Os mercados exibiram comportamento completamente divergente nesta quarta-feira, cada qual reagindo a fatores particulares em meio a um cenário global que inclui avanço da covid, aqui e no resto do mundo, tensões políticas nos EUA e, como contraponto, a expectativa por um pacote de estímulos à economia americana. No caso dos juros futuros, a possibilidade de que novas medidas de restrição sejam tomadas no Brasil, acompanhadas de aumento de gastos e pressões fiscais, embutiram ainda mais prêmios nas taxas dos DIs, que já subiam com o avanço acima do previsto do setor de Serviços em novembro trazendo temores sobre impacto na inflação. No caso do dólar, após instabilidade no começo do dia diante do ambiente externo e das incertezas fiscais do País, o fluxo de entrada de recursos acabou prevalecendo, com os investidores de olho nas captações de empresas brasileiras no exterior e no fluxo de recursos recentes para a bolsa. Assim, a moeda americana acabou com baixa de 0,23% no mercado à vista, a R$ 5,3106. Em Wall Street, apesar da cautela com o processo de impeachment do atual presidente Donald Trump, aprovado na Câmara após o fechamento dos mercados, os principais índices acionários tiveram um fechamento majoritariamente positivo, com os agentes dando mais peso à perspectiva de novos estímulos fiscais com a futura administração de Joe Biden. Além disso, notícias corporativas, como a mudança de comando que fez a ação da Intel se destacar hoje, também ajudaram no desempenho das bolsas. No Brasil, contudo, o Ibovespa se aproximou de perder os 121 mil pontos no pior momento do dia. Com o quadro local e externo repleto de incertezas, os agentes acabaram corrigindo eventuais exageros com as ações domésticas nesse começo de ano e, agora, a Bolsa brasileira passa a ter desempenho mais parecido com as pares americanas no acumulado destes primeiros dias de 2021. Hoje, dia de vencimento de opções sobre o índice, o Ibovespa terminou com baixa de 1,67%, aos 121.933,08 pontos, puxado para baixo por Petrobras, Vale e bancos.
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