A forte recuperação das bolsas americanas, após o tombo da semana passada, se somou à expectativa positiva dos agentes em relação às eleições no Congresso para fazer com que o Ibovespa experimentasse alta consistente nesta primeira sessão de fevereiro. Esse quadro foi possível porque algumas preocupações acabaram em segundo plano, a começar pelas especulações que movimentaram de forma atípica o mercado acionário na última semana, via papéis como GameStop, nos EUA, e IRB, no Brasil. Além disso, a greve dos caminheiros, temida pelo potencial de causar danos à economia, acabou sendo mais fraca do que se imaginava. Nesse ambiente, as ações subiram de forma generalizada e o Ibovespa encerrou o dia com avanço de 2,13%, aos 117.517,57 pontos. Em Wall Street, o quadro não foi diferente, com os principais índices, comandados pelo Nasdaq, subindo entre 2,55% e 0,76%. Por lá, os movimentos de 'Short Squeeze' migraram para a prata, o que fez o metal disparar. Mas, nesse caso, os grandes fundos têm posição comprada, o que diminui o risco. Nem mesmo a proposta de estímulos dos republicanos, de pouco mais de US$ 600 bilhões, muito aquém da ideia original de Joe Biden, de US$ 1,9 trilhão, tirou o ânimo, diante da leitura de que as negociações estão apenas começando. Enquanto isso, tanto no mercado cambial quanto no de renda fixa, os investidores guardaram alguma cautela. Apesar de a provável vitória dos candidatos governistas na Câmara e no Senado despertar a percepção de que a pauta de reformas econômicas, incluindo fiscais, deve andar de forma mais tranquila, os ruídos vistos ao longo do dia sancionaram o pé atrás dos participantes do mercado. Assim, o dólar oscilou entre altas e baixas diante do real, até terminar com desvalorização de 0,45%, a R$ 5,4498 no mercado à vista. Enquanto isso, os juros futuros terminaram a sessão regular perto da estabilidade, com viés de alta nos vencimentos de curto e médio prazos.
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