FISCAL, VACINA E CAUTELA PRÉ-COPOM PESAM NO BRASIL EM DIA DE RECORDE EM NY COM BIDEN

Blog, Cenário
O dia foi de otimismo global e recorde das bolsas em NY, com Joe Biden pregando união ao tomar posse e as contínuas expectativas de que a expansão fiscal que o democrata deve adotar irão garantir uma retomada mais rápida da economia mundial. Mas nem assim o Brasil conseguiu deixar de lado seus próprios fantasmas: riscos de piora fiscal diante do possível atraso na vacinação por falta de insumos e consequente necessidade de mais suporte federal, devido à segunda onda de covid. Esse quadro suscita, entre a maioria dos analistas, a visão de que o Copom pode abandonar na reunião de hoje, após o fechamento do mercado, o forward guidance e também eleva a cautela em relação ao tom que a autoridade monetária pode adotar no comunicado. Como resultado, o Ibovespa voltou a se descolar dos pares em Wall Street, todos em novas máximas históricas, e caiu 0,82%, aos 119.646,40 pontos. Até porque, mais estímulos nos EUA podem significar aperto mais rápido das condições monetárias por lá, o que, junto com dólar elevado e commodities em alta, pode significar movimento antecipado de alta da Selic e menor atratividade da renda variável. Mas a inclinação da curva de juros estampa a desconfiança em relação ao Brasil. Ainda que as taxas curtas e intermediárias tenham oscilado entre estabilidade e leve queda, as longas terminaram com pequeno avanço, com os investidores guardando certa cautela antes do anúncio da decisão sobre juros pelo Banco Central. A queda do dólar ante o real, em movimento alinhado ao exterior, ajudou a segurar o trecho curto da curva de DIs. Mas a moeda chegou a subir mais cedo e terminou o dia no meio do caminho entre a máxima e a mínima, com queda de 0,63%, a R$ 5,3118 no mercado à vista, num movimento que também foi influenciado pela expectativa de retirada do forward guidance e alta da Selic em algum momento do ano.  
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  BOLSA O Ibovespa conseguiu moderar as perdas observadas mais cedo para fechar o dia não tão distante dos 120 mil pontos, após ter chegado aos 118.739,87 na mínima desta quarta-feira, estendendo a correção iniciada na semana passada. Hoje, o índice da B3 fechou em baixa de 0,82%, a 119.646,40 pontos, a segunda perda seguida, com abertura a 120.644,50 e máxima a 121.449,10 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 32,1 bilhões. Na semana, o Ibovespa cede 0,58%, limitando os ganhos no ano a 0,53%.   O dia positivo em Nova York na posse de Joe Biden na presidência dos Estados Unidos, com ganhos de até 1,97% (Nasdaq), não foi o suficiente para que os investidores desviassem a atenção das preocupações brasileiras, especialmente sobre o avanço da vacinação, dificultado pela falta de disponibilidade imediata de princípios ativos para ampliar a produção dos imunizantes, por enquanto restrita ao Instituto Butantan.   "O foco inicial de Biden será o combate à pandemia. Se for bem-sucedido, a economia irá melhorar, o que será positivo também para seu governo. O problema número um, para os Estados Unidos e o mundo, continua a ser a vacinação", diz Scott Hodgson, gestor de renda variável da Galapagos Capital, acrescentando que preocupações do mercado com relação ao governo democrata - mais tributação e regulação do setor tecnológico - devem ficar para depois: no segundo ou mesmo terceiro trimestre.   "Uma nova era está começando e os investidores voltam a investir em ações graças às garantias da secretária indicada ao Tesouro, Janet Yellen, e do presidente do Fed, Jerome Powell, de que a economia dos EUA precisa de mais ajuda. O apelo de Yellen por uma ação 'grande' e a consistência 'dovishness' de Powell significam que a quantidade de estímulos só vai crescer no primeiro ano do presidente Biden", escreve em nota Edward Moya, analista da OANDA em Nova York.   