APOSTA EM FED DURO TRAZ AVERSÃO GLOBAL AO RISCO; LOCAL É AFETADO AINDA POR TRANSIÇÃO

Blog, Cenário

Temores renovados de uma ação contundente do Federal Reserve contra a inflação levaram a uma nova rodada de fuga do risco no exterior, respigando no cenário local. Dados em sua maioria mais fortes da economia dos Estados Unidos reforçam a percepção de que o Fed terá de estender o processo de aperto monetário, o que leva a apostas de juro mais alto por lá. E até mesmo a expectativa de alta de 50 pontos-base em dezembro, consolidada na semana passada, perdeu um pouco de terreno para a de 75 pontos-base. Esse processo de normalização levaria também, em um segundo momento, a uma desaceleração forte da atividade econômica, contribuindo para um temor adicional aos mercados acionários. Neste ambiente, o juro da T-note de 2 anos subiu aos 4,391%, o DXY voltou à casa de 105 pontos e as bolsas de Nova York terminaram em queda superior a 1% - Dow Jones cedeu 1,40%, S&P 500 recuou 1,79% e Nasdaq perdeu 1,93%. No Brasil, o comportamento dos ativos semelhantes foi espelhado. Os juros futuros subiram, o dólar à vista terminou o dia a R$ 5,2829 (+1,30%) e o Ibovespa caiu aos 109.401,41 pontos (-2,25%). Aqui, dois fatores dão gás adicional à cautela. O primeiro são as incertezas em relação à transição de governo, com a possibilidade de a PEC da Transição ser votada amanhã na CCJ do Senado, ainda com valor robusto extrateto - de R$ 198 bilhões -, e a demora na formação ministerial. O segundo é a liquidez menor, que foi minguando na etapa da tarde à medida que se aproximava do horário do jogo vitorioso do Brasil contra a Coreia do Sul, nas oitavas-de-final da Copa do Catar.

•MERCADOS INTERNACIONAIS

•JUROS

•CÂMBIO

•BOLSA

MERCADOS INTERNACIONAIS

Os dados do dia foram mistos nos Estados Unidos, mas o índice de gerentes de compras (PMI) de serviços do Instituto para Gestão da Oferta (ISM) e as encomendas à indústria superaram a expectativa, o que reforçou um pouco a possibilidade de aperto mais duro na política monetária do Federal Reserve (Fed). No período de silêncio dos dirigentes antes da decisão do dia 14, aumentou a chance de uma elevação de 75 pontos-base, no monitoramento do CME Group, embora a alta de 50 pontos continue a ser vista como muito mais provável. Na tarde de hoje, as bolsas de Nova York pioraram e fecharam em queda, o dólar e os juros dos Treasuries avançaram. No petróleo, a alta de mais cedo não se sustentou ante o mau humor predominante nos mercados em geral, com o dólar forte e notícias do setor no radar, como a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de manter os níveis de produção.

O mercado acionário de Nova York já abriu em território negativo, e aprofundou perdas após indicadores dos EUA. O ISM de serviços foi "inesperadamente mais forte, com a atividade e o emprego em alta em novembro", apontou o ANZ. O Goldman Sachs também destacou as encomendas à indústria em alta de 1,0% em outubro antes setembro, acima do esperado, mas disse que manteve previsão de crescimento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) do país neste quarto trimestre. Nesse quadro, as leituras mais fracas do PMI da S&P Global para os EUA ficaram em segundo plano.

Em período de silêncio do Fed, o monitoramento do CME Group via aumento da chance de alta de 75 pontos-base nos juros neste mês, a 25,3% (de 21,8% na sexta-feira). Mas o desfecho visto como bem mais provável (74,7%) no dia 14 é que o BC americano suba os juros em 50 pontos-base. A Stifel comenta que a inflação segue perto de máximas em quatro décadas, enquanto a atividade e o consumo ainda se sustentam, o que leva os dirigentes a elevar mais os juros.

