate à inflação, ainda que mencionem risco à atividade", diz Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, que aguarda aumentos de 0,5 ponto porcentual a cada reunião de política monetária do Fed até o fim do ano, encerrando 2022 a 3,5%. "O ritmo de 0,5 ponto ficou bem claro nesta ata, alinhando as expectativas do mercado e mostrando que não há opiniões divergentes por lá, no Fed, quanto a isso. Veio bem em linha a ata com relação ao que os dirigentes vinham dizendo recentemente", acrescenta.

"A sinalização do Fed, na ata, foi de aumento de 0,5 ponto porcentual nas duas próximas reuniões, em junho e julho, para tentar segurar essa inflação desenfreada por lá, a maior dos últimos 40 anos. O discurso inicial, do Fed, era de que a inflação seria passageira. Aos poucos foi ajustando o discurso e agora mostra que a política monetária precisará ser um pouco mais apertada, o que já vinha afetando as ações, especialmente as do setor de tecnologia nos Estados Unidos", diz Welington Filho, especialista em renda variável da Blue3.

Na ata, o Fed observa que será necessário gerir risco nas decisões monetárias, e que será importante avançar rapidamente para política monetária mais neutra (nem estimulativa, nem restritiva). Mas a instituição ressalva que "postura restritiva pode ser necessária, a depender das perspectivas futuras". O documento observa também que a perspectiva econômica continua "altamente incerta".

A recuperação pós-ata não se firmou na B3 em razão do desempenho negativo das ações de grandes bancos (Unit do Santander -2,62%, Itaú PN -1,80%), segmento de maior peso no índice. Entre as blue chips, Petrobras (ON +2,03%, PN +1,42%) e Vale (ON +0,31%) subiram, em dia no qual o desempenho do Ibovespa foi liderado por Via (+6,27%), MRV (+3,83%) e Sul América (+3,65%), com Banco Inter (-6,43%), Banco Pan (-5,28%) e Americanas ON (-4,33%) segurando a ponta oposta. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

17:27

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 110579.81 -0.00089

Máxima 111006.05 +0.38

Mínima 109699.18 -0.80

Volume (R$ Bilhões) 2.33B

Volume (US$ Bilhões) 4.82B

17:29

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 111015 -0.33665

Máxima 111740 +0.31

Mínima 110280 -1.00

CÂMBIO

Uma melhora do apetite ao risco no exterior, na esteira da divulgação da ata do Federal Reserve, tirou um pouco de pressão do mercado doméstico de câmbio. Com aceleração das Bolsas em Nova York e diminuição dos ganhos da moeda americana no exterior, o dólar à vista - que mostrou avanço firme ao longo da tarde, na faixa entre R$ 4,83 e R$ 4,84 - perdeu parte do seu ímpeto e fechou com leve alta, no limiar de R$ 4,82.

A ata do encontro mais recente de política monetária do Fed foi recebida sem grandes sobressaltos pelos investidores. O BC americano acenou com altas consecutivas da taxa básica em 50 pontos-base nas próximas duas reuniões e ratificou a intenção de levar o juro para o nível neutro rapidamente. Não houve menção, contudo, a debates em torno de uma aceleração do ritmo de ajuste da política monetária, com eventual elevação da taxa básica em 75 pontos-base.

Dirigentes do Fed também ressaltaram que esperam crescimento sólido da economia americana no segundo trimestre e descartaram a possibilidade de um surto recessivo a partir do aperto das condições financeiras. Foi o que bastou para o mercado operar a tese de diminuição dos riscos de "estagflação" e impulsionar os ativos de risco.

"A ata do Fed não trouxe novidades. Houve a confirmação de que o Fed pretende manter o nível de elevação [da taxa básica] em 50 pontos-base, o que abriu espaço para uma recuperação em Nova York e ajudou por aqui", afirma a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack.

No exterior, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes - perdeu parte do seu ímpeto, embora ainda tenha se mantido em alta e subisse cerca de 0,25%, na faixa de 102,100 pontos, quando o mercado doméstico fechou. A moeda americana também reduziu os ganhos frente a divisas emergentes e de países exportadores de commodities.

Por aqui, o dólar chegou a operar em leve baixa e desceu até a mínima de R$ 4,8088 (-0,14%). Na reta final da sessão, a moeda recuperou parte do fôlego altista e fechou cotada a R$ 4,8209, avanço de 0,18%. Apesar de emendar o segundo dia seguido de alta, a divisa ainda acumula queda de 1,09% na semana. Em maio, as perdas são de 2,46%.

A economista Bruna Centeno, especialista em renda fixa da Blue3, observa que havia temores de que o Fed pudesse adotar um tom ainda mais duro, após falas recentes de dirigentes do BC americano sobre a possibilidade de um ajuste mais rápido e intenso da política monetária.

"Havia um temor de que pudesse se falar em alta de 75 pontos-base. Mas o Fed mostrou que não precisa ser tão agressivo ao confirmar novas altas [da taxa básica] em 50 pontos-base. Isso trouxe um alívio para o mercado.", diz Centeno. "O cenário de estagflação ainda não está de todo descartado. Mas a economia americana está aquecida e com mercado de trabalho forte. Isso dá certo conforto para o Fed subir os juros."