Em um ambiente global de afrouxamento monetário e expansão fiscal prolongada, o nível de precificação dos ativos pode vir a ser uma preocupação. "Estamos já em ambiente de bolha, não há dúvida. Temos o S&P 500 bem esticado e o Russell 2000 mais ainda, considerando a média móvel de 200 dias. No Brasil, já vemos um pouco de recuo do 'reflation trade', com Vale, siderurgia e bancos realizando", observa Hodgson, da Galapagos. "Aqui, acho que será como na eleição dos Estados Unidos: há barulho no cenário político e precisamos de uma resposta sobre as reformas, o que se espera que possa vir com a definição da presidência da Câmara, para então (o mercado) ajustar", acrescenta.   "Na XP, mantemos nossa visão de que o S&P continue subindo, até 4.300 (pontos), crescendo mais em 2022. O ramo progressista do partido democrático, que é mais favorável ao aumento de impostos e nacionalização da indústria da saúde nos EUA, provavelmente não irá conseguir mudar as regras do jogo porque o Senado vai permanecer 50/50, o que significa que o equilíbrio de poderes vai permanecer muito estável daqui para frente", comenta Alberto Bernal, estrategista global da XP Investimentos, em nota sobre a posse de Biden.   Na B3, as perdas desta quarta-feira se distribuíram pelos setores de maior peso, como commodities (Vale ON -1,85%, Petrobras PN -1,67%), siderurgia (Usiminas -1,67%, Gerdau PN -2,06%) e bancos (Santander -2,56%, Bradesco PN -2,08%). Na ponta negativa do Ibovespa, PetroRio cedeu hoje 3,66%, à frente de Embraer (-3,27%) e Santander (-2,56%). No lado oposto, B2W subiu 8,53%, Magazine Luiza, 5,56%, e Lojas Americanas, 4,06%.   "Graficamente, após a passagem dos vencimentos de opções sobre índice e ações recentemente, que causaram grande volatilidade, o mercado segue buscando se apoiar na região de suporte em 119.500/119.000, para evitar maior realização rumo a 116.700/114.700, segunda região importante de suporte para o Ibovespa", aponta em nota a Ativa Investimentos. "Para retomar a alta de curto prazo e sair da tendência de baixa de curtíssimo prazo, o índice deve superar os 123.000, seguindo para 124.100 - depois buscará renovar o topo histórico, de 125.323." (Luís Eduardo Leal - [email protected])     18:21   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 119646.40 -0.82064 Máxima 121449.10 +0.67 Mínima 118739.87 -1.57 Volume (R$ Bilhões) 3.21B Volume (US$ Bilhões) 6.06B         18:23   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 119705 -0.79148 Máxima 121510 +0.70 Mínima 118680 -1.64     JUROS Os juros futuros terminaram a quarta-feira de decisão do Copom com viés de baixa na parte intermediária e de alta na ponta longa, enquanto os curtos ficaram estáveis. Os cenários fiscal e político incertos e a expectativa pelo comunicado do Copom limitaram a dinâmica das taxas e o volume negociado, que foi mais fraco que o de ontem. No início da tarde, a curva toda bateu mínimas num momento de maior fraqueza do dólar e percepção de que colegiado poderia trazer uma comunicação mais conservadora ao justificar a esperada retirada do forward guidance da política monetária. Diante dos fatores internos, o mercado de juros, mais uma vez, não compartilhou do bom humor visto no exterior, em dia de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 3,24% (regular) e 3,215% (estendida), ante 3,24% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 passou de 5,001% para 4,96% (regular) e 4,93% (estendida). O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 6,48% (regular) e 6,45% (estendida), de 6,495% ontem. A do DI para janeiro de 2027 avançou a 7,15% (regular) e 7,13% (estendida), de 7,124%.   Entre os agentes, a avaliação é que quedas mais pronunciadas das taxas têm tido vida curta em função do quadro de incertezas, apesar da curva brasileira seguir como uma das mais inclinadas do mundo, com prêmios atrativos. O calendário caótico da vacinação contra Covid-19 no Brasil segue inspirando cautela, na medida em que o atraso na imunização prorroga a retomada da economia e pressiona o governo a retomar os benefícios fiscais, como o auxílio emergencial, ainda mais dada a piora da popularidade do presidente Jair Bolsonaro.   "O mercado está louco para tomar risco, tem muito dinheiro sobrando no mundo, mas a agenda de reformas não anda e o cronograma de vacinação está um fiasco", disse o trader de renda fixa da Sicredi Asset Danilo Alencar. O economista Mohamed El-Erian, consultor-chefe do grupo Allianz e presidente do Queens College da Universidade de Cambridge, afirmou que a liquidez que pode ser despejada na economia mundial este ano pode somar vários trilhões de dólares, entre 20% e 25% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.   O Banco Fator destaca que a inclinação da curva recuperou boa parte da queda recente. "Logo mais o Copom anuncia a Selic e comunica sua intenção, nem que seja a de cumprir o regime de metas de inflação", afirmou a instituição, em relatório assinado pelo economista-chefe José Francisco Lima Gonçalves.   A expectativa geral do mercado é de que a Selic seja mantida em 2% e que o forward guidance, segundo o qual o Copom não pretende reduzir o estímulo desde que satisfeitas determinadas condições, seja abandonado, na medida em que as expectativas de inflação vêm caminhando na direção das metas e não há avanços nas reformas. Entre 79 investidores institucionais consultados pela XP Investimentos, 70% esperam que a sinalização seja abandonada hoje. Outros 25% esperam o fim do instrumento em março e 5%, em maio ou depois.   "Se o forward guidance for mantido, a leitura amanhã será dovish", disse Alencar. Ele ressalta, ainda, que o mercado de juros pode ter ficado mais cauteloso à tarde em função do leilão de prefixados nesta quinta-feira, com os agentes antecipando posições de hedge.   O estrategista-chefe para mercados emergentes do Deutsche Bank, Drausio Giacomelli, também acredita na retirada do forward guidance esta noite, mas vê início do processo de aperto monetário somente no segundo semestre, de forma gradual.   Na sua avaliação, a política monetária pode ter passado do ponto ao levar a Selic para 2%, mas isso não causou grandes estragos na economia, com efeitos mais localizados na depreciação do câmbio. "O fator aqui preponderante no Brasil é a política fiscal. A monetária tem feito um bom trabalho", disse Giacomelli, em live promovida pelo jornal Valor Econômico. (Denise Abarca - [email protected])     18:23   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.94 Capital de Giro (%a.a) 5.17 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90       CÂMBIO O dólar caiu hoje ante o real, em linha com os pares emergentes, à medida que o mercado cambial segue apostando em medidas fiscais a serem tomadas pelo novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. No discurso de posse, o democrata reafirmou o compromisso com o combate aos efeitos econômicos da covid-19, o que reforça a visão de que mais estímulos estão a caminho - sem a oposição da Casa Branca e com maiorias na Câmara e no Senado. O investidor segue de olho também na política monetária brasileira, à espera de que o Copom mantenha a Selic a 2%, mas retire o forward guidance, que, no limite, abre espaço para um aumento de juros em breve.   O dólar à vista fechou em queda de 0,63%, aos R$ 5,3118. Sinal de baixa era visto também ante o peso mexicano (-0,15%), o rand sul-africano (-0,56%) e o rublo russo (-0,19%), para citar algumas das emergentes mais líquidas. No mercado futuro, o dólar para fevereiro recuava 0,97%, a R$ 5,3090 às 18h05.   O discurso de posse de Biden hoje deu a tônica de como serão os próximos quatro anos da gestão democrata frente à Casa Branca. O novo presidente americano reforçou que o combate à pandemia de covid-19 não passa apenas pela questão sanitária, mas também pela união de toda a nação. Implicitamente, ele apoiou o tom usado ontem pela futura secretária do Tesouro, Janet Yellen, que defendeu ao Senado que era necessário aprovar o novo pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão para "agir com grandeza" para superar a crise.   "Vimos desde cedo um movimento do mercado em torno da posse do Biden, na expectativa que se gerou em torno do governo dele com os estímulos fiscais", frisou a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack.   Em evento virtual do Centre for the Study of Financial Innovation, o economista Mohamed El-Erian, consultor-chefe do grupo Allianz e presidente do Queens College da Universidade de Cambridge, considerou apropriado o pacote fiscal trilionário proposto por Biden. "É uma resposta absolutamente certa", disse, ao reforçar que a liquidez que pode ser despejada na economia mundial este ano, em três frentes - fiscal, monetária e gastos das famílias - pode somar vários trilhões de dólares, entre 20% e 25% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.   Mas o estrategista-chefe para mercados emergentes do Deutsche Bank, Drausio Giacomelli, ponderou que os países emergentes precisam fazer a "lição de casa" porque caso a economia americana ganhe muito impulso diante dos estímulos fiscais que estão sendo preparados, o dólar vai se fortalecer, afetando os fluxos.   "Isso não deve acontecer agora. Enquanto o mundo estiver em recuperação, o euro deve refletir melhor os fundamentos das economias dominantes na região e com espaço para apreciar ante o dólar. Mas a economia dos EUA pode ganhar tanta tração que passe a atrair mais recursos que a Europa, e podemos ver o euro novamente a US$ 1,15", comentou, em live promovida pelo jornal Valor Econômico. Mesmo em baixa hoje, depois de indicadores fracos da zona do euro, a moeda comum operava a US$ 1,21.   Camila Abdelmalack vai na mesma linha de Giacomelli sobre a necessidade de se fazer a "lição de casa" e cita, no caso do Brasil, as preocupações de fundo fiscal, que seguem no radar. "Um atraso no cronograma de vacinação pode levar ao debate sobre o auxílio emergencial, que nos leva ao debate do espaço fiscal... O caminho final é sempre esse, no caso do Brasil. A gente acaba sempre indo na questão do fiscal", pontuou.   A questão fiscal, aliás, é uma das variantes que estará em jogo na decisão da Selic, às 18h30. É unânime no mercado a aposta de que os juros ficarão em 2% e é amplamente esperado que o Banco Central retire o forward guidance, abrindo espaço para futuros aumentos dos juros básicos. Na prática, essa sinalização ajuda a fortalecer o real, uma vez que taxas mais altas tendem a atrair recursos para o País.   "Embora não estejamos necessariamente no momento de subir os juros, já que as expectativas inflacionárias estão ancoradas, há a questão de uma aceleração da medição da inflação em 12 meses e a tensão com o fiscal. São fatores que levam a crer que o BC deixará de usar o forward guidance e voltará a se guiar pelo balanço de riscos", disse Camila. "Mas é sempre bom lembrar que isso não significa aumento imediato dos juros", complementou a economista da Veedha, que enxerga elevação da taxa em junho.   Para Giacomelli, do Deutsche, a política monetária brasileira pode ter exagerado ao levar a Selic até 2%, mas que o Banco Central tem tempo para corrigir a rota. "Talvez devesse ter parado em 3%. Foi demais? Provavelmente, mas isso não tem gerado distorção séria na economia além da sobredesvalorização do real", opinou, ressaltando que atualmente a moeda brasileira é uma das mais depreciadas do mundo.   Em tempo, no meio a tarde, o Banco Central informou que o fluxo cambial total no País até o dia 15 de janeiro é positivo em US$ 2,914 bilhões. Na semana de 11 a 15 de janeiro, houve entrada líquida de US$ 1,605 bilhão. (Mateus Fagundes, com Altamiro Silva Júnior e Denise Abarca - [email protected])     18:23   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.31180 -0.6323 5.35640 5.28350 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5298.500 -1.16583 5357.500 5284.500 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5325.000 -0.52138 5325.000 5316.500       MERCADOS INTERNACIONAIS Joe Biden tomou posse como 46º presidente dos Estados Unidos. No mercado acionário americano, as bolsas de Nova York renovaram as máximas históricas de fechamento, após o democrata fazer um discurso de "união" diante de um país cada vez mais polarizado politicamente. Os investidores apostam em mais expansão fiscal e no impulso à campanha de vacinação contra a covid-19. Os juros dos Treasuries, que subiram recentemente com a onda azul democrata e o aumento das expectativas de inflação, não mantiveram sinal único no pregão de hoje. No mercado cambial, o dólar operou perto da estabilidade ante os pares, mas com viés de baixa. O petróleo, por sua vez, se beneficiou do apetite por risco e registrou ganhos.   "O foco se voltará para as perspectivas de mais apoio fiscal após a posse de Biden", afirma o economista Jonas Goltermann, da consultoria britânica Capital Economics. Em meio ao primeiro discurso do democrata como presidente dos EUA, as bolsas de Nova York aceleraram a alta e renovaram as máximas históricas intraday. No fechamento, também com recordes, o índice acionário Dow Jones subiu 0,83%, a 31.188,38 pontos, o S&P 500 avançou 1,39%, a 3.851,85 pontos, e o Nasdaq registrou ganho de 1,97%, a 13.457,25 pontos.   O novo chefe da Casa Branca pediu "união nacional", mas terá o desafio de negociar com o Partido Republicano a aprovação de seu pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão, enquanto o Senado também avalia o impeachment do ex-presidente Donald Trump. "Parece que atrasos nas vacinas, novas infecções, preocupações com a reinfecção e lockdowns prolongados estão apenas aumentando as perspectivas de mais estímulos monetários e fiscais globais", afirma o analista Edward Moya, da OANDA, ao comentar o otimismo do mercado com o novo governo americano. Entre as principais promessas de Biden, está também a de vacinar 100 milhões de pessoas contra a covid-19 nos 100 primeiros dias de governo.   Líderes do mundo todo parabenizaram Biden e Kamala Harris, a primeira mulher negra a ocupar o cargo de vice-presidente dos EUA, e pediram cooperação. A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, falou em retomada da economia e construção de um mundo "mais verde e justo". O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que é hora de "trazer de volta a convicção e o bom senso" para "rejuvenecer" a relação entre Bruxelas e Washington. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou que está "ansioso" para trabalhar com o novo governo americano.   "Sob o governo Biden, a política externa e comercial continuará focada em enfrentar o desafio da China como principal rival dos EUA. No entanto, Biden provavelmente retornará a uma abordagem multilateral", avaliam analistas do banco holandês Rabobank.   No mercado de renda fixa, os juros dos Treasuries não mantiveram direção única, depois de terem avançado recentemente, quando os democratas garantiram o controle do Congresso. No final da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 0,121%, o da T-note de 10 operava estável a 1,087% e o do T-bond de 30 anos recuava a 1,827%.   O dólar, por sua vez, operou perto da estabilidade em relação a outras moedas fortes, mas se enfraqueceu em meio ao discurso de Biden. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA ante seis pares, caiu 0,03%, a 90,475 pontos. Na visão de analistas do Brown Brothers Harriman, um banco de investimentos americano, a tendência de fraqueza do dólar deve continuar, apesar de valorizações recentes.   O petróleo, por sua vez, foi impulsionado pelo otimismo do mercado. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para março subiu 0,62%, a US$ 53,31 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês avançou 0,32%, a US$ 56,08 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).   A expectativa agora é pelos decretos que serão assinados ainda hoje por Joe Biden. Entre outras medidas, o novo presidente colocará os EUA de volta ao Acordo de Paris e retomará os laços do país com a Organização Mundial da Saúde (OMS), revogando decisões do governo Trump. (Iander Porcella - [email protected])          
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