Hoje, isso se traduziu em ajustes nos mercados. Nos juros dos Treasuries, o movimento foi para cima. No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,391%, o da T-note de 10 anos avançava a 3,603% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 3,608%. Segundo o BMO Capital, a força do setor de serviços americano pode levar a uma reprecificação nesse mercado, com a possibilidade de que os juros sigam no nível mais elevado do ciclo de aperto por mais tempo para conter a inflação.

No câmbio, o dólar subiu, com o índice DXY, que o mede ante uma cesta de moedas fortes, em alta de 0,71%, a 105,289 pontos. No horário citado, o dólar subia a 136,72 ienes, o euro recuava a US$ 1,0491 e a libra avançava a US$ 1,2178.

Já nas bolsas americanas, o quadro piorou à tarde. Energia esteve entre os setores mais pressionados, acompanhando a piora do petróleo. O Dow Jones fechou em queda de 1,40%, em 33.947,10 pontos, o S&P 500 caiu 1,79%, a 3.998,84 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 1,93%, a 11.239,94 pontos.

O petróleo chegou a subir em parte do dia, mas exibiu fechamento claramente negativo: o contrato do WTI para janeiro caiu 3,81%, a US$ 76,93 o barril, na Nymex, e o Brent para fevereiro recuou 3,38%, a US$ 82,68 o barril. A Capital Economics diz que a atividade global mais fraca e o dólar "um pouco mais forte" devem pesar sobre os preços das commodities nos próximos meses. A consultoria diz, porém, que a recessão seria "relativamente branda" e os preços das commodities devem ganhar força no fim do próximo ano, impulsionados pelo início do relaxamento monetário nos EUA.

Na Europa, Paschal Donohoe foi reeleito presidente do grupo de ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo). Em entrevista coletiva, o Eurogrupo disse que os países da região pretendem adotar apoio fiscal mais direcionado em 2023, ajudando os mais pobres a enfrentar os custos elevados de energia, mas sem prejudicar em excesso as contas públicas. (Gabriel Bueno da Costa - [email protected])

JUROS

O mercado de juros começou a semana de decisão de política monetária no Brasil com taxas em alta, importando a aversão ao risco do cenário externo e refletindo cautela com a tramitação da PEC da Transição que começa amanhã. No exterior, dados acima do esperado da economia americana sugerindo postura mais hawkish do Federal Reserve impulsionaram os rendimentos dos Treasuries e fortaleceram o dólar.

No Brasil, os investidores experimentaram uma certa frustração com a entrevista do relator-geral do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI). Ele confirmou que o "waiver" deve vigorar por dois anos, e não quatro, mas, também, por outro lado, o valor de R$ 198 bilhões a ser excluído da regra, quando o mercado já esperava uma sinalização mais clara de mudança para um valor perto de R$ 150 bilhões. Esse contexto abriu espaço para uma realização de lucros, depois de as taxas terem encerrado a semana passada em queda de mais de 100 pontos-base, no caso da ponta longa, hoje justamente a que mais subiu.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 13,985% regular e 14,00% a estendida, de 13,826% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2025 encerrou em 13,09% (regular) e 13,13% (estendida), de 12,90% no ajuste anterior. A do DI para janeiro de 2027 subiu de 12,49% para 12,72% (regular) e 12,755% (estendida).

O mercado já começou o dia disposto a corrigir parte do movimento anterior, mesmo que no fim da semana, após uma série de reuniões, senadores tenham definido que a excepcionalização dos gastos do Bolsa Família da regra do teto na PEC valerá por dois anos, o que foi confirmado hoje por Castro. Porém, ele reforçou que o texto da deverá manter o valor de R$ 175 bilhões que o PT apresentou para o programa fora das regras fiscais, além de R$ 23 bilhões em receitas extraordinárias.

A questão do prazo já vinha de certa forma precificada nos ativos, mas o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostango diz que a afirmação sobre o valor "decepcionou um pouco o mercado, que esperava já alguma menção sobre os R$ 150 bilhões". Esse montante é considerado por especialistas neutro do ponto de vista da expansão fiscal.