Economistas do Bradesco notam, em relatório, que a apreciação recente do real tem como um de seus indutores justamente a diminuição dos temores de uma alta mais agressiva dos juros americanos. Outro ponto favorável ao real foi a reabertura da China após medidas restritivas para combater a Covid-19, o que vai afetar positivamente a demanda local e, por tabela, manter os preços das commodities elevados no curto prazo.

Dois modelos desenvolvidos pelo time do Bradesco sugerem que o "valor justo" do dólar seria de R$ 4,40 ou R$ 4,50. Embora os modelos apontem espaço para uma apreciação do real, os economistas do banco afirmam que "existem vetores para ambas as direções e que há uma incerteza acima do usual". Fundamentos das contas externas, fluxo de recursos em razão de realocação de portfólios globais e diferencial de juros apontam para um real mais forte. Entre os fatores que podem jogar o dólar para cima estão: alta "mais tempestiva" dos juros nos EUA, desaceleração da economia global, com consequente queda de preços das commodities, e o cenário doméstico fiscal de médio prazo. (Antonio Perez - [email protected])

17:29

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima  

Dólar Comercial (AE) 4.82090 0.1787 4.86430 4.80580

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4832.000 0.03105 4871.500 4813.000

DOLAR COMERCIAL 4898.000 1.11478 4898.000 4880.500

JUROS

Os juros futuros fecharam a quarta-feira estáveis nos vencimentos de curto e médio prazos e em alta nos longos, configurando ganho de inclinação para a curva a termo. A atenção do mercado esteve dividida entre o câmbio, onde o dólar esteve em alta na maior parte da sessão, e o noticiário relacionado ao projeto que limita a incidência do ICMS sobre energia e combustíveis, com impacto no trecho longo. O texto pode ser votado hoje ainda na Câmara e implica, por um lado, importante alívio inflacionário, mas, por outro, efeito fiscal negativo. A ata do Federal Reserve, destaque da agenda, veio conforme o esperado, com reação discreta dos ativos.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou estável ante o ajuste de ontem, em 13,415%, e a do DI para janeiro de 2024 encerrou em 12,965% (13,001% ontem). O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 12,28%, de 12,259%, e o DI para janeiro de 2027, a 12,09%, de 12,009%.

Após a repercussão negativa do IPCA-15 de maio acima do consenso ontem nos contratos até o miolo da curva, hoje a movimentação foi mais concentrada nos vértices a partir de 2025. O operador de renda fixa da Mirae Asset Paulo Nepomuceno viu o câmbio hoje como a principal referência para a curva. "O dólar está subindo de forma generalizada e deixando a sensação de que o prêmio de risco para emergentes tem de ser maior", disse. Após tocar a casa de R$ 4,86 nas máximas, o dólar perdeu força no meio da tarde, contribuindo para também reduzir o impulso de alta dos juros longos.

Os mercados tiveram uma reação inicialmente morna à ata, mas depois valorizaram o fato de que o documento não mencionou risco de aceleração no ritmo de aperto monetário para além de 0,5 ponto porcentual. Os Treasuries permaneceram comportados, sem influenciar a curva local.

Para o gestor de renda fixa da Sicredi Asset, Cassio Andrade Xavier, o principal vetor do dia para o mercado de juros foi a evolução do projeto do ICMS, que estabelece um teto de 17% sobre energia elétrica, combustíveis e gás natural. "Pode representar uma piora fiscal, fazendo preço na inflação (NTN-B) principalmente, mas também no DI", afirmou.

A despeito do alívio inflacionário que o projeto original poderia trazer - algumas casas calculam em até 1,5 ponto porcentual para 2022 -, há preocupação com a fonte de compensação para a perda de receitas, que é também o ponto de conflito com os governadores e prefeitos.

Com a sessão regular já encerrada, o relator deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) concedeu entrevista coletiva, na qual disse que negociou com parlamentares que a União compense os entes regionais quando a perda global de arrecadação com o ICMS for superior a 5%, medida que pode facilitar a tramitação do texto. Esse gatilho será temporário e deixará de valer depois de seis meses, em uma espécie de "período de transição". Nascimento disse que a compensação será feita por meio de abatimento da dívida desses entes com a União. Ainda, afirmou que vai incluir na lista também o querosene de aviação.

A expectativa é de que o projeto seja votado ainda hoje no plenário da Câmara.

As taxas curtas e intermediárias tiveram oscilação restrita, após os ajustes de ontem ao IPCA-15. Na esteira do dado, hoje o BTG Pactual elevou de 9,2% para 9,4% a sua projeção para o índice de 2022. O banco reiterou a estimativa para 2023, de 4,3%, mas reconheceu riscos para cima na estimativa. "As revisões foram puxadas por ajustes em serviços e bens industriais, na esteira dos resultados maiores do que o esperado e da muito desfavorável (e pior do que o esperado) composição dos dados", afirma o analista do banco Bruno Balassiano, em relatório. (Denise Abarca - [email protected])

17:28

 Operação   Último 

CDB Prefixado dias (%a.a) 12.80

Capital de Giro (%a.a) 6.76

Hot Money (%a.m) 0.63

CDI Over (%a.a) 12.65

Over Selic (%a.a) 12.65

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