Mesmo sem nenhum anúncio efetivo, a expectativa por mais medidas de estímulos nos EUA seguiu direcionando os mercados, desta vez positivamente. Hoje, a democrata Nancy Pelosi disse que um acordo com os republicanos para um pacote fiscal estava mais perto. E mesmo que os dois lados ainda estejam reunidos tratando do tema, os investidores compraram o otimismo de Pelosi, o que levou os principais índices americanos a se firmarem em alta, fez os juros dos Treasuries subirem e o petróleo encerrar com avanço. O Ibovespa foi o ativo local que mais espelhou esse apetite por risco, ao subir 1,36%, para 101.917,73 pontos, e emendar o quarto avanço consecutivo, algo que não ocorria desde o início de julho. Além disso, terminou no maior patamar desde 1º de setembro. Dentro do índice, o grande destaque foram os papéis de bancos, descontados no ano e uma das portas de entrada do investidor na Bolsa. O mercado de câmbio também foi contaminado pelo possível acordo em torno de novas medidas, o que resultou em fortalecimento das moedas emergentes, incluindo o Real. Assim, ainda que distante da mínima do dia, visto que nada de prático veio à tona, o dólar cedeu 0,36% no mercado à vista, a R$ 5,5942. Enquanto isso, na renda fixa, os juros futuros foram direcionados, basicamente, por questões técnicas que resultaram em alta das taxas e inclinação da curva. Sem uma definição nos EUA e na ausência de notícias concretas da área fiscal ou da agenda de reformas no Congresso, a cautela acabou prevalecendo. E nem mesmo o sucesso do Tesouro no leilão de hoje conseguiu mudar o rumo dos DIs.
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