Para analistas da Warren Renascença, a entrevista de Castro "deixou claro que o modelo e os valores da PEC, até este momento, são uma peça desencaixada" no texto. "A fala dele ficou bem truncada. Ele considerou a PEC do Tasso simpática, defendeu que o valor do Bolsa Família fique fora do teto e por fim não descartou a possibilidade de no próximo ano haver um reforço no Orçamento de R$ 136 bilhões, com base na previsão de aumento de 19% do PIB", disseram os profissionais, para quem um sinal mais concreto do que será a PEC só deve vir amanhã de manhã. A votação da PEC está prevista para esta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e deve acontecer no plenário do Senado na quarta.

Ainda pela manhã, o ajuste das taxas ganhou tração com o exterior, quando os yields dos Treasuries passaram a renovar máximas, assim como o dólar. A taxa da T-Note de dez anos chegou a abrir 12 pontos em relação à sexta-feira. Tanto o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos, de 56,5 em novembro, quanto as encomendas à indústria, que subiram 1,00%, surpreenderam os analistas que esperavam queda a 53,7 do ISM e avanço menor das encomendas, de 0,7%.

Para Rostagno, os números não alteram a expectativa para a decisão do Federal Reserve na reunião da semana que vem, de elevação do juro em 50 pontos-base, mas trazem cautela quanto aos passos adiante, "à frente de dezembro", com risco de manutenção do juro em níveis elevados por mais tempo.

Antes do Fed na semana que vem, aqui o Copom se reúne nesta quarta-feira. Na curva, a chance de uma alta de 25 pontos na atual Selic de 13,75% é pequena, de apenas de 16%, de acordo com Rostagno. Para as reuniões de fevereiro (18 pontos) e março (22 pontos), porém, as apostas de aumento de 25 pontos são majoritárias. "Mercado já coloca um risco mais concreto de alta moderada no começo do ano que vem", disse o estrategista, segundo o qual as chances de corte começam a aparecer a partir de agosto.

Na pesquisa Focus, a mediana das estimativas para a Selic para o fim de 2022 permaneceu em 13,75%, mas a de 2023 (11,50% para 11,75%) e a de 2024 (8,25% para 8,50%) subiram. A mediana de IPCA 2023 avançou de 5,02% para 5,08%, mas a de 2024 manteve-se em 3,50%.

Para esta semana, diante do consenso em torno da manutenção dos 13,75%, a expectativa maior se dá em cima do que deve sinalizar o comunicado. Para a equipe do BTG Pactual, o comitê deve ressaltar o balanço de riscos da inflação e mantendo o tom atento ao cenário fiscal doméstico. "Com relação à atividade econômica, o comunicado deve ressaltar os efeitos da política monetária contracionista nos dados do último trimestre, principalmente no Comércio e na Indústria", disseram os economistas.

No campo da inflação, merece atenção a recomendação do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz) sobre a alíquota do ICMS para os chamados bens essenciais. Com base em uma pesquisa, obtida pelo Estadão, o comitê deve orientar governadores a aumentar a alíquota padrão para compensar a perda de arrecadação com a desoneração dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. Para isso, teriam que elevar em quatro pontos porcentuais, de 17,5% para 21,5%, a alíquota média a partir de 2023 (leia mais em matéria publicada às 14h26). (Denise Abarca - [email protected])

CÂMBIO

O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira, 5, em alta firme e voltou a se aproximar do nível de R$ 5,30, em dia marcado por forte aversão ao risco e amplo fortalecimento da moeda americana no exterior. Investidores voltaram a embutir nos preços a perspectiva de um prolongamento do processo de aperto monetário pelo Federal Reserve ao longo de 2023. Ao resultado acima do esperado do relatório de emprego americano (payroll) em novembro, divulgado na sexta-feira, somaram-se hoje indicadores fortes da indústria e dados mistos do setor de serviços nos Estados Unidos.

Embora em segundo plano hoje, também jogam contra o real as indefinições em torno da configuração final PEC da Transição e o crescente favoritismo do ex-prefeito Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda, o que desperta receio de uma política econômica mais à esquerda. Operadores ressaltam que havia espaço também para ajustes técnicos no mercado de câmbio, uma vez que a moeda, a despeito de ter subido na sexta-feira, fechou a semana passada em baixa de 3,81% ante o real.

Com sinal positivo desde os primeiros minutos de negociação, o dólar acelerou o ritmo de alta ao longo da tarde. Na última hora de negócios, a moeda renovou sucessivas máximas, correndo até R$ 5,2899, enquanto Ibovespa registrava mínimas em linha com o tombo das bolsas em Nova York. No fim do dia, o dólar era cotado a R$ 5,2829, valorização de 1,30%. No acumulado de 2022, a divisa ainda acumula queda de 5,25%. A liquidez foi reduzida em razão do jogo do Brasil contra a Coreia do Sul na Copa do Mundo do Qatar. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para janeiro girou menos de US$ 10 bilhões.

No exterior, o índice DXY - termômetro do comportamento do dólar frente a seis divisas fortes, em especial euro e iene - operou em alta ao longo do dia e não apenas superou os 105,0 pontos à tarde como tocou máxima aos 105,399 pontos. A moeda americana também ganhou terreno frente a divisas emergentes e de exportadores de commodities.

"O cenário externo está se deteriorando com a preocupação em relação ao tamanho dos juros americanos. O payroll mostrou geração de vagas maior que o esperado e levou investidores a reavaliar como será a postura do Fed", afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. O payroll de novembro trouxe criação de 263 mil vagas, acima das expectativas (200 mil).

Pela manhã, o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) informou que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos subiu de 54,4 em outubro para 56,5 em novembro, superando as expectativas (53,7). As encomendas à indústria nos Estados Unidos avançaram em 1,0% em outubro ante setembro, acima do esperado (+0,7%). Na contramão, o PMI composto dos Estados Unidos recuou de 48,2 em outubro a 46,4 em novembro, na leitura final da S&P Global. Leituras abaixo de 50 apontam contração.

É majoritária a expectativa de que o Fed reduza o ritmo de aperto monetário e anuncie no próximo dia 14 uma alta da taxa de juros em 50 pontos-base. O mercado aguarda, porém, sinais dos integrantes do BC americano sobre a extensão do ciclo aperto e a taxa terminal.

"A expectativa que está ganhando força no mercado é que o Fed eleve a taxa de juros por um período maior, embora possa reduzir a magnitude de alta em dezembro. Na sexta, o dado do mercado de trabalho veio forte e hoje o setor industrial avançou, o que mostra atividade ainda aquecida", afirma a economista-chefe da economista chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack. "Na semana passada, a alta das commodities, com relaxamento da política de covid-zero na China, ajudou as moedas emergentes, mas hoje os holofotes se voltaram para a questão dos juros nos EUA."

Por aqui, Abdelmalack afirma que ainda há desconforto com as incertezas em torno da PEC da Transição. Investidores assumem postura defensiva porque há dúvidas se o Congresso vai, de fato, conter as "extravagâncias" do texto original, com redução do prazo em que o volume de recursos vão ficar fora do teto de gastos.

Segundo o relator-geral do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI), o prazo da excepcionalidade do Bolsa Família fora do teto de gastos na PEC deve cair de quatro para dois anos, como esperado. A tendência é manter o valor de R$ 175 bilhões apresentado pelo PT, mais os R$ 23 bilhões em receitas extraordinárias. A perspectiva é que a PEC seja votada amanhã na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e que seja apreciada no plenário da Casa na quarta-feira, 7. (Antonio Perez - [email protected])

18:27

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.28290 1.302 5.28990 5.20760

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5315.000 1.29598 5318.000 5236.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5278.213      

BOLSA

Alternando ganhos e perdas nas últimas quatro sessões, o Ibovespa voltou a ceder terreno neste começo de semana, com volume financeiro muito enfraquecido, à tarde, pelo jogo decisivo entre Brasil e Coreia do Sul, às 16h. A acentuação do sinal negativo em Nova York na etapa complementar foi acompanhada por piora do Ibovespa, que fechou a sessão em baixa de 2,25%, aos 109.401,41 pontos, entre mínima de 109.270,18, do fim da tarde, e máxima de 112.149,58 pontos nesta segunda-feira. No mês, com apenas três sessões, o índice da B3 cai 2,74%, limitando o avanço do ano a 4,37%. O giro financeiro foi de apenas R$ 22,4 bilhões nesta segunda de Copa.

Na B3, Petrobras, que resistia mais cedo ao sinal negativo do petróleo, alinhou-se ao longo da tarde ao dia ruim para a commodity, que cedeu mais de 3% na sessão, tanto no Brent como no WTI, em sessão marcada pelo início do teto do preço do petróleo russo. No fechamento, Petrobras ON e PN mostravam, respectivamente, baixas de 1,35% e 1,12%, enquanto Vale ON também mudou de sinal e caiu levemente (-0,10%), uma das poucas blue chips que, mais cedo, conseguia se descolar da sessão negativa, amparada então por avanço de 2,45% no minério em Dalian (China), a US$ 114,29 por tonelada, com novas flexibilizações das medidas contra a covid no país asiático.

O Ibovespa também sentiu o efeito de perdas em torno ou acima de 2% na sessão para as ações de grandes bancos, chegando a 3,71% para Bradesco PN. Na ponta perdedora da carteira do índice, destaque para Positivo (-11,50%), Qualicorp (-9,74%), Totvs(-8,01%) e Renner (-7,80%). Do lado oposto, um grupo restrito de ações, com destaque para as de exportadoras como Klabin (+2,22%) e Suzano (+2,20%), em dia de apreciação de 1,30% para o dólar frente ao real, a R$ 5,2829 no fechamento.

No exterior, com os investidores muito atentos a dados econômicos americanos neste período de silêncio das autoridades monetárias do Federal Reserve, que precede a próxima deliberação sobre juros nos Estados Unidos, repercutiu, no começo da tarde, tanto a leitura sobre a atividade de serviços, do ISM, como a de encomendas à indústria, do Departamento do Comércio. Por outro lado, dados da zona do euro mostraram retração do setor de serviços, aponta Paula Zogbi, analista da Rico Investimentos, em dia também negativo, ainda que em grau menor, para as bolsas europeias.

Nos Estados Unidos, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços subiu de 54,4 em outubro para 56,5 em novembro, informou o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). Analistas ouvidos por The Wall Street Journal previam aumento menor, a 53,7. E as encomendas à indústria subiram 1,0% em outubro ante setembro, segundo o Departamento do Comércio. O resultado veio acima com a expectativa de analistas consultados pelo WSJ, de crescimento de 0,7%.

Com os dados, no começo da tarde houve aumento da pressão na curva dos Treasuries e no dólar, e por aqui os juros futuros ampliaram a alta e renovaram máximas em vários pontos da curva, mais sensivelmente na ponta longa.

No Brasil, começa amanhã e vai até o fim da tarde de quarta, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que definirá a taxa de juros (Selic) para os próximos 45 dias. O Copom deve manter a taxa Selic estável em 13,75% e o tom hawkish no comunicado, avalia o Goldman Sachs. O banco espera que o colegiado reitere a "postura vigilante" e que não hesitará em retomar o ciclo de aperto caso o processo de desinflação não ocorra como esperado.

Por sua vez, o Credit Suisse, que também aguarda Selic inalterada a 13,75% nesta quarta-feira, espera que o colegiado reitere a estratégia de juros altos por mais tempo para garantir a convergência da inflação e a possibilidade de retomar o ciclo de aperto caso o processo não ocorra como esperado, especialmente diante da incerteza fiscal doméstica. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

18:21

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 109401.41 -2.25378

Máxima 112149.58 +0.20

Mínima 109270.18 -2.37

Volume (R$ Bilhões) 2.23B

Volume (US$ Bilhões) 4.26B

18:27

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 109610 -2.35189

Máxima 112810 +0.50

Mínima 109520 -2.43

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